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TÍTULOS DE CRÉDITOS

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quinta-feira, 30 de agosto de 2018 
 
TÍTULOS DE CRÉDITOS 
1. CONCEITO: Documento formal que confere ao seu portador o direito literal e 
autônomo. O titulo de creditos já tem definido em lei suas características. 
 
Para Maria Bernadete Miranda – é a transação entre duas partes, na qual uma delas 
(credor) entrega a outra (devedor) determinada quantidade de dinheiro, bens e 
serviços, em troca de uma promessa de pagamento. 
 
Neste conceito de titulo de creditos, há, portanto, dois elementos essenciais: a 
confiança e o tempo. 
 
São dotados de: 
o Negociabilidade: circulam facilmente na sociedade. 
o Executividade: São títulos executivos extrajudiciais, porque, são líquidos, 
certos e exigíveis – NCPC 787, I. 
 
1.1. PRINCÍPIOS 
a. LITERALIDADE: é literal, porque, vale somente aquilo que está escrito no título 
de credito. Por exemplo: os valores, endossantes, a data, os avalista, etc. Não se 
pode exigir, portanto, mais do que está escrito no título. 
Poderá ser exigida a correção monetária a partir do vencimento, uma vez que ela 
representa apenas a recomposição do valor da moeda corroída pela inflação. 
 
b. CARTURALIDADE - Para que eu exercite o direito que está escrito no titulo, é 
necessário estar com o original para promover a execução. Há uma ligação 
constante entre o documento e o direito cartular, seja no momento da sua 
criação, da sua circulação ou da sua extinção. Portanto, só quem possui o 
documento pode exigir o direito documentado. 
 
c. AUTONOMIA: Todos aqueles que intervêm no titulo ficam autonomamente 
responsável. O credor ou o portador tem a oportunidade de escolher qualquer 
daqueles que intervém no título para promover a execução ou cobrança. 
 Este princípio subdivide-se em dois sub princípios: abstração e inoponipilidade. 
o Abstração: A obrigação que deu origem ao título não se confunde com a 
obrigação pecuniária nele contida – independência do negócio causal ou 
originária. 
o Inoponibilidade: exceções às características pessoais – o devedor não pode 
opor a terceiros de boa fé exceções pessoais que teria contra o credor 
originário – CC, 916. 
o Independência: Não necessita de outro documento para complementa-los. Ex: 
nota promissória e letra de cambio. Existe, porem, títulos que não são 
independentes como as ações de sociedade anônimas, que estão vinculados 
aos estatutos sociais da empresa. 
o Legalidade: o rol de títulos de creditos está definido em lei, portanto, não 
podem serem criados novos títulos, desde que observem os requisitos legais, 
que não seja ao portador. 
2. CLASSIFICAÇÕES: 
2.1. QUANTO AO MODELO: 
o Modelo livre: não há padrão especificado em lei, bastam que observem os 
requisitos legais. Ex: nota promissória e letra de cambio. 
o Modelo vinculado: há uma forma definida em lei. Ex: Cheque e duplicatas. 
2.2. QUANTO AO PRAZO: 
o À vista: possui prazo indeterminado, sendo exigíveis assim que apresentados 
ao devedor. O protesto serve como prova de apresentação. 
o Prazo: contem prazo específico para o pagamento. 
2.3. QUANTO A CIRCULAÇÃO: 
o Nominais: o nome do beneficiário consta no título quando de sua emissão. 
o Podem ser nominativos: transferem-se mediante termo, em registro do 
emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente, bem como por 
endosso em preto – CC, 922 e 923. 
o À ordem: transferem-se por endosso. 
o Não à ordem: transferem-se por cessão civil, sendo vedado, portanto, o 
endosso. 
o Títulos ao portador: são emitidos sem o nome do beneficiário, transferindo-se 
por simples tradição – CC, 904. O possuidor do título tem direito a prestação 
nele contida, mediante simples apresentação ao devedor. 
2.4. QUANTO A ESTRUTURA: 
o Ordem de pagamento: a criação do título dá origem a três situações jurídicas 
distintas, tal como a letra de cambio, no cheque, e na duplicata. 1) emitente 
ou sacador; 2) sacado, quem faz o pagamento; 3) beneficiário, quem recebe 
ou credor do título. 
o Promessa de pagamento: a criação do título origina duas situações jurídicas, 
tal como na nota promissória. 1) promitente (devedor) 2) beneficiário 
(credor). 
2.5. QUANTO A NATUREZA: 
o Causais: a obrigação que lhes originou consta no título; 
o Abstratos: a obrigação que lhes deu origem não consta no título. Ex: cheque, 
nota promissória e letra de câmbio. 
2.6. QUANTO AO EMITENTE: 
o Públicos: emitidos por pessoas jurídicas de direito públicos. Ex: títulos da 
divida publica. 
o Privado: emitidos por particulares, ex: nota promissória, letra de cambio, 
cheques, duplicatas. 
2.7. QUANTO AO NUMERO: 
o Individuais: singulares. Ex: nota promissória. 
o Seriados: numerados para pagamentos periódicos. Ex: títulos da divida 
publica. 
2.8. QUANTO AO CONTEÚDO: 
o Propriamente ditos: consubstancia uma operação de créditos. Ex: nota 
promissória letra de cambio. 
o Impropriamente ditos: não consubstancia uma operação de creditos, mas 
contem requisitos de um titulo de credito. Ex: ações. 
3. REQUISITOS FORMAIS: 
o Denominação; 
o Assinatura do subscritor (emitente ou sacador); 
o Identificador do devedor; 
o Especificação do direito que confere; 
o Data do vencimento (na ausência o título é à vista); 
o Data de emissão; 
o Local de emissão e pagamento. 
LETRA DE CÂMBIO 
1. DEFINIÇÃO: título à ordem criado por saque, emitido em favor de alguém, 
transferível por endosso, que se completa pelo aceite e se garante pelo aval. O 
sacador (emitente) cria o título dando uma ordem de pagamento ao sacado 
(devedor) para que pague determinada quantia ao beneficiário. Isto é: titulo capaz 
de realizar imediatamente o valor que representa. 
o Transferível por endosso – não tem limites; 
o Completa-se pelo aceite – quando o devedor paga ou aceita o título; 
o Garante-se pelo aval. 
 Exemplo: Ticio tem uma divida para com Mévio na quantia de 1000. Em 
determinada data Mévio compra mercadorias de Caio – no valor de 1000 – e, em vez 
de pagá-lo com seu próprio dinheiro, saca uma letra de cambio na qual tício deverá 
pagar o valor a caio. 
o Mévio: emitente ou sacador; 
o Tício: sacado ou devedor; 
o Caio: beneficiário. 
Obs: consideram-se requisitos extrínsecos de uma letra de cambio – aqueles relativos 
a formalidade. Ex: falsidade da cártula, adulteração, etc. 
Quanto aos requisitos intrínsecos – aqueles que se referem a obrigação nela contida. 
Ex: capacidade das partes, ao consentimento, etc. 
2. REQUISITOS: 
o Estão elencados no decreto n° 2.044/1908 e no art. 1° do decreto n° 
57663/66; 
o Expressão “letra de cambio” no texto do titulo; 
o Mandado puro e simples de quantia determinada; 
o Nome do sacado; 
o Data de vencimento – na ausência o titulo é a vista; 
o Lugar de pagamento – na ausência é do domicilio do sacado; 
o Nome da pessoa à quem a ordem de quem deve ser pago; 
o Data e lugar da emissão; 
o Assinatura do sacado. 
3. ACEITE: 
Comprometimento puro, simples e irretratável do sacado de pagar o valor constante 
do titulo ao beneficiário. O aceite deve ser dado no título – p.ex. “aceito” seguido de 
assinatura – tornando o sacado aceitante e devedor principal. Se for parcial, 
equivale a uma recusa. Se o sacado não aceitar a letra, o possuidor deve protestar 
o título por falta de aceite para poder cobrá-los dos coobrigados cambiários – 
sacador e avalistas, endossantes e avalistas. 
4. DEVEDORES E PAGAMENTO: 
Sacador, aceitante, endossantes e avalistas são devedores cambiários solidários 
podendo ser acionados individualmente, alguns ou todos juntos, não havendo 
ordem de preferência – lei 7357/85, art. 51, 2°. O aceitante e seu avalista são os 
devedores principais, pois se pagarem o créditos, a obrigação se extingue,não 
havendo devedor que seja precedente. Se não houve “aceite” o sacador é o devedor 
principal. 
Os devedores subsidiários ou de regresso são aqueles que se pode voltar contra os 
devedores anteriores. São eles: sacador, endossantes e seus avalistas. O direito de 
regresso vai ao sentido inverso da ordem de endossos e o pagamento feito por um 
deles exonera aquele que lhe são posteriores nessa ordem. 
5. ENDOSSO: 
É a transferência constante do título, vinculando o endossante a responder 
solidariamente pelo pagamento. 
Não pode ser parcial, limitado ou condicionado. É feita pelas simples assinatura no 
verso do titulo ou no anverso com uma declaração de que se trata de um endosso – 
CC, 893, 910 e 912. 
Obs: a inserção de clausula “não a ordem” impede endossos no título. 
O endosso poder ser: 
o Em preto: em que se indica o beneficiário; 
o Em branco: não se indica o beneficiário; 
o Próprio: transfere a titularidade do credito e o exercício de seus direitos, 
tornando o endossante coobrigado cambiário; 
o Impróprio: transfere a titularidade do credito, mas apenas possibilita ao 
detentor exercer seus direitos, podendo ser: endosso mandado: em que o 
endossatário é apenas o mandatário do endossante; endosso caução: em que 
o titulo é entregue ao endossatário como uma garantia de uma divida 
assumida pelo endossante com aquele; 
o Tardio: posterior ao protesto por falta de pagamento ou ao decurso de seu 
prazo e funciona como cessão civil de créditos; 
o De retorno reendosso: é um segundo endosso feito por quem adquiriu o título 
por endosso de retorno. 
6. AVAL: O aval é uma garantia cambial, firmado por terceiro, garantindo o pagamento 
do título. O avalista assume a obrigação igual o avalizado. É feita pela simples 
assinatura no anverso do título, ou no verso com declaração de que se trata de aval 
– CC, 897. No aval em preto, especifica a pessoa avalizada. No aval em branco, não 
se especifica o avalizado, de modo que será assim considerado o sacador. 
É uma garantia cambial 
7. VENCIMENTO: é a data em que o título se torna exigível. O vencimento pode ser 
ordinário ou extraordinário. 
o Ordinário – é aquele que vence com o termino do prazo estipulado, sob as 
seguintes formas. A) à vista, em que o vencimento ocorre na apresentação, 
que será ser feita no prazo de um ano à contar da emissão. B) a dia certo -, 
em que o vencimento ocorre na data previamente combinado. C) a tempo 
certo da data, em que o sacador fixa um prazo para vencimento a contar da 
data da emissão. D) a tempo certo da vista, em que o vencimento ocorre após 
determinado prazo, mencionado no titulo, a contar do aceite. 
o Extraordinário – é o que ocorre pela falta ou recusa de aceite ou pela falência 
do aceitante ou sacador. 
8. PAGAMENTO: a posse do título pelo dvedor faz presumir o pagamento s a divida 
cambial. Se quem paga é: 
o O aceitante – extingue se a obrigação cambniária; 
o O avalista do aceitante – há desoneração de todos os coobrigados do título, 
havendo ação cambial do avalista contra seu avalizado; 
o Um dos coobrigados – há desoneração dos endossantes e avalista que lhe são 
posteriores na ordem dos endossos, podendo ele voltar contra os que lhe são 
anteriores; 
o O sacador – há desoneração de todos os endossantes e avalistas que lhe são 
posteriores podendo voltar contra o aceitante e seu avalista 
9. APRESENTAÇÃO: DEVE SER FEITA AO PORTADOR PELO DEVEDOR PRINCIPAL para 
que este pague a quantia constante do título na data do vencimento, no local 
indicado na cártula. Se ele não pagar, o titulo deve ser apresentado ao tabelionato 
de protesto, para que seja lavrado o protesto por falta de pagamento. 
10. PROTESTO: é a prova de que o portador titulo o apresentou para aceite ou 
pagamento e que nenhum dos dois ocorreu, razão pela qual passa a ter direito a se 
voltar contra os coobrigados cambiários. A falta de protesto ou o protesto efetuado 
fora do prazo legal implica a perda do direito de regresso do portador contra os 
coobrigados cambiários. 
 - lei uniforme, art. 53, o protesto é realizado pelo tabelionato de protesto, sendo 
documento solene e extrajudicial, que discrimina o titulo, seu devedor principal e a 
situação que a ensejou: 
o Falta de recusa ou aceite – devendo ser lavrado no 1° dia útil seguinte ao 
da falta de recusa; 
o Falta e recusa de pagamento – devendo ser lavrado após o vencimento e 
apresentação do titulo; 
o Falta de devolução do titulo 
 O protesto interrompe a prescrição – CC, 202, III. No caso de inadimplemento o 
prazo para a propositura da ação cambiária, sob pena de prescrição é: 
o De 3 anos, a contar do vencimento, se contra seu aceitante e seu avalista; 
o 1 ano, se contra o sacador, endossantes e avalista, a contar do protesto; 
o 6 meses, se dos endossantes, uns contra os outros, a contar do dia em que 
pagou o titulo. 
 
NOTA PROMISSÓRIA 
1. CONCEITO: é uma promessa de pagamento em que o emitente (sacador) se 
compromete a pagar determinada quantia ao beneficiário do título – decreto 
2044/1908, arts. 54 a 56 e dec. 57663/66, art. 75 a78. 
O sacador cria o título fazendo uma promessa de pagamento ao beneficiário. Como 
não há uma ordem de pagamento, não há sacado, nem aceite. 
Assim com exceção do instituto do aceite todas as demais regras relativas as letras 
de cambio aplicam-se as notas promissórias – endosso, aval, vencimento, 
pagamento, protesto e ação cambial. 
O sacador é o devedor principal e garante o seu pagamento, logo, o protesto para o 
exercício de direito de ação contra ele é facultativo, sendo necessário apenas para 
cobrança dos coobrigados cambiários (endossantes e avalistas). Se o sacador paga 
a nota,l extingue-se a relação cambial. 
No caso de inadimplemento, o prazo para a propositura da ação cambial, sob pena 
de prescrição, é: 
o 3 anos, a contar do vencimento, do portador contra o emitente e seu 
avalista. 
o De 1 ano, a contar da data de protesto feito em tempo útil, ou da data de 
vencimento se a letra tiver clausulas “sem despesas”, contra os 
endossantes e avalistas; 
o De 6 meses, a contar do dia em que o endossante pagou o título ou que ele 
foi acionado, dos endossantes, uns contra os outros, ou seus avalistas. 
OBS: caso ocorra a prescrição sem a propositura de ação cambial, admite-se a 
propositura de ação monitória. Em tal caso, o prazo para o ajuizamento da ação 
monitória em face do emitente da nota promissória sem força executiva é quinquenal, 
a contar do dia a data da emissão estampada na cártula – sumula 544, STJ. 
2. REQUISITOS: 
o Denominação – nota promissória; 
o Promessa pura, simples e incondicionada de pagar determinada quantia; 
o Data de vencimento – na ausência é a vista; 
o Lugar de pagamento – na ausência é no lugar do saque. 
o Nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga – é vedada a 
emissão de nota promissória ao portador. 
o Data e lugar da emissão; 
o Assinatura do sacador. 
CHEQUE 
1. CONCEITO: É uma ordem de pagamento incondicional, em dinheiro e à vista contra 
uma instituição financeira. O sacador dá uma ordem de pagamento à vista de 
determinada quantia para que o sacado – banco – entregue o valor ao beneficiário – 
que pode ser o próprio sacador. 
 
- O cheque não admite aceite, considerando-se não escrita qualquer declaração 
nesse sentido – lei 7357/85, art. 6°. 
- O sacado – banco- não possui obrigação cambial e não garante o pagamento da 
cártula. Ele só paga o título se o sacador possuir fundos junto a ele. O banco 
também não pode endossar, nem avalizar o título – cheque – lei 7357/85, art. 
18§2°, e 29. 
2. CARACTERÍSTICA: 
- Os cheques são transmissíveis por endosso; 
- Ele podetrazer a clausulas “sem despesas”, “sem protesto” ou, “ não à ordem”, 
obedecendo as mesmas regras dispostas a letra de cambio; 
- É vedada a emissão, pagamento e compensação de cheque cujo valor ultrapasse 
R$ 100 sem a identificação do beneficiário – lei 9069, art. 69. 
- O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no 
prazo de 30 dias, quando emitido na mesma praça de pagamento; e 60 dias em 
praça diversa; 
- A apresentação fora do prazo implica a perda do direito de regresso contra os 
coobrigados e também contra o emitente, se havia fundos até aquela data e depois 
não mais por circunstâncias alheias a sua vontade – exemplo: o governo efetuou o 
bloqueio de contas – art. 47, § 3° lei 7357/85; 
- embora decorrido o prazo de apresentação, o sacado continua obrigado a pagar o 
cheque, ou seja, enquanto ele não estiver prescrito, o sacado tem a obrigação de 
pagá-lo, se o emitente ainda tiver fundos disponíveis. 
- a declaração pode ser comprovada: a) pela declaração do sacado no mesmo 
cheque em escrito; b) pela declaração da câmara de compensação; c) pelo protesto. 
- de acordo com a súmula 600 do STF: “cabe ação executiva contra o emitente e 
seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, 
desde que não prescrita a ação cambiária”. 
3. PRESCRIÇÃO: Nos termos do art. 59 da lei do cheque, a execução fundada em 
cheque prescreve nos seguintes prazos: 
o 6 meses, do portador contra o sacador, endossantes e respectivos 
avalistas, contados da expiração do prazo de apresentação; 
o 6 meses, de um obrigado, ao pagamento de cheque contra outro, contados 
do dia em que o obrigado pagou o cheque, ou do dia em que foi 
demandado. 
 OBS: eventual interrupção do prazo prescricional em favor de um dos 
coobrigados não se estenderá aos demais – art. 60 lei do cheque. 
 Após o prazo prescricional, não mais será possível ingressar com a execução 
cambial, mas será cabível a propositura de ação de conhecimento (ação de cobrança) 
com base no locupletamento sem causa – enriquecimento ilícito. 
 De acordo com o art. 61, “a ação de enriquecimento contra o emitente ou outros 
obrigados, que se locupletaram injustamente com o não pagamento do cheque 
prescreve em 2 anos, contados dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 
59 e seus parágrafos da lei”. 
É de mencionar ainda que a sumula 299 do STJ – “é admissível a ação monitória 
fundada em cheque prescrito”. Em tal caso, o prazo para o ajuizamento da ação 
monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar 
do dia seguinte da data de emissão estampada na cártula – sumula 503, STJ. Essa 
sumula tem embasamento no art. 206, § 5°, I, CC – posterior a lei do cheque – que 
estabelece prazo de cinco anos para a prescrição da cobrança de dividas constantes de 
instrumento publico e privado. 
4. REQUISITOS: 
O cheque é um título padronizado e deve seguir a resolução n. 885/83 do BC. 
o Denominação – cheque; 
o Ordem pura, simples e incondicional de pagamento de determinada quantia; 
o Identificação da instituição financeira que deve pagar – sacado; 
o Lugar do pagamento; 
o Data e lugar da emissão; 
o Assinatura do emitente – que esta devidamente identificado no titulo. 
5. CONTRAORDEM E OPOSIÇÃO – SUSTAÇÃO: 
o Contraordem: é a revogação do cheque que só produz efeitos após o prazo de 
apresentação. Se não há contraordem o cheque pode ser pago, inclusive após o 
decurso do prazo legal da apresentação, desde que antes do prazo prescricional; 
o A oposição e a sustação do pagamento do cheque feita pelo emitente ou pelo 
legitimo possuidor, podendo ser realizado mesmo durante o prazo de 
apresentação e desde que baseada em razão relevante, como por exemplo, 
roubo, furto ou extravio do título.

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