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DIETOTERAPIA E MODIFICAÇÃO DE DIETA material de base

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DIETAS ORAIS HOSPITALARES 
A padronização das dietas hospitalares mantém um atendimento nutricional seguro, eficiente e 
de qualidade ao paciente. As dietas hospitalares são estruturadas e classificadas conforme modificações 
das propriedades qualitativas e quantitativas da dieta normal, além de consistência, volume, 
temperatura, valor calórico, alterações de micronutrientes e restrições de nutrientes (estas últimas, mais 
bem aceitas quando atendendo às necessidades individuais de cada paciente). Quanto aos guias a serem 
adotados visando à qualidade das dietas hospitalares, podem-se ter como base as orientações da 
American Heart Association General Diet Recommendations e da Dietary Goals for the United States, 
do U.S. Senate Select Committee on Nutrition and Human Needs (DOVERA, 2017). 
Em muitas circunstâncias, durante a hospitalização não é possível impor restrições dietéticas 
excessivas, especialmente se as modificações, resultantes dessas restrições, não fornecerem proteínas e 
calorias suficientes para as necessidades nutricionais do paciente quando da convalescença de doenças, 
ferimentos ou cirurgias. A manutenção de um plano alimentar tradicional justifica-se dada a 
importância da ingestão de alimentos adequados e apropriados durante tais situações. A composição de 
nutrientes para um cardápio semanal foi elaborada de acordo com a composição dos alimentos, 
relacionada no manual do United States Department of Agriculture, e por meio de dados fornecidos por 
fabricantes de produtos alimentícios. As necessidades dietéticas recomendadas para homens e mulheres 
de 23 a 50 anos foram determinadas por meio da sua média, usando como ponto de referência a 
adequação nutricional, exceto na seções gravidez e Pediatria. As dietas devem fornecer, no mínimo, 
75% das necessidades dietéticas, recomendadas para os nutrientes analisados, salvo especificações em 
contrário. Um relatório do conteúdo nutricional indica risco potencial de inadequação, especialmente se 
a dieta for estendida por muito tempo (DOVERA, 2017). 
Como proposto pelo National Research Council, as necessidades dietéticas recomendadas 
devem ser levadas em conta somente como uma orientação no planejamento e na avaliação das dietas; 
não como exigência absoluta, mas como referência da ingestão nutricional idealmente adequada. As 
necessidades (exceto calorias) foram calculadas para exceder as exigências da maioria dos indivíduos e 
assegurar que suas necessidades sejam supridas (DOVERA, 2017). 
No hospital, o serviço para a distribuição de dietas segue a prescrição médica, registrada no 
prontuário de saúde do paciente, junto com outros dados e informações relevantes para avaliação 
nutricional, plano alimentar e orientação do paciente, como identificação, histórico, diagnóstico 
provisório ou definitivo e dados clínicos, antropométricos e laboratoriais. Posteriormente, as dietas são 
encaminhadas para a produção, etapa em que serão preparadas. O serviço de nutrição é o responsável 
por essa preparação, funcionando 24 h (DOVERA, 2017). 
O propósito da prescrição de uma dieta é transmitir a intenção do médico ou nutricionista à 
equipe de saúde. Na prescrição ou formulação da dieta, devem ser considerados os seguintes pontos: a 
natureza da doença, o que pode ser realizado pela dieta e se ela será aceita pelo paciente. 
As características de uma boa prescrição são as seguintes (DOVERA, 2017): 
1. Deve ser concisa e específica, transmitida claramente por meio de um texto curto, com poucas 
palavras ou sentenças. 
2. Deve ser clara e inequívoca. Se a prescrição puder ser interpretada de maneira diferente da 
intencionada, então está mal redigida. 
3. Deve ser completa, sem ser deixada a cargo de outros profissionais. Todas as modificações ou 
restrições dietéticas devem ser repetidas todas as vezes em que a dieta for alterada. Quando as 
mudanças são feitas em uma parte da dieta, não se deve presumir que o nutricionista automaticamente 
manterá as outras modificações. 
4. Deve ser intrinsecamente coerente. As modificações dietéticas não devem entrar em conflito entre si. 
5. Se a prescrição incluir muitas modificações, a mais importante deve ser registrada primeiramente, 
sendo prioridade. 
6. Deve ser desnecessariamente restrita ou completa. Embora mudanças circunstanciais requeiram 
medidas dietéticas muito restritivas, restrições menos rigorosas podem cumprir com o que se pretende. 
7. Mudanças frequentes na prescrição devem ser evitadas. Embora mudanças circunstanciais no 
hospital possam requerer modificações dietéticas, deve-se formular precocemente, ainda no hospital, 
uma dieta que possa ser utilizada após a alta. A formulação precoce acarreta em tempo aos 
nutricionistas e enfermeiros para a execução de ordens e proporciona ao paciente um melhor 
entendimento de suas necessidades dietéticas em longo prazo. 
 
 
DIETOTERAPIA - tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através de 
alimentação adequada, considerando não só a doença. Mas também todas as condições em que se 
encontram os indivíduos. Pacientes portadores da mesma patologia, podem receber dietas diferentes 
mesmo que alguns princípios sejam idênticos (AUGUSTO, 2002). 
 
FINALIDADE - Ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados da forma que melhor se adapta 
ao tipo de doença e condições físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo o estado 
nutricional do indivíduo ou recuperando-o (AUGUSTO, 2002). 
 
Por que ocorre a modificação da dieta normal? 
 Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível; 
 Evitar a desnutrição durante a internação; 
 Manter as reservas de nutrientes no organismo; 
 Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às necessidades nutricionais. 
 
O tipo de dieta (Geral/Normal e Modificadas) a ser adotado para o paciente depende basicamente 
de suas necessidades num dado momento: 
 Estado de consciência (acordado/coma); 
 Momento cirúrgico (pré ou pós-operatório); 
 Integridade anatômica do trato gastrintestinal (mastigação, digestão, absorção e excreção); 
 Estado metabólico (desnutrição, câncer, aids, doença hepática...). 
 
As dietas são modificadas, a partir da dieta normal, segundo alguns critérios químicos, físicos e 
organolépticos: 
 
- Sabor: doce, salgada, mista ou ainda sabor suave ou moderado, ou de sabor intenso e excitante. 
Deve-se evitar altas concentrações de açúcar, sal ou ácidos; 
 
- Temperatura: temperatura ambiente, quente ou fria, até mesmo gelada. Segundo Solá (1988), as 
temperaturas extremas atenuam ou amortizam a sensibilidade dos órgãos gustativos e os alimentos 
quentes têm um maior potencial de saciedade, enquanto os frios a retardam. * A motilidade gástrica é 
acelerada pelos alimentos quentes e retardada pelos frios. 
 
- Conteúdo de Resíduos: 
• Isenta de resíduos (quando o organismo necessita de um repouso gástrico – Alimentos utilizados: 
caldos de legumes e outros alimentos liquidificados, vitaminas, chás, sucos); 
• Com poucos resíduos (pacientes com dificuldades de mastigação, falta de dentes ou alto índice de 
cáries – Alimentos utilizados: frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê); 
• Com resíduos brandos (pacientes com dificuldades de mastigação, falta de dentes ou alto índice de 
cáries – Alimentos utilizados: alimentos cozidos, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas cozidas, em 
compotas ou sem casca); 
• Rica em resíduos (quando o tratogastrointestinal mantém todas as suas funções normais - – Alimentos 
utilizados: vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais). 
 
MODIFICAÇÕES DA DIETA SEGUNDO A CONSISTÊNCIA: 
 
1) DIETA NORMAL OU LIVRE 
 
CONCEITO 
A dieta geral hospitalar é dirigida ao pacienteadulto que não requer modificações dietéticas específicas. 
O cardápio é escolhido pelo paciente ou planejado para ele, de acordo com suas preferências. Em 
ambas as situações, o objetivo da dieta é fornecer uma quantidade suficiente de proteínas, calorias e 
outros nutrientes. 
Existem dois princípios na composição da dieta geral hospitalar: um deles, por meio da exemplificação, 
ensina ao paciente a prática nutricional, e o outro consiste em fornecer ao paciente alimentos que ele 
queira e possa ingerir. Comumente, chega-se a um meio-termo na aplicação dos dois princípios, 
visando a suprir as necessidades de cada paciente. 
Alguns consideram que uma dieta baseada no controle de sódio, colesterol e gorduras pode ser uma 
prática de saúde vantajosa. Se o paciente for capaz de alimentar-se adequadamente, a hospitalização 
pode dar a ele a oportunidade de aprender esses princípios. 
Alimentação balanceada em nutrientes, de fácil preparação, apresentação agradável, adequada a 
indivíduos sadios e àqueles doentes que não necessitam de nenhum tipo de modificação na sua dieta em 
virtude da patologia. 
 
INDICAÇÃO 
Indicada para indivíduos para os quais não se justifica restrição de nutrientes ou da consistência dos 
alimentos, com funções de mastigação e gastrintestinais preservadas. Para pacientes que não tenham 
nenhuma restrição alimentar ou necessidades metabólicas específicas. Pacientes cuja condição clínica 
não exige modificação em nutrientes e consistência da dieta. Pacientes que não necessitam de restrições 
específicas (Ex.: paciente sem problemas relacionados à região oral e tratogastrintestinal). 
 Esta dieta é elaborada com todos os ingredientes de uma alimentação normal e seguindo suas 
preferências dentro das limitações oferecidas pelo hospital. 
 
FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. 
 
OBSERVAÇÕES 
 Sem nenhuma restrição, deve preencher todos os requisitos de uma dieta equilibrada. É uma dieta 
normocalórica, normoprotéica e normolipídica; 
 Pode ser também chamada de dieta Normal ou ainda Geral; 
 O tempero é leve no sal (Alho, sal com moderação e ervas naturais); 
 O cardápio pode apresentar algumas preparações de fritura. 
 
ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS 
Pães, Cereais, Arroz 
e Massas 
Grãos e seus produtos integrais e 
pobres em gordura. 
Alimentos gordurosos e ricos em açúcar 
Frutas Frescas e sucos. Nenhum 
Hortaliças Frescas. Nenhum 
Leite, Iogurte e 
Queijo 
Com pouca gordura e sal. Ricos em gordura e sal. 
Carnes, Aves, Peixes 
e Ovos 
Carnes magras, sem pele e gordura. Alimentos muito gordurosos, excesso de 
embutidos (salame, mortadela, presunto, 
etc.). 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Todos com moderação Nenhum 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas 
naturais 
Pimentas, catchup, mostarda e os demais 
à base de glutamato monossódico 
 
 
2) DIETA BRANDA 
 
CONCEITO 
Similar à dieta geral, é constituída por alimentos macios, mas não moídos ou triturados. São permitidos 
pedaços de carne, vegetais cozidos e frutas frescas, e também o tradicional cozido (prato típico da 
culinária portuguesa, consiste em carne cozida com legumes na panela de pressão). Alguns 
condimentos devem ser evitados. 
 
INDICAÇÃO 
Dieta indicada para pacientes com a necessidade de facilitar o trabalho digestivo. Pacientes com 
problemas mecânicos de ingestão e digestão que impeçam a utilização da dieta geral. 
É usada como transição para a dieta geral. 
- Prescrita na alimentação de idosos e crianças, ou pacientes com problemas de mastigação; 
- Pós-operatório (transição para geral); 
- Dificuldade de mastigação (mas com capacidade de deglutição); 
- Processos inflamatórios (gastrite); 
- Em casos de diminuída absorção. 
 
É utilizada no período intermediário do pós-operatório. Tem vantagens fisiológicas e psicológicas 
quando usada como dieta de transição no pós-operatório ou em indivíduos cuja dieta tenha sido 
restringida previamente na quantidade e consistência dos alimentos. Pode ser útil também para o 
paciente debilitado, em razão da facilidade de ingestão. 
 
FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. 
 
OBSERVAÇÕES 
 Não devem ser utilizados frituras; 
 Os alimentos crus não devem ser utilizados, exceto os de textura macia. O tecido conectivo e a 
celulose estão abrandados por cocção ou ação mecânica, facilitando a mastigação e a digestão. 
 Esta dieta deve ser de fácil digestão, mas não necessariamente sopa; 
 Os alimentos servidos devem estar bem cozidos, favorecendo uma fácil digestão; 
 Utilizada como transição entre dieta líquida e normal. 
 
ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS 
Pães, Cereais, 
Arroz e Massas 
Pão francês, de forma, bolinhos cozidos ou 
assados moles, biscoitos sem recheio e gordura, 
torradas, cereais cozidos, panquecas, arroz, 
massas em geral. 
Pães duros ou com sementes, 
biscoitos amanteigados, pastelarias, 
frituras. 
Frutas Todas que possam ser cozidas Todas as cruas e as cítricas 
Hortaliças / 
Leguminosas 
Todas cozidas, exceto as mais flatulentas. 
Caldo de feijão 
Hortaliças folhosas cruas, brócolis, 
abóbora, couve-flor, pepino, pimentão 
e outras hortaliças formadoras de 
gases. Feijão com caroço 
Leite, Iogurte e 
Queijo 
Com pouco sal e gordura. Queijo prato, 
mussarela, cottage, ricota 
Queijos muito gordurosos 
Carnes, Aves, 
Peixes e Ovos 
Carnes sem gordura, cozidas, moídas, desfiadas, 
purê, ensopadas ao molho, grelhadas ou assadas. 
Ovos mexidos, moles ou pochê 
Carnes duras, crocantes, empanadas. 
Ovos fritos, frituras em geral. 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Todos, sem excesso Maionese 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais Pimentas, catchup e mostarda e os 
demais à base de glutamato 
monossódico 
 
3) DIETA PASTOSA 
 
CONCEITO 
É aquele em que os alimentos estão na consistência de pasta. Tem como objetivo diminuir o tempo de 
trabalho do trato digestivo desde a mastigação, incluindo a absorção e digestão. 
 
INDICAÇÃO 
Dieta indicada quando se tem a necessidades de diminuir o trabalho no trato gastrointestinais. favorecer 
a digestibilidade em situações especiais com acometimento de fases mecânicas do processo digestivo, 
como falta de dentes, dificuldade de deglutição e ainda em fases críticas de doenças crônicas, como 
insuficiência respiratória e cardíaca. 
Indicada para pacientes com problemas na mastigação e na deglutição. Também em casos de cirurgia 
no trato digestivo ou no maxilar. Pode ser usada para o preparo de exames e em geral no pré ou pós 
operatório. 
Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios, casos neurológicos, 
insuficiência respiratória, diarréias. 
Para indivíduos idosos, crianças, indivíduos com alterações no trato digestivo tipo: 
 * redução do nº de peças dentárias; 
 * dificuldade de deglutição; 
 * aumento no tempo digestivo. 
 
FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. 
 
OBSERVAÇÕES 
 Os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, batidos ou triturados, exigindo pouca 
mastigação e facilitando a deglutição; 
 É uma dieta de baixa densidade calórica, portanto não deve ser usada por mais de 3 dias. 
 QUANTIDADE DE PROTEÍNA: Proteína de fácil digestibilidade (carnes brancas e leite). As de 
difícil digestão são as ricas em lipídios sendo que as carnes vermelhas têm digestibilidade mais difícil. 
 QUANTIDADE DE LIPÍDIOS (GORDURAS): Exceção de frituras. Pode ser 
NORMOLIPIDICA, HIPOLIPÍDICA ou eventualmente HIPERLIPÍDICA, poisexiste quotas de 
lipídios a serem usados e só é indicada para indivíduos com problemas neurológicos e um tipo de 
problema pulmonar. 
CONDIMENTOS: Evitar os agressivos de mucosa que causa queimor ou pirose. Ex.: Pimenta 
malagueta, cominho, cebola, pimentão (quando crus), orégano, molho inglês, ketchap, mostarda, molho 
soja. 
 
ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMENDADOS 
ALIMENTOS EVITADOS 
Pães, Cereais, Arroz 
e Massas 
Todos que possam ser 
transformados em purê. Mingaus 
de amido de milho, aveia, creme 
de arroz e outros. 
Pães duros ou com sementes, biscoitos 
amanteigados, pastelarias. Arroz na 
forma natural, cereais secos contendo 
passas, nozes e outras frutas 
oleaginosas, ou sementes. 
Frutas Todas na forma de purê, sem pele. 
Suco de frutas. 
Frutas na forma in natura 
Hortaliças Purê de batata, batata-doce, 
cenoura. Suco de hortaliças. 
Hortaliças folhosas cruas. Hortaliças 
com sementes e/ou casca. 
Leite, Iogurte e 
Queijo 
Leite, milkshake, achocolatados, 
iogurte, pudim, manjar, requeijão 
ou queijo cottage. 
Iogurte com pedaços de frutas, queijos 
duros. 
Carnes, Aves, Peixes 
e Ovos 
Carnes, peixes e aves na forma de 
purê, sem pele. Ovos mexidos 
moles ou pochê, na forma de purê. 
Gemada. 
Carnes duras, crocantes, empanadas. 
Ovos fritos. 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Gelatina, sorvetes, geléia, mel, 
açúcar, margarina, manteiga, 
creme de leite. 
Alimentos gordurosos, embutidos 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas 
naturais. 
Pimentas, catchup, mostarda e os 
demais à base de glutamato 
monossódico 
 
4) DIETA SEMI-LÍQUIDA 
 
CONCEITO: É aquela que apresenta alimentos e preparações de conteúdo líquido e espessado. 
 
INDICAÇÃO: 
Proporcionar repouso digestivo, atendendo as necessidades do paciente quando alimentos sólidos não 
são bem tolerados. 
Em caso de: 
- Obstrução do aparelho digestivo a nível principalmente de esôfago e faringe. 
- Alimentação de criança. 
- Em caso de anorexia intensa. 
- Febre alta (que conseqüentemente leva a anorexia). 
- Em preparos de cirurgias do trato digestivo. 
- Em progressão de dieta do pós-operatório (ex.: cirurgia de reconstituição dos lábios). Sendo que de 
preferência as refeições serão ingeridas com colher. 
 
FRACIONAMENTO: Pelo grande conteúdo de líquido da dieta o número de fracionamento é 
aumentado na maioria das vezes (de 10 a 12 vezes). Em média de 2 em 2 ou em 3 em 3 horas 
(dependendo do paciente). 
 
VOLUME: 200 - 300 ml por vez. 
 
ALIMENTOS E PREPARAÇÕES INDICADAS 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMENDADOS 
 
Pães, Cereais, Arroz 
e Massas 
Sopas liquidificadas 
Mingaus (cereais e farinhas) 
Pães apenas o miolo (na forma de sopa, liquidificada c/ leite). 
Feijão Somente o caldo. 
Frutas Sucos, sorvetes, vitaminas. Água de coco, Caldo de cana. 
Hortaliças Sucos 
Leite, Iogurte e 
Queijo 
Sorvete, vitaminas, sucos, mingaus, iogurte, sopas cremosas (vegetais, aveia, 
cereais, ...). 
Queijo só cremoso. 
Carnes, Aves, Peixes Moídas, liquidificadas, caldos, sopas, e se ficar resíduos devem ser 
peneiradas. 
Ovos Quente (passado na água quente) 
Na sopa espera esfriar e mistura o 
ovo, depois aquece novamente. 
Gemada (carameliza açúcar depois acrescenta a gema e o leite + canela) 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Gorduras - manteiga, creme de leite 
Óleos - vegetais (arroz, milho, soja, ...). 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas 
naturais. 
Pimentas, catchup, mostarda e os 
demais à base de glutamato 
monossódico 
 
 
5) DIETA LÍQUIDA 
 
CONCEITO: É aquele em que os alimentos se encontram num grau de fluidez e viscosidade 
diminuída, onde as partículas existentes se encontram na forma, de emulsão ou dispersão. Tem como 
objetivo fornecer os nutrientes de uma forma que exija um mínimo de esforço nos processos digestivos 
e absortivos e pouco resíduo. 
 
INDICAÇÃO: Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato 
digestório, em determinados preparos de exames, em pré e pós-operatórios. 
Utiliza alimentos de consistência líquida na temperatura ambiente, que produzem poucos resíduos e são 
de fácil digestão. 
 
FRACIONAMENTO – a cada 2 horas (volume controlado – distensão abdominal). Dieta de baixa 
saciedade, deve ser oferecido 200mL a cada 2 horas. 
 
VOLUME: 100 - 300 ml por vez. 
 
 
TIPOS - A) Líquida Completa. B) Líquida Restrita. 
 
A) LÍQUIDA COMPLETA: 
 
INDICAÇÃO: Hidratar o paciente ou individuo, saciar a sede, manter o funcionamento renal e 
equilíbrio hidroeletrolítico. 
 
FINALIDADE: Em preparos para exames e cirurgias do trato gastro intestinal. 
- pós operatório imediato (menos se a anestesia for local) 
- vômitos incoercíveis (que não param) 
- alimentos por sonda 
 
DURAÇÃO: Por tempo indeterminado se em uso de dietas enterais quimicamente definida, se em uso 
de dieta artesanal transição de consistência Líquida Restrita para Semi-Líquida. 
 
LÍQUIDOS - aumentados pela consistência da dieta. 
 
CONDIMENTOS - acentuadamente diminuídos, ou seja, diminua acentuadamente a quantidade, pois 
estes aumentam a motilidade gástrica. 
 
FRACIONAMENTO: Aumentando, cerca de 10 - 14 refeições no dia, num intervalo de 1 e 1/2hs ou 2 
- 2 ou 3 em 3hs, mais freqüentes. 
 
VOLUME: 100 - 300 ml por vez. 
 
TEMPERATURA: Corpórea, fria-gelada, morna-quente. 
Os extremos devem ser evitados. 
*Azia ou pirose diminui temperatura, pois quente irrita mais. 
*Sangramento temperaturas mais frias, são vasocontricforas. 
 
FIBRAS: Diminuídas e isentas de celulose se alimentação artesanal. 
 
ALIMENTOS E PREPARAÇÕES INDICADAS - TODOS OS ALIMENTOS FORNECIDOS 
DEVERÃO APRESENTAR A FORMA LÍQUIDA 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMENDADOS 
 
Pães, Cereais, Arroz 
e Massas 
Sopas liquidificadas. Mingaus (cereais e farinhas) 
Pães apenas o miolo (na forma de sopa, liquidificada c/ leite). 
Feijão Somente o caldo. 
Frutas Sucos, sorvetes, vitaminas. Água de coco, Caldo de cana. 
Hortaliças Sucos 
Leite, Iogurte 
 
Queijo 
Na forma vitaminas, mingaus. Sopas, sorvete (na boca fica líquida) mingaus, 
sucos. 
Não se usa. 
Carnes, Aves, Peixes Caldo ou sucos. 
Ovos Para enriquecimento de sopas, mingaus. Vitaminas e caldos. 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Gorduras - manteiga, creme de leite. 
Óleos - vegetais (arroz, milho, soja, ...). 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas 
naturais. 
Pimentas, catchup, mostarda e os 
demais à base de glutamato 
monossódico 
 
6) DIETA LÍQUIDA RESTRITA 
 
CONCEITO 
Fornece líquidos, eletrólitos e energia com alimentos de fácil digestão. Proporciona o máximo repouso 
ao TGI. Tem como finalidade hidratar o paciente ou individuo, saciar a sede, manter o funcionamento 
renal e equilíbrio hidroeletrolítico. 
 
INDICAÇÃO 
Esta dieta é indicada para pacientes que fizeram cirurgia no trato digestivo e necessitam um “repouso” 
intestinal severo. Pode ser usada também para o preparo de exames e em geral no pré ou pós operatório. 
 
DURAÇÃO: No máximo 72hs (3 dias). Pois não atende ás necessidades energéticas e nutricionais do 
indivíduo. É uma dieta de densidade calórica muito baixa, portanto não deve ser usada por mais de 
2 dias. 
 
ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS 
GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS 
Pães, Cereais, Arroz e 
Massas 
Nenhum Todos 
Frutas Sucoscoados Abacate, manga e outros que não 
produzem sucos claros 
Hortaliças / Leguminosas Caldos e sucos coados de hortaliças. Nenhum, exceto as leguminosas 
Leite, Iogurte e Queijo Nenhum Todos 
Carnes, Aves, Peixes e 
Ovos 
Caldo de frango ou de carne de gado 
sem gordura 
Ovos, oleaginosas 
Gorduras, Óleos e 
Açúcares 
Pouca quantidade de açúcar em sucos ou 
óleo vegetal no preparo da alimentação 
Gorduras saturadas e sólidas 
Temperos Alho, sal com moderação e ervas 
naturais 
Pimentas, catchup e mostarda e os 
demais à base de glutamato 
monossódico

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