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DIETAS ORAIS HOSPITALARES A padronização das dietas hospitalares mantém um atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade ao paciente. As dietas hospitalares são estruturadas e classificadas conforme modificações das propriedades qualitativas e quantitativas da dieta normal, além de consistência, volume, temperatura, valor calórico, alterações de micronutrientes e restrições de nutrientes (estas últimas, mais bem aceitas quando atendendo às necessidades individuais de cada paciente). Quanto aos guias a serem adotados visando à qualidade das dietas hospitalares, podem-se ter como base as orientações da American Heart Association General Diet Recommendations e da Dietary Goals for the United States, do U.S. Senate Select Committee on Nutrition and Human Needs (DOVERA, 2017). Em muitas circunstâncias, durante a hospitalização não é possível impor restrições dietéticas excessivas, especialmente se as modificações, resultantes dessas restrições, não fornecerem proteínas e calorias suficientes para as necessidades nutricionais do paciente quando da convalescença de doenças, ferimentos ou cirurgias. A manutenção de um plano alimentar tradicional justifica-se dada a importância da ingestão de alimentos adequados e apropriados durante tais situações. A composição de nutrientes para um cardápio semanal foi elaborada de acordo com a composição dos alimentos, relacionada no manual do United States Department of Agriculture, e por meio de dados fornecidos por fabricantes de produtos alimentícios. As necessidades dietéticas recomendadas para homens e mulheres de 23 a 50 anos foram determinadas por meio da sua média, usando como ponto de referência a adequação nutricional, exceto na seções gravidez e Pediatria. As dietas devem fornecer, no mínimo, 75% das necessidades dietéticas, recomendadas para os nutrientes analisados, salvo especificações em contrário. Um relatório do conteúdo nutricional indica risco potencial de inadequação, especialmente se a dieta for estendida por muito tempo (DOVERA, 2017). Como proposto pelo National Research Council, as necessidades dietéticas recomendadas devem ser levadas em conta somente como uma orientação no planejamento e na avaliação das dietas; não como exigência absoluta, mas como referência da ingestão nutricional idealmente adequada. As necessidades (exceto calorias) foram calculadas para exceder as exigências da maioria dos indivíduos e assegurar que suas necessidades sejam supridas (DOVERA, 2017). No hospital, o serviço para a distribuição de dietas segue a prescrição médica, registrada no prontuário de saúde do paciente, junto com outros dados e informações relevantes para avaliação nutricional, plano alimentar e orientação do paciente, como identificação, histórico, diagnóstico provisório ou definitivo e dados clínicos, antropométricos e laboratoriais. Posteriormente, as dietas são encaminhadas para a produção, etapa em que serão preparadas. O serviço de nutrição é o responsável por essa preparação, funcionando 24 h (DOVERA, 2017). O propósito da prescrição de uma dieta é transmitir a intenção do médico ou nutricionista à equipe de saúde. Na prescrição ou formulação da dieta, devem ser considerados os seguintes pontos: a natureza da doença, o que pode ser realizado pela dieta e se ela será aceita pelo paciente. As características de uma boa prescrição são as seguintes (DOVERA, 2017): 1. Deve ser concisa e específica, transmitida claramente por meio de um texto curto, com poucas palavras ou sentenças. 2. Deve ser clara e inequívoca. Se a prescrição puder ser interpretada de maneira diferente da intencionada, então está mal redigida. 3. Deve ser completa, sem ser deixada a cargo de outros profissionais. Todas as modificações ou restrições dietéticas devem ser repetidas todas as vezes em que a dieta for alterada. Quando as mudanças são feitas em uma parte da dieta, não se deve presumir que o nutricionista automaticamente manterá as outras modificações. 4. Deve ser intrinsecamente coerente. As modificações dietéticas não devem entrar em conflito entre si. 5. Se a prescrição incluir muitas modificações, a mais importante deve ser registrada primeiramente, sendo prioridade. 6. Deve ser desnecessariamente restrita ou completa. Embora mudanças circunstanciais requeiram medidas dietéticas muito restritivas, restrições menos rigorosas podem cumprir com o que se pretende. 7. Mudanças frequentes na prescrição devem ser evitadas. Embora mudanças circunstanciais no hospital possam requerer modificações dietéticas, deve-se formular precocemente, ainda no hospital, uma dieta que possa ser utilizada após a alta. A formulação precoce acarreta em tempo aos nutricionistas e enfermeiros para a execução de ordens e proporciona ao paciente um melhor entendimento de suas necessidades dietéticas em longo prazo. DIETOTERAPIA - tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através de alimentação adequada, considerando não só a doença. Mas também todas as condições em que se encontram os indivíduos. Pacientes portadores da mesma patologia, podem receber dietas diferentes mesmo que alguns princípios sejam idênticos (AUGUSTO, 2002). FINALIDADE - Ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados da forma que melhor se adapta ao tipo de doença e condições físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo o estado nutricional do indivíduo ou recuperando-o (AUGUSTO, 2002). Por que ocorre a modificação da dieta normal? Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível; Evitar a desnutrição durante a internação; Manter as reservas de nutrientes no organismo; Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às necessidades nutricionais. O tipo de dieta (Geral/Normal e Modificadas) a ser adotado para o paciente depende basicamente de suas necessidades num dado momento: Estado de consciência (acordado/coma); Momento cirúrgico (pré ou pós-operatório); Integridade anatômica do trato gastrintestinal (mastigação, digestão, absorção e excreção); Estado metabólico (desnutrição, câncer, aids, doença hepática...). As dietas são modificadas, a partir da dieta normal, segundo alguns critérios químicos, físicos e organolépticos: - Sabor: doce, salgada, mista ou ainda sabor suave ou moderado, ou de sabor intenso e excitante. Deve-se evitar altas concentrações de açúcar, sal ou ácidos; - Temperatura: temperatura ambiente, quente ou fria, até mesmo gelada. Segundo Solá (1988), as temperaturas extremas atenuam ou amortizam a sensibilidade dos órgãos gustativos e os alimentos quentes têm um maior potencial de saciedade, enquanto os frios a retardam. * A motilidade gástrica é acelerada pelos alimentos quentes e retardada pelos frios. - Conteúdo de Resíduos: • Isenta de resíduos (quando o organismo necessita de um repouso gástrico – Alimentos utilizados: caldos de legumes e outros alimentos liquidificados, vitaminas, chás, sucos); • Com poucos resíduos (pacientes com dificuldades de mastigação, falta de dentes ou alto índice de cáries – Alimentos utilizados: frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê); • Com resíduos brandos (pacientes com dificuldades de mastigação, falta de dentes ou alto índice de cáries – Alimentos utilizados: alimentos cozidos, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas cozidas, em compotas ou sem casca); • Rica em resíduos (quando o tratogastrointestinal mantém todas as suas funções normais - – Alimentos utilizados: vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais). MODIFICAÇÕES DA DIETA SEGUNDO A CONSISTÊNCIA: 1) DIETA NORMAL OU LIVRE CONCEITO A dieta geral hospitalar é dirigida ao pacienteadulto que não requer modificações dietéticas específicas. O cardápio é escolhido pelo paciente ou planejado para ele, de acordo com suas preferências. Em ambas as situações, o objetivo da dieta é fornecer uma quantidade suficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes. Existem dois princípios na composição da dieta geral hospitalar: um deles, por meio da exemplificação, ensina ao paciente a prática nutricional, e o outro consiste em fornecer ao paciente alimentos que ele queira e possa ingerir. Comumente, chega-se a um meio-termo na aplicação dos dois princípios, visando a suprir as necessidades de cada paciente. Alguns consideram que uma dieta baseada no controle de sódio, colesterol e gorduras pode ser uma prática de saúde vantajosa. Se o paciente for capaz de alimentar-se adequadamente, a hospitalização pode dar a ele a oportunidade de aprender esses princípios. Alimentação balanceada em nutrientes, de fácil preparação, apresentação agradável, adequada a indivíduos sadios e àqueles doentes que não necessitam de nenhum tipo de modificação na sua dieta em virtude da patologia. INDICAÇÃO Indicada para indivíduos para os quais não se justifica restrição de nutrientes ou da consistência dos alimentos, com funções de mastigação e gastrintestinais preservadas. Para pacientes que não tenham nenhuma restrição alimentar ou necessidades metabólicas específicas. Pacientes cuja condição clínica não exige modificação em nutrientes e consistência da dieta. Pacientes que não necessitam de restrições específicas (Ex.: paciente sem problemas relacionados à região oral e tratogastrintestinal). Esta dieta é elaborada com todos os ingredientes de uma alimentação normal e seguindo suas preferências dentro das limitações oferecidas pelo hospital. FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. OBSERVAÇÕES Sem nenhuma restrição, deve preencher todos os requisitos de uma dieta equilibrada. É uma dieta normocalórica, normoprotéica e normolipídica; Pode ser também chamada de dieta Normal ou ainda Geral; O tempero é leve no sal (Alho, sal com moderação e ervas naturais); O cardápio pode apresentar algumas preparações de fritura. ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Grãos e seus produtos integrais e pobres em gordura. Alimentos gordurosos e ricos em açúcar Frutas Frescas e sucos. Nenhum Hortaliças Frescas. Nenhum Leite, Iogurte e Queijo Com pouca gordura e sal. Ricos em gordura e sal. Carnes, Aves, Peixes e Ovos Carnes magras, sem pele e gordura. Alimentos muito gordurosos, excesso de embutidos (salame, mortadela, presunto, etc.). Gorduras, Óleos e Açúcares Todos com moderação Nenhum Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais Pimentas, catchup, mostarda e os demais à base de glutamato monossódico 2) DIETA BRANDA CONCEITO Similar à dieta geral, é constituída por alimentos macios, mas não moídos ou triturados. São permitidos pedaços de carne, vegetais cozidos e frutas frescas, e também o tradicional cozido (prato típico da culinária portuguesa, consiste em carne cozida com legumes na panela de pressão). Alguns condimentos devem ser evitados. INDICAÇÃO Dieta indicada para pacientes com a necessidade de facilitar o trabalho digestivo. Pacientes com problemas mecânicos de ingestão e digestão que impeçam a utilização da dieta geral. É usada como transição para a dieta geral. - Prescrita na alimentação de idosos e crianças, ou pacientes com problemas de mastigação; - Pós-operatório (transição para geral); - Dificuldade de mastigação (mas com capacidade de deglutição); - Processos inflamatórios (gastrite); - Em casos de diminuída absorção. É utilizada no período intermediário do pós-operatório. Tem vantagens fisiológicas e psicológicas quando usada como dieta de transição no pós-operatório ou em indivíduos cuja dieta tenha sido restringida previamente na quantidade e consistência dos alimentos. Pode ser útil também para o paciente debilitado, em razão da facilidade de ingestão. FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. OBSERVAÇÕES Não devem ser utilizados frituras; Os alimentos crus não devem ser utilizados, exceto os de textura macia. O tecido conectivo e a celulose estão abrandados por cocção ou ação mecânica, facilitando a mastigação e a digestão. Esta dieta deve ser de fácil digestão, mas não necessariamente sopa; Os alimentos servidos devem estar bem cozidos, favorecendo uma fácil digestão; Utilizada como transição entre dieta líquida e normal. ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Pão francês, de forma, bolinhos cozidos ou assados moles, biscoitos sem recheio e gordura, torradas, cereais cozidos, panquecas, arroz, massas em geral. Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias, frituras. Frutas Todas que possam ser cozidas Todas as cruas e as cítricas Hortaliças / Leguminosas Todas cozidas, exceto as mais flatulentas. Caldo de feijão Hortaliças folhosas cruas, brócolis, abóbora, couve-flor, pepino, pimentão e outras hortaliças formadoras de gases. Feijão com caroço Leite, Iogurte e Queijo Com pouco sal e gordura. Queijo prato, mussarela, cottage, ricota Queijos muito gordurosos Carnes, Aves, Peixes e Ovos Carnes sem gordura, cozidas, moídas, desfiadas, purê, ensopadas ao molho, grelhadas ou assadas. Ovos mexidos, moles ou pochê Carnes duras, crocantes, empanadas. Ovos fritos, frituras em geral. Gorduras, Óleos e Açúcares Todos, sem excesso Maionese Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais Pimentas, catchup e mostarda e os demais à base de glutamato monossódico 3) DIETA PASTOSA CONCEITO É aquele em que os alimentos estão na consistência de pasta. Tem como objetivo diminuir o tempo de trabalho do trato digestivo desde a mastigação, incluindo a absorção e digestão. INDICAÇÃO Dieta indicada quando se tem a necessidades de diminuir o trabalho no trato gastrointestinais. favorecer a digestibilidade em situações especiais com acometimento de fases mecânicas do processo digestivo, como falta de dentes, dificuldade de deglutição e ainda em fases críticas de doenças crônicas, como insuficiência respiratória e cardíaca. Indicada para pacientes com problemas na mastigação e na deglutição. Também em casos de cirurgia no trato digestivo ou no maxilar. Pode ser usada para o preparo de exames e em geral no pré ou pós operatório. Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios, casos neurológicos, insuficiência respiratória, diarréias. Para indivíduos idosos, crianças, indivíduos com alterações no trato digestivo tipo: * redução do nº de peças dentárias; * dificuldade de deglutição; * aumento no tempo digestivo. FRACIONAMENTO – 5 a 6 refeições/dia. OBSERVAÇÕES Os alimentos devem estar em forma de purê, mingau, batidos ou triturados, exigindo pouca mastigação e facilitando a deglutição; É uma dieta de baixa densidade calórica, portanto não deve ser usada por mais de 3 dias. QUANTIDADE DE PROTEÍNA: Proteína de fácil digestibilidade (carnes brancas e leite). As de difícil digestão são as ricas em lipídios sendo que as carnes vermelhas têm digestibilidade mais difícil. QUANTIDADE DE LIPÍDIOS (GORDURAS): Exceção de frituras. Pode ser NORMOLIPIDICA, HIPOLIPÍDICA ou eventualmente HIPERLIPÍDICA, poisexiste quotas de lipídios a serem usados e só é indicada para indivíduos com problemas neurológicos e um tipo de problema pulmonar. CONDIMENTOS: Evitar os agressivos de mucosa que causa queimor ou pirose. Ex.: Pimenta malagueta, cominho, cebola, pimentão (quando crus), orégano, molho inglês, ketchap, mostarda, molho soja. ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Todos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz e outros. Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias. Arroz na forma natural, cereais secos contendo passas, nozes e outras frutas oleaginosas, ou sementes. Frutas Todas na forma de purê, sem pele. Suco de frutas. Frutas na forma in natura Hortaliças Purê de batata, batata-doce, cenoura. Suco de hortaliças. Hortaliças folhosas cruas. Hortaliças com sementes e/ou casca. Leite, Iogurte e Queijo Leite, milkshake, achocolatados, iogurte, pudim, manjar, requeijão ou queijo cottage. Iogurte com pedaços de frutas, queijos duros. Carnes, Aves, Peixes e Ovos Carnes, peixes e aves na forma de purê, sem pele. Ovos mexidos moles ou pochê, na forma de purê. Gemada. Carnes duras, crocantes, empanadas. Ovos fritos. Gorduras, Óleos e Açúcares Gelatina, sorvetes, geléia, mel, açúcar, margarina, manteiga, creme de leite. Alimentos gordurosos, embutidos Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais. Pimentas, catchup, mostarda e os demais à base de glutamato monossódico 4) DIETA SEMI-LÍQUIDA CONCEITO: É aquela que apresenta alimentos e preparações de conteúdo líquido e espessado. INDICAÇÃO: Proporcionar repouso digestivo, atendendo as necessidades do paciente quando alimentos sólidos não são bem tolerados. Em caso de: - Obstrução do aparelho digestivo a nível principalmente de esôfago e faringe. - Alimentação de criança. - Em caso de anorexia intensa. - Febre alta (que conseqüentemente leva a anorexia). - Em preparos de cirurgias do trato digestivo. - Em progressão de dieta do pós-operatório (ex.: cirurgia de reconstituição dos lábios). Sendo que de preferência as refeições serão ingeridas com colher. FRACIONAMENTO: Pelo grande conteúdo de líquido da dieta o número de fracionamento é aumentado na maioria das vezes (de 10 a 12 vezes). Em média de 2 em 2 ou em 3 em 3 horas (dependendo do paciente). VOLUME: 200 - 300 ml por vez. ALIMENTOS E PREPARAÇÕES INDICADAS GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Sopas liquidificadas Mingaus (cereais e farinhas) Pães apenas o miolo (na forma de sopa, liquidificada c/ leite). Feijão Somente o caldo. Frutas Sucos, sorvetes, vitaminas. Água de coco, Caldo de cana. Hortaliças Sucos Leite, Iogurte e Queijo Sorvete, vitaminas, sucos, mingaus, iogurte, sopas cremosas (vegetais, aveia, cereais, ...). Queijo só cremoso. Carnes, Aves, Peixes Moídas, liquidificadas, caldos, sopas, e se ficar resíduos devem ser peneiradas. Ovos Quente (passado na água quente) Na sopa espera esfriar e mistura o ovo, depois aquece novamente. Gemada (carameliza açúcar depois acrescenta a gema e o leite + canela) Gorduras, Óleos e Açúcares Gorduras - manteiga, creme de leite Óleos - vegetais (arroz, milho, soja, ...). Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais. Pimentas, catchup, mostarda e os demais à base de glutamato monossódico 5) DIETA LÍQUIDA CONCEITO: É aquele em que os alimentos se encontram num grau de fluidez e viscosidade diminuída, onde as partículas existentes se encontram na forma, de emulsão ou dispersão. Tem como objetivo fornecer os nutrientes de uma forma que exija um mínimo de esforço nos processos digestivos e absortivos e pouco resíduo. INDICAÇÃO: Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição, em casos de afecções do trato digestório, em determinados preparos de exames, em pré e pós-operatórios. Utiliza alimentos de consistência líquida na temperatura ambiente, que produzem poucos resíduos e são de fácil digestão. FRACIONAMENTO – a cada 2 horas (volume controlado – distensão abdominal). Dieta de baixa saciedade, deve ser oferecido 200mL a cada 2 horas. VOLUME: 100 - 300 ml por vez. TIPOS - A) Líquida Completa. B) Líquida Restrita. A) LÍQUIDA COMPLETA: INDICAÇÃO: Hidratar o paciente ou individuo, saciar a sede, manter o funcionamento renal e equilíbrio hidroeletrolítico. FINALIDADE: Em preparos para exames e cirurgias do trato gastro intestinal. - pós operatório imediato (menos se a anestesia for local) - vômitos incoercíveis (que não param) - alimentos por sonda DURAÇÃO: Por tempo indeterminado se em uso de dietas enterais quimicamente definida, se em uso de dieta artesanal transição de consistência Líquida Restrita para Semi-Líquida. LÍQUIDOS - aumentados pela consistência da dieta. CONDIMENTOS - acentuadamente diminuídos, ou seja, diminua acentuadamente a quantidade, pois estes aumentam a motilidade gástrica. FRACIONAMENTO: Aumentando, cerca de 10 - 14 refeições no dia, num intervalo de 1 e 1/2hs ou 2 - 2 ou 3 em 3hs, mais freqüentes. VOLUME: 100 - 300 ml por vez. TEMPERATURA: Corpórea, fria-gelada, morna-quente. Os extremos devem ser evitados. *Azia ou pirose diminui temperatura, pois quente irrita mais. *Sangramento temperaturas mais frias, são vasocontricforas. FIBRAS: Diminuídas e isentas de celulose se alimentação artesanal. ALIMENTOS E PREPARAÇÕES INDICADAS - TODOS OS ALIMENTOS FORNECIDOS DEVERÃO APRESENTAR A FORMA LÍQUIDA GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Sopas liquidificadas. Mingaus (cereais e farinhas) Pães apenas o miolo (na forma de sopa, liquidificada c/ leite). Feijão Somente o caldo. Frutas Sucos, sorvetes, vitaminas. Água de coco, Caldo de cana. Hortaliças Sucos Leite, Iogurte Queijo Na forma vitaminas, mingaus. Sopas, sorvete (na boca fica líquida) mingaus, sucos. Não se usa. Carnes, Aves, Peixes Caldo ou sucos. Ovos Para enriquecimento de sopas, mingaus. Vitaminas e caldos. Gorduras, Óleos e Açúcares Gorduras - manteiga, creme de leite. Óleos - vegetais (arroz, milho, soja, ...). Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais. Pimentas, catchup, mostarda e os demais à base de glutamato monossódico 6) DIETA LÍQUIDA RESTRITA CONCEITO Fornece líquidos, eletrólitos e energia com alimentos de fácil digestão. Proporciona o máximo repouso ao TGI. Tem como finalidade hidratar o paciente ou individuo, saciar a sede, manter o funcionamento renal e equilíbrio hidroeletrolítico. INDICAÇÃO Esta dieta é indicada para pacientes que fizeram cirurgia no trato digestivo e necessitam um “repouso” intestinal severo. Pode ser usada também para o preparo de exames e em geral no pré ou pós operatório. DURAÇÃO: No máximo 72hs (3 dias). Pois não atende ás necessidades energéticas e nutricionais do indivíduo. É uma dieta de densidade calórica muito baixa, portanto não deve ser usada por mais de 2 dias. ALIMENTOS RECOMENDADOS E EVITADOS GRUPO ALIMENTAR ALIMENTOS RECOMENDADOS ALIMENTOS EVITADOS Pães, Cereais, Arroz e Massas Nenhum Todos Frutas Sucoscoados Abacate, manga e outros que não produzem sucos claros Hortaliças / Leguminosas Caldos e sucos coados de hortaliças. Nenhum, exceto as leguminosas Leite, Iogurte e Queijo Nenhum Todos Carnes, Aves, Peixes e Ovos Caldo de frango ou de carne de gado sem gordura Ovos, oleaginosas Gorduras, Óleos e Açúcares Pouca quantidade de açúcar em sucos ou óleo vegetal no preparo da alimentação Gorduras saturadas e sólidas Temperos Alho, sal com moderação e ervas naturais Pimentas, catchup e mostarda e os demais à base de glutamato monossódico
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