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AULA 03 AQUISIÇÃO E PERDA DA POSSE

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AQUISIÇÃO DA POSSE
DA AQUISIÇÃO DA POSSE
QUAL A NECESSIDADE DA DETERMINAÇÃO DO TEMPO DA AQUISIÇÃO DA POSSE??
1º - PORQUE OS VÍCIOS DECORREM DA FORMA COMO ELA É ADQUIRIDA, SURGINDO NO MOMENTO DA AQUISIÇÃO!!
2º - PERMITE CONTABILIZAR O LAPSO DE TEMPO PARA CARACTERIZAÇÃO DA POSSE VELHA E POSSE NOVA!!
3º - PORQUE DETERMINA O PRAZO INICIAL PARA USUCAPIÃO!!
NO CÓDIGO CIVIL DE 1916
Tratava sobre os modos de aquisição da posse
Art. 493. A posse podia ser adquirida:
“I – pela apreensão da coisa, ou pelo exercício do direito;
 II – pelo fato de se dispor da coisa, ou do direito;
 III – por qualquer dos modos de aquisição em geral.”
Neste caso se utilizou da Teoria de Savigny = Corpus + Animus!
O legislador admitiu a aquisição pela apreensão da coisa; a sua perda pelo abandono e pela tradição. 
Bastava a lei prescrever que existirá posse sempre que houver a posse de fato, correspondente ao exercício da propriedade!
Art. 1204: “Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.”
Pode-se adquirir a posse de diversas maneiras, a exemplo:
Apreensão;
Constituto possessório ;
Qualquer ato ou negócio jurídico, gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis;
MODOS DE AQUISIÇÃO
ORIGINÁRIO = Quando não há consentimento de/ou possuidor precedente; Aqui a posse fica livre de qualquer vício que anteriormente existia;
DERIVADO = Quando há anuência de/ou possuidor precedente; Aqui todos os vícios que existia na posse anterior acompanham a nova posse;
ORIGINÁRIO:
APREENSÃO DA COISA;
EXERCÍCIO DO DIREITO;
DISPOSIÇÃO DA COISA OU DO DIREITO.
DERIVADOS:
TRADIÇÃO;
SUCESSÃO NA POSSE.
APREENSÃO DA COISA
Apropriação unilateral de coisa “sem dono”.
Quando for abandonada (Res derelicta);
Quando for coisa de ninguém (Res nullius).
Bens móveis – Apreensão acontece não só pelo contato físico, mas também pelo fato de os deslocar para sua esfera de influência.
Bens imóveis - Apreensão se dá pela ocupação ou pelo uso da coisa.
Quando a coisa é retida de outrem sem a sua permissão.
Nesse caso também configura aquisição da posse, mesmo havendo algum vício (violência, clandestinidade...), quando o possuidor primitivo omitir-se na defesa de sua posse ou não se defende através dos interditos possessórios.
Os vícios que existiam aqui desaparecem, e o possuidor secundário, mesmo utilizando de violência, adquire a posse, e pode defendê-la perante terceiros.
EXERCÍCIO DO DIREITO
Pode-se adquirir a posse pelo exercício dos direitos reais sobre coisa alheia.
Art. 1379: “O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente (...)” pode, preenchidos os demais requisitos legais, conduzir à usucapião.
Exemplo: Servidão.
Pergunta???
O Exercício de qualquer direito poderia ser objeto de modo de aquisição originário da posse?
Resposta: Não! 
Apenas os direitos que podem ser objetos da relação possessória! Ex.: servidão, uso , etc.
DISPOSIÇÃO DA COISA OU DO DIREITO
O fato de se dispor da coisa caracteriza conduta normal do titular da posse ou domínio.
Desdobramento do Exercício do direito
Torna-se evidente que o sujeito detêm a apreensão da coisa ou do direito.
Quando o sujeito dispõe da coisa ou do direito de modo claro e significativo, exterioriza a propriedade, ou seja, a posse. Tal comportamento é o mais forte sinal de visibilidade do proprietário.
TRADIÇÃO
Comumente é precedida de um negócio jurídico de alienação, quer seja gratuito (doação), quer seja oneroso (compra e venda).
Ato material de entrega da coisa, ou sua transferência de mão a mão, saindo do antigo para o novo possuidor.
Três espécies de tradição:
*Real
*Simbólica
*Ficta
TRADIÇÃO REAL
Ocorre quando existe a entrega efetiva e material da coisa.
Requisitos:
I – a entrega da coisa (corpus);
II – a intenção das partes em efetuar a tradição = um sujeito tem intenção em transferir a posse + outro sujeito tem a intenção de adquirir a posse;
III – a justa causa = o negócio jurídico precedente fundamentando.
TRADIÇÃO SIMBÓLICA
Ocorre quando a tradição é representada por um ato que traduz a alienação.
Ex.: Entrega das chaves de um apartamento ou de um veículo vendido.
TRADIÇÃO FICTA
Ocorre nos casos de traditio brevi manu e do constituto possessório (cláusula constituti)
Constituto possessório
Ex.: Proprietário que vende imóvel a terceiro e permanece nele, porém na qualidade de locatário.
A cláusula não é presumível, deve vir expressa em contrato.
Traditio brevi manu
Possuidor de coisa alheia passa a possuir a coisa como própria.
Ex.: Locatário que adquire a propriedade que locava e torna-se proprietário.
SUCESSÃO NA POSSE
Inter vivos ou mortis causa – Arts. 1206 e 1207, Código Civil.
MORTIS CAUSA
Sucessão universal
A título singular
Sucessão universal ocorre quando o herdeiro sucede na totalidade da herança, fração ou parte-alíquota. Podendo ocorrer na sucessão legítima ou testamentária.
A título singular o beneficiário recebe apenas um bem certo e determinado, chamado de legado.
INTER VIVOS
Ocorre geralmente a título singular.
Ex.: Contrato de compra e venda.
Art. 1207, CC. – Unir o comprador a sua posse à do antecessor.
Acessio possessionis – que é portanto facultativa e não obrigatória.
Se fizer uso – a posse permanecerá com os vícios anteriores.
Se não usar – retirará qualquer vício que a maculava, iniciando uma nova posse.
Ex.: Usucapião.
Usucapião extraordinária demanda um prazo longo, porém não exige a boa-fé.
QUEM PODE ADQUIRIR A POSSE ?
Art. 1205, CC.
A posse pode ser adquirida:
Pela própria pessoa que a pretende (desde que seja capaz, salvo se estiver representado ou assistido por representante legal);
Terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
Pergunta???
Um incapaz poderia adquirir a posse?
Resposta: Sim e não!
PERDA DA POSSE
“Toda a sensação de perda vem da falsa sensação de posse.” (Luiz Gasparetto)
DA PERDA DA POSSE
QUANDO CESSA, MESMO QUE CONTRA A VONTADE DO POSSUIDOR, O(S) PODER(ES) INERENTE(S) AO PROPRIETÁRIO.
ART. 1223, CÓDIGO CIVIL.
PERDE-SE A POSSE:
PELO ABANDONO (derelictio) = O possuidor renuncia, manifestando-se voluntariamente. Porém a perda definitiva só ocorrerá quando outrem possuir a coisa abandonada.
Pergunta???
Pode-se perder a posse por abandono do representante?
Resposta: Sim. 
PELA TRADIÇÃO (traditio)
Ocorre quando há a intenção definitiva, manifesta, de transferir a posse a terceiro.
Pergunta???
Se o sujeito entrega a coisa a um representante para que a administre, ele perde sua posse?
Resposta: Não! 
Lembrar!! – Três tipos de tradição!!
Real – entrega definitiva e material da coisa
Simbólica – quando representada por ato que exprime a alienação
Ficta – Fictícia. Não existe a tradição material. Ex: traditio breve manu e constituto possessório.
PERDA PROPRIAMENTE DITA DA COISA
Ocorre quando torna-se impossível exercer o poder físico sobre a coisa, mesmo contra a vontade do possuidor.
Ex.: Pássaro que foge da gaiola.
Pergunta???
Se eu perco meu relógio dentro de minha casa, eu perco minha posse do relógio?
Resposta: Não! Porque há possibilidade de reencontrar minha posse! A posse permanece a mesma, porque eu não a perdi!
 
PELA DESTRUIÇÃO DA COISA
Perecendo o objeto, extingue-se o direito.
Pode ocorrer por acontecimento natural ou fortuito.
Ex.: Um animal que morre por idade avançada ou com a ocorrência de um raio.
Pode ocorrer também por fato do próprio possuidor.
Ex.: Provoca um acidente em seu veículo com perca total.
Ou por fato de terceiro.
Ex.: Ato atentatório à propriedade.
Perde-se também quando a coisa deixa de ter as qualidades essenciais à sua utilização ou o valor econômico.
Ex.: imóvel que fora invadido pelo mar ou submerso permanentemente.
Perde-se quando é impossível distinguir uma coisa de outra.
Ex.: Na confusão, comistão, adjunção e avulsão.
PELA COLOCAÇÃO DA COISA FORA DO COMÉRCIOQuando a coisa se torna inaproveitável ou inalienável (extra commercium), por razões de ordem pública, de moralidade, de higiene e de segurança coletiva.
PELA POSSE DE OUTREM
Quando ocorre nova posse, mesmo contra a vontade do possuidor precedente, sem que esse tenha se mantido ou se reintegrado em tempo oportuno.
Pergunta???
Quando a nova posse ocorre com algum vício, mesmo assim ocorre a perda da posse e posse nova?
Resposta: Não! O desapossador apenas terá a detenção da coisa.
RECUPERAÇÃO DE COISAS MÓVEIS E TÍTULOS AO PORTADOR
No código civil 1916, art. 521, existia a previsão de reivindicar coisa móvel furtada, ou título ao portador, ainda que de terceiro adquirente de boa-fé.
A mesma obrigação existia a quem lhe fosse transferida a coisa. 
Possuidor primário
Coisa furtada
Intermediador
(o gatuno, ladrão)
Possuidor secundário
Ação reivindicatória
No Código Civil 2002 não existe dispositivo semelhante!!
Art. 907, CPC, que dispõe: “Aquele que tiver perdido título ao portador ou dele houver sido injustamente desapossado poderá: I – reivindicá-lo da pessoa que o detiver; II – requerer-lhe a anulação e substituição por outro.”
Com relação à coisa móvel ou semovente, prevalece a regra geral, aplicável também aos imóveis!
O proprietário injustamente privado da coisa que lhe é de direito pode reivindicá-la de quem quer que a detenha! (previsão do art. 1228, CC)
Direito de sequela
Quando terceiro adquiri objeto extraviado ou roubado a situação é vista pelo art. 1268, CC, com relação a tradição:
“Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono.” ou se “o alienante adquirir depois a propriedade.” (§1º) 
Existe uma diferença entre o sujeito ter sua coisa furtada, roubada ou perdida
A coisa sai da vigilância do possuidor contra sua vontade!
Diferente do estelionato e apropriação indébita.
A própria vítima entrega voluntariamente a coisa, mediante dissimulação ou posse irregular posterior.
Ex.: Venda de veículo automotor mediante cheque sem fundos.
Pergunta???
Pode-se demandar com ação reivindicatória contra terceiro de boa-fé que adquiriu a coisa?
Resposta: Não!
PERDA DA POSSE PARA O AUSENTE
Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
A perda é provisória. Pois nada impede do esbulhado se valer das ações possessórias.

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