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A DIDATICA NO ENSINO DA QUIMICA

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ISSN 2176-1396 
 
A DIDÁTICA NO ENSINO DA QUÍMICA 
 
Alessandra Novais Bassetto Berton
1
- SOCIESC- CURITIBA 
 
Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
Este trabalho mostra como o ensino da química pelo professor, e, ou, o aprendizado desta 
ciência pelos alunos, que estuda a matéria e suas transformações pode se tornar a ambos uma 
experiência muito prazerosa. Utilizando metodologias de aprendizagem muitas vezes simples, 
mas com uma eficácia demonstrada nas avaliações e relatórios científicos destes. Pensando de 
maneira geral a didática sendo uma contextualização teoria e prática, conforme nos mostra 
Valente, 2009, na química esta contextualização tem que ser uma relação direta com o 
cotidiano, demonstrando esta proximidade. Serão mostradas algumas propostas de técnicas 
para serem praticadas nas aulas de química. O Objetivo do trabalho é demonstrar que através 
de metodologias ativas de aprendizagem podem fazer o discente aprimorar-se e interessar-se 
pelo estudo da química, experimentos feitos em sala de aula comprovaram que a forma lúdica 
de ensinar um conceito complexo como ocorre na ciência química, é significativa na relação 
ensino-aprendizagem, fazendo o discente adquirir a competência de entender e contextualizar 
conceitos antes irreais ou abstratos em sua mente como, átomo, modelos atômicos, densidade, 
entre outros agora tangíveis de compreensão por estes. Embasando o trabalho, referencia-se 
aos seguintes autores: Valente (2009) explicando a didática, Menezes (2012) mostrando como 
deve-se planejar as aulas, principalmente ao fato de que as turmas de alunos geralmente são 
heterogêneas, Bruni (2012) e Usberco (2007) mostram que no ensino-aprendizagem, deve-se 
sempre trazer o cotidiano para sala de aula. Priess, Souza, Veiga acreditam em diversas 
técnicas de aprendizagem todas ativando e motivando o pensar dos alunos, como defende 
Lucca, porém nem todas podem ser usadas no aprendizado da Química, algumas destas 
técnicas, como, por exemplo, estudos de casos, pesquisa em artigos e posterior apresentações 
de seminários tem se mostrado como técnicas que auxiliam muito o docente desta área, 
provocando os alunos e estimulando-os a pensar e a debruçar sobre o estudo. Desta forma 
aqueles alunos que iniciam uma disciplina de química, seja no ensino médio ou no superior 
aprendem a não ter um preconceito com a Química, mudando o seu jeito de entender a 
disciplina e seus conteúdos muito importantes para entender o cotidiano. Práticas 
significativas que não consideram o decorar um bom processo, ajudam aos alunos que 
 
1
 Doutora em Química pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Pós Graduada pela Unisociesc em 
Educação com ênfase em Metodologia e Didática do Ensino. Professora titular da Faculdade Sociesc de Curitiba 
- FSC - Mantenedoura Centro Universitário Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC. 
Coordenadora de curso de Engenharia Química, Tecnologia em Polímeros e Tecnologia em Processos Químicos. 
E-mail: alessandra.berton@sociesc.com.br. 
26551 
 
ingressam na faculdade e que tiveram problemas no entendimento dos conteúdos desta 
disciplina a iniciarem um processo de aprendizado real. 
 
Palavras – chave: Didática. Química. Ensinar. Aprendizado. 
Introdução 
Este trabalho visa demonstrar a importância da didática no ensino de Química, 
principalmente no que se refere à assimilação dos conceitos e entendimento dos mesmos nos 
diferentes contextos nos quais os estudantes se inserem. Nesse aspecto observa-se nos 
ambientes profissionais e entre os professores de química uma tendência a se trabalhar a 
disciplina de forma tradicional, com aulas expositivas, não muito atrativas para os estudantes, 
que nada vê de interessante no decorar tabela periódica ou conceitos complexos demais para 
seu entendimento. A didática, segundo os dicionários, vem da palavra grega didaktiké, 
significando a arte de ensinar. 
Segundo, Valente (2009)
 
a Didática Geral é uma ciência teórica - prática que pesquisa, 
experimenta e sugere formas de comportamentos a serem adotados no processo ensino 
aprendizagem, resultando na eficiência e eficácia das aulas, sendo ferramenta cotidiana do 
professor tendo uma contínua evolução, portanto o professor deve se aperfeiçoar e atualizar 
seu conhecimento sobre novas técnicas que possam ser utilizadas em sala de aula. 
Além disso, como neste estudo o foco é utilizar a didática, esta arte para ajudar o 
alunado aprender a aprender a química e entender sua importância na sua vida pessoal e 
profissional futura ou presente, o professor deve estar também atualizado no que ocorre nesta 
ciência sempre em evolução. 
Observa-se no ensino de química que as práticas dos professores ainda estão 
fundamentadas nas formas de ensinar de seus professores e nas ciências exatas, como, por 
exemplo, química, matemática, física, o professor tem que mostrar ao aluno como isso tudo 
pode ser interessante aprender. 
Observa - se que os docentes são muito técnicos ou ainda cobram que o aluno decore 
conceitos nesta disciplina, esquecendo-se de contextualizar e trazer o cotidiano até os 
discentes, além de mostrar como podem adquirir o conhecimento exigido, entendo os 
conceitos sem a necessidade de decorá-los. 
26552 
 
O professor se pergunta neste momento “Como devo proceder para atender o 
apreender dos discentes? Quais práticas didáticas devo usar? Como posso avaliar se os 
discentes estão captando a mensagem? “ 
O Objetivo geral deste trabalho é demonstrar como os professores desta área podem 
fazer para que a disciplina de química seja mais proveitosa e interessante aos discentes. Não 
existe uma receita de bolo para isso cada professor pode inovar buscando técnicas 
pedagógicas capazes de atender às necessidades dos estudantes, identificando, analisando 
cada turma ou grupo de estudantes que atua com a disciplina de química, observando e 
considerando a diversidade na sala de aula uma vez que há aqueles com mais ou menos 
dificuldades de aprendizado. 
Começamos o ano planejando o trabalho com cada turma, tendo por base a 
expectativa média sobre maturidade, habilidades e conhecimentos anteriores dos 
futuros estudantes. No entanto, o previsto será continuamente reformulado porque o 
aluno médio é uma abstração que raras vezes corresponde à variedade encontrada 
nas salas de aula. Por isso, é melhor nos prepararmos para turmas heterogêneas, em 
lugar de as lamentarmos. Levar em conta sua diversidade é condição para poder 
ensinar. (MENEZES, 2012) 
Tendo em vista essa diversidade, o docente pode desenvolver atividades e práticas 
diferenciadas que o ajudará a levar este conhecimento a todos os discentes de determinada 
turma discentes de forma prazerosa. O docente quando percebe que os alunos estão 
aprendendo, estão tendo interesse, inovando nos questionamentos sobre esta área, enfim 
participando, fica imensamente feliz com o resultado. 
O objetivo deste trabalho se justifica no intuito de ajudar os docentes a encontrarem 
suas técnicas pedagógicas para esse ensino-aprendizagem da Química, demonstrando 
exemplos já realizados pelo autor em disciplina de Química Geral e áreas afins, através de 
relatos de metodologias ativas de aprendizagem possíveis de serem utilizadas, em sala de 
aula. 
A disciplina de Química e áreas afins 
A disciplina de Química é importante para entendimento de conteúdos a serem 
aprendidos pelos discentes durante o decorrer de praticamente quase todos os cursos de nível 
técnico e superior que cursam para se tornarem profissionais mais capacitados. Mesmo em 
cursosna área de humanas, por exemplo, Direito, este conhecimento é importante, para 
entendimento de Direito Forense, analisando certas provas obtidas sobre os crimes que 
26553 
 
dependem de testes ou conhecimentos de química, assim resolvendo, ou melhor, defendendo 
um crime (BRUNI, 2012). 
A química, assim como outras ciências, exerce grande influência na vida cotidiana, e 
seu estudo, portanto, não se limita aos estudos e pesquisas de laboratórios e de produção 
industrial
 
(USBERCO, 2007). 
É importante que ao ensinar esta disciplina o professor contextualize em sua aula que a 
química está presente na nossa vida de maneira que sem esta nada existiria. Nós, os objetos 
que nos rodeiam, o nosso alimento, a possibilidade de respirarmos, de digerirmos o alimento 
não existiriam e não seriam explicados, caso existissem (USBERCO, et al, 2007). 
Uma das estratégias que deve sempre ser utilizada com os alunos logo que iniciam a 
Disciplina de Química Geral é trazer um texto ou exemplos da Química no Cotidiano, e 
estimular os alunos a debater em equipe, a buscar em suas vidas a química e depois exporem 
suas ideias, geralmente ficam muito empolgados ao perceberem que o conceito ou preconceito 
que tinham desvanece e entendem o motivo e o objetivo deste estudo. Além disso, aprendem 
a conviver com os colegas. 
Técnicas didáticas de ensino 
Existem muitas maneiras de ensinar e muitas estratégias de ensino podem ser 
utilizadas pelos docentes: aula expositiva e dialogada, dramatização, estudo de textos e ou 
artigos, resolução de exercícios, seminário, pesquisas, estudo de casos, tempestade cerebral, 
júri simulado, entre outras (PRIESS, 2012). 
Destas estratégias algumas podem ser utilizadas para o ensino da química, outras não, 
mas o docente pode inovar novas técnicas de ensino. 
Por exemplo, na matemática, e na física, e em outras disciplinas em áreas afins... a 
resolução de problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os 
alunos para o estudo...O processo ensino e aprendizagem podem ser desenvolvidos através de 
desafios com problemas interessantes que possam ser explorados e não apenas resolvidos (DE 
SOUSA, 2005). 
Técnicas didáticas no ensino da química 
Neste caso esta estratégia de resolver problemas e desafios para o ensino da química 
também é muito válida e incentiva os discentes a trabalhar em consonância com os 
26554 
 
conhecimentos aprendidos e com a pesquisa para aprimorar os conhecimentos adquiridos em 
sala de aula. 
As estratégias de ensino também devem aprimorar: o aprender a conhecer, o aprender 
a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser
 
(PRIESS, 2012). Primeiro o professor de 
química pode expor os conteúdos da Química, de maneira expositiva, mas de forma a 
incentivar os discentes a aprender a conhecer sem que se preocupem em decorar conceitos e 
sim e entender a essência do conceito que está sendo ensinado. No ensino da Química é muito 
importante trazer para dentro da sala de aula ou fazer experimentações em laboratórios 
específicos, proporcionando ao alunado a aprender a fazer. Com tudo isso os discentes 
aprendem a conviver, pois entendem também como estudar em equipe e se entusiasmam com 
esta ciência, e ao final têm-se profissionais que aprenderam a ser. 
O Aprender a Ser no ensino da Química no Cotidiano o Professor pode explorar os 
conceitos que relacionam a Química com Meio Ambiente, conteúdos sobre Tratamentos de 
Efluentes, de Resíduos, Reciclagem de Materiais, enfim a preocupação com o meio ambiente 
e a ética profissional, nossos alunos, podem trabalhar em indústrias, em pesquisa e 
desenvolvimento nas mais diversas áreas e cm estes conceitos tornam-se profissionais que 
respeitam o meio ambiente e se preocupam em manter as normas como ISO 17025 e 14000 
(DERISIO, 2007). 
 Os docentes então devem perguntar a si próprios “Como devem proceder para atender 
o apreender dos discentes? ” Cada docente desta área deve programar estratégias as suas 
práticas docentes que deixem este apreender mais interessante aos alunos. E se perguntam 
“Quais práticas didáticas devem usar e como perceber que os alunos captaram o que foi 
ensinado? ” 
A química tem que se tornar ao aluno uma disciplina que realmente este julgue 
importante ao seu aprendizado, porém sem deixa-lo com medo. Esta disciplina em outras 
épocas e como quando muitos de nós professores atualmente fizemos nosso antigo Colegial 
ou Ensino Superior foi ministrada com estratégias de ensino que fizeram muitos temer a 
simples menção do nome Química. 
Em outras épocas o professor utilizava da decoreba de conceitos e até mesmo de 
tabelas, por exemplo, a Tabela Periódica, que se foram feitas, foram para auxiliar no estudo da 
química não para decorar. Então até hoje há profissionais docentes que ainda usam desta 
26555 
 
estratégia retrógrada para ensinar, apenas utilizam como exemplo, professores que tiveram no 
passado. 
Contudo, hoje o professor de Ciências em geral, tem muita tecnologia para conseguir 
explicar, contextualizar e fazer a diferença nesta disciplina. Portanto Práticas como debates, 
estudos de casos, demonstrações da química no dia-a-dia, estudos de artigos científicos sobre 
os diversos assuntos abordados nos conteúdos essenciais da química, vídeos educativos e até 
engraçados que faz com que o alunado entenda a essência do seu estudo. A internet hoje em 
dia nos ajuda muito a incentivar a participação mais ativa dos alunos, por exemplo, quando 
comentamos um conceito, eles procuram um texto um vídeo na internet e comentam e assim o 
ensino-aprendizagem fica mais dinâmico. 
Para o físico e professor da USP (Universidade de São Paulo) Menezes (2012), o 
desafio se amplia, quando se tem mais de 40 estudantes em cada uma de suas várias classes, 
ele não tem como prestar um atendimento individual. Se o docente estiver na dúvida se 
apenas passará conteúdos ou se contribuirá para o desenvolvimento de cada um, a sugestão é 
ter um critério divertido: “sempre que for possível se imaginar substituído por uma palestra 
gravada e supervisionada por um vigia, seu trabalho não valorizará a diversidade humana”. A 
expectativa do docente não é apenas que os discentes apenas ouçam, copiem, entreguem 
lições individuais e façam provas, assim o resultado serão notas, isto é, números. Um bom 
educador não pretende apenas que os discentes tirem nota, isto pode ser uma consequência do 
bom aprendizado, mas principalmente que aprendam. 
Segundo, Veiga (2012) as diferentes tecnologias usadas para o ensino da Química 
proporcionam aos discentes e docentes desde pesquisas a simulações, e que é possível, que a 
partir destas sejam confeccionar instrumentos de baixo custo que tornem o ensino-
aprendizagem na química mais interessante. 
São descritas a seguir como foram realizadas algumas estratégias que já mostraram 
eficácia com turmas variadas de Tecnologia em Polímeros, Tecnologia em Processos 
Químicos, Tecnologia em Fabricação Mecânica, Engenharia de Produção e Engenharia 
Química, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação. 
26556 
 
Ensinou-se as Propriedades Periódicas dos Elementos, sem fazer os alunos 
decorarem como é o crescimento da eletronegatividade e sim trabalhar o conteúdo 
anterior de distribuição eletrônica para mostrar através de desenhos do modelo de 
Bohr este crescimento. Assim eles entenderam, e não esqueceram. Quando se 
decora, até pode-se ter um bom resultado na avaliação, porém o conteúdo não fica 
registrado posteriormente. 
Utilizou-se de uma rede e bolinhas de gude ou feijões para demonstrar o 
experimento de Rutherford que gerou o Modelo atômico deste cientista. Desta forma 
os discentesconseguiram imaginar o modelo de forma macro, pois muitas vezes 
nesta parte do conteúdo como não se pode pegar um átomo e suas partículas e 
mostrar a ele, este fica com muitas dúvidas, assim inovando como numa brincadeira 
motivou-se o entendimento. 
Realizou-se uma gincana entre equipes de alunos com perguntas sobre os conceitos 
ensinados, mas sempre incentivando ambas, e claro como professor você pode dar 
dicas, assim os discentes relembraram os conceitos estudados ou ensinados em aulas 
anteriores. Isto foi feito na véspera de avaliações, fazendo com que estes alunos 
ficassem mais calmos e assim a química ficou mais divertida. 
Para estudar as propriedades periódicas em seu conceito pediu-se para que equipes 
representassem uma determinada propriedade (Energia de Ionização, 
Eletronegatividade, Raio Atômico, ou Afinidade Eletrônica) e dramatizassem – na e 
a outra equipe tentou adivinhar qual propriedade se referia, assim também houve um 
incentivo a relembrar os conceitos ensinados anteriormente de forma divertida. 
Para estudar as ligações químicas fez-se um teatro com os alunos usando da técnica 
de mímica, alguns representaram elétrons (doados, recebidos ou compartilhados) e 
outros o átomo com suas camadas, ou o núcleo, exemplificando de forma lúdica as 
ligações iônicas e covalentes. 
Com turmas com muitos alunos (turmas de Engenharias de diversas áreas), foram 
feitos experimentos: de misturas miscíveis e imiscíveis, trabalhando conceitos de 
densidade e polaridade, sempre com substâncias inócuas. 
Em todas as aulas mesmo que teóricas foram levados materiais do dia-a-dia para 
verificação e visualização das propriedades mecânicas, químicas ou físicas destes. 
Existem diversos tipos de polímeros em forma de plásticos mais rígidos ou mais 
flexíveis isto foi demonstrado em sala de aula com copos descartáveis, sacolas 
plásticas e vasilhas para micro-ondas. Em outra ocasião mostrou que o plástico não 
absorve água e o papel sim, mostrando o conceito de polaridade existente na 
molécula da celulose (pela fórmula química) não no polietileno, influencia na 
atração com a molécula de água. Desta forma o docente mostra aos discentes como a 
química e às propriedades das substâncias se relaciona ao cotidiano e ao setor 
profissional escolhido pelos educandos. 
Foram propostas práticas sobre os conceitos estudados. O conceito de densidade, foi 
demonstrado apenas com copos de água e materiais ou substâncias do cotidiano com 
pesos diferentes (bolinhas de gude, bolinhas de borracha, dados, óleo de cozinha, 
álcool, glicerina). A visualização do discente do que foi aprendido na teoria fica 
evidenciada na prática. 
 
Cada uma destas práticas didáticas citadas acima, fizeram o alunado em sua maioria 
aplicarem em avaliações, e descreverem em questões para demonstrar o seu aprendizado 
26557 
 
experimentos feitos pelo autor em sala de aula que demonstraram de forma lúdica as teorias 
sobre a química, antes decoradas e não realmente aprendidas por estes discentes. 
Avaliação para consolidação do ensino da química 
No quesito avaliativo as provas devem ser contextualizadas e a cobrança deve ser a 
Essência e não a Decoreba dos conceitos. Contudo muitas outras formas o professor deve 
usar para avaliar os alunos: 
Atualmente, para muitas escolas, o maior valor da educação é ensinar o aluno a 
pensar. Quase não existe mais espaço para aquela didática voltada à matéria 
decorada, à pedagogia da imposição das ideias. A abordagem é reflexiva, induz o 
estudante a desenvolver pensamentos coerentes e o senso analítico. A boa escola 
acompanha os problemas mundiais e éticos de maneira mais ampla. (LUCCA, 2008) 
Para ilustrar os comentários anteriores sobre a DECOREBA observe a tirinha a seguir 
que mostra justamente o que acontece quando o discente apenas decora sem entender o 
conceito ensinado. 
Figura 1- Ilustração sobre como fica o discente que somente sabe decorar 
 
Fonte: http://educacaodareligiosidade.blogspot.com 
 
O professor de química e de outras ciências exatas deve procurar no decorrer do 
ensino da disciplina resolver exercícios para fixação da essência dos conteúdos. Problemas e 
estudos de casos que gerem desafios são sempre formas de identificar o aprendizado. O aluno 
individual ou em equipe pode pesquisar sobre um conteúdo ministrado e trazer como 
seminário aplicações deste. Quando houver aulas experimentais o docente deve mostrar como 
fazer e requisitar um relatório da prática com introdução teórica, parte experimental descritiva 
e interpretar e discutir resultados. 
26558 
 
Percebe-se que o docente desta área deve buscar em seu conhecimento e no querer 
ensinar estratégias avaliativas que demonstrem que o aluno realmente aprendeu, mas isto 
pode ser feito acompanhando a evolução deste passo-a passo. 
Considerações Finais 
Conclui-se com o presente trabalho que é possível fazer com que o ensino da Química 
seja mais eficaz, mas ao mesmo tempo prazeroso para Docente e Discente. Os discentes antes 
com preconceito desta disciplina podem além de entender e adquirir conhecimentos 
importantes de Química para sua área de atuação profissional, podem também ter nesse 
estudo direcionado apreender como a Química pode ser interessante e divertida. As formas 
avaliativas também devem buscar entender o que aluno aprendeu e o que ainda tem dúvidas 
para que no decorrer do ensino da química, estas possam ser sanadas pelo docente. 
Existem muitas estratégias de ensino aprendizagem viáveis para ensinar Química, 
como: aula expositiva e dialogada, dramatização (mímicas, dinâmicas e jogos), estudo de 
textos e ou artigos, resolução de exercícios, seminário, pesquisas, estudo de casos, então 
somente é necessário o docente inovar suas aulas ( usando estas técnicas e qualquer outra 
metodologia ativa, como mostrar materiais típicos do dia – a dia para entendimento de 
conceitos da estrutura química dos compostos ), fazendo com que o discente sinta vontade de 
aprender esta ciência tão importante no seu cotidiano familiar, pessoal e em seu trabalho em 
indústria, quando se trata de um profissional, por exemplo, de automação, mecânica, civil, 
elétrica, que antes não entendia a importância deste aprendizado. Aprendendo porque os 
materiais possuem suas diferentes características, devido a suas estruturas químicas, mesmo 
se o trabalho for no comércio ou administrativo, aprenderá que é necessário ter 
conhecimentos químicos na área de gestão ambiental e logística reversa de seus produtos ou 
insumos. 
Assim, neste relato de algumas técnicas didáticas realizadas pelo o autor é 
demonstrado que a forma lúdica de ensinar é significativa no ensino-aprendizagem da 
química, esta deixa de ser uma vilã aos estudantes e passa a ser uma aliada para todas as áreas 
de trabalho, isto demonstrado em avaliações realizadas ao longo de um semestre em disciplina 
de química ou afins. 
 
26559 
 
REFERÊNCIAS 
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; DE OLIVEIRA, M. F.- Fundamentos de Química Forense - Uma 
Análise Prática da Química Que Soluciona Crimes, Ed. Millennium, 2012. 
DERISIO, J.C. Introdução ao controle da poluição ambiental. 3. ed. São Paulo: Signus, 
2007. 
DE SOUSA, A. B. A Resolução de Problemas como estratégia didática para o ensino da 
matemática, Universidade Católica de Brasília, 2005. 
EDUCAÇÃO PARA RELIGIOSIDADE, Blog. Curitiba, 2011. Disponível em: 
<http://educacaodareligiosidade.blogspot.com/2009/06/decoreba. Acesso em: 20 mai,2011. 
LUCCA, R. de, Sem Decoreba: A didática contemporânea enterrou as aulas automatas nas 
escolas e hoje ensina os alunos a pensar e a desenvolver o senso crítico. Disponível em: 
<http//planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educação/conteúdo/301886.shtml>Acessoem: 
16 fev.2013. 
MENEZES, L.C. de, São tantos na classe, mas cada um é um. Por trás de cada olhar que 
nos recebe no início do ano, há alguém singular em seu potencial. Por isso, toda turma é 
heterogênea, Gentequeeduca, 2012. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-
escolar/sao-tantos-classe-cada-679010.shtml>. Acesso em: 16 fev. 2013. 
PRIESS, E. Y. Didática no Ensino Superior, edição1, Sociesc, Joinville- SC, 2012. 
USBERCO, J; SALVADOR, E. Química Essencial, volume único, Saraiva, São Paulo- SP, 
2007. 
VALENTE, N. DIDÁTICA: ferramenta cotidiana do professor, 2009. Disponível 
em:<http//www.jornaldedebates.uol.com.br/debate/como-melhorar-qualidade-educacao-
nobrasil/artigo/didatica-ferramenta-cotidiana-professor>. Acesso em: 09 fev. 2013. 
VEIGA, M. S. M.; QUENENHENN, A.; CARGNIN C., O ENSINO DE QUÍMICA: algumas 
reflexões, I JORNADA DE DIDÁTICA - O ENSINO COMO FOCO - I FÓRUM DE 
PROFESSORES DE DIDÁTICA DO ESTADO DO PARANÁ, UTFPR, 2012.

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