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POP: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM Nº 05 DATA EMISSÃO JUL/2018 EXAME NEUROLÓGICO Monitor: Wenderson Costa da Silva Disciplina: Semiologia da Enfermagem Definição: O exame neurológico é complexo e extenso, fato que, às vezes, dificulta sua realização. No entanto, ele é parte indispensável do aprendizado do aluno de enfermagem, pois, em situações pertinentes, um exame neurológico detalhado e cuidadoso traz informações relevantes para a assistência. Os seguintes aspectos da propedêutica neurológica serão abordados: Avaliação do nível de consciência, das pupilas, da força motora, da função sensitiva, da função cerebelar e dos nervos cranianos. Objetivo: Compreender a avaliação do exame neurológico da enfermagem baseada em evidências. Responsabilidade: médico e enfermeiro. Material Necessário: Lanterna; Algodão; Objeto ponta romba; Tubos de ensaio; Escala para análise da função neurológica; Martelo para teste de reflexo. Procedimentos: CONTEÚDO DA CONSCIÊNCIA Para avaliar o despertar e o conteúdo da consciência, são avaliados por meio de respostas de reatividade e perceptividade. Perceptividade: A perceptividade está relacionada à função do córtex cerebral, a avaliação é feita por meio da análise das respostas que envolvem mecanismos de aprendizagem (gestos e palavras). Reatividade: A avaliação da reatividade é realizada quando há perda da consciência. As respostas ´constituem- se por reflexos. Pode ser: Inespecífica: quando você toca na pessoa ou chama ela, a reação da pessoa é abrir os olhos, ou seja, acorda, mas não interage o meio ambiente. A dor: quando é feito o estimulo de dor, a pessoa retira o membro. Os estímulos dolorosos pode ser realizado no leito ungueal, trapézio e região supraorbital. Vegetativa: corresponde ao controle das funções neurovegetativas. (Não possui nenhuma reação, as funções da vida vegetativa são funções involuntárias, como a circulação do sangue, a respiração, a digestão etc.) Estímulos auditivos e táteis Estímulos verbais, ruídos e dor são utilizados para obtenção de respostas, que podem ser abertura dos olhos, verbalização e/ou movimentação. A avaliação do nível de consciência deve-se começa com estímulos auditivos e depois táteis. O estimulo auditivo: - Se inicia com o tom de voz normal p.ex. Fale baixo e normal: Sra. Thalia, Sra. Thalia, a senhora está bem? - Obtendo-se resposta da paciente, você deve avaliar o nível de orientação, (perguntando para ela, onde ela está, que dia é hoje, etc), e avaliar também sua função cognitiva (memoria, atenção, concentração, linguagem, etc). - Na ausência de resposta da paciente, ao tom de voz normal, você deve aumentar o tom de voz, e produzir algum ruído (estalar dos dedos ou bater palma), se a paciente, responder dessa vez, você deve avaliar sua orientação e função cognitiva, como descrito acima. - Na ausência de resposta ao estimulo auditivo ou verbal, deve-se aplicar o estimulo tátil. Incia-se com um leve toque no braço da paciente, chamando-a pelo nome, na ausência de resposta, o estimulo doloroso deve ser aplicado. - A aplicação do estimulo doloroso pela compressão do leito do leito ungueal, consiste na aplicação de pressão na base das unhas com uso de um instrumento que pode ser uma caneta. Outros locais que podem ser aplicados, na região supraorbital e o trapézio. A aplicação do estimulo doloroso quando necessária várias avaliações frequentes, deve-se fazer alternância nos locais. Respostas encontras com o estimulo doloroso: A resposta observada após o estimulo doloroso é do tipo motor. As respostas motoras podem ser consideradas apropriadas, inapropriadas ou ausentes. Aplicação do estimulo doloroso leito ungueal. Região supraorbital, o estimulo deve ser feito com o polegar, observando em caso de suspeita de fratura nessa região, essa técnica não deve ser utilizada. A compressão do musculo trapézio é realizada com o dedo indicador, médio e polegar, na forma de pinça, e dessa forma, pinça o musculo trapézio. A utilização do estimulo doloroso na compressão no esterno, não é consenso na literatura. Ressalta-se que a estimulação dolorosa, pode resultar em lesões quando a técnica for realizada de forma inadequada. Apropriadas: o paciente localiza e retira o membro ou empurra a mão do examinador após o estimulo doloroso. Inapropriadas: indicam reações primitivas (decorticação e descerebração). A decorticacão indica lesão nos hemisférios cerebrais. A descerebração é considerada importante sinal de disfunção cerebral. Arreflexia: ausência da resposta motora. (Comum nas lesões do tronco encefálico ou depressão intensa causada pelo uso de drogas sedativas ou substancias toxicas). Níveis de consciência: Há vários termos par descrever alterações no nível de consciência, entre eles, letárgico, confuso, sonolento, obnubilado e torporoso. Subjetivos na sua definição e na sua interpretação. Letárgico: responde às perguntas com coerência, com sonolência e dificuldade de se manter desperto. Obnubilado: paciente precisa ser desperto, sonolento, com grau de alerta diminuído e responde às perguntas com lentidão e informações confusas. Torporoso: paciente responde somente a estímulos dolorosos. A consciência e o coma são definições amplamente aceitas e que não geram contradicações na sua interpretação. Coma: é estar em sono profundo, inconsciente, com os olhos fechados, não emite som verbal, não interage consigo ou com o ambiente. Para minimizar essa subjetividade dos termos e padronizar os registros, surgiram escalas que possibilitam a avaliação dos pacientes avaliação tanto da função como do dano cerebral, quanto da evolução do nível de consciência. A escala de Coma de Glasgow (ECG) tem sido amplamente utilizada para determinar e avaliar a profundidade e a duração do coma e prognosticar a evolução dos pacientes com ou sem trauma cranioencefálico. É feita com base em três indicadores: Abertura ocular (AO); Melhor resposta verbal (MRV); Melhor resposta motora (MRM). Tabela de Coma de Glasgow INDICADOR RESPOSTA PONTOS PADRÃO RESPOSTA Abertura Ocular (AO) Espontânea 4 Olhos abertos sem necessidade de estímulo Ao som da voz 3 Abre os olhos com solicitação verbal À dor 2 Abre os olhos com compressão do leito ungueal Nenhuma resposta 1 Olhos fechados; não existe fator interferindo a abertura dos olhos Não testável NT Olhos fechados devido a existência de fator que impede a abertura Resposta verbal (RV) Orientado 5 Sabe onde está, o que aconteceu, seu nome Confuso 4 Sem orientação, mas se comunica Palavras 3 Palavras isoladas compreensíveis Sons 2 Somente sons, gemidos Nenhuma resposta 1 Não fala; não existe fator interferindo a fala Não testável NT Não fala devido à existência de fator que impede a fala Resposta Motora (RM) Obedece aos comandos 6 Obedece aos comandos Localiza 5 Dirige a mão em direção ao estimulo doloroso Flexão normal 4 Flexiona o braço rapidamente, mas não apresenta movimento anormal Flexão anormal 3 Flexiona os braços e os cotovelos, apresenta predominantemente movimento anormal (decorticação) Extensão 2 Extensão dos braços (descerebração) Nenhuma resposta 1 Não movimenta braços ou pernas; não existe fator interferindo a atividade motora Não testável 0 Existência de fatores que impedem atividade motora Pontuação mínimaé 3 e a máxima é 15 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo) 4 = Coma profundo; 7 = Coma intermediário; 11 = Coma superficial; 15 = Normalidade. Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005): 3 – 8 = Coma Grave; (necessidade de intubação imediata) 9 – 12 = Coma Moderado; 13 – 15 = Coma Leve. AVALIAÇÃO PUPILAR 1. O exame das pupilas deve ser realizado observando-se o diâmetro, simetria e reação a luz. Diâmetro: O diâmetro é mantido pelo sistema nervoso autônomo, sendo que o simpático dilata pupila (Midríase = dilatação da pupila) e o parassimpático a contrai (miose = constrição pupilar). O diâmetro da pupila varia de 1 a 9mm, onde a variação normal é de 2 a 6 mm. Podem ser: Isocóricas: pupilas com o mesmo diâmetro, ou seja, mesmo tamanho; Anisocóricas: quando apresenta diâmetro diferente, ou seja, quando uma é maior que a outra. Cerca de 17% da população possuem pupilas anisocóricas, com uma variação de 1 a 2 mm, sem que isso esteja relacionado a alguma lesão neurológica. A fotorreação (depende dos nervos óptico e oculomotor), é observada com auxílio de uma lanterna, o exame consiste em manter olho fechado por alguns segundos, elevar a pálpebra rapidamente, dirigindo o foco de luz diretamente sobre a pupila, para observar a fotorreação. Repete-se o procedimento no outro olho. O que se observa quando o foco de luz incide sobre a pupila é a sua contrição (miose), e quando retirado o estimulo, a pupila se acomoda novamente. Tipos de pupilas: Pupilas uncal ou do III nervo craniano: são anisocóricas, sendo que a pupila dilatada não apresenta reação fotomotora (Herniação trantentorial ou herniação de uncus). Pupilas mesencefálicas: caracteristicamente medem de 4 a 5 mm de diamentro e não apresentam reação ao estimulo luminoso (comum na lesão da porção ventral do mesencéfalo). Pupila tectal: apresentam-se levemente dilatadas de 5 a 6 mm de diâmetro, sem reação ao estimulo luminoso (comum em casos de lesão na região do teto do mesencéfalo). Pupilas pontinas: apresentam-se em extrema miose com reação fotomotora preservada (indicativo de lesão de ponte). Pupilas mióticas: com reação fotomotora positiva (disfunção diencefálica bilateral e na encefalopatia metabólica). AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA A avaliação do sistema motor inclui a avaliação do tônus e da força muscular. Tônus Muscular As alterações no tônus incluem flacidez, rigidez e espasticidade. O Tônus pode ser definido como o estado de tensão muscular. A palpação das massas musculares é realizada para verificação da consistência muscular, a qual mostra-se aumentada nas lesões motoras. A movimentação dos membros com flexão e extensão deve ser feita para avaliação da passividade, ou seja, para verificação da resistência (se o tônus está aumentado ou diminuído). Uncal Mesencefálicas Pontinas Exemplo: na flexão da perna sobre a coxa, se o calcanhar toca com facilidade a região glútea, fala- se em diminuição do tônus. Hipotonia: diminuição do tônus muscular. Observa-se consistência muscular diminuída, com passividade e extensibilidade aumentada, etc. Hipertonia: aumento do tônus muscular. Aumento da consistência muscular, a passividade diminuída e a extensibilidade aumentada. Sinal de canivete: ao fazer a flexão do membro superior, o paciente apresenta uma certa resistência inicial, que depois é vencida. Sinal da roda denteada,: onde o movimento cede aos poucos a força do examinador como se fosse uma roda com dentes como uma catraca com pausas. Demonstração, endereço: https://www.youtube.com/watch?v=gJ9Tu64U4pI Movimentos com o balanceio das mãos: que no caso, são movimentos erradicos e aleatórios. (Analisar alterações anormais nesses movimentos em relação a movimentos normais). Força Muscular Mede a força dos membros superiores e inferiores, com a finalidade de verificar a dependência ou independência do paciente para realizar suas atividades diárias. Durante essa avaliação, um membro é sempre comparado com seu par. A avaliação da força muscular depende do nível de consciência do paciente. 1º. Se estiver consciente, pede-se para que estenda os membros (A) e aperte a mão do avaliador (B), o examinador deve avaliar se o aperto é forte, firme e igual: 2º. Nos membros inferiores, pede-se ao paciente que deite sobre a cama, estendo e flexionando, bem como elevando e abaixando, um membro de cada vez. Observa-se a força realizada pelo paciente para executar esses movimentos. Deve-se também observar o modo de caminhar do paciente, os movimentos de balanço dos braços e firmeza na deambulação. Nos pacientes inconscientes, é aplicado o estimulo doloroso e avaliada a resposta motora, considerando principalmente, sinais de decorticação e de descerebração. O comprometimento da força é denominado de fraqueza ou paresia. A ausência de força é chamada de paralisia ou plegia Hemiparesia: consiste na diminuição da força muscular na metade do corpo; Hemiplegia: é a paralisia na metade do corpo; Paraplegia: é a paralisia dos membros inferiores; Tetraplegia: é a paralisia dos quatro membros. A classificação da força muscular pode ser registrada de acordo com a classificação do Medical Research Council Scale, anotando-se o local e o movimento em uma escala de 0 a 5. 0. Nenhuma força muscular visível ou palpável; 1. Vê-se ou palpa-se uma contração muscular, mas não há movimento de uma articulação; 2. Capacidade de mover o membro, sem conseguir um movimento antigravitacional; 3. Movimento contra a gravidade, porém não contra a resistência; 4. Movimento moderado ativo contra a resistência; 4 – Movimento discreto contra a resistência; 4 + Movimento submáximo contra a resistência 5. Força muscular normal. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA Anagelsia: consiste na ausência da sensação dor; Hipoalgesia: diminuição da sensação de dor; Hiperalgia: aumento da sensação de dor; Anestesia: é a ausência da sensibilidade; Hipoestesia: é a diminuição da sensibilidade; Hiperestesia: aumento da sensibilidade; Parestesia: sensação de formigamento e adormecimento referida pelo paciente. O exame da sensibilidade sensitiva superficial inclui o tato, a dor e a temperatura. Para a realização do exame, solicita para o paciente fechar os olhos. Pesquise a sensibilidade nos membros inferiores e superiores sempre de maneira comparativa, comparando-se o hemicorpo com o outro. Teste de sensibilidade: Tátil Térmica Dolorosa Solicita-se que o paciente feche os olhos, com um pedaço de algodão fricciona, sempre comprando em outros locais do corpo e a área da queixa, sempre perguntando se o paciente está sentindo essa fricção. Solicita-se que o paciente feche os olhos, com dois tubos de ensaio, um contendo liquido quente e outro liquido frio, coloque de maneira comparativa em outras partes do corpo e na área da queixa, o tubo de ensaio sobre a pele do paciente, sempre questionando se ele está sentindo e para descrever se é quente ou frio A dolorosa pode ser realizada por uma caneta ou qualquer objeto ponta romba, não cortante, solicita-se que o paciente feche os olhos, de maneira comparativa em diferentes partes do corpo, faça pressão com a ponta do objeto, sempre questionando o paciente se ele está sentindo o estimulo realizado. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBELAR Paciente com disfunção cerebelar apresenta incoordenação motora, caracterizada por irregularidade ou incapacidade de realização correta ou sincronizadade um movimento. Testa-se a marcha do paciente: Solicita-se que o paciente, ande em linha reta, com um pé após o outro. A princípio, solicita-se que o paciente ande normal; depois nas pontas dos pés; e, enfim, nos calcanhares, andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para frente e para trás (analisar tipos de marchas descritos no POP3). Aplicação do teste de Romberg: Movimentos rápidos determinam possível falta de coordenação nas extremidades superiores. Para analisar, solicita-se que o paciente toque o nariz com um dedo, com uma mão por vez, cada vez mais rápido, e depois com os olhos fechados. Já nos membros inferiores, solicita-se que o paciente passe o calcanhar sobre a região tibial da outra perna, invertendo o movimento depois, ou seja, agora por trás da perna. Deve-se observar a noção de distância e a maneira harmônica e coordenada de realização desses movimentos. Ataxia: perda da coordenação motora As principais provas que devem ser realizadas para a avaliação da coordenação são: Prova do dedo nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Nesta prova, o membro superior estar estendido lateralmente. Repete-se a prova com olhos aberto e fechados. Prova calcanhar-joelho: em decúbito dorsal, o paciente deve tocar o joelho com o calcanhar, com os olhos abertos e fechados, respectivamente. A dismetria: é a incapacidade que o paciente tem de alcançar o alvo com precisão. Ataxia: perda da coordenação motora. Para avaliar a função cerebelar, também, solicita-se que o paciente realize movimentos rápidos e alternados, abrir e fechar as mãos, pronação, supinação, extensão e flexão dos pés. Solicita-se que o paciente que permaneça em posição ereta, com os pés juntos, com os olhos abertos e depois fechados, observando-se a presença de algum balanço ou perda de equilíbrio. Na lesão cerebelar o paciente balança e cai para o lado da lesão. Na lesão vertebrobasilar em pacientes idosos manifesta-se como queda para trás. AVALIAÇÃO DOS RFLEXOS Hiperreflexia: é definido como reflexos muito ativos ou responsivos em excesso, acompanhados de hipertonia, clônus (contrações clônicas e rítmicas, involuntárias) e sincinesias (contrações involuntárias) A causa mais comum da hiperreflexia é uma lesão na medula espinal. Hiporreflexia: situação em que o paciente tem uma resposta diminuída do reflexo no exame clínico, isto é, os reflexos profundos estão desligados. É, portanto, o oposto da hiperreflexia, uma situação na qual os reflexos profundos são exaltados. A hiporeflexia ocorre em várias doenças neurológicas. Arreflexia: é a ausência dos reflexos. AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS DE INTERESSE DA ENFERMAGEM I Nervo olfatório Nervo sensitivo responsável pela olfação. Durante exame físico, devem-se observar possíveis obstruções das vias nasais como, por exemplo: desvio de septo, fratura e presença de secreção. Para analisar o nervo olfatório, com os olhos fechados, o paciente deve identificar odores familiares (café, cravo-da-índia, limão, sabonete). Cada narina deve ser testada separadamente. Hiposmia: é a redução da olfação; Anosmia: é a ausência da olfação. Reflexo tricipital (profundo): Nervo – radial. Percute-se o tendão distal do tríceps, e a resposta é a extensão do braço. O nervo responsável é o radial. Reflexo Patelar (profundo): Nervo – femoral. Percute-se o tendão da rótula. A resposta é a extensão da perna. O nervo responsável é o femoral. Reflexo do flexor do dedos (profundo). Nervo – mediano. Percute-se a face anterior do punha, e a resposta é a flexão dos dedos. Reflexo Bicipital (profundo): nervo – musculocutâneo. Percute-se o tendão distal do bíceps, e a resposta é a flexão do braço. O nervo responsável é o musculocutâneo. Reflexo Calcaneano (profundo): percute- se o tendão do calcâneo. A resposta é a flexão do pé. O nervo responsável é o tibial. Reflexo cutâneo plantar (superficial): pesquisa-se estimulando à região plantar próximo à borda lateral. A resposta normal é a flexão dos dedos. II Nervo óptico É sensitivo, sendo responsável pela visão. O campo visual é constituído pelo campo nasal e temporal. A área do lado nasal é chamada de campo nasal, e área do lado lateral ou temporal, é chamada de campo visual temporal. Para avaliar o campo visual, o paciente deve cobrir um dos olhos, fixando seu olhar no nariz do examinador. Este, por sua vez, move o seu dedo na frente do paciente, do campo temporal ao campo nasal. O paciente deverá informar quando estiver visualizando o dedo do examinador. Hemianopsia: (hemicegueira), perda da visão em metade do campo visual; Amaurose: perda total da visão . III, IV e VI nervos oculomotor, troclear e abducente Nervos responsáveis pelo movimento dos olhos. Os distúrbios desses nervos podem provocar dilatação pupilar, alteração do movimento ocular, diplopia (visão dupla), paralisia do olhar, ptose palpebral (queda da pálpebra), nistagmo (abalo rítmico do globo ocular), estrabismo (quando os olhos não se fixam no mesmo objeto). Para avaliar esses nervos, pede-se ao paciente para seguir o dedo do examinador em movimento, para o lado, para cima e para baixo. Fazendo em cada olho. Com o uso da lanterna testam-se os reflexos pupilares (fotorreação). Para testar o reflexo palpebral, deve-se encostar delicadamente uma gaze na superfície temporal da córnea, enquanto o paciente olha para cima. A resposta esperada é o piscar de olhos e lacrimejamento. V par de nervos cranianos: nervo trigêmeo O nervo trigêmeo é um nervo com raiz motora e sensitiva, e inerva todo território da face. Para verificar a sensibilidade, o examinador deve instruir o paciente a fechar os olhos. Com uma gaze, toca a fronte do indivíduo, seu queixo e a face lateral do rosto, comparando sempre as duas metades do rosto. O paciente deve descrever que tipo de toque lhe está sendo feito. Para a realização do teste da função motora do nervo trigêmeo, o examinador deve pedir ao paciente para que abra a boca amplamente e, usando as mãos, deve tentar fechá-la. VII par de nervos cranianos: nervo facial O nervo fácil desempenha as funções motora e sensitiva. O examinador deve avaliar a simetria dos movimentos faciais enquanto o paciente sorri, assobia, franze as sobrancelhas e cerra as pálpebras. Testa-se, ainda, a diferenciação entre doce e salgado, examinando dessa forma, a sensibilidade gustativa da língua. As lesões do nervo fácil são caracterizadas por hemiplegia facial (paralisia na metade do rosto), desvio da comissura dos lábios para o lado contralateral e o não fechamento da pálpebra. REFERÊNCIAS: TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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