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POP: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM Nº 06 DATA EMISSÃO JUL/2018 EXAME DO APARELHO CIRCULATÓRIO Monitor: Wenderson Costa da Silva Disciplina: Semiologia da Enfermagem Definição: A principal função do aparelho cardiovascular é levar aos tecidos sangue oxigenado e nutrientes, além dos hormônios, e transportar o sangue com CO2 e metabolitos, para que seja novamente depurado e iniciado o processo de arterialização. Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração ou em outros órgãos que soframa repercussão do mau funcionamento desse órgão, tais como pulmões, rins e cérebro. A avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada a partir de dados obtidos na anamnese do paciente, no exame físico e em outros recursos diagnósticos. Objetivo: Compreender o exame do sistema circulatório baseado em evidencias cientificas da enfermagem. Responsabilidade: médico e enfermeiro. Material Necessário: Algodão; Termômetro; Lanterna; Fita métrica; Balança; Álcool a 70%; Estetoscópio; Esfigmomanomentro. Procedimentos: Exame físico: Habitualmente, é dividido em duas partes: o geral e o especifico dos diversos sistemas. É importante lembrar que, para avaliar o funcionamento do sistema cardiovascular, é preciso levar em consideração uma série de fatores do exame físico geral (ver POP3 e POP4), além do exame do coração propriamente dito. Para a avaliação especifica do sistema cardiovascular, são utilizados três passos propedêuticos: a inspeção, a palpação e ausculta. DADOS DO EXAME FÍSICO GERAL RELACIONADOS AO SISTEMA CARDIOVASCULAR (CONTEÚDO PRESENTE EM POP3 E 4): Postura; Dados antropométricos; Sinais Vitais; Tipo morfológico; Nível de consciência; Avaliação da pele, mucosas e anexos. Além dos passos acima, avaliar: Fadiga: sensação de cansaço relatado pelos pacientes ao realizar pequenos esforços, devido a oferta diminuída de O2 aos músculos esqueléticos, causada pelo debito cardíaco diminuído consequentemente à insuficiência cardíaca. Analisar os fatores que desencadeiam e os que melhoram e a duração dos episódios. Alterações no sono: a insônia é um sintoma que ocorre com frequência em pacientes cardiopatas. Sono inquieto e pesadelos podem ocorrer devido a anóxia de neurônios. Estase Jugular: é um dado importante em paciente portadores de insuficiência cardíaca. Ascite: é o acumulo de líquidos pode ser, às vezes, observado no abdome, podendo indicar insuficiência cardíaca direita crônica. Percussão por piparote Edemas: Analisar se é localização ou se está distribuído pelo corpo. A análise é feita por meio da inspeção e palpação. Na inspeção: observamos o aumento do volume da área, o desaparecimento das proeminências ósseas e marcas de correntes, roupas ou calçados. Na palpação: analisar por meio da digito pressão procurando a presença de cacifo ou sinal de Godet Estase jugular, é o ingurgitamento das veias do pescoço, que não desaparece na posição sentado. Deve ser examinada com o paciente em decúbito de 45 graus. (Posição de fowler). É utilizada para procurar ascite, com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome por piparote, enquanto a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas liquidas que se chocam na parede abdominal. Sinal de Godet Membros: A avaliação da perfusão periférica (complementada na palpação pelo teste do enchimento capilar) e da coloração (cianose) das extremidades fornece indícios para a avaliação da função ventricular esquerda e do debito cardíaco. DADOS DO EXAME FÍSICO ESPECIFICO DO APARELHO CIRCULATORIO INSPEÇÃO Deve ser feita com o paciente em decúbito dorsal, com o tórax exposto. O examinador deve sempre se posicionar a direita do paciente para a avaliação. Avaliação do Precórdio: O levantamento sistólico o precórdio ocorre na hipertrofia do ventrículo direito, se presente, pode ser localizado na linha paraesternal esquerda. Teste do enchimento capitar: realizar em MMSS e MMII Linha Axilar anterior esquerda Linha hemiclavicular esquerda Linha paraesternal esquerda Linha Medioesternal Precórdio Avaliação do ictus cordis ou choque de ponta Corresponde ao ponto mais externo do movimento do coração e que resulta do impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. Localização: normalmente está localizado no quinto espacointercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, no pulso apical. Pode haver dificuldade de visualização em mulheres por causa da mama, sendo observado com maior facilidade em indivíduos magros que têm cardiomegalia. Avaliação de pulsações epigástricas e supraesternais PALPAÇÃO Linha Axilar anterior esquerda Linha hemiclavicular esquerda Linha paraesternal esquerda Linha Medioesternal Ictus cordis São frequentemente visualizadas em indivíduos normais. No entanto, quando muito acentuadas, podem representar hipertrofia ventricular direitas (se epigástricas) ou, na região supraesternal, indicam possibilidade de hipertensão arterial, aneurisma da aorta, etc. Pulsações epigástricas Pulsações supraesternais A palpação do precódio pode ser feita juntamente com a inspeção, a fim e determinar pulsações normais e anormais. Pode-se verificar, ainda, a presença de frêmitos (vibrações finas, semelhantes às vibrações observadas na garganta de um gato. A técnica utilizada é a palpação com a mão espalmada na região As pulsações epigástricas e supraesternais é confirmada na palpação, que permite uma avaliação mais precisa de sua intensidade. AUSCULTA Foco aórtico: localizado no 2º espaço intercostal a direita, junto ao esterno. Foco Pulmonar: localizado no 2º espaço intercostal a esquerda, junto ao esterno. Foco tricúspide: localizado na base do apêndice xifoide. Foco mitral: localizado no 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda, 2 dedos a baixo da mama. Bulhas cardíacas (B1, B2, B3, B4): B1: ocorre na sístole, audivio no foco mitral e tricúspide. Foneticamente considerada o “tum”. B2: ocorre na diástole, é audivio no foco aórtico. Foneticamente considerada o “tá” B3: ruído grave e fraco. Acontece por procedimentos que aumentam o fluxo venoso. O ruído audivio ocorre em decorrência do enchimento inicial rápido dos ventrículos. É normal em algumas situações. Pode indicar insuficiência cardíaca esquerda. Ela ocorre logo após a B2. Foneticamente é considerada o “tu”. Caracteriza-se pelo impacto do sangue na parede ventricular durante a diástole. Quando o ictus cordis não pode ser observado na inspeção, é possível localiza-lo por meio da palpação. Deve analisar com a mão espalmada, a fim de verificar sua localização exata. Nas hipertrofias e dilatações do ventrículo esquerdo, o ictus pode estar mais desviado para baixo, enquanto as doenças que acometem o ventrículo direito ele tende a pronunciar-se mais para fora da linha hemiclavicular. Pode esta deslocado para cima na ascite. Espaços intercostais B4: ocorre em decorrência do aumento da intensidade de contração dos átrios. Provocada pelo impacto do sangue na parede ventricular, durante a sístole atrial. REFERÊNCIAS:TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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