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Avaliação nutricional, resumo Introdução, composição, crianças

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL- PRIMEIRA PROVA
1. INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
2. COMPOSICÃO CORPORAL 
3. AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA DO ESTADO NUTRICIONAL INFANTIL 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Conjunto de técnicas e procedimentos de coletas de informações, que possibilitam a identificação da presença de alterações nutricionais precocemente.
É uma avaliação de caráter preventivo e curativo, utilizada para planejar estratégia de intervenção nutricional e de promoção da saúde.
ESTADO NUTRICIONAL; Condição resultante da relação entre as necessidades nutricionais do organismo e a ingestão alimentar do indivíduo ou da população.
Consumo alimentar
Necessidades nutricionais
DIAGRAMA DA DIMENSÃO BIOLÓGICA DO CONCEITO DE ESTADO NUTRICIONAL (Vasconcelos, 2008).
Estado nutricional
Insuficiência de consumo (carências nutricionais)
Normalidade nutricional (eutrofia)
Excesso de consumo (distúrbios nutricionais)
Estado nutricional
DIAGRAMA DA DIMENSÃO SOCIAL DO CONCEITO DE ESTADO NUTRICIONAL (Vasconcelos, 2008).
Consumo alimentar
Processos relacionados a organização da produção e consumo individual e familiar
Processos relacionados a organização da produção e consumo de cada grupo sócioeconômico (classes sociais) Processos relacionado a organização das relações de produção, formas e conteúdos das instituições políticas (estado, seus aparelhos e instituições civis)
Necessidades nutricionaisNÍVEL INDIVIDUAL Determinação imediata
NÍVEL PARTICULAR Determinação mediata
NÍVEL GERAL OU ESTRUTURAL Determinação básica
FATORES DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL
Disponibilidade de alimentos para o consumo
Consumo de alimentos
Utilização biológica dos nutrientes
Individualidade biológica e efetividade de programas de saúde pública em tratar carências nutricionais
Hábitos alimentares e influencia de grupo
Meio ambiente
FATORES DETERMINANTES DO ESTADO NUTRICIONAL
Fatores sociais
Fatores econômicos
Fatores culturais
Classe social, nº de membros da família, tipo de habitação e saneamento, acesso à educação e saúde
Profissão, renda per capta, % gasto com alimentação
Local, estadual, regional
ETAPAS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
1- Definir os objetivos -Diagnosticar o estado nutricional segundo condição de interesse; - Detectar risco nutricional global.
2- Definir a população alvo - Determinar a população alvo; - Identificar grupos vulneráveis;
3- Definir o método e os instrumentos de coleta - Pesquisa na literatura. - Depende do grupo analisado; - Depende do objetivo, custo, tempo, instrumentos e pessoal disponível para coleta de dados. - Validação de questionários.
4- Realizar a coleta de dados - “trabalhos de campo” para a obtenção dos dados.
ETAPAS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
5- Realizar o diagnóstico - Seleção dos indicadores adequados ao objetivo, e ao grupo avaliado. - Uso de critérios e classificações diagnósticas cientificamente aceitos.
6- Propor mudanças/melhorias - Desenvolvimento de planos de cuidados a saúde individual e coletiva. - Observar/monitorar a eficácia das medidas propostas.
MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Constituem-se de indicadores das manifestações biológicas observadas, sejam elas físicas ou bioquímicas, que compõem a avaliação nutricional.
Métodos diretos (Descrevem)
Métodos indiretos (Determinam)
MÉTODO ANTROPOMETRICO
peso altura dobras cutâneas perímetros
MÉTODO BIOQUÍMICO
hemograma lipídios séricos vitaminas e minerais séricos
MÉTODO CLÍNICO Sinais clínicos e sintomas
MÉTODOS DIRETOS
INQUÉRITOS DIETÉTICOS
QFA, R24, IQD
Folha de balanço alimentar
DEMOGRAFIA
Estratificação populacional por sexo, faixa etária, perfil de morbimortalidade
INQUÉRITOS SÓCIOECONÔMICOS 
Tamanho da família, renda, escolaridade, condições de habitação, etc
MÉTODOS INDIRETOS
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Âmbito hospitalar e/ou ambulatorial
Saúde coletiva
Coleta de dados individual Diagnóstico individual
Coleta de dados individual e diagnóstico coletivo
INDIVÍDUO x COLETIVIDADE
 A conduta nutricional de caráter individual vai, aos poucos, assumindo um caráter coletivo.
 Atuação do nutricionista com grupo de indivíduos ou em comunidades assume além do caráter curativo, um caráter preventivo, de promoção e proteção da saúde.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS
OBJETIVOS
Utiliza métodos clínicos de investigação
Confirmar a existência de processos mórbidos nutricionais;
Identificar as possíveis causas que deram origem ao processo;
Fornecer subsídios para condutas terapêuticas adequadas;
Caráter curativo.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE COLETIVIDADES 
OBJETIVOS
Utiliza o método epidemiológico de investigação;
Diagnosticar a magnitude e a distribuição geográfica dos problemas nutricionais;
Identificar e analisar os fatores determinantes;
Fornecer subsídios para o estabelecimento de medidas de intervenção adequadas (ações de saúde);
Caráter preventivo.
MÉTODO CLÍNICO X MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO
MÉTODO CLÍNICO MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO
Parte de processos biológicos utilizando-se prioritariamente das ciências naturais
Parte da organização social utilizando-se prioritariamente das ciências sociais
Conjunto de ações voltadas para o indivíduo: abordagem e intervenção individuais
Conjunto de ações voltadas para comunidade
Atenção aos processos biológicos e nas técnicas e procedimentos diagnósticos, tratamento e recuperação individuais
Atenção aos efeitos dos processos sociais sobre os processos biológicos e nas ações de promoção e proteção da saúde de toda a comunidade
Identifica variações produzidas no estado de saúde e seus determinantes imediatos e mediatos
Identifica relações de causa e efeito no estado de saúde e seus determinantes sociais gerais/básicos
Permite intervenções sobre alguns dos efeitos mas não sobre as causas e/ou processos sociais
Permite intervenção sobre os efeitos e sobretudo sobre as causas
O DIAGNÓSTICO COLETIVO
CONHECIMENTO
AÇÃO
CONTROLE DO PROBLEMA
VIGILÂNCIA
O DIAGNÓSTICO COLETIVO
-Limitação: perda da identidade individual.
-Potencialidade: representação coletiva.
-Diagnóstico no âmbito dos serviços de saúde buscam a resolutividade dos problemas de saúde evidenciados.
QUANDO UM PROBLEMA DE SAÚDE É RELEVANTE?
-Quando possuem elevada magnitude. Ex.: anemia ferropriva na infância
-Quando causam grandes repercussões sobre o estado de saúde. Ex.: obesidade
- Quando podem ser evitados com medidas já conhecidas. Ex.: iodação do sal; fortificação de farinha de trigo com ferro e ácido fólico
- Quando servem como prevenção. Ex.: xeroftalmia e hipovitaminoseA
A relevância dos agravos nutricionais varia de acordo com o grupo populacional de interesse
Variabilidade de problemas e soluções
Diagnósticos locais atualizados
ATITUDE DE VIGILÂNCIA
QUANDO UM PROBLEMA DE SAÚDE É RELEVANTE?
DIAGNÓSTICO COLETIVO X MELHORIA DA EFETIVIDADE DE AÇÕES PROPOSTAS
-A prática da valorização do estado nutricional coletivo como componente fundamental do estado de saúde pressupõe sua avaliação rotineira e atendimento diferenciado dos indivíduos em risco nutricional.
-A avaliação rotineira pressupõe a organização de todas as etapas do diagnóstico garantindo confiabilidade dos dados coletados.
-Dados do diagnóstico devem ser integrados a uma rede ou sistema de informação.
SISVAN Constituído no Brasil com o intuito de descrever, de maneira contínua, tendências das condições de alimentação e nutrição da população brasileira e seus fatores determinantes, com fins de planejamento e avaliação dos efeitos das políticas, programas e ações interventivas.
A VIGILÂNCIA NUTRICIONAL E ALIMENTAR NA SAÚDE
- Possui dois componentes:
- entrada de dados (informação): SUS, centros de pesquisa, creches/escolas e sociedade civil
- saída de dados: construção de indicadores da situação alimentar e nutricional e ação norteada pela atitude de vigilância.
A VIGILÂNCIA NUTRICIONAL E ALIMENTAR NA SAÚDE
PASSOS DO DIAGNÓSTICO COLETIVO PEA – planejamento, execução, ação
PASSOS ÁREA OBJETIVO AÇÃO 1º P Planejar a investigaçãoDefinição do problema, seleção e organização dos procedimentos diagnósticos 2º E Realizar o diagnóstico nutricional (eventual ou sistemático) Traçar o perfil nutricional coletivo (agrupamento , consolidação e análise dos vários dados individuais) 3º A Conhecer os determinantes Identificar e analisar as possíveis causas do problema evidenciado 4º P Planejar ação Estabelecer condutas individuais e coletivas decorrentes do diagnóstico 5º E Intervir Atuar para o controle dos agravos e a promoção da saúde:a(atendimento diferenciado, ações voltadas para grupos de risco, ações de promoção e prevenção direcionadas ao conjunto da população) 6º A Avaliar Avaliar o impacto das ações empreendidas na melhoria do perfil de saúde para ajustes das ações
REALIZAÇÃO DE INQUÉRITOS POPULACIONAIS DE REPRESENTATIVIDADE NO BRASIL
ENDEF (1974/1975) 
PNSN (1989)
PNDS (1996)
PPV (1997)
POFs (2002-2003) e (2008-2009)
PERFIL NUTRICIONAL DA POPULAÇAO BRASILEIRA
Processo de modificações sequenciais no padrão de alimentação, nutrição e atividade física;
Associados a mudanças econômicas, sociais e demográficas;
Impacta no perfil de saúde da população.
Coexistência de carências nutricionais (em declínio) e obesidade (em ascensão).
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
MODIFICAÇÃO DO PADRÃO ALIMENTAR
• Industrialização observada a partir da década de 70: -Redução da ocupação de cargos em setores da agricultura; -Migração interna com maior ocupação dos centros urbanos.
• Maior participação da mulher no mercado de trabalho;
• Crescimento do mercado de trabalho urbano jovem: -Aumento das despesas com alimentação fora de casa; -Crescimento da oferta de refeições rápidas; -Ampliação do uso de alimentos industrializados e processados; -Estímulo ao consumo de fast foods pela mídia.
MODIFICAÇÃO DO PADRÃO ALIMENTAR
• Aumento da aquisição de alimentos industrializados prontos para o consumo e redução do consumo de alimentos in natura em todas as classes sociais.
• Aumento da ingestão de dietas com maior densidade energética: -Dietas ricas em gorduras e açúcares e pobres em fibras (alimentos industrializados); -Aumento do consumo de alimentos do grupo das carnes, leites e derivados, açúcares e refrigerantes; -Diminuição do consumo de leguminosas, hortaliças e frutas.
REDUÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA
• Atividade física - ocupacionais - de lazer - domésticas e - deslocamento
• ESTILO DE VIDAOCIDENTAL
A urbanização determinou uma mudança nos padrões de comportamento alimentar que, juntamente com a redução da atividade física, tem favorecido aumento da prevalência da obesidade no Brasil, que acomete em maior proporção as famílias de baixa renda.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
Caracterizada pela alteração da relação entre as taxas de natalidade e mortalidade:
Observa-se declínio da taxa de mortalidade geral entre os anos 1800 e 2000:
-Diminuição da taxa de fecundidade;
-Redução da mortalidade infantil;
-Aumento da expectativa de vida.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
• Redução da participação dos mais jovens na estrutura etária. • 1980 – 2000 – < 15 anos – Passou de 38,2% para 29,6%; – 15 a 64 anos – Passou de 57,7% para 64,6%; – > ou igual a 65 anos – Passou de 6,1% para 8,6%.
• Taxa média de crescimento anual da população: – 2,4% na década de 70; – 1,9% na década de 80; – 1,6% na década de 2000.
• Taxa de Fecundidade entre 1980 e 2000: – Reduziu de 4,4 para 2,3 filhos por mulher.
• Expectativa de vida ao nascer entre 1940 a 2000: – Aumentou de 44,9 anos para 68,5 anos.
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
• Proporção da população por situação de domicílio 1980 – 2000 (IBGE)
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
A PARTIR DA DÉCADA DE 1960
MODIFICAÇÕES NOS PADRÕES DE MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
O desenvolvimento dos países tem propiciado melhoria das condições sociais, econômicas e de saúde;
Promovem mudanças dos padrões de saúde, doença, mortalidade e fecundidade;
-Causam a transição de um padrão de expectativa de vida baixa, com altas taxas de mortalidade e doenças infecciosas e parasitárias X aumento das mortes por DCNT.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓG
	
2. COMPOSIÇÃO CORPORAL 
O primeiro estudo foi do Modelo teórico de Benke, em 1974: Há dois modelos de composição corporal: O modelo bi-compartimental, em que se acredita que o peso é dividido em; Massa corporal gorda, e massa corporal magra, Já o modelo quadri- compartimental; o peso é divido em massa corporal gorda, massa muscular, massa óssea e massa residual.
Ele acreditava no modelo bicompartimentalizado: Nesse modelo, o PESO é divido em: 
MASSA GORDA, E MASSA LIVRE DE GORDURA. 
Massa gorda (MG) Massa rica em lipídeos 
Massa livre de gordura; É a massa que não tem gordura (MLG) Como ossos, água, proteínas. 
Vamos agora falar de cada um desses: 
GORDURA CORPORAL: A gordura corporal é muito variável, no homem corresponde a 15% do peso corporal, enquanto que nas mulheres é cerca de 27%. Ela pode estar nas células, com função essencial que corresponde a cerca de 3-9%, chamada de gordura essencial. E há também a gordura de estoque, aquela que compreende o tecido adiposo, e a gordura com os órgãos.
ÁGUA: Maior componente do peso corporal. 
45% a 60% nas mulheres, e 50% a 60% nos homens. 
Quanto maior a quantidade de massa muscular, > água
Grau de hidratação depende do estado de saúde da pessoa, da idade (Idosos tem menor quantidade de água), sexo, atividade física, ciclo circadiano.. 
Ossos: Constituído de minerais, H20, proteínas
Músculo: Liso, esquelético e estriado cardíaco. 
 
Têm-se na nutrição 3 métodos para avaliação da composição do paciente, sendo eles, diretos, indiretos, e duplamente diretos. E escolha pelo método depende do objetivo da pesquisa, Custo inicial (instrumentação), necessidade de treinamento (manuseio e interpretação), Custos de operação e manutenção, - Precisão (qualidade do método), Acurácia (qualidade do resultado)
MÉTODO DIRETO
O método direto é baseado na separação e pesagem de cada componente corporal. É um método em que se pode avaliar o peso de todos os componentes que compõem a massa total do organismo, porém ele é feito através da dessecação de cadáveres então ele é um pouco limitado. 
MÉTODOS INDIRETOS
Visam analisar a quantidade de gordura corporal, e massa magra. Porém, para que eles possam ser validados é ideal que se faça avaliações também com os métodos diretos. Possuem alto custo financeiro e aplicação prática limitada. 
Exemplos: 
Técnicas densitometrias, como: Pesagem hidrostática e pleistimografia. 
Métodos de imagem como; DEXA, Ressonância magnética e tomografia computadorizada. 
E os métodos isotópicos ou hidrometria. 
VAMOS FALAR AGORA DE CADA UMA DELAS!
Técnicas densitométricas
Quando se fala de densitometria, refere-se ao procedimento de estimar a composição corporal por meio da densidade. A densidade varia de cada indivíduo, pois varia pela idade, o tanto de atividade física que ela faz, o sexo, e a etnia. 
Para medir a densidade é necessário saber o volume, e para isso há dois métodos de descobrir o volume corporal, a pletismografia, e a pesagem hidrostática. 
Pesagem hidrostática: Considerada o padrão ouro, mesmo sendo um exemplo de método indireto, mas ela tem grande validade. É baseado no princípio de Arquimedes em que um corpo quando mergulhado, desloca um volume igual ao seu volume corporal. 
 DC= MC
(MC-MS) – (VR + VGI) 
 DA 
DC= Densidade corporal
MC= massa corporal (g)
MS= massa submersa
DA= densidade da água
VR= volume residual pulmonar
Vgi= v. r. gastrintestinal 
Tem com também calcular a % de gordura corporal estimado pela densidade, através de algumas formulas: 
Fórmula de Siri (1961): A fórmula mais utilizada 
%G= ( 4,95 - 4,5) x 100 
 DC
Fórmula Brozek et al. (1963)
%G= ( 4,57 - 4,142) x 100 
 DC 
Desvantagens do método: 
Equipamentoscaros, raramente se utiliza e clinicas e consultórios ou em pesquisa de campo. E além de precisar de pessoas bem treinadas para realizar esse método. 
Plestimografia: Para esse método, se utiliza um equipamento com duas câmaras fechadas, que vai captar a pressão e volume da pessoa nas duas câmaras. 
Método que mede a composição corporal a partir da densidade, volume corporal também. Através da fórmula de Lei de Boyle: 
P1V1=P2V2 
É uma técnica pouca invasiva, porém tende a aumentar a porcentagem de gordura corporal da pessoa. A % gordura corporal também pode ser calculada pelas duas fórmulas já descritas. (Lembrando que a preferível é a fórmula de Siri) 
Métodos isotópicos ou hidrometria: Nesse método é aplicado ou ingerido uma substância com isótopo no paciente, portanto é uma técnica mais invasiva. 
MLG = ACT x 0,732* MLG= Massa livre de gordura 
 ACT= água corporal total 
MG= P- MLG 
Métodos de imagem (dexa) Os raio X atravessam o corpo de uma maneira diferenciada, por causa da densidade e composição química dos tecidos. DESVANTAGEM: O uso de raio X 
Ressonância magnética: Indução de campo magnético ao longo do corpo. Uma vantagem é que ele possui a capacidade de distinguir tecido adiposo visceral do subcutâneo, e a desvantagem é que ressonância é cara, não é para todos não é msm? Além de que como vai carregar isso em pesquisa, trabalho de campo!! 
Tumografia computadorizada: Mesmo princípio do raio X, é caro também, e pouco usado para trabalho de campo.
MÉTODO DUPLAMENTE INDIRETOS
Os métodos duplamente indiretos são os mais utilizados. Eles apresentam menor custo, são portáveis. São os mais utilizados em trabalhos de campo. - Menor custo, possuem boa aplicabilidade, validade e portabilidade. Estes procedimentos são validados a partir de métodos indiretos. 
EXEMPLOS: 
Impedância bioelétrica ou bioimpedância 
Antropometria: Circunferências ou perímetros, peso e altura (IMC), e dobras cutâneas. 
Impedância bioelétrica: Impedância bioelétrica se baseia na condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade pelo corpo do paciente. A corrente atravessa várias partes do corpo com maior ou menor dificuldade, uma vez que a corrente atravessa de modo diferente nas partes do corpo devido a diferença de condutividade do osso, da gordura.
Menor resistência em tecidos com maior quantidade de água, e maior resistência em tecidos com mais quantidade de gordura. 
Beneficios: É um método simples, barato, e não é invasivo para o paciente. 
Desvantagens: A validade e precisão do método podem ser influenciadas por vários fatores como o tipo de instrumento, a quantidade de água, marcapasso, ciclo menstrual, geralmente se pede para a pessoa nem malhar no dia de avaliação. 
Protocolo para realização do exame: 
O paciente deve estar com a bexiga vazia
Não realizar exercício físico antes das 24h da consulta 
Não tocar a parte metálica da maca 
Pele deve estar higienizada 
Atenção ao período menstrual da mulher 
Não ingerir álcool 48 horas antes do exame 
Jejum de alimentos e líquidos de 4 a 8 horas
Mas, se não seguir tudo isso, que fica mesmo bem difícil é ideal que então o exame seja feito sempre no mesmo horário e local, o eletrodo deve ser colocado nos mesmos pontos. A balança também que a corrente elétrica percorre o abdômen, e os membros inferiores e estima a gordura corporal. Equipamentos de bioimpedância disponíveis: Tanita(a balança), Há também o OMRON, aparelho que o paciente segura e a corrente elétrica passa pelos membros superiores e o tronco. 
Vantagens: Não é um método invasivo, não requer tanta coisa do avaliado, tem equações especificas para os diferentes grupos populacionais, além de que pode ser usada para avaliação de obesos. 
Desvantagens: Depende muito do paciente, o grau de hidratação pode influenciar. 
ANTROPOMETRIA
Os métodos de antropometria não causam efeitos colaterais, são fáceis de serem manuseados, o diagnóstico é imediato, pode ser feito tanto em indivíduos quanto para grupos, é simples, e tem baixo custo. 
Circunferências ou perímetros: As circunferências são muito importantes, pois refletem na quantidade de gordura corporal. Avalia a relação com o acúmulo de gordura 
EXEMPLOS: CC, RCQ, RCCx, IC, RCE, CPe, CB, CP
Circunferencia da cintura ou abdomninal (CC): A concentração de gordura visceral é um fator de risco para diabetes II, e doenças cardiovasculares. A partir dessa medida, se relaciona com o IMC, e com a gordura corporal total. 
HOMENS: Aumentado: ≥ 94
Aumentado substancialmente: ≥ 102 
MULHERES: Aumentado: ≥ 80 
Aumentado substancialmente: ≥ 88
Relação circunferência da cintura e quadril (RCQ): Permite avaliar a gordura corporal. Além de fornecer uma estimativa de distribuição de gordura no corpo. Se a proporção com a cintura e o quadril é desfavorável, indica deposito de gordura. Geralmente o indicado é o formato pera (cintura de violão). O padrão androide é mais relacionado a risco de desenvolver câncer, diabetes, e doenças cardiovasculares. 
MUHERES: < 0,85
HOMENS: < 0,90 
CC E RCQ: As vantagens desse método; facilidade e rapidez na coleta de dados, interpretação dos dados, facilidade de padronização da técnica, procedimento de baixo custo e não invasivo. A cc indica a gordura visceral, e está mais relacionada com o fator de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Já a RCQ está mais associada a resistência a insulina. Essas medidas possibilitam estimativas de gordura corporal, e o acúmulo de gordura abdominal corresponde tanto a quantidade de gordura subcutânea, aquela que corresponde ao tecido adiposo sob a pele, mas também corresponde a gordura visceral que está nos órgãos. 
OMS recomenda o uso de RCQ como indicador de obesidade abdominal e risco de doenças cardiovasculares. 
Relação cintura/ coxa (RCCx): É indicador de obesidade, porém ainda NÃO tem ponto de corte estabelecido! A vantagem é que a RCCx reflete na massa muscular, tem noção da composição corporal. 
Indice de conicidade (ic): Indicador de adiposidade abdominal relacionado com risco de complicações metabólicas associadas a obesidade.
• Vantagem: considera a compleição corporal, útil na comparação entre indivíduos ou populações. Já a desvantagem, é que NÃO TEM PONTO DE CORTE!!! 
IC= ( na direção do umbigo) 
 0, 109 
Relação cintura/ estatura (rce): Indica a gordura do abdômen, e isso está relacionado com o risco de obesidade. Usa um único ponto de corte para todo mundo, além de que é simples porque só precisa de dois parâmetros. PONTO DE CORTE: >, ou = 0,5 (para todas as idades) 
Circunferência do pescoço (CPe): Através da CPe, pode se relacionar o risco de doenças como hipertensão, excesso de adiposidade. 
PONTOS DE CORTE: (19-80 ANOS) 
MULHERES: ≥ 34 e ≥ 36,5
HOMENS: ≥ 37 cm e ≥ 39,5
Circunferência braquial (cb) A circunferência braquial não representa apenas a gordura, como também os tecidos como tecido ósseo, muscular e o adiposo msm. A diminuição da circunferência braquial indica perda de musculo, gordura, e pode ser um Indicador de desnutrição. 
Homens e mulheres: 1-74,9 anos de idade Referência: Percentis 5 e 95 Pontos de corte: Percentis 10 à 90 é eutrofia
Circunferência da panturrilha (cp): A CP é considerada um indicador sensível de alterações musculares no indivíduo idoso e deve ser utilizada para monitoração dessas alterações.
Referência: > 31 cm – eutrofia
 < 31 cm – desnutrição
IMC
Indicador de composição corporal. A relação entre o peso e altura. 
IMC= Peso (Kg) / estatura (m) 2 
Valores de IMC abaixo do limite mínimo elevam os riscos a saúde em consequência do menor peso corporal que pode refletir uma condição de desnutrição.
• Valores de IMC acima do limite máximo elevam os riscos para saúde em decorrência do excesso de peso e consequentemente do excesso de gordura corporal.
•Cautela na interpretação individual: - Desconsidera a composição corporal. - ↑ do peso corporal pode não refletir necessariamente um aumento naquantidade de gordura corporal.
Vantagens do uso do IMC: procedimento não invasivo, fácil obtenção, boa precisão e confiabilidade. Porém, para o uso isolado do IMC deve se ter cautela, pois as vezes a pessoa tem um IMC alto não porque ela tem muita massa gorda, mas até pode ser devido a massa muscular mesmo, portanto é ideal que seja relacionado com outros métodos. Por ex, usar o IMC e fazer dobras, RCQ, CC. 
Dobras ou pregas cutaneas: As dobras cutâneas podem ser tomadas de varias partes do corpo, as mais usadas são, a suprailiaca, tricipital, bicipital, subescapular e axilar media. Etccc. As dobras cutâneas são medidas que expressam a quantidade de e a distribuição de tecido adiposo subcutâneo. É um método com bastante acurácia para diagnostico de obesidade Vantagens: é um método simples, e de baixo custo. Porém necessita de aferidor que tenha experiência, e tem de calibrar o equipamento. Vários fatores vão influenciar.
Gordura corporal: O principal uso de dobras é para obter a gordura corporal por meio de EQUAÇÕES E FORMULAS. Ex; A partir da soma das dobras cutâneas, pode se estimar o valor de gordura subcutânea corporal total, outro exemplo é somatório das dobras cutâneas localizadas na região do tronco que se pode estimar o percentual de gordura corporal subcutânea da região central.
Aula 03- AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DO ESTADO NUTRICIONAL INFANTIL
Quais são os objetivos de se estudar a avaliação em crianças??
Quando se avalia o estado nutricional da criança, pode-se identificar problemas de risco nutricional, monitorar a evolução do crescimento infantil, dentre outras. 
As medidas mais comumente utilizadas para crianças são; Peso ao nascer, peso, estatura ou comprimento, e perímetros ou circunferências (cefálica, braquial e torácica). 
Crescimento infantil
Crescimento longitudinal: Em comprimento. 
Crescimento ponderal: Crescimento em peso.
Geralmente o crescimento longitudinal é mais lento que o crescimento ponderal. O crescimento da criança pode ser um grande indicador do desenvolvimento socioeconômico.
Através do crescimento da criança é possível relacionar o seu crescimento com a desnutrição. Portanto é um importante fator de vulnerabilidade social. 
O crescimento da criança é influenciado pelo ambiente em que ela vive, e também pelas características genéticas. 
CLASSIFICAÇÃO: 
Recém-nascidos;
Lactentes- 0 a 1 ano, 11 meses, 29 dias;
Pré escolares- 2 a 6 anos, 11 meses, 29 dias;
Escolares: 7 a 9 anos, 11 meses e 29 dias. (Completou 10 anos já se encaixa na faixa de adolescente.) 
P:S; Se refere a comprimento crianças menores de 2 anos, e faz menção a estatura crianças maiores de 2 anos.
AVALIAÇÃO DO RECÉM NASCIDO slide 13 voltar
Peso ao nascer: O peso ao nascer (PN) é o primeiro peso do recém-nascido logo após o nascimento, desse modo ele reflete problemas nutricionais ocorridos na gestação além de ser indicador de condições sócio-econômicos. Fatores maternos podem influenciar no PN, como o uso de álcool, de drogas, a idade, estatura, patologias, uso de fármacos, a idade gestacional do bebe, e até o seu ganho de peso durante a gestação. O baixo índice de peso ao nascer (BPN) é quando a criança nasce com peso inferior a 2.5000 gramas. O peso muito baixo ao nascer (PMBN) corresponde as crianças nascidas com peso menor que 1500. Considera-se peso insuficiente ou inadequado (PIN) crianças com peso ao nascer menor de 25001 a 3000 gramas. Já para peso ao nascer adequado (PAN) se considera valores maiores de 3000 gramas. 
O baixo peso ao nascer (BPN) pode relacionar ao retardo de crescimento infantil, problemas do feto, e até está associado a casos de morbilidade do bebe
Há também crianças que são pequenas para a idade gestacional (PIG), e que indica que houve um retardo no crescimento intrauterino. Ao analisar na curva de desenvolvimento fetal, se considera adequada entre P10 e P90. 
CLASSIFICAÇÃO: Considerando gestação normal
Macrossomia > 4000g 
• Peso normal: 3000 a 4000g
 • Peso insuficiente: 2500 a 2999g 
• Baixo peso: < 2500g 
• Peso muito baixo < 1500g 
• Peso extremamente baixo: < 1000g
AVALIAÇÃO DOS LACTENTES
Avalia-se perímetro cefálico, perímetro torácico, crescimento longitudinal (em estatura), e crescimento ponderal (peso)
Crescimento longitudinal:
PRIMEIRO ANO: A criança ganha estatura de cerca de 25 cm por ano. Cresce 50% do seu nascimento. 
PRIMEIRO AO SEGUNDO ANO: Ganha 12 cm por ano. 
SEGUNDO AO TERCEIRO ANO: Ganha 10 cm por ano. 
Em geral, a estatura triplica até os 4 anos. 
Crescimento ponderal: 
Após o nascimento o bebe perde cerca de 5 a 10% do peso. 
Primeiros 6 meses: Ganha > 20 g por dia
Depois ganha > 15 g por dia 
Quando a criança já está no final do seu primeiro aninho, ela triplicou o peso. 
Perímetro cefálico: Em geral, o perímetro cefálico junto com o perímetro torácico avalia quadro de desnutrição. Assim, se avalia a relação perímetro cefálico e perímetro torácico.
Do nascimento até os 6 meses de vida, se tem CT/CCef = a 1. Dos 6 meses aos 5 cinco anos de idade a relação CT/CCef é > que 1, portanto quando se dá um resultado menos que 1 é um indicativo de desnutrição. Lembrando que a OMS recomenda que não seja feito o perímetro cefálico sozinho, pois ele sozinho não se relaciona com desnutrição, e se recomenda a medida CT/CCef para recém-nascidos e crianças de até 5 anos de idade.
1º ano de vida: circunferência cefálica aumenta 40% (de 35 para 47 cm);
 1º ao 2º ano de vida: aumenta de 5cm por ano.
Perímetro torácico: Relacionado com a reserva de gordura. 
AVALIAÇÃO PRÉ ESCOLAR E ESCOLAR
Avalia-se as seguintes medidas: Crescimento linear, Crescimento ponderal, Perímetro braquial, Perímetro cefálico, Perímetro torácico, PCSe, PCT.
PRÈ ESCOLAR: Fase que compreende 2 a 6 anos de idade.
Crescimento linear: Nessa fase de 2 a 3 anos as crianças apresentam o primeiro pico de crescimento. Crescem de 5 a 7 cm por ano. 
Crescimento ponderal: Elas ganham cerca de 2 a 3 kg por ano.
As pernas se alongam mais, pois como há maior pico de crescimento, e há redução de cerca de 50% de gordura em relação ao nascimento.
ESCOLARES: Fase que compreende os 7 anos e até 9 anos.
Crescimento ponderal: Geralmente nessa fase pode haver acúmulo de gordura, pois o organismo está armazenando energia para fase da puberdade. Nessa fase há mais risco para obesidade, uma vez que é uma fase caracterizada por maus hábitos alimentares, obesidade parental, fatores emocionais, e sedentarismo. O peso sofre impacto imediato na criança, se ela ficou doente por exemplo ela não vai diminuir a estatura, mas o seu peso vai diminuir. Desse modo, o crescimento ponderal se modifica rapidamente em curtos intervalos de tempo. Considera-se o melhor indicador de alterações rápidas e imediatas no estado nutricional.
Crescimento longitudinal: Já o crescimento longitudinal é o melhor indicador de desnutrição crônica. Pois o crescimento se altera mais lentamente, e reflete as inadequações cumulativas, bem como a desnutrição uma vez que a criança vai ser diagnosticada de desnutrição a longo prazo. 
Perímetro braquial: A CB expressa a quantidade de massa total, massa livre de gordura e massa de gordura, desse modo ele é um bom indicador de desnutrição. Muito utilizado em pré-escolares e gestantes. Também pode ser usado na impossibilidade de se obter as medidas como peso e estatura. 
ÍNDICES ANTROPOMETRICOS
Lembrando-se da definição de índice: Do qual é uma combinação entre duas ou mais medidas. Por exemplo: P/I, E/I, IMC/I
Vantagens dos índices antropométricos: Permitem melhor interpretação do grau de adequação do crescimento e desenvolvimento infantil. Indices mais utilizados: peso por idade (P/I), Estatura por idade (E/I), Peso por estatura (P/E), IMc por idade (IMC/i) Perímetro cefálico por idade (PC/I), Perímetro torácico por perímetro cefálico (PT/PC), Perímetro braquial por idade (PB/I), PCSE/I e PCT/I. 
Índice peso para idade (P/I): O peso é uma medida corporal que expressa a dimensão da massa ou volume corporal, quando se utliza o peso comomedida do processo de crescimento podemos acompanhar a massa corporal para cada idade. Índice adequado para o acompanhamento de ganho de peso, ele reflete a situação global da criança. Os índices IMC/I e P/E são mais úteis na avaliação de excesso de peso. Porém, quando a criança tem > P/I, se diz peso elevado para idade, enquanto menor peso para idade, é baixo peso para idade, mas não necessariamente pode ser um processo patológico.
Índice estatura para idade (E/I): Constituido pelas variáveis idade, sexo da criança, e estatura ele reflete o crescimento linear. As deficiências no consumo alimentar desencadeiam rapidamente no crescimento ponderal da criança, porém se elas persistirem pode desencadear atrasos no crescimento linear. É um indicador para medir a qualidade de vida de uma população. Em uma consulta não define o problema no crescimento, a estatura deve ser avaliada, a curva de crescimento deve ser avaliada. ↓ E/I → classificadas como baixa estatura para a idade, não implica necessariamente processo patológico, ou desnutrição.
Índice peso para estatura (P/E): Utilizado para crianças de até 5 anos de idade, uma vez que nessa fase é o pico de crescimento. Expressa a harmonia entra as dimensões do corpo, e o processo de crescimento. A inadequação de P/E pode refletir a perda de massa corporal, indicando processo de desnutrição, e também é um bom indicador de obesidade. O uso isolado de P/E no diagnostico de excesso de peso não possibilita a a diferenciação dos componentes corporais responsáveis pelo excesso de peso. Interpretação: Crianças com ↓ P/E podem ser classificadas como portadoras de baixo peso para a estatura, mas a magreza não implica necessariamente em associação com um processo patológico e crianças com ↑ P/E podem ser classificadas como excesso de peso para a estatura.
Índice de massa corporal para idade (IMC): É um bom indicador do estado nutricional, é utilizado para identificar excesso de peso. O acompanhamento do IMC na infância permite conhecer toda a trajetória de peso durante o ciclo de vida. A partir de 2 anos de idade (24 meses) a criança que apresenta elevado IMC, pode relacionar com a obesidade na vida adulta. 
Perímetro torácico e cefálico (PT/PC): Perímetro cefálico: • > 2 anos de vida: crescimento lento e pequeno. Relação PT/PC: • 6º mês até 5 anos: PT/PC > 1. PT/PC < 1 = atrofia ou diminuição do desenvolvimento dos músculos peitorais = desnutrição crônica.
CRITÉRIOS DE CLASSIFIÇÃO
% de adequação da mediana: Permite saber o quanto o valor medido está distante do 100% esperado para a adequação quando comparado a mediana de referência daquela distribuição. Várias desvantagens
Percentil: Se o peso de uma criança encontra-se no percentil 5 para a sua idade e sexo, isto significa que 95% dos indivíduos da população de referência, com a mesma idade e sexo, encontram-se com peso maior, e que apenas 5% tem peso igual ou inferior ao dela.
Escore Z: Fundamenta-se na curva de distribuição normal. Uma vez que 2,5% corresponderiam a -2 ou +2 unidades de desvios-padrão da média da população de referência, esta deveria ser a prevalência de distúrbios nutricionais (desnutrição e sobrepeso) esperada. Se “zero” está na média; • Se “positivo” está acima da média; • Se “negativo” está abaixo da média; • Acompanhamento mensal permite verificar o crescimento
Atualmente, o escore Z é considerado o critério antropométrico mais adequado para verificar o EN de populações.
Qual a relação entre percentil e escore z?
Cada valor de escore z apresenta um valor de percentil correspondente, os quais podem ser convertidos utilizando-se fórmulas apropriadas.*
REFERÊNCIAS ANTROPOMÉTRICAS
O padrão antropométrico ideal é aquele obtido de populações com condições socioeconômico-culturais e ambientais satisfatórias ao pleno desenvolvimento de seu potencial de crescimento, saúde e nutrição. Utilizados para monitorar a criança, fornece representações das medidas e índices, e dá para construir uma curva de evolução de crescimento. NCHS (1977); Varias criticas da população de referencia ( slide 75. CDC (2000), OMS (2006/2007)
Índices 
Comprimento/idade: 0 a 24 meses; 
Estatura/idade: 2 a 19 anos; 
Peso/comprimento-estatura: 0 a 5 anos; 
Peso/idade: 0 a 9 anos; 
IMC/idade: 0 a 19 anos; 
PCT e PCS/idade: 3 meses a 5 anos; 
Perímetro cefálico/idade: 0 a 5 anos;
Perímetro braquial/idade: 3 meses a 5 anos
Exercicios Composição corporal: Resto no que ela mandou
1.Diferencie métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos de avaliação da composição corporal e cite um exemplo de cada.
5.Discorra sobre os benefícios e limitações dos métodos duplamente indiretos.
Exercícios de crianças
1. Praticando cálculo da idade em meses.
Considere: 
a) Data de nascimento: 15.05. 2009 atual: 20.09.2017 nasc: 15.05.2009 5d 4m 8a 8x12 + 4 = 100meses 
b) Data de nascimento: 28.11.2013 atual: 20.09.2017 nasc: 28.11.2013 23d 9m 3a 23 dias > 16 dias, soma 1 mês 3a x 12 + 9m + 1m = 46meses 
c) Data de nascimento: 07.08.2016 atual: 20.09.2017 nasc: 07.08.2016 13d 1m 1a 12 + 1 = 13 meses 
 
2.Paciente M. B. C., sexo masculino, nascido em 03.12.2016, peso = 10kg, estatura = 70cm: 
a) Calcule a idade em meses. atual: 20.09.2017 nasc: 03.12.2016 17d 9m 0a 17dias > 16 dias, soma 1 mês 9m + 1m = 10 meses 
b) Analise o índice P/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS (2006). Posição na tabela: entre escore z0 e escore z+1 Classificação: ≥escore z- 2 e <escore z+2 = peso adequado para a idade. 
c) Analise o índice C/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS (2006). Posição na tabela: entre escore z-2 e escore z-1 Classificação: ≥escore z- 2 = comprimento adequado para a idade 
d) Analise o índice P/C, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS (2006). Posição na tabela: escore z+2 Classificação: >escore z +1 e ≤ escore z +2 = sobrepeso 
e) Analise o índice IMC/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS (2006). IMC: 10/0,7²= 20,40kg/m² Posição na tabela: entre escoreZ+2 e escorez+3 Classificação: >escore z+2 = obesidade 
Considerando a avaliação prévia, realizada por seu parceiro de equipe, faça o diagnóstico complementar: f) CB/I >P85 e <P97, classifique de acordo com a OMS (2006). Classificação: >P85 e <P97 = sobrepeso 
g) PC/I entre P3 e P97, classifique de acordo com a OMS (2006). Classificação: >P3 e <P97 = eutrofia 
h) PT/PC =1,0, classifique de acordo com a OMS (2006). Classificação: PT/PC = 1 = adequado 
I) PCT/I >P97, classifique de acordo com a OMS (2006). Classificação: >P97 = obesidade 
j) PCSE/I >P97, classifique de acordo com a OMS (2006). Classificação: Classificação: >P97 = obesidade 
k) Qual o diagnóstico nutricional global desta criança? Esta criança possui desenvolvimento cefálico para a idade adequado e apresenta obesidade. Atribui-se que a ocorrência de obesidade decorra do desenvolvimento longitudinal não ter ocorrido na mesma proporção do crescimento ponderal, mesmo que amos, isoladamente, indiquem adequação. Orienta-se acompanhamento nutricional para monitoramento do crescimento infantil, associando práticas de educação alimentar e nutricional que visem escolhas alimentares mais saudáveis aliadas a prática regular de atividade física, favorecendo o equilíbrio de peso corporal. 
3.Paciente G. P. O., sexo feminino, nascida em 11.02.2011, peso = 44kg e estatura = 1,12m
 a) Calcule a idade em meses. atual: 20.09.2017 nasc: 11.02.2011 9d 7m 6a 6ax12 + 7m = 79 meses 
b) Analise o índice P/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS, 2006. Posição na tabela: >escorez+3 Classificação: >escore z+2 = peso elevado para a idade 
c) Analise o índice E/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS, 2006. Posição na tabela: entre escore z-2 e escore z-1 Classificação: ≥escore z- 2 = estatura adequada para a idade 
d) Analise o índice IMC/I, descreva a posição na tabela e classifiquede acordo com a OMS, 2006. IMC: 44/1,12² = 35,07kg/m² 
Posição na tabela: >escorez+3 Classificação: >escore z+2 = obesidade 
Considerando: 
e) CB/I = 24cm, classifique de acordo com NCHS-adaptado por Frisancho (1990) Posição na tabela: >P95 Classificação: >P95 = excesso de peso 
f) PCT/I = 18,8mm, classifique de acordo com NCHS (1976-1980) Posição na tabela: >P95 Classificação: >P95 = obesidade 
g) PCSE/I = 13,5mm, classifique de acordo com NCHS (1976-1980) Posição na tabela: entre P85 e P95 Classificação: >P5 e <P95 = eutrofia. Pórem, ressalta-se que ente P85-P95, sugere-se VIGILÂNCIA NUTRICIONAL, pois é faixa de risco de obesidade. 
h) Qual o diagnóstico nutricional global desta criança? Esta criança apresenta obesidade, com predomínio de acumulo de gordura na região periférica do corpo. A obesidade diagnosticada decorre do desenvolvimento ponderal excessivo para a idade, bem como do desenvolvimento longitudinal que encontra-se muito próximo do limite inferior da faixa de adequação. Orienta-se acompanhamento nutricional para monitoramento do crescimento infantil, associando práticas de educação alimentar e nutricional que visem escolhas alimentares mais saudáveis aliadas a prática regular de atividade física, favorecendo o equilíbrio de peso corporal. 
4. Paciente J.F.F., sexo masculino, nascido em 20.04.2009, peso = 28kg e estatura = 1,15m. a) Calcule a idade em meses. atual: 20.09.2017 nasc: 20.04.2009 0d 5m 8a 8ax12 + 5m = 101 meses 
b) Analise o índice P/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS, 2006. Posição na tabela: entre escorez 0 e escore z+1 Classificação: ≥escore z- 2 e <escore z+2 = peso adequado para a idade 
c) Analise o índice E/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS, 2006. Posição na tabela: entre escore z-3 e escore z-2 Classificação: <escore z -2 = baixa estatura para a idade 
d) Analise o índice IMC/I, descreva a posição na tabela e classifique de acordo com a OMS, 2006. IMC: 28/1,15² = 21,17kg/m² Posição na tabela: entre escore z+2 e escorez+3 Classificação: > escore z +2 = obesidade 
e) Qual o diagnóstico nutricional global desta criança? 
Esta criança apresenta obesidade, ainda que tenha ganho de peso esperado para a idade, uma vez que houve comprometimento crônico em seu desenvolvimento longitudinal, evidenciado pelo índice estatura para idade que revelou baixa estatura para a idade. Esta situação mostra que, a inadequação alimentar durante dias/meses consecutivos pode prejudicar o desenvolvimento longitudinal, que permanece difícil de ser recuperado a longo prazo, pois o desenvolvimento longitudinal altera-se mais lentamente. Por outro lado, o desenvolvimento ponderal reflete o estado nutricional atual e altera-se com relativa rapidez, mostrando que, atualmente as condições ambientais desta paciente melhoraram e a mesma conseguiu desenvolver seu peso de forma adequada. Orienta-se acompanhamento nutricional para monitoramento do crescimento infantil, associando práticas de educação alimentar e nutricional que visem escolhas alimentares mais saudáveis aliadas a prática regular de atividade física, favorecendo o equilíbrio de peso corporal. 
 5.Quais são as medidas comumente utilizadas para crianças?
6.Quais são os índices antropométricos utilizados na avaliação do estado nutricional infantil, de acordo com faixa etária? 
7.O que os índices P/I, E/I P/E e IMC/I avaliam e por que é tão importante utilizar o diagnostico conjunto?
Índice peso para idade (P/I): O peso é uma medida corporal que expressa a dimensão da massa ou volume corporal, quando se utliza o peso como medida do processo de crescimento podemos acompanhar a massa corporal para cada idade. Índice adequado para o acompanhamento de ganho de peso, ele reflete a situação global da criança. Os índices IMC/I e P/E são mais úteis na avaliação de excesso de peso. Porém, quando a criança tem > P/I, se diz peso elevado para idade, enquanto menor peso para idade, é baixo peso para idade, mas não necessariamente pode ser um processo patológico.
Índice estatura para idade (E/I): Constituido pelas variáveis idade, sexo da criança, e estatura ele reflete o crescimento linear. As deficiências no consumo alimentar desencadeiam rapidamente no crescimento ponderal da criança, porém se elas persistirem pode desencadear atrasos no crescimento linear. É um indicador para medir a qualidade de vida de uma população. Em uma consulta não define o problema no crescimento, a estatura deve ser avaliada, a curva de crescimento deve ser avaliada. ↓ E/I → classificadas como baixa estatura para a idade, não implica necessariamente processo patológico, ou desnutrição.
Índice peso para estatura (P/E): Utilizado para crianças de até 5 anos de idade, uma vez que nessa fase é o pico de crescimento. Expressa a harmonia entra as dimensões do corpo, e o processo de crescimento. A inadequação de P/E pode refletir a perda de massa corporal, indicando processo de desnutrição, e também é um bom indicador de obesidade. O uso isolado de P/E no diagnostico de excesso de peso não possibilita a a diferenciação dos componentes corporais responsáveis pelo excesso de peso. Interpretação: Crianças com ↓ P/E podem ser classificadas como portadoras de baixo peso para a estatura, mas a magreza não implica necessariamente em associação com um processo patológico e crianças com ↑ P/E podem ser classificadas como excesso de peso para a estatura.
Índice de massa corporal para idade (IMC): É um bom indicador do estado nutricional, é utilizado para identificar excesso de peso. O acompanhamento do IMC na infância permite conhecer toda a trajetória de peso durante o ciclo de vida. A partir de 2 anos de idade (24 meses) a criança que apresenta elevado IMC, pode relacionar com a obesidade na vida adulta. 
 8.Diferencie estatura e comprimento. 
Estatura: Depois 2 anos
Comprimento: <2
9.Caracterize crescimento infantil e diferenciar crescimento longitudinal e ponderal. Longitudinal; Cresce em estatura
Ponderal; peso
10.Por que as curvas da OMS, 2006 são o padrão de referência universal para avaliação do estado nutricional infantil? 
Crianças amamentadas; -Inclui apenas a população saudável com capacidade de desenvolver otimamente seu potencial genético de crescimento; Crescimento ótimo •Nutrição ótima -Aleitamento materno -Alimentação complementar adequada • Meio ambiente ótimo -Sem contaminação - sem tabagismo • Cuidados ótimos de saúde - imunização - Rotina pediátrica adequada
•Descreve um padrão de crescimento para avaliação do estado nutricional infantil de qualquer país;
• Descreve o crescimento infantil normal sob condições ambientais ótimas, podendo ser utilizada para avaliar crianças em qualquer parte do mundo independente da etnia, condições socioeconômicas e tipo de alimentação.
11.Faça uma relação de escore z com percentil. 
Qual a relação entre percentil e escore z?
Cada valor de escore z apresenta um valor de percentil correspondente, os quais podem ser convertidos utilizando-se fórmulas apropriadas.*

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