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1 Elaborada por: Prof. Alessandra Bongiovani Prof. Gilmara Farias Prof. Virgínia Polli Material elaborado para aula, proibida reprodução parcial ou total 2 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA •Incapacidade do sistema respiratório dem captar oxigênio (PO202) e/ou remover gás carbônico (PCO2) •Podemos classificar a insuficiência respiratória em aguda e crônica agudizada. •Distúrbio respiratório que surge em indivíduos com pulmão estrutural e funcionante normal antes do início da doença atual. 3 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA A respiração requer o funcionamento harmônico e interligado de diversos órgãos e aparelhos: 4 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Classificação da Ins.Resp. Aguda: * VA – ventilação alveolar 5 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Classificação da Ins.Resp. Aguda: * VA – ventilação alveolar 6 Pneumonia Derrame Pleural. 7 QUADRO CLÍNICO Os sinais e sintomas mais freqüentemente encontrados são: a) Respiratórios: alteração do padrão respiratório, taquipnéia, retração torácica, batimento de asa do nariz, sudorese, cianose, diminuição ou ausência de murmúrio vesicular (MV), gemido expiratório, expiração prolongada, sibilos, cornagem, MV assimétrico, aumento do trabalho respiratório, respiração paradoxal, apnéia. 8 b) Neurológicos: agitação, dor de cabeça, irritabilidade, prostração, sonolência, convulsão e coma. c) Cardíaco-circulatórios: taquicardia, bradicardia, hipotensão, vasodilatação, vasoconstrição periférica, hipertensão, disritmias, parada cardíaca. 9 TRATAMENTO • Dentre os métodos de tratamento, inclui-se o tratamento da causa, a oxigenioterapia suplementar não invasiva, em que não há necessidade de se utilizar a VM (ventilação mecânica), e a ventilação mecânica invasiva. • Tratamento da causa: antibioticoterapia, antídotos (intoxicação), drenagem torácica, administração de corticosteróides, broncodilatadores, etc. 10 TRATAMENTO – SUPORTE DE OXIGÊNIO 11 TIPOS DE DISPOSITIVOS – SUPORTE DE O2 NÃO INVASIVO Dispositivos utilizados para tratamento da Insuficiência Respiratória Aguda. A, Cateter nasal; B, Máscara de Venturi (1, fonte de O2 a 100% em orifício padrão conforme a FIO2desejada, 2, entrada de ar ambiente); C, Máscara de aerosol (1, oxigênio do nebulizador); D, Máscara com reservatório (1, reservatório preenchido com O2 a 100%, 2, membrana unidirecional para inalação, 3, membrana unidirecional para exalação, 4, entrada de ar ambiente de segurança). 12 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM •Avaliação frequente: sinais de desconforto respiratório – taquidispnéia, cianose, queda de SPO2, exame físico pulmonar anormal; • Instalação e manutenção de dispositivo de suporte ventilatório não invasivo; • Posição semi-Fowler ou de Fowler, para permitir uma expansão máxima do tórax. •Ingestão de líquidos para corrigir a perda líquida que ocorre na respiração rápida e para fluidificar secreções (se não houver restrições). • Aspiração de secreções quando necessário; •Estímulo à tosse e expectoração de secreções. •Redução da ansiedade. 13 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA) Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto – SARA Em 1994 – Conferência de Consenso Euro- Americana - Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) 14 DEFINIÇÃO 1994 Entidade bem caracterizada na qual os pacientes apresentam grave dispnéia, hipoxemia arterial, infiltrados pulmonares bilaterais difusos com pulmões endurecidos secundários e maciça lesão pulmonar em pessoas que geralmente não apresentam patologias pulmonares pregressas. 15 DEFINIÇÃO – Berlin – 2012 Oxigenação: Nível mínimo de PEEP, que pode ser aplicado por VNI, passou a ser utilizado (PEEP 5 cmH20) Tempo: para um paciente a ser diagnosticado com SDRA, a Síndrome deve ser detectada até uma semana depois da ocorrência um fator de risco conhecido. Radigrafia de tórax: opacidades pulmonares bilaterais consistentes com edema na radiografia de tórax para o diagnostico de SDRA, tais alterações podem ser baseadas em imagens obtidas através de tomografia de tórax. Origem do edema: Com o declínio do uso de cateter de artéria pulmonar, e pelo fato de edema de origem cardíaca poder coexistir com SDRA, o critério de pressão de oclusão da artéria pulmonar foi removido da nova definição. 16 DEFINIÇÃO Berlin - 2012 SDRA Leve/ Moderada/Grave 17 ETIOLOGIA 18 FISIOPATOLOGIA Lesões do epitélio alveolar + endotélio capilar Causa – liberação de substâncias pró-inflamatórias (principalmente citocinas – fator de necrose tumoral, interleucina 1 e 8 – liberados pela atração neutrofílica – lesão pulmonar) Perda de barreiras que impedem o edema alveolar – escape de proteínas do espaço intravascular para o intersticial – edema intersticial e alveolar) Líquido rico em proteínas no espaço intra- alveolar= alteração no surfactante – colapso alveolar. 19 QUADRO CLÍNICO ØAo exame físico destacamos os sinais de trabalho respiratório aumentado como taquipnéia, uso da musculatura acessória, tiragem intercostal, retração da fúrcula esternal, respiração paradoxal e sinais relativos à baixa oxigenação e perfusão tecidual (batimento da asa do nariz, diaforese, palidez cutaneomucosa). ØA ausculta pulmonar é inespecífica 20 TRATAMENTO a) Ventilação Mecânica: Combate às alterações fisiopatológicas como hipoxemia arterial e hipercapnia: - Todos os pacientes devem ficar em modo controlado – VCV ou PCV - Uso de volume corrente em torno de 6ml/kg (SDRA leve); 3 a 6 ml/kg (SDRA moderada/grave); - FiO2 – usar menor FiO2 para garantir SpO2 >92%; 21 TRATAMENTO a) Ventilação Mecânica: Frequência Respiratória – Iniciar em 20 rpm e aumentar até 35 s/n; PEEP – Uso de tabelas para estabelecer PEEP adequada ao paciente, por exemplo: 22 TRATAMENTO b) Posição ventral (Prona): - Melhora a oxigenação – redistribui as zonas de colapso alveolar; - Favorece o maior equilíbrio da relação ventilação/perfusão pulmonar; - Atenua a lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica. - Deve-se colocar o paciente na posição prona se P/F<150 por pelo menos 16h/sessão; C) Instituir cateter venoso central e monitorização contínua de pressão arterial invasiva. 23 Hipertensão intracraniana a Fratura Pélvica a Fratura de coluna a Hipertensão intra-abdominal (contraindicação relativa) a Peritoniostomia a Gestação (contraindicação relativa) a Tórax instável a Instabilidade hemodinâmica grave a Equipe inexperiente Contra indicações da posição Prona Cuidados na posição Prona a Elevar FiO2 para 100% durante a rotação; a Sedação e analgesia otimizadas; a Instituir acesso venoso central e monitorização contínua de pressão arterial invasiva. a Colocar travesseiros na frente do paciente distribuídos de modo a aliviar os pontos de apoio anatômicos principais. a Colocar coxins na cintura pélvica e escapular para alivio da compressão sobre o abdome. a Deve-se usar proteção para testa, face, joelhos e ombros (placas hidrocolóides); Considerar colocar uma fralda absorvente na face do paciente; Trocar se muito úmido; 24 a Monitorizar ECG pelas costas; a Movimentar paciente, principalmente a face, pelo menos a cada duas horas; a Mudar posição de braços, acima e abaixo da linha interescapular a cada pelo menos duas horas; a Manter dieta enteral com volume menor; a Certificar-se de que os olhos estão fechados; a Manter o posicionamento o tempo necessário desde que não existam sinais atribuídos à posição prona, de sofrimento cutâneo ou outro órgão; a Monitorar resposta à rotação com SpO2. Se houver dessaturação abaixo de 90% mantida após 10 minutos da rotação, retornar para supina. a Retornar a posição supinase PCR, piora hemodinâmica grave, arritmias malignas ou suspeita de deslocamento da prótese ventilatória; a Sugere-se envolver 3 e 5 pessoas para efetuar a rotação; Coletar gasometria após 1 hora de prona. Considerar o paciente como respondedor se PaO2 aumentar em pelo menos 10mm Hg. 25 - http://www.youtube.com/watch?v=E_6j T9R7WJs - e William Harvey Hospital - http://www.youtube.com/watch? v=Hd5o4ldp3c0) 26 27 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Cuidados relacionados a ventilação mecânica; • Cuidados com o paciente em posição ventral (prona) – posicionamento, prevenção de lesões, prevenção de remoção acidental dos dispositivos; • Monitorização cardíaca e ventilatória; • Avaliação constante do perfil ventilatório, gasometria arterial e evolução radiológica pulmonar; • Cuidados com suporte nutricional enteral. 28 Referências http://www.sopati.com.br/lermais_materias.php?cd_mat erias=109&friurl=_-Artigo-Comentado---Abril2013-_ https://xlung.net/articles/13 https://xlung.net/manual-de-vm/insuficiencia- respiratoria-aguda Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica – 2013 – Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB) e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
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