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10. DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS

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DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS
1. Conceito:
- são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que a tornam imprópria ao uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor;
- são os defeitos que desvalorizam a coisa ou a tornam imprópria para o uso;
- Portanto, a doutrina majoritária indica que tais vícios são sempre ocultos;
- a coisa defeituosa pode ser rejeitada pelo adquirente, mediante devolução do preço e, se o alienante conhecia o defeito, com satisfação de perdas e danos;
- Regra: contratos comutativos e bilaterais; § único do art. 441;
- arts. 441, 442 e 443;
2. Fundamento jurídico:
2.1 Teoria do erro:
- erro sobre a vontade do adquirente em relação às qualidades da coisa;
2.2 Teoria do inadimplemento contratual:
- tem por fundamento a violação do princípio de garantia que onera todo alienante e o faz responsável pelo perfeito estado da coisa, em condições de uso a que é destinada;
- o alienante é, de pleno direito, garante dos vícios redibitórios e cumpre-lhe fazer boa a coisa vendida.
2.3 Teoria dos riscos:
- aduz que o alienante responde pelos vícios redibitórios porque tem a obrigação de suportar os riscos da coisa alienada. Aproxima-se da anterior.
3. Requisitos:
3.1 Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação onerosa ou remuneratória;
3.2 Que os defeitos sejam ocultos:
- não há que se falar em vício redibitório quando os defeitos são facilmente verificáveis com um rápido exame e diligência normal.
- o defeito não pode ser aparente;
3.3 Que os defeitos existam no momento da celebração do contrato e que perdurem até o momento da reclamação:
- Não responde o alienante por defeitos supervenientes, que só venham a se manifestar posteriormente, uma vez que esses presumem-se resultantes do mau uso da coisa pelo comprador.
- arts. 443 e 444;
3.4 Que os defeitos sejam desconhecidos do adquirente:
- presume-se que, se o adquirente conhecia a condição da coisa, com os defeitos, e ainda assim celebrou o contrato, que renunciou à garantia redibitória;
3.5 Que os defeitos sejam graves:
- Apenas os defeitos revestidos de gravidade a ponto de prejudicar o uso da coisa ou diminuir-lhe o valor podem ser argüidos nas ações redibitórias e quanti minoris, não os de somenos importância;
- ex: esterelidade de touro adquirido como reprodutor, superaquecimento de motor em subidas, etc.
4. Ações cabíveis - edilícias:
4.1 Ação redibitória:
- por meio da qual o adquirente pretende rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago;
- requerer a resolução do contrato (devolvendo a coisa e recebendo de volta a quantia em dinheiro que desembolsou), sem prejuízo de perdas e danos;
4.2 Ação estimatória ou quanti minoris:
- por meio da qual o autor/adquirente pretende conservar a coisa, não obstante o defeito, postulando, contudo, o abatimento do preço;
- pleitear abatimento proporcional do preço.
4.3 Princípio da Conservação do contrato:
- A resolução do contrato é o último caminho a ser percorrido;
- Nos casos em que os vícios não geram grandes repercussões em relação à utilidade da coisa, não cabe a ação redibitória, mas apenas a ação quantis minoris, com o abatimento proporcional do preço;
* Segundo a doutrina, se o vício for insignificante ou ínfimo e não prejudicar as finalidades do contrato, não cabe sequer esse pedido de abatimento do preço;
4.4 Perecimento da coisa:
- Nessa hipótese não cabe ao adquirente optar por uma das espécies de ação, devendo necessariamente se valar da ação redibitória. Art. 444.
5. Prazos decadenciais – art. 445:[1: Porque as ações edilícias são constitutivas negativas, isto é, têm como objeto a extinção de um estado, ou uma relação jurídica.]
a) bem móvel: trinta dias, a contar da tradição;
b) bem imóvel: um ano, a contar da tradição.
c) se o adquirente já estava na posse da coisa: conta-se da alienação, reduzido à metade;
- Exceção: § 1º e 2º do art. 445;
- Prazos são regra geral, ou seja, as partes podem ampliar convencionalmente os referidos prazos; art. 446;

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