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RESUMO DIREITO PENAL IV LEI DE DROGAS

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RESUMO DIREITO PENAL IV
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS – 8072/90, o artigo primeiro da lei apresenta um rol taxativo do crimes hediondos.
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015)
I- A - lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII- B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
A hediondez é caracterizada pela sensação de repugnância, de indignação, decorrente de um senso de reprovação causada a partir da prática de determinados delitos. Tais condutas são repudiadas com maior veemência comparadas aos crimes comuns, isto em razão do modo de execução, bem como das consequências impostas à vítima e à sociedade.
Ressalva ao rol taxativo: em um primeiro momento não existia a previsão do homicídio, em decorrência de criticas foi incluso, o homicídio simples será considerado crime hediondo se praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que praticado por um só agente.
Para definir a hediondez do crime há três sistemas: Legal, Judicial e Misto.
No judicial, cabe ao magistrado decidir se o crime é hediondo ou não, depende da interpretação do juiz. O misto trata-se de uma interpretação subjetiva e do apoio legal de forma mesclado, enquanto o LEGAL (adotado pelo Brasil) é a taxatividade dos crimes que serão considerados hediondos, portanto através do sistema legal que foi adota pelo Brasil, será hediondo os crimes taxados no artigo 1 da Lei 8072/90.
PROGRESSÃO: Antes da promulgação da Lei 11464/07 a progressão ocorria da mesma forma que nos crimes comuns, após a promulgação da lei os benefícios passam a demandar um tempo maior do cumprimento de parte da pena.
Em seu texto original a lei previa o cumprimento da pena dos crimes hediondos em regime integralmente fechado, inviabilizando a progressão do regime prisional.
Tal dispositivo foi considerado inconstitucional por afrontar os princípios da igualdade, isonomia e princípio da individualização da pena.
Com efeito, mesmo em se tratando de crimes hediondos utilizava-se a regra compatível aos crimes comuns, que previa a possibilidade de progressão de regime com 1/6 da pena cumprida.
Este critério se mostrou incompatível com os crimes hediondos diante da sua gravidade, sendo determinante para que fosse implementada nova legislação compatível com os crimes hediondos.
A lei 11.464/2007 estabelece um critério definitivo para a questão da progressão de regime em relação aos crimes hediondos, determinando que a progressão seria autorizada após 2/5 do cumprimento da pena em sendo o apenado primário e a 3/5 se reincidente.
Outra alteração é que antes da lei 11.464/07 a pena era cumprida integralmente em regime fechado, a progressão de regime só era possível por meio de decisão fundamentada do juiz, após a edição da Lei, a pena passou a ser cumprida inicialmente em regime fechado, possibilitando a progressão de regime por meio do sistema objetivo.
A regra para alcançar a progressão do regime é divido em dois:
Subjetivo: diz respeito ao comportamento do indivíduo, aqui se alcança a progressão pelo bom comportamento (mas foda-se pq não vai cair esse na prova, é só pra saber a diferença)
Objetivo (esse é o que vai cari): diz respeito ao tempo da pena, que será 1/6 para crimes comuns, 2/5 para agentes primários e 3/5 para agentes reincidentes. (isso após a edição da Lei 11464/07)
O rol taxativo estabelece que os crimes seguem uma sequência/hierarquia:
- Vida (Art. 121, § 2º)
- Patrimônio (latrocínio 157, § 3º parte final) 159, § 3º (morte mediante sequestro e extorsão) - maior pena do ordenamento: 24 a 30 anos
- Dignidade sexual (12.015/2009) Art. 213, § 1º e 2º; 217A, 218B.
- Saúde Pública: Falsificação de remédio. Esses quatro bens jurídicos são os objetos de proteção da lei. Lei 8.072/90.
OBS.: Nos crimes hediondos a prisão temporária será de 30 dias, prorrogáveis por igual período. Nos crimes comuns é de 5 dias, prorrogáveis por até 30 dias.
LEI DE DROGAS 
Objetivo da lei: Prevenção do uso indevido, e a repressão á produção não autorizada e ao tráfico ilícito de entorpecentes. 
Objeto jurídico: Saúde publica, incolumidade pública.
Usuários (provavelmente dissertar)
Usuário: Art. 27-30
Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1o  Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
§ 2o  Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 3o  As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4o  Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5o  A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6o  Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
§ 7oO juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.
Adquirir: Comprar ou obter mediante pagamento.
Guardar: Armazenar para consumidor em curto período de tempo, tomar conta de algo ou proteger.
Trazer consigo: Ter junto ao corpo (bolso, carteira, etc..)
Ter em deposito: Ter armazenado suprimento que traga a ideia de perpetuidade, maior quantidade a ser consumidor por um período também maior.
Transportar: Conduzir de um lugar para o outro (malas veículos, etc..)
 Obs: Não se verifica na descrição do tipo correspondente ao usuário os verbos, usar, consumir (fumar, cheirar,ingetar) de modo que poderíamos concluir que usar drogas não é crime. Entretanto, parte da doutrina que nenhuma das circunstancias correspondentes ao art. 28 poderiam ser punidas, baseado no princípio da trancendentabilidade, no qual ninguém poderá ser punido por causar mal a si próprio. 
§1° O uso equiparado corresponde aquelas hipóteses em que o sujeito irá semear, cultivar ou colher pequena quantidade para seu uso pessoal. Nesta hipótese não estaria fomentando o crime mas apenas atendendo necessidades pessoais. Tais condutas se praticadas visando posterior distribuição configuraria o crime equiparado ao tráfico. Tais hipóteses correspondem ao crime de forma equiparada desde que o cultivo seja para uso pessoal.
§2° Natureza, quantidade, local, condições, condutas, condições pessoais/sociais antencedentes.
Distingue o traficante do usuário através da natureza, quantidade, local, condições e circunstancias pessoais e sociais. Visando estabelecer distinção entre tráfico e uso o legislador se valeu de critérios relativos de natureza, quantidade, local, condições e circunstancias pessoais, entretanto tais critérios se mostram falíveis tendo em vista que diversas vezes usuários são enquadrados como traficante e vice versa, o que demonstra o caráter subjetivo da norma em não identificar com precisão os delitos nela previstos.
OBS: Embora todos os verbos já sejam correspondentes ao consumo de drogas, também estejam presentes na definição de trafico, o legislador se valeu de outros elementos (art. 28 §2°) para distinguir usuário de traficante. Tais parâmetros correspondem a natureza, quantidade, local, condições, conduta, condições pessoais/sociais, antecedentes.
Obs: Em relação ao usuário a lei atual promoveu uma amenização da pena em relação a lei anterior 6.398/76 que previa ao usuário pena de 6 meses a 2 anos ao passo que a atual prevê advertências, prestações duração máxima de 5 meses.
Obs: A lei proíbe sob qualquer pretexto a detenção do usuário. É vedada sob qualquer pretexto a detenção do usuário. Entretanto está autorizado a condução coercitiva para averiguação e lavratura do TC, inclusive com uso de algemas conforme estabelece a sumula vinculante 11 do DTF, devendo a autoridade liberar o usuário tão logo realizadas as diligências. Se o usuário for menor enquadramento por ato infracional conforme prevê o ECA.
DESPENALIZAÇÃO: Segundo a doutrina majoritária bem como o STF, Adotou-se no Brasil a despenalização, a conduta continua sendo crima, continua tendo pena, entretanto, a punição não prevê em qualquer hipótese a possibilidade de encarceramento.
DISTINÇÃO ENTRE TRAFICAR, FINANCIAR, CUSTEAR E INFORMANTE.
TRAFICO: 
Art. 33. Trafico de entorpecentes
O tráfico de entorpecentes na norma legal, por 18 condutas que caracterizam, atestam a pretensão.
PENA: Reclusão 5 á 15 anos
	O trafico de entorpecentes descritos na norma legal por 18 condutas que o caracterizam atestam a pretensão do legislador em bem definir as variadas circunstâncias que correspondem ao crime.
	Embora a comercialização seja principal atividade combatida pela norma, essa se mostra bastante rigorosa ao definir como trafico também as hipóteses de distribuição ainda que gratuitamente, tal dispositivo não determina quais seriam as substâncias tidas por ilícitas.
	A caracterização do trafico é determinado por critérios subjetivos, os quais muitas vezes se mostram falíveis, pois, dizem respeito a quantidade apreendida, que por si só em algumas situações não apontam, trata-se de tráfico de forma cabal, por se tratar de pequena porção e muitas das vezes compatível com o uso pessoal.
	Entretanto, outros critérios são considerados para demonstrar a traficância destacando-se dentre eles: O local da apreensão, as circunstancias do crime, a conduta social do agente bem como a quantidade que sugere a distribuição.
	Quanto ao local existem outros elementos que demonstram tratar-se de trafico, tais como objetos apreendidos (balanças de precisão) bem como dinheiro em espécie em notas trocadas.
	§1° I, Petrechos, matéria-prima, insumos, produtos químicos (tudo para preparação). São contudo equiparadas ao trafico, ou seja, objeto, matéria-prima, primeiro a equiparação de substancias a serem comercializadas ou distribuídas.Não exige necessariamente que a substancia contenha efeito toxico ou farmacológico capaz de causar dependência típica dos entorpecentes, ou que servira para dar origem a droga. Basta que se faça a prova de que tais materiais sirvam para a preparação.
	§1°II, Apresenta as hipóteses do crime de trafico no que se refere ao cultivo de plantas destinadas a produção de drogas, para distribuição e comercialização embarga escala, Art. 32 da lei de tóxicos.
	Obs: As plantações são destituídas e as terras são expropriadas pela união e destinadas para programas sociais e reforma agrária. Art 243 da CF.
	III, Trata da utilização de local ou qualquer outro bem destinado para o trafico. Pune-se o agente que não pratica o trafico diretamente, mas admite a sua pratica em bases, caso noturna, etc, ou utiliza bens de qualquer natureza, tais como veículos, aeronaves, embarcações. 
	§2° A instigação, induzimento e auxilio ao uso de drogas também são passiveis de punição, de ocasião com parte da doutrina que equipara tais condutas ao próprio trafico de drogas ou ao menos configuraria participe.
	Lei 6.398/76 Diz que apologia ao trafico também era punido. Já foi crime hoje não é mais por conta da liberdade de expressão art. 5° CF.
	§3° Uso compartilhado: Oferecer droga, consumidor junto, Consumo eventual , ambos devem consumir, se um estiver olhando é trafico.
	Critica: É desproporcional , pois, a pena de multa é maior que o próprio tráfico.
Privilégio: art. 33 §4° (causa de diminuição de pena) 
Requisitos:
Exige que o réu seja primário: Não pode ter sofrido sentença condenatória com transito em julgado (sumula 444 stj).
Não integre organização criminosa.
Atividade criminosa.
Obs: Esses requisitos são cumulativos. Preenchendo todos esses requisitos o agente poderá ser beneficiado com redução de pena. (1/6 á 2/3).
Em que peses o texto de lei estabeleça que o magistrado poderia aplicar redução de pena nas hipóteses do §4°, trata-se efetivamente de um dever funcional por se tratar de um direito subjetivo do ocupado ao qual o juiz não pode ser negar a fazer.
Para a concessão da redução de pena precisa ser reconhecido na sentença todas as circunstancias favorável ao acusado.
Obs: Ainda que prevaleça a redução máxima (2/3) o que resultaria numa pena de aproximadamente 1 ano e 8 meses, impõe-se o regime fechado, pois, este é o único regime inicial possível para o crime de trafico. (lei dos crimes hediondos 8072/90)
Obs: Seja vedada a transformação da pena privativa de liberdade por restritiva de direito o STF manifestou-se no sentido da inconstitucionalidade deste dispositivo por ferir o principio da individualização da pena.
ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO
Art. 35 ASSOCIAÇÃO AO TRAFICO: Concurso de agentes do tráfico de drogas. Reclusão 3 a 10 anos.
Concurso necessário de agentes com a finalidade do trafico de entorpecentes, é um crime plurissubjetivo, exige mais de 1 agente.
Na associação para o trafico pressupõe o ajuste anterior permanente e estável entre 2 ou mais pessoas para o cometimento do trafico deentorpecentes.
Requisitos:
Concurso necessário de pelo menos dois agentes (ou mais) 
Finalidade especifica dos agentes voltada para o cometimento do delito de trafico de entorpecentes
Exigencia de permanência e estabilidade da associação criminosa.
Não é necessária a consumação do trafico, basta que haja comprovação que essa união é para o trafico os agentes serão responsabilizados.
LEI N° 11.343/2006 Art. 1o  Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
Parágrafo único.  Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
FINANCIAR/ CUSTEAR
	Tem um sentido de prover um capital necessário para a iniciação ou estruturação para o tráfico de drogas.
Materialidade: A Materialidade do delito em tela precisa ser demonstrado e provado. Isso se dá por meio de uma investigação que vincule as movimentações financeiras (depósitos, saques, transferências de grandes valores) entre aplicador/investidor e o executor intermediário do tráfico. As movimentações financeiras , consistente em expressivas retiradas de dinheiro devem ser demonstradas tanto quanto a origem destes valores, como em relação ao seu destino. É Comum ainda que os autores deste delito se utilizem de empresas fictícias, “de fachada, lavagem de dinheiro de origem ilícita, fomentando atividade delituosa”
Consumação: Na modalidade financiar o crime é formal, consumando-se independentemente da consumação do resultado apreendido. Na modalidade custear por sua vez o crime é material consumando-se com o emprego efetivo de bens e valores para manutenção da traficância.
8 a 10 anos
COLABORAÇÃO/ COLABORAR COM INFORMANTE
Art.37 Colaboração – colaborar como informante; o colaborar consiste em contribuir, colaborar, de forma eficaz para a difusão e incentivo ao tráfico de drogas com grupo ou organização criminosa, na qualidade de informante. O crime será caracterizado meramente pelas informações em prol do grupo criminoso, caso realize quaisquer dos artigos 33; 33§1° e 34 serão indiciados ao crime de tráfico ainda que na condição de colaborador ou participe. 
Inclui-se neste mesmo dispositivo o elemento conhecido como “olheiro”, ou qualquer outro que atua como informante cooperando com a manutenção da estrutura do grupo. 
Meio de execução: pode ser praticado de forma livre; por qualquer meio, verbal, gestual ou escrito. Policial corrupto ciente de operação a ser desencadeada em local de traficância comunica por e-mail ou por mensagem de telefone o responsável pelo meio ilícito. 
Consumação: consumasse com a chegada da informação ao seu destino de modo a cooperar com o negócio ilícito. 
Admite-se a tentativa por via escrita, porém interceptada.
DEFESA PRELIMINAR (VAI CAIR OS PRAZOS NA PROVA)
trata-se de medida pela qual o acusado pela primeira vez se manifesta no processo de forma escrita. Deverá ser redigida por defensor e ou advogado constituído ou nomeado, sendo esta a oportunidade para a parte arguir preliminares. Ex: prescrição; identificar e apontador eventuais vícios ocorridos no inquérito. Ex: ausência do laudo que comprova a materialidade da substância; indicar as provas que pretende produzir bem como juntar aquelas já existentes (documentos, álibis, etc.), bem como arrolar testemunhas de defesa; indicar circunstâncias que indiquem a possibilidade de absolvição primária. 
As provas a serem produzidas, inclusive as testemunhais deverão ser necessariamente indicadas na defesa preliminar, sob pena de preclusão.
Marco interruptivo: O prazo começa a contar no dia crime e termina com o recebimento da denúncia. 
Prazo de 10 dias, se o juiz receber a denúncia, deverá designar a audiência de instrução e julgamento em 30 dias. 
Obs: no rito ordinário o espaço de tempo é de 60 dias. 
A audiência de instrução e julgamento a oitiva do acusado ocorre em primeiro ato. Depois testemunha de acusação e defesa. Ao final o magistrado irá conferir as partes 20 minutos para apresentar alegações final oral, prorrogável por mais 10 minutos. 
Excepcionalmente diante da complexidade do caso e da pluralidade de réus as alegações finais poderão ser apresentadas por memorias, Art403,§3° CP
ATÉ AQUI É O QUE O ELIEL DISSE QUE CAIRIA, A SEGUIR COMPLEMENTAÇÃO DA MATÉRIA, BAIXA PROBABILIDADE DE CAIR NA PROVA.
Obs: Os crimes hediondos não são imprescritíveis. Também são insuscetíveis de anistia, graça e indulto.
 		O indulto é uma forma de perdão da pena concedido pelo Presidente da República. É destinado aos sentenciados que cumprem pena privativa de liberdade e que se enquadrarem nas hipóteses indulgentes previstas no Decreto Presidencial, dentre elas o alcance de determinado lapso temporal e comportamento carcerário satisfatório.
	 	A graça é o perdão da pena de um condenado, que se destina a um ou mais condenados, desde que devidamente individualizados. O motivo pode ter incidências diversas, como um ato humanitário, porém já não tem mais distinção do indulto individualizado no direito positivo brasileiro.
		A anistia atinge todos os efeitos penais decorrentes da prática do crime, referindo-se, assim a fatos e não a pessoas. Pode ser concedida antes ou depois do trânsito em julgado da sentença condenatória, beneficiando todas as pessoas que participaram do crime ou excluindo algumas delas, por exigir requisitos pessoais. 
Crimes equiparados a hediondos: Crime de tortura - Lei n˚ 9.455/97 (quando praticado por omissão não é considerado hediondo); Tráfico de entorpecentes - Lei n˚11.343/06; Terrorismo - Lei n˚13.260/16.
Sequestro relâmpago - Art. 158, §3˚ - Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica.
Uma primeira corrente diz que se trata de crime hediondo por ser uma espécie do gênero extorsão, seguindo, portanto a regra geral deste crime que determina que será qualificado quando resultar na morte da vítima;
Uma segunda corrente entende que nunca será hediondo, mesmo que ocorra o resultado morte, usando como justificativa a legalidade estrita, ou seja, o §3˚ do art. 158, não está presente no rol taxativo dos crimes considerados hediondos, por absoluta falta de previsão legal; (Prevalece)
A terceira corrente diz que será hediondo quando resultar em morte e também em lesão corporal grave e gravíssima.	 
Art. 33 - Lei n˚ 11.343/06
	As condutas descritas no art. 33 desde que praticadas com o propósito de comercialização, ou seja, a circulação de substancias entorpecentes para fins comerciais caracterizam o tráfico ilícito de entorpecentes. A norma não estabelece em seu texto original a descrição das substancias tidas por ilícitas, cabendo socorrermos à portaria 344/98 da ANVISA. O tráfico de entorpecentes pela narrativa da lei atual é combatido por meio da ampla abrangência de condutas que o caracterizam, de modo que não se restringe ao simples comércio, mas as mais variadas circunstancias relacionadas a produção, venda, comercialização, posse e transporte.
	Para que reste caracterizado o crime de tráfico de entorpecentes o magistrado deverá observar alguns critérios/requisitos de cunho subjetivo, porém suficientes para atestar a conduta criminosa: Quantidade, Local, Condutas, circunstâncias.
	O §1˚, I - aborda as hipóteses em que o agente se utiliza de produtos, insumos e matéria prima visando a preparação de determinada substância entorpecente antes de colocá-la no comércio. Nesta hipótese, para que seja a conduta equiparada ao tráfico não se exige que a substância contenha o efeito tóxico ou farmacológico, correspondente ao princípio ativo da droga que será originada, bastando que se faça prova do seupreparo.
	II - As condutas semear, cultivas ou colher poderão corresponder a pequena, média ou grande quantidade. Porém o que será determinante é a finalidade de quem as pratica, qual seja, a distribuição de drogas o que caracteriza tráfico de entorpecentes.
	As plantações ilegais serão destruídas pela autoridade policial conforme art. 32 da lei de tóxicos. As glebas utilizadas para cultivo, serão expropriadas pelo estado podendo ser destinada para reforma agrária. 
	III - Trata da utilização de local ou bem de qualquer natureza utilizada para o tráfico, o tipo penal une o agente não pela prática direta do trafico mas por admitir em seu estabelecimento que tal conduta se realize (bares, hotéis, boates, casas noturnas).
	O §2˚ - trata do auxílio, induzimento e instigação ao uso de drogas, o que segundo alguns doutrinadores correspondem ao tráfico de entorpecentes.
	A apologia ao uso, por consequência estará fazendo apologia ao tráfico. Na lei anterior era considerada crime, hoje em dia já não é mais, pelo argumento da livre manifestação do pensamento.
	Deste modo, manifestações, distribuições de panfletos, passeatas que falem sobre drogas em primeira análise não serão considerados crimes.
	O §3˚ - Faz menção ao uso compartilhado e para caracterização desse crime é necessário a concomitância de alguns elementos: o oferecimento da droga ocorre de forma eventual; deverá com audiência de obtenção de lucro; e o consumo em conjunto que deverá ser com pessoa do seu relacionamento. A pena de multa pelo uso compartilhado é considerada pela doutrina como desproporcional, tendo em vista que para o tráfico é de 500 a 1.500 dias-multa. Pena detenção de 6 meses a um ano e pagamento de multa de 700 a 1.500 dias-multa.
	O §4˚ Privilegiado - causa de diminuição de pena - trata-se de uma causa de diminuição de pena de 1/6 a 2/3 para aqueles que mesmo praticando a conduta prevista no art. 33 sejam primários, tenham bons antecedentes e não integrem organização criminosas. É vedada a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direito. Entretanto, prevalece uma intensa discussão sobre a constitucionalidade de tal proibição de modo que o STF determinou que a possibilidade de substituição fique a critério do magistrado a partir da análise do caso concreto.	
Art.36 – 
Financiar; custear (materialidade). A materialidade, que corresponde ao financiamento ou custeio deverá ser necessariamente provada, por meio de transferência bancária, entre contas, ou qualquer outro ato que faça demonstrar a existência de um aplicador financeiro e um executor que intermedia ou realiza as ações inerentes ao tráfico; 
O conjunto probatória corresponde a uma soma de reunião, de elementos, que demonstram a traficância, neste caso representado por, retiradas expressivas de valores sem a comprovação de seu destino; movimentação de considerável quantia em conta ou ainda a manutenção de empresas fictícias (de faixada), visando a lavagem de dinheiro obtida de forma ilícita por meio do tráfico.
Consumação: formal; o crime se consuma na modalidade “financiar” independentemente da concretização do resultado obtido.
Na modalidade o custear se consuma com o efetivo investimento de bens e valores para a traficância. 
Art.37 Colaboração – colaborar como informante; o colaborar consiste em contribuir, colaborar, de forma eficaz para a difusão e incentivo ao tráfico de drogas com grupo ou organização criminosa, na qualidade de informante. O crime será caracterizado meramente pelas informações em prol do grupo criminoso, caso realize quaisquer dos artigos 33; 33§1° e 34 serão indiciados ao crime de tráfico ainda que na condição de colaborador ou participe. 
Inclui-se neste mesmo dispositivo o elemento conhecido como “olheiro”, ou qualquer outro que atua como informante cooperando com a manutenção da estrutura do grupo. 
Meio de execução: pode ser praticado de forma livre; por qualquer meio, verbal, gestual ou escrito. Policial corrupto ciente de operação a ser desencadeada em local de traficância comunica por e-mail ou por mensagem de telefone o responsável pelo meio ilícito. 
Consumação: consumasse com a chegada da informação ao seu destino de modo a cooperar com o negócio ilícito. 
Admite-se a tentativa por via escrita, porém interceptada.
 Art.38 – Prescrever; Ministrar; dizem respeitos a atividades especificas, relacionadas com área da saúde (médicos, dentistas podem prescrever já farmacêutico e enfermeiro ministram). Consuma-se na modalidade prescrever quando a receita chega ao seu destinatário, ao passo que na modalidade ministrar, a substância é introduzida no corpo da vítima.
Forma culposa = Imperícia; imprudência; negligência. 
Art.39 – Conduzir embarcação ou aeronave após a ingestão de substância entorpecente, capaz de por em perigo a segurança de outrem. 
Detenção de 6 meses a 3 anos; apreensão e cassação da licença. 
Quando for questão de transporte coletivo a pena é de 4 a 6 anos. 
Art.40 – Hipóteses que a pena será aumentada. Valem pros crime do art 33, 34, 35, 36, 37 – 1/6 a 2/3.
Transnacionalidade, Art.33 – tráfico internacional. (entrada e saída de entorpecentes no país). Competência Federal.
Função pública; Art.35. A pena será agravada se o agente praticar qualquer conduta dos artigos 33 a 37 valendo-se da função pública, que guarde repressão com a conduta de criminalidade, ou aqueles que exercem função de natureza educacional ( reabilitação) ou poder familiar (Marcelo D2, e preste atenção, portas se abrem e aumentam o poder da missão, isso é, o meu compromisso, e se e fumo ninguém tem nada com isso).
Dependências – crimes cometidos em presídios; hospitais. 
Violência/grave ameaça/intimidação. 
Entre UF/DF.
Vulneráveis.
Financiar/Custear. Trata-se de hipótese em que o agente além de investir na aquisição ou manutenção dos pontos de venda de drogas atua também nas atividades práticas, tais como tráfico e associação ao tráfico. Será punido com aumento de pena o traficante e financista. (no caso do 36 pode ser considerado bis in idem).
Art.41 – tem como objetivo identificar coautores e participes. 
Recuperar substâncias e entorpecentes.
E tem como consequência a redução da pena 1/3 a 2/3.
Para a incidência dessa causa de diminuição de pena a cooperação do indiciado ou réu deverá ser total. Tanto no inquérito quanto na ação penal, de modo a possibilitar a identificação dos demais membros da organização criminosa bem como a recuperação total ou parcial do produto de crime. (drogas).
Quanto mais eficaz o valor da informação maior será a redução da pena. 
Art.45 – (OBS: do artigo 45 a 47 continua falando sobre a isenção de pena).
PROCEDIMENTO NA LEI DE TÓXICOS
Art.50 – Inquérito policial. (prazo: preso 15 dias e solto 30 dias). 
Autos de prisão em flagrante: 24 horas.
Realizada a prisão em flagrante serão lavrado os autos de prisão em flagrante bem como o laudo de constatação, o qual deverá conter a quantidade e a natureza do produto ilícito aprendido. 
Tal laudo poderá ser confeccionado por pessoa sem qualificação técnica para tanto, bastando apenas que se demonstre a idoneidade. 
Os prazos podem ser duplicados pelos juízes mediante justificativa da solicitação da autoridade policial. O prazo duplicado só fara sentido no caso de réu preso, para descaracterização do constrangimento legal.

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