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Estrutura e Organização da Educação Brasileira

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Estrutura e Organização da 
Educação Brasileira
Autor: Lindolfo Anderson Martelli
Tema 01
A Educação no Contexto 
da Pós-Modernidade
seç
ões
Tema 01
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Estrutura e 
Organização da Educação Brasileira: A Educação 
no Contexto da Pós-Modernidade. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 As distinções entre a educação na modernidade e na pós-modernidade.
•	 As transformações econômicas, políticas, sociais e culturais e suas consequências 
para a educação.
•	 Que os caminhos para a educação extrapolam as fronteiras mercadológicas de uma 
sociedade globalizada.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: Políticas, 
Estrutura e Organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e 
Mirza Seabra Toschi, editora Cortez, 2012, PLT 748.
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson MartelliEstrutura e Organização da Educação Brasileira 
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Quais implicações e desafios são apresentados ao contexto educacional na sociedade 
contemporânea?
•	 Quais as características da sociedade pós-moderna?
•	 Qual a responsabilidade da escola diante dos ideais neoliberais? 
•	 Quais os caminhos da educação na sociedade globalizada?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade 
Para se pensar a escola que conhecemos é necessário compreendê-la dentro de um 
determinado contexto histórico, considerando suas especificidades. Essa escola, alicerçada 
em princípios caros à tradição da modernidade, encontra-se abalada pelo modo de viver 
contemporâneo, em que novas formas de poder entram em jogo. Para o sociólogo Zygmunt 
Bauman, a escola está inserida na dinâmica social e tal como a sociedade enfrenta uma 
mudança na forma de compreender o espaço e o tempo, que outrora se configuravam 
como predetermináveis e estagnados e hoje reconhecidos como processuais, mutáveis e 
dinâmicos (BAUMAN, 2001, p. 131). 
A modernidade começa quando espaço e o tempo são separados da prática 
da vida em si, e assim podem ser teorizados como categorias distintas e 
mutuamente independentes da estratégia e da ação; quando deixam de 
ser, como eram ao longo dos séculos pré-modernos, aspectos entrelaçados 
e dificilmente distinguíveis da experiência vivida, presos numa estável e 
aparentemente invulnerável correspondência biunívoca. Na modernidade, o 
tempo tem história... (BAUMAN, 2001, p. 15). 
Desde o início da modernidade, a escola tem sido legitimada socialmente como a principal 
instituição responsável pela transmissão de saberes acumulados. O modelo de escola 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
que a sociedade defende atualmente foi gestado no final do século XIX e se baseia na 
construção de grupos homogêneos de alunos, que devem se orientar pelas mesmas regras 
e métodos, que progridem por classes a partir de uma relação clara entre a idade e o saber 
que lhes são pertinentes. O sistema de avaliação mantém a estrutura racionalista, pautado 
em disciplinas fragmentadas que pouco se articulam com a realidade e a complexidade que 
envolve a transdisciplinaridade. 
O processo de desconstrução deste modelo de ensino linear, metódico e fragmentado tem 
ocorrido na escola em descompasso com a própria sociedade, que se mostra muito mais 
dinâmica e inovadora. Em outras palavras, a escola mudou a passos mais lentos do que a 
população que a foi constituindo. 
Há pouco mais de meio século, a escola tem sido impactada substancialmente pelos 
avanços tecnológicos da era cibernética, e de fato as transformações que atingiram as 
sociedades como um todo foram tão grandes que é impossível defender que a escola 
mantenha o mesmo modelo e representação social. No contexto das transformações da 
sociedade contemporânea, a escola precisa ser concebida como parte de um amplo 
sistema de mudanças que abrangem a chamada sociedade da informação. A sociedade 
vem se transformando de modo acelerado, sobretudo nas últimas décadas com o advento 
da computação, das redes de comunicação e de todas as novas tecnologias que alteraram 
profundamente a maneira como as pessoas lidam com o conhecimento, tanto na sua 
produção como na sua transmissão, crítica; e reformulação. 
A tradicional aula com “lousa, giz e apagador”, há muito tempo, está condenada ao fracasso, 
bem como a figura do professor considerado detentor e transmissor do conhecimento. A 
escola tem se esforçado para acompanhar as metodologias próprias para o seu tempo e, 
na opinião de Aranha (2006, p. 295), cada vez mais os pedagogos se convencem de que é 
necessária uma inovação radical na escola. Não bastam reformas pontuais, já que o modelo 
da escola tradicional não serve mais para as demandas sociais que temos. Essas mudanças 
precisam estar em sintonia com as transformações no campo da ciência e da técnica, com 
as novas tecnologias, com a mudança na concepção de espaço e tempo delas provenientes. 
As mudanças nos paradigmas da modernidade deslocaram o eixo da transmissão do 
conhecimento, que antes era centralizado na escola, principalmente na figura do professor, 
e que agora é compartilhado pela indústria cultural como um todo e pelas infovias como a 
internet. Além disso, a exigência de conhecimentos especializados exige que os indivíduos 
estejam o tempo todo reatualizados e a escola não consegue acompanhar esse dinamismo. 
8
A informatização do ponto de vista capitalista, constitui um bem econômico (ou 
mercadoria). Sua produção, tratamento, circulação e mesmo aquisição tornam-
se fundamentais para a ampliação do poder e da competitividade no mundo 
globalizado. Investir em informação ou adquirir informação qualificada passou 
a ser, então, condição determinante para o aumento da eficácia e da eficiência 
no mundo dos negócios (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 80). 
Para Bauman (2001, passim), a sociedade está saindo da modernidade pesada, da era 
do hardware para a modernidade leve da era do software, compreendida por ele como 
tempos de modernidade líquida, em que novos arranjos de poder se constroem permitindo 
maior interação entre culturas e populações heterogêneas, diversificando valores e 
comportamentos e rompendo com estruturas tradicionais e rígidas. 
Em suas palavras: na era do hardware, da modernidade pesada, prevalecia a racionalidade 
instrumental, o tempo era o meio que precisava ser administrado prudentemente para que o 
retorno de valor, que era o espaço, pudesse ser maximizado. Enquanto na era do software, 
da modernidade leve, a eficácia do tempo como meio de alcançar valor tende a aproximar-
se do infinito, ou seja, o espaço perdeu seu “valor estratégico”, não impõe mais limites à 
ação e seus efeitos. Essa é a era da “instantaneidade”, da realização imediata, em que as 
tecnologias avançam cada vez mais nesta direção (BAUMAN, 2001, p. 136-137). 
As pessoas que se movem e agem como maior rapidez, que mais se aproximam 
do momentâneo do movimento, são as pessoas que agora mandam. E são as 
pessoas que não podem se mover tão rápido – e, de modo ainda mais claro, a 
categoria das pessoas que não podem deixar seu lugar quando quiserem – as 
que obedecem. A batalha contemporânea da dominação é travada entre forças 
que empunham, respectivamente, as armas da aceleração e da procrastinação 
(BAUMAN, 2001, p. 139). 
Reconhecer as mudanças é descobrir maneiras de intervir de maneira pontual e planejada 
no processo educativo. Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 81) essas transformações 
decorrem, sobretudo, dosavanços tecnológicos, da reestruturação do sistema de produção, 
da compreensão do papel do Estado. A globalização, fruto destas mudanças, designa 
o conjunto de transformações e fatores econômicos, sociais, políticos e culturais que 
atingem a sociedade e, consequentemente, a escola, expressando o espírito e a etapa de 
desenvolvimento do capitalismo em que o mundo se encontra. 
As transformações ocorridas mediante a destruição das fronteiras nacionais e a procura 
pela livre circulação de mercadorias e de capitais universalizam a concepção de mercado 
e tornaram possível a globalização, uma tendência internacional do capitalismo. Desse 
processo decorre também o esforço dos Estados em universalizar a educação e de adaptar 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
a Escola às mudanças tecnológicas que se sucedem na maioria das vezes sem sucesso 
diante da velocidade em que as tecnologias se tornam obsoletas. 
As contradições da pós-modernidade se fazem sentir não só no abandono das 
metanarrativas e paradigmas de verdade que foram colocadas em xeque à medida que 
se mostraram insuficientes como modelo explicativo de mundo, mas no próprio saber, que 
passou a ser vendido, consumido como mercadoria, moeda de troca (LYOTARD, 2002, 
p. 5). 
Nos últimos anos, os educadores têm buscado superar a visão compartimentada do saber, 
herança da modernidade, quando as ciências começaram a usar a metodologia que as 
consagrou. Os educadores reconhecem que as contradições nos universos da vida social, 
econômica, política e da construção da própria identidade fazem parte da vida e são marcadas 
por ambivalências e ambiguidades múltiplas. Em contrapartida, a mudança no paradigma 
da modernidade e seus reflexos na escola podem provocar perplexidade e desorientação 
quanto aos valores até então vividos e aceitos, sobretudo entre pais e professores. Aranha 
(2006) entende que nos casos em que a tradição é questionada é muito comum a reação 
de tentar recompor a “velha ordem”, buscando culpados pela “desordem”. Neste caso 
existe um reforço aos valores e paradigmas da modernidade, uma espécie de retrocesso 
na construção de uma nova sociabilidade. 
É preciso reconhecer o que há de aproveitável nesta “nova ordem” mesmo que 
precisemos mudar (e, aliás, devemos mudar) os procedimentos tradicionais. Ou 
seja, reconhecer a mudança é também descobrir as maneiras de intervenção no 
processo educativo. O acolhimento do novo depende da construção de novas 
maneiras de conhecimento e de poder, de uma subjetividade emancipada e de 
outra sociabilidade. (ARANHA, 2006, p. 300)
A necessidade de intervenção e de mudança nos paradigmas é evidente, todavia a escola 
tem refletido pouco sobre isso, e continua a defender ideias claras e distintas sobre o 
que é certo e errado, como se todo o saber construído até então fosse definitivo. Muitos 
professores apresentam resistência em trabalhar a interdisciplinaridade, habituados a tratar 
da especificidade das disciplinas repassam ao aluno um currículo compartimentalizado, 
com horários fixos, em turmas criteriosamente organizadas por idade e desempenho, outros 
apresentam dificuldades de compreender e trabalhar as ambiguidades e contradições da vida 
e da própria ciência. Embora a especialização seja uma exigência em nível universitário, a 
interdisciplinaridade e a relação entre os mais variados tipos de conhecimentos devem fazer 
parte de toda a formação humana, o que não ocorre, pois o modelo que compartimentaliza 
e especializa o conhecimento vigora em todos os níveis de ensino. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
As contradições da pós-modernidade estão presentes também no conceito de progresso 
capitalista que admite em seu sistema a exclusão social e a segregação daqueles que 
não conseguem acompanhar a velocidade das transformações. Os benefícios do progresso 
nem sempre são usufruídos por todos, de sorte que ao lado dos avanços científicos e 
tecnológicos, muitos perecem com necessidades elementares de alimento, água, moradia, 
medicação e educação. 
Na pós-modernidade, a celeridade das transformações torna os produtos e conhecimentos 
obsoletos rapidamente. A incapacidade de apropriar-se das novas tecnologias, dos 
bens culturais e materiais legitima a dominação dos indivíduos. A educação permanente 
exige a continuidade ininterrupta dos estudos, o acesso às informações, mediante uma 
autoformação continuada. 
A apropriação desigual dos bens materiais e culturais também se reflete na educação, que não 
é a mesma em todos os tempos. Nessa lógica, a educação acaba se vinculando a um projeto 
de homem e de sociedade que se quer ver emergir. Assim, tanto a teoria quanto as práticas 
educacionais desenvolvem-se, predominantemente, segundo os paradigmas dominantes 
em dado momento histórico (SCHAFRANSKI, 2005). Daí o risco de uma escolarização 
orientada apenas pelas necessidades de mercado, desprezando-se a educação geral e 
crítica do educando. Essa crítica é endossada por Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) ao 
afirmar que as políticas educacionais visam manter a hegemonia capitalista.
Os organismos multilaterais vinculados ao capitalismo, por sua vez, trataram 
de traçar uma política educacional aos países pobres. A princípio, o interesse 
desses organismos esteve voltado quase exclusivamente para a otimização 
dos sistemas escolares, no intuito de atender às demandas da globalização, 
entre as quais uma escola provedora de educação que correspondesse à 
intelectualização do processo produtivo formadora de consumidores (LIBÂNEO; 
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 64). 
As dinâmicas da sociedade contemporânea solicitam que a prática educativa guarde 
relações com as transformações e exigências do contexto atual. As políticas de inserção da 
educação à lógica do capital são legitimadas por um discurso fundamentado na ênfase à 
modernização educativa, à competitividade, à produtividade, ao desempenho, à eficiência 
e à qualidade, que expressam o ideário neoliberal. As principais instituições financeiras 
que estão por trás dos projetos educacionais de cunho neoliberal são o Fundo Monetário 
Internacional, a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial. Essas instituições 
sustentam a ideia do mercado como princípio fundador, unificador e autorregulador da 
sociedade global competitiva (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012:65). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
Nesse sentido, compete aos educadores compreender os desafios de uma sociedade cada 
vez mais informacional e globalizada. Destaca-se, ainda, a impossibilidade de todos ao 
acesso às novas tecnologias de informação e telecomunicação, principalmente nos países 
considerados periféricos. 
Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) destacam que a instituição escolar já não é considerada 
o meio mais eficiente de socialização de conhecimentos técnico-científicos e de 
desenvolvimento de habilidades e competências. À escola cabe o desafio de reestruturar 
seus sistemas educativos, a fim de formar cidadãos mais bem preparados para um novo 
tempo.
A globalização ou mundialização encontra os países em diferentes realidades e com novos 
desafios, entre eles, o de implementar políticas econômicas e sociais que atendam aos 
interesses industriais e comerciais – entre essas políticas, destaca-se a educacional – as 
quais, na maior parte dos casos, submeteram a escolarização às exigências de produção 
e do mercado.
Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), o governo brasileiro vem implementando 
suas políticas econômicas e educacionais de acordo com as exigências de globalização 
estabelecidas por instituições financeiras e corporações internacionais. Na lógica neoliberal, 
economicista e mercadológica, o desafio da educação consiste em preparar trabalhadores/
consumidores para os novos estilos de consumo e de vida moderna. Por isso, no campo da 
educação, existe um projeto de elevação da qualidade de ensino, com o objetivo de garantir 
acompetitividade, a eficiência e a produtividade demandadas e exigidas pelo mercado.
Diante da globalização, a escola precisa oferecer a formação de profissionais capazes de 
participar criticamente deste processo. A escola volta-se para a formação humana, assim, 
não pode ignorar o contexto no qual está envolvida e também não pode estar subordinada 
ao modelo econômico.
Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) afirmam que a escola deve ser entendida como fator de 
promoção da cidadania na luta contra as desigualdades sociais. A escola deve ser agente 
de mudanças, gerar conhecimentos e desenvolver ciência e tecnologia, trabalhar tradições 
e valores, preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e de 
transformá-lo positivamente.
Em face dessas mudanças, o profissional da educação necessita ter um novo olhar em 
relação à leitura de mundo e da condição humana. É necessário que a escola compreenda 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
sua importância social e repense sua postura como legitimadora de paradigmas de verdades. 
A escola deve ser um lugar de criação, produção de saber, ou seja, não serve apenas para 
reproduzir a história, pelo contrário, espera-se que ela possibilite a homens e mulheres 
perceber-se como definidores dos seus próprios destinos. 
Educadores como Demerval Saviani, José Carlos Libâneo, João F. Oliveira e Mirza S. Toschi 
analisam a educação brasileira a partir do materialismo dialético marxista, daí a preocupação 
em denunciar as contradições do capitalismo na educação. A chamada pedagogia histórico-
crítica, por eles defendida, considera que não há uma natureza humana dada de uma vez 
por todos, porque o ser humano se constrói pelo trabalho, inserido na cultura em que vive. 
Em outras palavras, o fazer não está separado da ideologia, da elaboração de conceitos 
e valores. Segundo Saviani (apud ARANHA, 2006, p. 342-343) para a educação escolar a 
pedagogia histórico-crítica se propõe a tarefa de: 
- Identificação das formas, mas desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo 
produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo 
as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação.
- Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torna-lo assimilável pelos alunos 
no espaço e tempo escolares. 
- Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber 
objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as 
tendências de sua transformação. 
Enfim, considera-se que cabe à educação extrapolar as fronteiras mercadológicas de uma 
sociedade globalizada, o que exige que ela não abdique de suas responsabilidades de 
reflexão, estando atenta a seu sentido ético de compromisso prioritário com a humanização 
das pessoas e com a condução democrática dos destinos das pessoas (SCHAFRANSKI, 
2005, p.110).
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: VIEGA, Lílian Mara Dela Cruz; OSÓRI, Alda Maria do Nascimento. A 
transformação da educação escolar e sua influência na sociedade contemporânea. InterMeio: 
revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.13, n.26, p. 
92-115, jul./dez. 2007.
Disponível em: <http://www.intermeio.ufms.br/revistas/26/Intermeio_v13_n26_Lilian%20
Mara.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Esse artigo sinaliza a importância de se compreender a educação na dinâmica de transformações 
da sociedade contemporânea exigindo dos atores sociais maior participação nas decisões políticas 
relacionadas à educação.
Leia o artigo: SCHAFRANSKI, Márcia Derbli. A educação e as transformações da sociedade. 
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, p. 101-
112, dez. 2005.
Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/viewFile/550/549>. 
Acesso em: 02 jan. 2014 
Esse artigo aborda as relações recíprocas entre educação e sociedade, caracterizando os 
paradigmas que têm dado sustentação às práticas pedagógicas vigentes nas instituições de 
ensino. Analisa as exigências e os desafios a serem enfrentados pela educação e por suas 
instituições na sociedade contemporânea.
Leia a entrevista de Zygmunt Bauman para a Revista CULT.
Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/entrevis-zygmunt-bauman/>. 
Acesso em: 02 jan. 2014. 
LINKSIMPORTANTES
14
LINKSIMPORTANTES
Nessa entrevista, Bauman fala sobre a Modernidade Líquida como um momento em que 
a sociabilidade humana experimenta uma transformação que pode ser sintetizada nos 
seguintes processos: a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca 
de afirmação no espaço social; a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as 
de disputa e competição; o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries 
da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza; a colocação da responsabilidade 
por eventuais fracassos no plano individual; o fim da perspectiva do planejamento em longo 
prazo; entre outros assuntos. 
Leia o artigo: ENES, Eliene Nery Santana. Educação e economia no contexto das 
transformações contemporâneas. Revista Eletrônica Multidisciplinar Pindorama do Instituto 
Federal da Bahia – IFBA, Ano I, n. 1, ago. 2010.
Disponível em: <http://www.revistapindorama.ifba.edu.br/files/Eliene%20Nery%20
UNIVALE%20MG.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Vídeos Importantes 
Assista a entrevista do Filósofo Luiz Felipe Pondé para a CFPL Cultura: A Invenção do 
Contemporâneo. O diagnóstico de Zygmunt Bauman para a Pós – Modernidade.
Disponível em: <http://youtu.be/58MMs5j3TjA>.
Pondé discute o pensamento de Zygmnt Bauman e procura mostrar que pós-modernidade 
é antes de tudo um tipo de consciência diante dos fracassos da utopia da modernidade e 
por isso somente ela pode estabelecer o diagnóstico de nossa época. Pondé faz um resumo 
das grandes diferenças entre a modernidade e a pós-modernidade.
Assista a entrevista com o educador José Carlos Libâneo.
Disponível em: <http://youtu.be/6kk__FXVwC0>.
O professor Libâneo apresenta a função da escola tendo em vista as mudanças na sua 
concepção, uma vez que o professor e escola não representam mais o monopólio do saber. 
Libâneo enfatiza também as formas que o aluno percebe a escola nos dias atuais.
15
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
O processo de globalização diz respeito à 
forma como os países interagem e aproxi-
mam pessoas, ou seja, interliga o mundo. 
Um dos maiores símbolos da globalização 
é a internet. Explique de que forma a in-
ternet permite a interligação das pessoas e 
promove a globalização.
Questão 2:
Pensar no papel da escola nos dias atuais 
implica, portanto, levar em conta as exigên-
cias do sistema capitalista. É correto afirmar:
I. Exige-se um novo tipo de trabalhador, ou 
seja, mais flexível e polivalente.
II. A escola tem finalidades mais compatí-
veis com os interesses dos alunos.
III. Essas exigências não modificam os ob-
jetivos e as prioridades da escola.
IV. Essas exigências produzem modifica-
ções nos interesses, nas necessidades e 
nos valores escolares.
V. Essas exigências forçam a escola a mu-
dar suas práticas por causa do avanço tec-
nológico dos meios de comunicação e da 
introdução da informática.
VI. Essas exigências induzem uma altera-
ção na atitude do professor e no trabalho 
docente. 
AGORAÉASUAVEZ
16
Estão corretas as afirmações:a) Apenas V.
b) I, IV e VII.
c) I, IV, V e VI.
d) Todas as alternativas.
Questão 3:
A escola como instituição destinada a ensi-
nar conhecimentos válidos para a vida co-
tidiana, formando o sujeito para o convívio 
social e o trabalho, é uma necessidade im-
posta pela sociedade capitalista moderna. 
A escola tornou-se necessária na socieda-
de capitalista porque: 
a) Os Estados passaram a perceber a 
necessidade de implementar políticas 
educacionais voltadas para os interesses 
da população.
b) Todas as pessoas passaram a ser 
reconhecidas como sujeitos de direitos, 
como cidadãos que deveriam ter acesso 
aos bens materiais e culturais produzidos 
socialmente.
c) O modelo de produção capitalista, 
os processos de urbanização, 
industrialização e o registro contratual 
das relações sociais passaram a exigir da 
população a decodificação da linguagem 
escrita e a compreensão dos rudimentos 
das ciências.
d) A escola existe desde a Grécia Antiga, 
porém é recente sua importância na vida 
social da população, uma vez que foi 
popularizada somente após a emergência 
do capitalismo. 
Questão 4:
Assinale com V (Verdadeira) ou com F 
(Falsa) cada uma das afirmações a seguir:
( ) A globalização expressa o espírito e a 
etapa de desenvolvimento do capitalismo 
em que o mundo se encontra atualmente.
( ) A globalização é visível, por exemplo, 
no processo de entrelaçamento da econo-
mia mundial, por meio de mercados co-
muns e blocos econômicos.
( ) A globalização pressupõe, por isso, a 
submissão a uma racionalidade econômica 
regulada pelo Estado.
( ) A globalização se expressa na crescen-
te expansão dos fluxos financeiros interna-
cionais, isto é, na livre circulação do capital.
Questão 5:
A globalização está relacionada com os 
princípios neoliberais. Assinale V (verda-
deiro) para as alternativas que indicam 
elementos do contexto em que essa glo-
balização se manifesta e F (falso) para as 
alternativas que tratam de outros períodos 
históricos: 
AGORAÉASUAVEZ
17
( ) O movimento de globalização se conso-
lida a partir da década de 1970, impulsio-
nada pelo desenvolvimento tecnológico 
( ) A globalização se consolida logo após 
a Primeira Guerra Mundial, com um pro-
cesso intenso de transnacionalização das 
grandes empresas que passam a construir 
filiais principalmente na América Latina, 
Ásia e África. 
( ) Uma das características da globalização 
é o aprofundamento da integração econômi-
ca, social, cultural, política entre os países. 
( ) A globalização neoliberal contribuiu 
para o enfraquecimento dos movimentos 
sindicais e a organização dos trabalhado-
res, gerando perda de direitos conquista-
dos anteriormente. 
( ) O modelo neoliberal de globalização 
defende a soberania dos governos nacio-
nais e a intervenção do poder público no 
controle sobre as relações de mercado. 
a) V, F, V, V, F 
b) V, V, F, V, F
c) F, V, V, V, F
d) V, F, V, F, V 
Questão 6:
Destaque os objetivos da educação escolar 
diante das transformações das exigências 
da sociedade contemporânea.
Questão 7:
A instituição escolar já não é considera-
da o único meio ou o meio mais eficiente 
e ágil de socialização de conhecimentos 
técnico-científicos e de desenvolvimento 
de habilidades cognitivas e de competên-
cias sociais requeridas para a vida prática. 
Destaque outros meios de socialização de 
conhecimentos.
Questão 8:
Leia o fragmento do poema “Operário em 
construção”, de Vinícius de Moraes, a se-
guir: 
E foi assim que o operário 
Do edifício em construção 
Que sempre dizia sim Começou a dizer 
não. 
E aprendeu a notar coisas 
A que não dava atenção: 
Notou que sua marmita
 Era o prato do patrão 
... 
Que sua imensa fadiga 
Era amiga do patrão. 
AGORAÉASUAVEZ
18
A divisão do trabalho é uma das caracterís-
ticas das sociedades modernas. Partindo 
dessa premissa, análise o trecho desse po-
ema e registre suas considerações sobre o 
operário descrito.
Questão 9:
A revolução informacional emergente tem 
por base um espantoso e contínuo avanço 
das telecomunicações. Diante deste con-
texto, qual seria o papel do professor dian-
te das novas tecnologias?
Questão 10:
Em função das transformações científicas, 
po líticas, econômicas, culturais e sociais 
que ocorrem mundialmente, é necessário 
repen sar a educação e as escolas. Dessa 
forma, destaque quais seriam os grandes 
desafios da educação atual.
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu que as transformações vividas pela sociedade influenciam 
decisivamente a educação escolar. Que em muitas situações a escola se mostra frágil 
e ineficiente para atender as demandas impostas pela pós-modernidade. Você pôde 
compreender que a escola não pode perder sua função de formadora, e por isso é preciso 
que ocorra uma reforma na maneira como ela se prepara para enfrentar as ambivalências 
e ambiguidades da pós-modernidade. Além disso, a escola também precisa repensar seu 
papel social diante das contradições existentes no capitalismo e nos ideias neoliberais. 
Você percebeu que é urgente a necessidade de mudanças na escola a fim de que prepare 
cidadãos para cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e de 
transformá-lo positivamente.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
19
ARANHA, Maria Lúcia Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3. 
ed. rev. ampl. São Paulo: Moderna, 2006. 
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. 
__________. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. 
BARROS, Aline Mide Romano. Estrutura e Organização da Educação Brasileira. Valinhos, 
2011. 
BRANDÃO, Carlos F. Estrutura e funcionamento do ensino. São Paulo: Avercamp, 2004.
BRUEL, Ana Lorena de Oliveira. Políticas e Legislação da educação básica no Brasil. 
Curitiba: Ibpex, 2010.
ENES, Eliene Nery Santana Enes. Globalização e educação. Disponível em: <http://www.
revistapindorama.ifba.edu.br/files/Eliene%20Nery%20UNIVALE%20MG.pdf>. Acesso em: 
02 jan. 2014. 
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação 
Escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2012.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 
2002. 
LIMA, Marcos Epifanio Barbosa. Educação e economia no contexto das transformações 
contemporâneas. Disponível em: <http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/592.
htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
RUIZ, Jucilene de Souza. Estrutura e Organização da Educação Brasileira. Valinhos. Dis-
ponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 02 jan. 2014.
SILVA, Lorena Pereira. Metanarrativas e jogos de linguagem: Lyotard e a crítica à Moder-
nidade. Caderno de resumos & Anais. 6º Seminário Brasileiro de História da Historiografia 
– O giro-linguístico e a historiografia: balanço e perspectivas. Ouro Preto: EdUFOP, 2012. 
REFERÊNCIAS
20
REFERÊNCIAS
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UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, p. 101-
112, dez. 2005. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/
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VIEGAS, Lílian Mara Dela Cruz; OSÓRIO, Alda Maria do Nascimento. A transformação 
da educação escolar e sua influência na sociedade contemporânea. InterMeio: revista do 
Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.13, n. 26, p. 92-115, 
jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.intermeio.ufms.br/revistas/26/Intermeio_v13_
n26_Lilian%20Mara.pdf>. Acesso em: 02 jan.2014.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 4. ed. Campi-
nas. Autores Associados, 1994, p. 17; 20. 
Capitalismo: o capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e 
distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, 
demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo; os lucros são 
distribuídos para os proprietários que investem em empresas; e os salários são pagos aos 
trabalhadores pelas empresas. O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e 
anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart), no final do século XIX e início do século XX, 
para identificar o sistema político-econômico.
Estado: a palavra Estado, grafada com inicial maiúscula, é uma forma organizacional cujo 
significado é de natureza política. É uma entidade com poder soberano para governar um 
povo dentro de uma área territorial delimitada.
Educação: há diferentes modos de compreender o conceito do termo educação, tendo 
em vista, seu caráter polissêmico e as diversas concepções teórico-filosóficas que podem 
conferir-lhe distintas interpretações. Em um sentido amplo, a educação está relacionada a 
diferentes ações, relações e espaços de interação humana que possibilitam a apropriação 
de cultura e de modos de ser, pensar e agir sobre a realidade, o mundo e o próprio ser 
GLOSSÁRIO
21
humano. Portanto, a educação é a ação que se realiza em múltiplos espaços nos processos 
de interação entre diferentes sujeitos históricos (BRUEL, 2010,p. 16).
Ideário neoliberal: é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende 
a não participação do Estado na economia, devendo haver total liberdade de comércio, de 
modo a garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Indústria Cultural: o termo indústria cultural (em alemão Kulturindustrie) foi criado pelos 
filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-
1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial. Em todos os 
ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por 
elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto. 
Esse termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações 
capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas. A indústria 
cultural idealiza produtos adaptados ao consumo das massas, assim como também pode 
determinar esse consumo trabalhando sobre o estado de consciência e inconsciência das 
pessoas. Ela pode ainda ter função no processo de acumulação de capital, reprodução 
ideológica de um sistema, reorientação de massas e imposição de comportamento. Indústria 
cultural é explorada por empresas que trabalham com a produção de projetos, canais, 
jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o 
lucro. Sua origem se deu por meio da sociedade capitalista que transformou a cultura num 
produto comercializado. 
Globalização: a globalização é um dos processos de aprofundamento da integração 
econômica, social, cultural, política que teria sido impulsionada pelo barateamento dos 
meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início 
do século XXI. O processo de globalização diz respeito à forma como os países interagem 
e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo. Pode ser entendia como um conjunto 
complexo de processos que operam de modo contraditório ou antagônico, emerge de uma 
maneira anárquica, fortuita, trazida por uma mistura de influências, globalização não é um 
acidente em nossas vidas hoje. É uma mudança de nossas próprias circunstâncias de vida. 
É o modo como vivemos agora (GIDDENS, 2007, p.29).
Modernidade Líquida: conceito criado pelo sociólogo Zygmunt Bauman que adota 
o “líquido” como metáfora para traduzir a natureza da presente fase da história da 
modernidade. Segundo Bauman (2011), os fluídos se movem facilmente, eles “fluem”, 
GLOSSÁRIO
22
GLOSSÁRIO
“escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “vazam”, “inundam”, “borrifam”, “pingam”, são 
“filtrados”, “destilados”; diferentemente dos sólidos que são facilmente contidos – contornam 
certos obstáculos, dissolvem outros e invadem ou inundam seu caminho. A extraordinária 
mobilidade dos fluidos é o que os associa à ideia de “leveza”. Para Bauman (2001), são 
características da Modernidade Líquida o desapego, a provisoriedade e o acelerado 
processo da individualização; o tempo de liberdade, ao mesmo tempo, de insegurança. 
(BAUMAN, 2001, p. 09-10). 
Metanarrativa: metanarrativas e jogos de linguagem são conceitos utilizados pelo filósofo 
francês Jean-François Lyotard (1924-1998) na obra “A condição pós-moderna”, de 1979. Para 
sua compreensão é necessária a constatação de que a ciência moderna, sua constituição, 
estruturou-se sobre a concepção de que existem sentidos a serem desvendados; de que 
existe a “Verdade” a ser revelada; de que existe a essência e a aparência das coisas e do 
mundo. Metanarrativas são filosofias da história que narram modelos explicativos universais 
e estáveis, ou seja, são “metassaberes” que estabelecem a perspectiva de conhecer a 
realidade e poder realizar um mundo mais justo; poder, por meio do conhecimento, emancipar 
o homem, trazer-lhe a luz, salvá-lo do obscurantismo, da selvageria, da alienação. Um 
exemplo de metanarrativa é a filosofia iluminista, que acreditava que a razão e seus produtos 
– o progresso científico e a tecnologia – levariam o homem à felicidade, emancipando a 
humanidade dos dogmas, mitos e superstições dos povos primitivos. O marxismo é outro 
exemplo de metanarrativa. Para os marxistas, a história era impulsionada pelo confronto 
entre duas classes contraditórias, a burguesia e o proletariado, que resultaria, ao fim da 
revolução do proletariado, numa sociedade sem classes, de plena liberdade e igualdade: 
o comunismo. Temos ainda como exemplos de metanarrativas a concepção de Estado-
Nação, a Bíblia, o Alcorão, entre outros. (SILVA, 2012, p. 01) 
Sociedade contemporânea: compreende o final do século XVIII até os dias atuais. A 
contemporaneidade atrai o interesse de muitas pessoas em razão da emergência e do 
apelo que as questões históricas e filosóficas observadas neste período trazem à tona. O 
desenvolvimento do capitalismo e a ascensão dos valores de um mundo em “progresso 
ininterrupto” figuram importantes fatos e correntes de pensamento do século XIX. Os 
problemas e as transformações de um mundo globalizado fizeram desta época, conforme 
apontado pelo historiador Eric J. Hobsbawn, um século “breve” (BARROS, 2012, p. 67).
Paradigma: é um modelo, um conjunto de ideias e valores capaz de situar os membros de 
uma comunidade em determinado contexto, a fim de possibilitar a compreensão da realidade 
23
Questão 1
Resposta: A globalização e a internet estão intimamente relacionadas, pois por meio da 
rede é possível transpor a noção de tempo e espaço, viajar pelo mundo sem sair do lugar. 
Dentro da rede é possível conhecer novas culturas, fazer amizades com pessoas que moram 
a milhares de quilômetros de distância, trabalhar, estudar e conhecer assuntos ligados a 
nossa área de interesse.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Na concepção da pedagogia histórico-crítica os interesses da escola na pós-modernidade 
estão relacionadas ao modelo capitalista de produção e não estão centrados nos interesses 
do aluno.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
A escola surgiu em função do novo sistema de produção capitalista, que necessitava de mão 
de obra qualificada para ampliar a capacidade de produção e consequentemente de consumo.
Questão 4
Resposta: As alternativas verdadeiras e falsas são “a) V; b) V; c) F; d) V”. A globalização 
atende ao modelo neoliberal,regulado pelos interesses do mercado e tem os Estados como 
coadjuvantes dos seus interesses. 
GABARITO
GLOSSÁRIO
e a atuação a partir de valores comuns. Nesse sentido, uma crise de paradigma se define 
pela mudança conceitual dos modelos que satisfazem essa comunidade, ao mesmo tempo 
que a caracterizavam (ARANHA, 2006, p. 359).
24
Questão 5
Resposta: Alternativa A.
A globalização se consolida a partir a chamada “revolução tecnológica” com o advento 
das tecnologias digitais, da ampliação dos meios de comunicação e do desenvolvimento 
científico de ponta. No modelo neoliberal, a soberania dos Estados é reduzida em detrimento 
do capital privado.
Questão 6
Resposta: A escola deve objetivar ser agente de mudanças, gerar conhecimentos e 
desenvolver ciência e tecnologia, trabalhar tradições e valores, preparar cidadãos capazes 
de entender o mundo, seu país, sua realidade e de transformá-lo positivamente.
Questão 7
Resposta: As pessoas aprendem na fábrica, na televisão, na rua, nos centros de formação, 
nos vídeos, no computador, e, cada vez mais, ampliam-se os espaços de aprendizagem.
Questão 8
Resposta: No nível simbólico, “Operário em Construção” trata de um operário que entra em 
processo de conscientização individual e resiste à exploração por meio da palavra “não”. O 
poema tem início com o papel do operário na construção das coisas e o desconhecimento 
da importância da sua profissão.
Questão 9
Resposta: Um profissional consciente de seu papel na era da informação e da comunicação, 
que percebe as potencialidades das ferramentas que têm ao seu alcance e faz uso delas 
para mediar o conhecimento.
Questão 10
Resposta: Assumir-se como corresponsável pelo de senvolvimento de pessoas com 
reflexão crítica, que sejam capazes de conduzir de forma democrática os destinos da 
socieda de.
GABARITO
Estrutura e Organização da 
Educação Brasileira
Autor: Lindolfo Anderson Martelli
Tema 02
A Educação Escolar Pública
seç
ões
Tema 02
A Educação Escolar Pública
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Estrutura e 
Organização da Educação Brasileira: A Educação 
Escolar Pública. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
A Educação Escolar Pública
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 O impacto das transformações tecnológicas na oferta de uma educação pública de 
qualidade. 
•	 Como se dá o processo de mercantilização da educação brasileira. 
•	 As discussões teóricas sobre a importância do Estado na promoção da cidadania a 
partir das novas tecnologias.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: Políticas, 
Estrutura e Organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e 
Mirza Seabra Toschi, editora Cortez, 2012, PLT 748.
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson MartelliEstrutura e Organização da Educação Brasileira 
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Quais são as influências do neoliberalismo na educação?
•	 Quando se iniciou o processo de mercantilização da educação pública? 
•	 Qual a responsabilidade do Estado diante das novas demandas educacionais que se 
colocam?
A Educação Escolar Pública 
O tema anterior tratou das transformações vividas pela sociedade nos últimos anos, 
as quais influenciam decisivamente a educação escolar na contemporaneidade. Você 
percebeu que o neoliberalismo defendido pelo atual modelo econômico capitalista pressiona 
cada vez mais a escola para que atenda aos interesses do mercado, que é segregador e 
coloca a educação pública como ineficiente diante das novas demandas impostas pela pós-
modernidade. Você pôde compreender que a escola não pode perder sua função formadora 
e que teóricos como Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) defendem uma radical reforma na 
maneira como a escola se prepara para enfrentar as ambivalências e ambiguidades da pós-
modernidade, repensando seu papel social diante das contradições existentes no capitalismo 
e nos ideais neoliberais. Portanto, mais do que nunca, as mudanças que precisam ocorrer 
na escola devem preparar cidadãos reflexivos capazes de entender o mundo, seu país, sua 
realidade e de transformá-lo positivamente.
Com a emergência de uma economia fortemente influenciada pela onipresença 
tecnológica na cadeia produtiva, no mundo do trabalho, em que informação e conhecimento 
substituem produção de bens materiais, as escolas têm reconsiderado a forma como 
tratam os processos de ensino e aprendizagem. A sociedade pós-moderna está diante 
de uma nova forma de compreender o homem e o conhecimento, que, para Pierre Lévy 
(2005), configura-se como ciberespaço, onde as tecnologias ampliam, exteriorizam 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
e modificam as funções cognitivas humanas. A internet é a grande promotora desta 
nova forma de relação com o conhecimento, pois antes dela todas as comunidades se 
organizavam dentro de espaços físicos e agora transcendem esta dimensão rompendo 
as barreiras de tempo e espaço. 
A reforma sugerida por Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 126) para a educação pública, 
diante da globalização, deve contemplar a inclusão digital como um dos elementos 
fundamentais para o livre exercício da cidadania. O acesso às novas tecnologias e o uso 
destas são um dos pilares fundamentais para propiciar a democracia e a cidadania, pois 
garantem que as pessoas usufruam do exercício dos seus direitos. As políticas neoliberais 
promovem cada vez mais a capacitação e a requalificação dos trabalhadores para satisfazer 
as exigências do sistema produtivo e a formação de consumidores exigentes para o mercado 
diversificado, sofisticado e competitivo. 
No novo processo de produção, em que estão presentes as novas tecnologias e 
as novas ou mais flexíveis e eficientes formas de organização da produção, não 
há praticamente lugar para o trabalhador desqualificado, com dificuldades de 
aprendizagem permanentes, incapaz de assimilar novas tecnologias, tarefas e 
procedimentos de trabalho, sem autonomia e sem iniciativa... A desqualificação 
passou a significar exclusão do novo processo produtivo (LIBÂNEO; OLIVEIRA 
;TOSCHI, 2012, p. 124). 
Para os autores Libâneo, Oliveira e Toschi, a educação construída a partir da lógica guiada 
pelo mercado neoliberal não garante a qualidade da educação, pelo contrário, cabe ao 
Estado assumir sua responsabilidade de controle do progresso técnico e da promoção de 
uma educação pública de qualidade. 
A partir de 1968, durante o Regime Militar, as instituições de ensino privado passaram a 
ganhar força. Até aquele momento, o seguimento privado era composto por ordens religiosas, 
confessionais e comunitárias. Não era prevista juridicamente a existência de empresas na 
área da educação. Portanto, prevaleciam as iniciativas beneficentes e sem fins lucrativos, 
amparadas pela renúncia fiscal dos impostos sobre a renda, os serviços, o patrimônio e os 
recursos estatais. Esse cenário passa a mudar drasticamente a partir da década de 1990 no 
Brasil com o governo de Fernando Henrique Cardoso, que buscou evidenciar a dissimulação 
do sistema de ensino que se mantinha como assistencial, beneficente, filantrópico, mas que 
buscava o lucro, a mercantilização e os interesses mercadológicos. 
Por pressão do Banco Mundial em 1994, foi necessário que ocorressem mudanças na 
legislação educacional no Brasil, com o objetivo de redirecionar recursos da educação 
superior para a educação fundamental. Tal política fortaleceu a expansão das instituições 
8
privadas de ensino superior. Muitas instituições que funcionavam como entidades sem 
fins lucrativos, principalmente de caráterconfessional religioso, cresceram e se tornaram 
grandes centros de ensino, todavia na prática estavam mais interessadas no lucro e na 
expansão comercial do que em projetos educacionais beneficentes. A Lei de Diretrizes e 
Bases (LDB) em 1996, regulamentada pelo decreto n. 2.207/1997 substituído pelo decreto 
n. 2.306/1997, estabeleceu o aparato normativo que previa os requisitos necessários para 
diferenciação entre as instituições não lucrativas e as empresas educacionais1. 
1 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, 
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei (Constituição Federal, 1988). 
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes categorias: 
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas 
por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as 
características dos incisos abaixo; 
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas 
ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins 
lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; 
(Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009);
III – confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas 
ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional ou ideologia 
específicas e ao disposto no inciso anterior; 
IV – filantrópicas na forma da lei. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
De acordo com Carvalho (2011), mesmo diante das sanções impostas pela lei que acabava 
com a imunidade fiscal para muitas instituições configuradas como lucrativas, a redução 
dos custos operacionais foi garantida, pois elas aderiram ao Programa Universidade para 
Todos (Prouni) a partir de 2005. O Programa foi diretamente ao encontro dos interesses da 
iniciativa privada à medida que as instituições foram beneficiadas pelo Estado com a isenção 
do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e de três contribuições: Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade 
Social (Cofins) e Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).
Nessa lógica, as instituições de ensino privadas continuam recebendo recursos públicos 
indiretamente. Recentemente as instituições de ensino, principalmente ligadas ao ensino 
superior, têm racionalizado seu processo financeiro e administrativo, consolidando fusões, 
ofertando ações negociadas na Bolsa de Valores, recebendo investimentos do capital externo 
e centralizando suas operações no mercado financeiro. Para Carvalho (2011), esta é a nova 
feição do processo de mercantilização, caracterizado como um movimento multifacetado de 
financeirização, oligopolização e internacionalização da educação brasileira. Nos bastidores 
desse processo está a atuação de bancadas do Congresso Nacional financiadas por grupos 
de interesse. 
A educação assumiu a perspectiva de mercadoria ou serviço que se compra, e 
não de um direito universal, o que a leva a tornar-se competitiva, fragmentada, 
dualizada e seletiva social e culturalmente (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI; 
2012, p. 132).
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 132), em todas as reformas educativas, a partir 
de 1980, a questão da qualidade aparece como central. Todavia, diante da nova ordem 
mercantilista, a qualidade não pode ser tratada conforme os parâmetros economicistas. 
A escola não é empresa. O aluno não é cliente da escola, mas parte dela. É 
sujeito que aprende, que constrói seu saber, que direciona seu projeto de vida. 
Além disso a escola implica formação voltada para a cidadania, para a formação 
de valores – valorização da vida humana em todas as dimensões. Isso significa 
que a instituição escolar não produz mercadoria, não pode pautar-se pelo “zero 
defeito”, ou seja, pela perfeição (SILVA, apud LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 
2012, p. 132). 
Os autores criticam a forma como as políticas educacionais têm orientado os caminhos 
da Educação Pública. Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 130), é necessário 
estabelecer um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social. É preciso que 
o Estado recupere seu poder de ação em áreas que interessam a toda a sociedade, de 
10
maneira que não permaneça à mercê dos organismos financeiros internacionais e das 
entidades supranacionais. 
Diante da globalização econômica, da transformação dos meios de produção 
e do avanço acelerado da ciência e da tecnologia, a educação escolar precisa 
oferecer respostas concretas à sociedade, formando quadros profissionais 
para o desenvolvimento e para a geração de riquezas que sejam capazes, 
também, de participar criticamente desse processo (LIBÂNEO; OLIVEIRA; 
TOSCHI, 2012, p. 131). 
Se a Educação precisa ser entendida como fator da realização da cidadania, com padrões de 
qualidade da oferta e do produto, buscando superar as desigualdades sociais e a exclusão 
social, na contemporaneidade ela precisa acompanhar os avanços tecnológicos. O Estado 
precisa oferecer condições para que ocorra a articulação entre a escola e o mundo do trabalho, 
como instrumento de promoção da cidadania, incorporando conhecimentos, habilidades 
técnicas, novas formas de solidariedade social e o vínculo do trabalho pedagógico às lutas 
sociais pela democratização do Estado. Se a inclusão digital é uma necessidade inerente da 
pós-modernidade, ela deve ser considerada um novo fator de cidadania, ofertada a todos.
A educação deve ser entendida como fator de realização da cidadania, com 
padrões de qualidade da oferta e do produto, na luta contra a superação das 
desigualdades sociais e da exclusão social (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 
2012, p. 133). 
Para os autores, o governo brasileiro na contemporaneidade orienta-se no sentido da 
crescente desobrigação do Estado com a educação tecnológica, criando as condições 
jurídicas para privatizá-lo; permitindo o repasse de verbas públicas para instituições privadas; 
criando modalidades de ensino que dissociam a educação geral da educação profissional e, 
em certos casos, prescindindo da educação básica. 
É na formulação do grande objetivo do desenvolvimento – o ser humano, ao mesmo 
tempo pessoa e sociedade – que se encontra a íntima conexão ou o divórcio em relação à 
democracia e à educação. Conforme Arruda e Boff (2000, p. 19), para a cultura do capital, 
o desenvolvimento é sinônimo de crescimento econômico e este é tomado como um 
fim em si mesmo. Sendo o capital privado o sujeito deste processo, apenas um número 
limitado de pessoas – a elite econômica, financeira e política – exerce plenamente o direito 
democrático e tem acesso a uma educação mais abrangente. Persiste, ainda segundo os 
autores, portanto, um conceito estreito e reducionista de desenvolvimento, num contexto 
político excludente ou subordinador da maioria. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
Embora ainda existam escolas em que os recursos tecnológicos mais elementares como 
televisor e reprodutores de DVDs nem sequer foram adotados, aonde os investimentos 
públicos em tecnologia não chegam, este cenário tem se revertido nos últimos anos. A 
maioria das escolas está equipada com televisão, DVDs, rádio, computadores e acesso 
à internet. Esses recursos estão presentes na grande maioria das escolas que compõem 
a rede pública de ensino, inclusive com alto grau de sofisticação tecnológica no que diz 
respeito a computadores e demais equipamentos eletrônicos, em institutos e universidadesfederais e estaduais. Em certa medida, existe por parte dos governos uma tentativa de 
acompanhar a celeridade das mudanças ocorridas no âmbito tecnológico. 
Embora exista essa preocupação, a morosidade nas licitações, na implementação dos 
recursos tecnológicos, a admissão de equipamentos com o menor custo e a celeridade 
com que estes são superados fazem com que, ao serem implantados na escola, já estejam 
parcialmente defasados em relação ao que há de mais moderno no mercado. O apelo à 
modernização, as armadilhas da lógica produtiva baseada no efêmero, a retórica sobre a 
necessidade de acompanhar os avanços tecnológicos, as mudanças de padrão e até mesmo 
o elemento simbólico por trás de um novo design e um novo conceito tornam superados 
equipamentos relativamente novos. 
Para superar tal lógica perversa, o Estado responde com aporte de volumosos recursos, 
que visam modernizar a escola, muitas vezes pressionado por setores industriais. Um 
exemplo claro da tecnologia efêmera são os videocassetes que na década de 1990 foram 
comprados com intuito de formar professores e servir de instrumento pedagógico nas salas 
de aulas. Esses equipamentos foram superados por DVDs em um tempo muito curto. Os 
computadores também representam importantes recursos tecnológicos que rapidamente são 
defasados, uma vez que softwares cada vez mais sofisticados exigem maior performance e 
desempenho, transformando os equipamentos em verdadeiros entulhos em muitas escolas. 
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 133) são três os objetivos fundamentais que devem 
servir de base para a construção de uma educação pública de qualidade no contexto atual: 
preparação para o processo produtivo e para a vida em sociedade técnico-informacional, 
formação para a cidadania crítica e participativa e formação ética. Essa preparação precisa 
ser entendida como sistêmica, ou seja, não basta fornecer os recursos tecnológicos, é preciso 
que exista uma reforma na escola em sua maneira de tratar a comunicação, de pensar 
seus métodos de ensino, de produzir conhecimento. Para Barbero (apud CITELLI; COSTA, 
2011, p. 123), os recursos tecnológicos não são uma solução mágica que vem melhorar a 
educação, é preciso mudar o modelo de comunicação vigente no sistema escolar. Segundo 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
ele, o modelo predominante é vertical, autoritário na relação professor/aluno e linearmente 
sequencial no aprendizado. Introduzir nesse modelo meios e tecnologias modernizantes é 
reforçar ainda mais os obstáculos de nossa sociedade. 
Para que o processo de transformação da educação ocorra em sintonia com os novos 
paradigmas da pós-modernidade, é necessário investir na formação humana, na 
instrumentalização e na capacitação teórico-prática dos agentes de mudança que fazem 
parte da comunidade escolar. O Brasil permanece com desigualdades sociais, socioculturais 
e regionais agudas, com uma educação muito ligada aos modelos tradicionais. A introdução 
de políticas educacionais e ações sistemáticas que visam democratizar o uso dos recursos 
tecnológicos nas escolas tem sido construída basicamente a partir de projetos que adotam 
o computador e a internet como ferramentas de ensino-aprendizagem. 
No Brasil, grandes projetos governamentais em informática na educação têm sido 
implantados desde a década de 1980, como o projeto Educom (Educação e Computador), 
cujo objetivo era criar centros de pesquisa sobre informática na educação a fim de 
formar profissionais habilitados para o uso de softwares educacionais. As autoras Brito 
e Purificação (2008, p. 67), lembram que nessa época houve muita euforia em torno das 
novas tecnologias voltadas para a educação, mas que aos poucos foi se esvaecendo à 
medida que se percebeu que a tecnologia em si não possibilitava renovação na relação 
ensino-aprendizagem. 
Paralelo a este momento, surgiram muitas escolas seculares de informática, e professores do 
ensino público buscaram fora da escola a capacitação de que necessitavam para exercer sua 
atividade profissional. Os conhecimentos extraescolares, seja por cursos especializados ou por 
iniciativa pessoal, seja mesmo com a ajuda de outros, não garantiam suficiente embasamento 
para a grande maioria dos professores no Brasil. Esse apontamento apresentado por Brito 
e Purificação (2008, p. 67-68) demonstra que a tecnologia adotada em escolas públicas foi 
utilizada em contrapeso a um conhecimento teórico e prático por parte dos profissionais de 
educação, gerando, assim, um desapontamento quanto ao seu uso. 
O barateamento contínuo dos serviços de internet tem contribuído para que a informática 
esteja presente nos laboratórios e salas de aula escolares. A partir da década de 1990, 
a internet passa a fazer parte da realidade de muitas escolas brasileiras, principalmente 
das localizadas em centros urbanos. Os professores encontraram novas fronteiras que 
precisavam ser exploradas e compreendidas, e o acesso ao conhecimento se tornou 
universal. Em 1997 foi criado o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), 
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
que determina a distribuição de computadores para escolas do ensino fundamental e a 
criação dos Núcleos de Tecnologias Educacionais, que respondiam pela capacitação 
docente. Através do ProInfo, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com 
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), compra, distribui e instala 
laboratórios de informática nas escolas públicas. Por sua vez, os governos locais (prefeituras 
e governos estaduais) devem providenciar a infraestrutura das escolas, indispensável para 
que elas recebam os computadores.
Acompanhe no Quadro 2.1 as principais ações da política de informática educativa no Brasil. 
Quadro 2.1 – Ações da Política de Informática Educativa no Brasil
Ano Ações
1979
A Secretaria Especial de Informática (SEI) efetuou uma proposta para 
os setores educacionais, agrícola, da saúde e industrial, visando à 
viabilização de recursos computacionais em suas atividades. 
1980
A SEI criou uma Comissão Especial de Educação para colher subsídios, 
visando gerar normas e diretrizes para a área de informática na educação. 
1981
I Seminário Nacional de Informática na Educação (SEI/MEC/CNPQ) – 
Brasília. 
Recomendações: as atividades da informática educativa devem ser 
balizadas por valores culturais, sociopolíticos e pedagógicos da realidade 
brasileira; os espaços técnico-econômicos devem ser equacionados não em 
função das pressões do mercado, mas dos benefícios socioeducacionais; 
não se deve considerar o uso de recursos computacionais como nova 
panaceia para enfrentar os problemas. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
14
1982
II Seminário Nacional de Informática Educativa (Salvador), que contou 
com a participação de pesquisadores das áreas de educação, sociologia, 
informática e psicologia. Recomendações: que os núcleos de estudos 
fossem vinculados às universidades, com caráter interdisciplinar, 
priorizando o ensino de 2° grau, não deixando de envolver outros grupos 
de ensino; que os computadores fossem um meio auxiliar do processo 
educacional, devendo se submeter aos fins da educação e não determiná-
los; que o seu uso não fosse restrito a nenhuma área de ensino; a 
priorização da formação do professor quanto aos aspectos teóricos, à 
participação em pesquisa e experimentação, além do envolvimento com 
a tecnologia do computador; por fim, que a tecnologia a ser utilizada fosse 
de origem nacional.
1983
Criação do Projeto Educom – Educação com Computadores. Foi a primeira 
ação oficial e concreta para levar os computadores até as escolas públicas. 
Foram criados 5 centros-piloto, responsáveis pelo desenvolvimento de 
pesquisa e pela disseminação do uso dos computadores no processo de 
ensino-aprendizagem. 
1984
Oficialização dos centros de estudo do Projeto Educom, o qual era 
composto pelasseguintes instituições: UFPE (Universidade Federal de 
Pernambuco), UFRJ (Rio de Janeiro), UFMG (Minas Gerais), UFRGS 
(Rio Grande do Sul) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Os 
recursos financeiros para este projeto eram oriundos do Finep, Funtevê e 
do CNPQ.
LEITURAOBRIGATÓRIA
15
1987
Criação do Comitê Assessor de Informática para Educação de 1° e 2° 
graus (Caie/Seps), subordinado ao MEC, tendo como objetivo definir os 
rumos da política nacional de informática educacional, a partir do Projeto 
Educom. As suas principais ações foram: 
Realização de concursos nacionais de softwares educacionais, redação 
de um documento sobre a política por eles definida, implantação de 
Centros de Informática Educacional (CIEs) para atender cerca de 100.000 
usuários, em convênio com as Secretarias Estaduais e Municipais de 
Educação; definição e organização de cursos de formação de professores 
dos CIEs e execução da avaliação e da reorientação do Projeto Educom. 
1989
Instituído pelo MEC, através da Portaria Ministerial n. 549/1989, o Programa 
Nacional de Informática na Educação (Proninfe) teve como objetivo 
desenvolver a informática educativa no Brasil, através de atividades 
e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação 
pedagógica, sólida e atualizada, a fim de assegurar a unidade política, 
técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos 
envolvidos. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
16
1997 a 2013
Criação do ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação), 
projeto que visava à formação de NTEs (Núcleos de Tecnologias 
Educacionais) em todos os estados do país. Esses NTEs, num primeiro 
momento, foram formados por professores que passaram por uma 
capacitação de pós-graduação referente à informática educacional. A 
proposta é que atuem como multiplicadores dessa política. Atualmente 
existem diversos projetos estaduais e municipais de informática na 
educação vinculados ao ProInfo/Seed/Mec. O Projeto UCA (um computador 
por aluno) é uma iniciativa do governo federal, que, desde 2005, distribui 
computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino. Foi um 
projeto que complementou as ações do MEC referentes a tecnologias 
na educação, em especial os laboratórios de informática, produção e 
disponibilização de objetivos educacionais na internet dentro do ProInfo 
Integrado, que promove o uso pedagógico da informática na rede pública 
de ensino fundamental e médio. Além dessa iniciativa, existe o Prouca 
(programa um computador por aluno), instituído pela Lei n. 12.249, de 14 
de junho de 2010, com o objetivo de promover a inclusão digital pedagógica 
e o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de alunos 
e professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de 
computadores portáteis denominados laptops educacionais. 
Em 2011, o ProInfo Integrado buscou mediante pregão eletrônico baratear 
os custos de tablets para que possam ser adquiridos pelos governos 
estaduais. Os tablets devem integrar conteúdos do Portal do Professor/
MEC; Portal Domínio Público; Khan Academy (física/matemática/biologia/
química): tradução para português com parceria da Fundação Lemann e 
Projetos de Aprendizagem Educacionais (Banco Internacional de Objetos 
Educacionais – MEC); Coleção Educadores.
Fonte: adaptado de Brito e Purificação (2008, p. 71-73). 
Para Bernardes e Santos (2009, p. 66), tendo em vista a precariedade do ensino público 
brasileiro e as tentativas de atender às demandas mercadológicas neoliberais e às exigências 
(inter)nacionais de alfabetização tecnológica, o Ministério da Educação (MEC) impulsionou 
LEITURAOBRIGATÓRIA
17
o ProInfo numa política de governo para ampliação de acesso às tecnologias da informação 
e comunicação. 
Embora existam sólidas políticas voltadas para o uso de tecnologias na educação, em 
todos os níveis, desenvolvidas pelo governo federal, o que se percebe é que, dadas a 
dimensão e a amplitude da rede pública, essas políticas não conseguem contemplar todas 
as demandas existentes, principalmente em pequenas cidades e regiões rurais. Esse 
cenário fica mais crítico nas redes estaduais e municipais de educação, uma vez que na 
maioria das vezes faltam políticas educacionais que incorporem, de maneira eficiente, as 
tecnologias como ferramenta de suporte a educação. Bernardes e Santos (2009, p. 69) 
chamam a atenção para a necessidade de apropriação crítica e democrática dos conteúdos 
científicos e tecnológicos, pois a comunidade escolar tem se atido mais às questões de 
ordem metodológica e de infraestrutura como a criação de salas de informática, caindo na 
armadilha de esvair os conteúdos em favorecimento da forma, da técnica. 
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo A incorporação das TIC nas escolas: desafios contemporâneos, escrito por 
Clésia Maria Hora Santana. O artigo trata incorporação das tecnologias da informação e 
da comunicação nas escolas públicas e suas relações com uma proposta de educação 
vinculada à problemática de uma sociedade digital em constante metamorfose. Discute 
ainda a necessidade de políticas públicas de formação continuada dos professores para 
que essa integração não se configure em uma mera transposição de velhas práticas.
Disponível em: <http://epealufal.com.br/media/anais/348.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
18
Leia o artigo As novas tecnologias na educação e seus reflexos na escola e no mundo do 
trabalho, escrito por Iracy de Sousa Santos, que trata das novas tecnologias na educação 
e do papel da escola. A autora questiona o processo de democratização destas tecnologias 
de acesso a elas ao tratar de questões como infraestrutura dos ambientes escolares e 
formação do educador para enfrentar os desafios postos pela sociedade da informação. 
O Disponível em: <http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppII/pagina_PGPP/Trabalhos2/
Iracy_de_Sousa_Santos.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Fique por dentro do documento Políticas Públicas para a Educação Profissional e 
Tecnológica, elaborado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do 
Ministério da Educação, em 2004. O documento apresenta os compromissos do governo 
federal com a educação básica. Entre esses objetivos estão a redução das desigualdades 
sociais, o respeito e o fortalecimento da cidadania, reconhecendo em todos os momentos 
que à educação profissional e tecnológica cabe uma posição estratégica importante como 
elemento criativo de alavancagem, também com outras políticas e ações públicas, para o 
desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/p_publicas.pdf>. Acesso em: 
02 jan. 2014.
Leia o artigo A mercantilização da educação superior brasileira e as estratégias de mercado 
das IEs lucrativas, escrito por Cristina Helena Almeida de Carvalho, docente da Universidade 
de Brasília. O artigo trata das estratégias adotadas pelas Instituições de Ensino Superior 
no Brasil, pós-LDB de 1996, de crescimento e lucratividade com a adoção de diversas 
estratégias de mercado na direção da financeirização, oligopolização e internacionalização 
do seu capital.
Disponível em: <http://www.anped11.uerj.br/35/GT11-2301_int.pdf>. Acesso em: 02 
jan. 2014. 
Acesse o Portal do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e fique por dentro 
dos principais programas desenvolvidos pelo ProInfo.
Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/programa-nacional-de-tecnologia-
educacional-proinfo/proinfo-perguntas-frequentes>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
LINKSIMPORTANTES
19
LINKSIMPORTANTES
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamenteos enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Não se pode negar a importância dos meios 
de comunicação no cotidiano. O rádio, a te-
levisão e cada vez mais a internet consti-
tuem fontes de informação sobre a realida-
de. Quais são as armadilhas presentes no 
uso das informações veiculadas pela mídia 
e pela internet das quais os professores 
devem ter consciência? 
Questão 2:
A globalização tem forçado os países a in-
vestir maciçamente em tecnologia, transfor-
mando as relações do mundo do trabalho. 
Na pós-modernidade, o chamado ciberes-
paço está relacionado com as novas for-
mas de produção, criação e trabalho. Quais 
atividades dependem do ciberespaço para 
serem exercidas?
a) Plantar hortaliças, cultivar flores, irrigar 
plantações. 
AGORAÉASUAVEZ
Vídeos Importantes 
Assista ao vídeo “Capacitação de professores para novas tecnologias_ProInfo”.
Disponível em: <http://youtu.be/4sGaRVeyXOs>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Ele apresenta como ocorre a capacitação de professores para a adoção de tecnologias da 
educação pelo sistema ProInfo, do governo federal.
20
b) Comprar ações na Bolsa de Valores, 
transferir recursos financeiros, fazer um 
curso a distância, ler um livro. 
c) Visitar um museu, beber água, 
fotografar, comemorar um gol. 
d) Cozinhar, visitar um cliente, anotar 
informações, resolver uma prova. 
e) Limpar a casa, cortar grama, monitorar 
a segurança, capinar.
Questão 3:
Na pós-modernidade, a educação enfrenta 
um grande desafio: promover o uso das no-
vas tecnologias e o acesso a elas para que 
os indivíduos possam exercer livremente 
sua cidadania. Quando isso não ocorre, 
pode-se classificar estes indivíduos como: 
a) Desamparados pelos governos.
b) Desinteressados pela tecnologia.
c) Excluídos digitalmente.
d) Mendigos.
e) Analfabetos.
Questão 4:
Ao afirmar que a tecnologia em si não possi-
bilitava renovação na relação ensino-apren-
dizagem, a responsabilidade pelo processo 
educativo recai sobre quem? 
a) Sobre os computadores que precisam 
ter alta performance e desempenho. 
b) Sobre a velocidade da internet que 
precisa assegurar a rápida transmissão 
dos dados
c) Sobre a escola que precisa ter 
infraestrutura adequada para atender a 
todos os alunos tecnologicamente.
d) Sobre os softwares que precisam ser 
planejados para desempenhar funções 
complexas e cada vez mais indutivas. 
e) Sobre o capital humano que precisa 
ser capacitado para o uso adequado das 
tecnologias.
Questão 5:
Nos últimos anos, as políticas públicas têm 
incentivado a transferência de recursos 
públicos para a iniciativa privada median-
te convênios e programas educacionais. 
Esse tipo de política pode ser caracteriza-
do como: 
a) Globalizado.
b) Neoliberal.
c) Conservador.
d) Marxista.
e) Evolucionista.
AGORAÉASUAVEZ
21
Questão 6:
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em 1996, 
regulamentada pelo decreto n. 2.207/1997 
substituído pelo decreto n. 2.306/1997, es-
tabeleceu o aparato normativo que previa 
os requisitos necessários para diferencia-
ção entre as instituições não lucrativas 
e as empresas educacionais. De que ma-
neira a sanção desta Lei buscou moralizar 
o sistema de ensino vigente no Brasil? 
Questão 7:
As políticas educacionais no Brasil preve-
em o investimento de grandes somas de re-
cursos em modernização e provimento de 
infraestrutura tecnológica para a educação 
pública. Apresente alguns dos principais 
obstáculos enfrentados pelos governos 
para a implantação de recursos tecnológi-
cos na educação.
Questão 8:
Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 
133), quais são os três objetivos fundamen-
tais que devem servir de base para a cons-
trução de uma educação pública de quali-
dade no contexto da pós-modernidade?
Questão 9:
Apresente as principais contradições exis-
tentes entre as políticas educacionais de 
iniciativa do governo federal e as políticas 
estaduais e municipais no que diz respeito 
ao uso das tecnologias na educação.
Questão 10:
O Programa Nacional de Tecnologia Educa-
cional (ProInfo) tem como objetivo promover 
o uso pedagógico da informática na rede 
pública de educação básica. Qual a respon-
sabilidade dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios diante do programa?
AGORAÉASUAVEZ
22
Neste tema, tratou-se não só da presença cada vez maior da tecnologia como parte 
do cotidiano das pessoas, mas também da impossibilidade de se pode negar a importância 
dos meios de comunicação em todos os níveis sociais e todas as faixas etárias. Além 
disso, verificou-se que estas tecnologias estão presentes na escola e que cabe ao Estado 
mobilizar ações para que os cidadãos possam ser inseridos no mundo tecnológico, uma 
premissa para a emancipação e a conquista de direitos na pós-modernidade. É necessário 
compreender como ocorrem o uso, a apropriação e a difusão do conhecimento facilitado 
por estas tecnologias, e, ao se tratar especificamente da escola pública, cabe avaliar as 
políticas educacionais voltadas para a implementação das tecnologias na escola e sua 
propagação, uma vez que são fundamentais para o exercício da cidadania. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
ARRUDA, M; BOFF, L. Globalização: desafios socioeconômicos, éticos e educativos. Pe-
trópolis: Vozes, 2000.
BRASIL. Políticas Públicas para a Educação Tecnológica. MEC, Brasília, 2004. 
________. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal, 
1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 02 jan. 2014.
BERNARDES, Marciele Berger; SANTOS, Paloma Maria. Desafios Políticos para o Uso 
da Informática na Educação no Estado de Santa Catarina. Anais. IX Colóquio Interna-
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
23
REFERÊNCIAS
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<http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/desafios_politicos_para_o_uso_da_infor-
matica.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
BERTOLIN, Júlio C.G. Avaliação da educação superior brasileira: relevância, diversidade, 
equidade e eficácia dos sistemas em tempos de mercantilização. Avaliação, Campinas/
Sorocaba, v. 14, n. 2, p. 251-383, jul. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aval/
v14n2/a07v14n2.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
BRITO, G. S; PURIFICAÇÃO, I. Educação e Novas Tecnologias: um repensar. Curitiba: 
Ibpex, 2008. 
CARVALHO, Cristina Helena Almeida. A Mercantilização da Educação Superior Brasilei-
ra e as Estratégias de Mercado das IEs Lucrativas. Rio de Janeiro: ANPED/UERJ, 2011. 
Disponível em: <http://www.anped11.uerj.br/35/GT11-2301_int.pdf>. Acesso em: 02 jan. 
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CITELLI, Adilson. Educomunicação: imagens do professor na mídia. São Paulo: Paulinas, 2012. 
CITELLI, Adilson; COSTA, Maria C. C. (Org.). Educomunicação: construindo uma nova 
área do conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011. 
GUIMARÃES Jr., Mário J.L. O ciberespaço como cenário para as Ciências Sociais. IX 
Congresso BrasIleIro de soCIologIa, Porto Alegre, set. 1999. Disponível em: <http://www.
cfh.ufsc.br/~guima/papers/ciber_cenario.html>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
JUNGBLUT, Airton Luiz. A heterogenia do mundo on-line: algumas reflexões sobre virtua-
lização, comunicação mediada por computador e ciberespaço. Horizontes Antropológicos, 
ano 10, n. 21. Porto Alegre, jan./jun. 2004, p. 97-121.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2005. 
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA João Ferreira e TOSCHI, Mirza Seabra. Educação es-
colar: políticas,

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