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A variação linguística no ensino da língua materna. - FICHAMENTO

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A variação linguística no ensino da língua materna.
 O livro, Educação em língua materna – A sociolinguística em sala de aula de Stella Maris fala sobre variação linguística e como um professor de ensino fundamental reage em uma situação em que haja ignorância no linguajar de seu aluno. Por tanto, no capítulo três ( tem como objetivo, “refletir sobre variação linguística no repertório dos professores e dos alunos de ensino fundamental.” A autora inclui também, as noções de adequação linguística a ser ministradas pelos estudantes.
 A primeira questão do capítulo é a denominação da variação linguística como “erro de português”, considerando esse termo inadequado e preconceituoso. Além de declarar que “erros de português” são diferenças entre variedades da língua. Essas diferenças pertencem aos hábitos do lar, onde predomina uma cultura de oralidade, incluindo a informalidade. 
 Uma das maiores dúvidas dos professores em sala de aula é como proceder quando o aluno usa uma regra não padrão. Alguns ainda sentem hesitação nesta situação, não sabendo se deve corrigi-los ou muito menos sabem se pode chamar aquela forma dita pelo estudante, de erro. Bem, em uma pedagogia que é culturalmente sensível aos saberes dos educando, mostra aos educadores formas de ensinar os alunos sobre essas diferenças. Lembrando que o professor jamais pode humilha-los ao tentar inserir a adequação linguística em sala. Pesquisadores do livro em questão exibem as condutas de alguns professores perante as formas não padrão dita pelos alunos. Em geral, constatam que quase nunca os docentes intrometem-se para corrigir o aluno em sua fala. 
 Já no capítulo quatro, a autora classifica a variedade linguística em alguns fatores:
Grupos Etários: São palavras que modificam de acordo com o desenvolvimento de cada geração.
Gêneros: De acordo com o texto, homens tendem a usar mais gírias e palavrões, já as mulheres usam marcadores conversacionais, como “Tá?”, “Tá Bom?”.
Status socioeconômico: Desigualdades econômicas que espelham nas diferenças sociolinguística.
Grau de escolarização: Níveis de escolarização do sujeito e a qualidade de ensino. Esse fator está ligado ao fator socioeconômico. 
Mercado de trabalho: Funções que o indivíduo desempenha em seu emprego e sobre sua carreira.
Rede Social: Influência de pessoa ligada a redes sociais modificando o comportamento do indivíduo, fazendo com que se adapte de acordo com seu grupo de referência. 
 Bom, esses fatores representam características de um falante. Todos eles influenciam no ato de fala de um indivíduo que brevemente vai adquirir recursos comunicativos conforme suas experiências, principalmente em sua formação escolar.
 Para concluir o tema da sociolinguística em sala de aula, é preciso citar os preconceitos linguísticos existentes quando falamos de variações linguísticas. E também de como é este desafio para o educador.
 Como já vimos nos parágrafos acima, é incorreta a definição de ‘erro’ quando há inadequação verbal dos estudantes em sala. E para conseguir lidar com a situação é necessária que o educador oriente os alunos a compreender as diferenças nas variedades linguísticas sem interferir no processo de aprendizagem. Uma das formas de ajudar a conscientização dos alunos é apresentar um dos personagens multiculturais, criado por Mauricio de Souza, o Chico bento, que é ótima ferramenta para despertar a compreensão dos alunos e assim, afastar o preconceito linguístico.
 Tendo em vista os aspectos mencionados, é imprescindível que os professores que exercem a sociolinguística em sala, se conscientizem e jamais percam o sentido real do ensino: Formar alunos que interagem na sociedade que vivem, tendo a competência de se comunicarem de forma adequada, de acordo com cada meio social. (Escola, trabalho, família, amigos).

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