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SISTEMAS DE MANUTENÇÃO Evolução da Função Manutenção Conforme Kardec e Nascif (2003) a partir de 1930, a evolução da manutenção pode ser dividida em quatro gerações. A Primeira Geração A primeira geração abrange o período antes da segunda guerra mundial, quando a indústria era pouco mecanizada, os equipamentos eram simples, e na sua grande maioria, superdimensionados. Aliado a tudo isso, devido à conjuntura da época, a questão da produtividade não era prioritária. Consequentemente, não era necessária uma manutenção sistematizada; apenas serviços de limpeza, lubrificação e reparo após a quebra, ou seja, a manutenção era fundamentalmente, corretiva não planejada. A Segunda Geração Essa geração ocorre entre os anos de 1950 e 1970 do século passado, portanto, após a segunda grande guerra. As pressões do período da guerra aumentaram por todo tipo de produtos, ao mesmo tempo em que o contingente de mão de obra industrial diminuiu sensivelmente, como consequência, naquele período houve forte aumento da mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais. Começa a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade, bem como maior confiabilidade, tudo isso na busca da maior produtividade; a indústria estava bastante dependente do bom funcionamento das máquinas. Isto levou à ideia de que falhas dos equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, o que resultou no conceito de manutenção preventiva. A Terceira Geração A partir da década de 1970 acelerou-se o processo de mudança nas indústrias. A paralisação da produção, que sempre diminuiu a capacidade de produção, aumentou os custos e afetou a qualidade dos produtos, era uma preocupação generalizada. Na manufatura, os efeitos dos períodos de paralisação foram se agravando pela tendência mundial de utilizar sistemas Just in time, onde estoques reduzidos para a produção em andamento significavam que pequenas pausas na produção/entrega naquele momento poderiam paralisar a fábrica. Reforçaram-se o conceito e a utilização da manutenção preditiva. O avanço da informática permitiu a utilização de computadores pessoais velozes e o desenvolvimento de softwares potentes para o planejamento, controle e acompanhamento dos serviços de manutenção. O conceito de confiabilidade começa a ser cada vez mais aplicado pela Engenharia e na Manutenção. O processo de Manutenção Centrada na Confiabilidade, apoiado nos estudos de confiabilidade da indústria aeronáutica, tem sua implantação iniciada na década de 1990 no Brasil. Os novos projetos buscam uma maior confiabilidade, contudo, a falta de interação entre as áreas de engenharia, manutenção e operação impedia que os resultados fossem melhores e, em consequência, as taxas de falhas prematuras (mortalidade infantil) eram elevadas. Fonte: www.manutencaoemfoco.com.br A Quarta Geração A confiabilidade dos equipamentos é um fator de constante busca pela manutenção. A consolidação das atividades de engenharia da manutenção, dentro da estrutura organizacional da manutenção, tem na garantia da disponibilidade, da confiabilidade e da manutenibilidade as três maiores justificativas de sua existência. Com o objetivo de intervir cada vez menos na planta, as práticas de manutenção preditiva e monitoramento de condição de equipamentos e do processo são cada vez mais utilizadas. Em consequência, há uma tendência de redução na aplicação da manutenção preventiva ou programada, desde que ela promova a paralisação dos equipamentos e sistemas, impactando negativamente na produção. O mesmo acontece em relação à manutenção corretiva não planejada, que se torna um indicador da ineficácia da manutenção. Sumarizando Fonte: Alessandro Trombeta (2017) SISTEMAS DE MANUTENÇÃO Evolução da Função Manutenção SISTEMAS DE MANUTENÇÃO Gestão da Manutenção Função existente numa organização com a missão de garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção ou serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do meio ambiente e custos adequados. O QUE É MANUTENÇÃO? Fonte: Dimas José dos Santos e Luís Gonzaga Trabasso (ITA) UMA VISÃO SISTÊMICA Sistema básico de gestão de processos de uma organização Garantia da Qualidade Administração Comercial Manutenção Produção Suprimentos Segurança, Saúde e Meio Ambiente Logística Fonte: Dimas José dos Santos e Luís Gonzaga Trabasso (ITA) UMA VISÃO SISTÊMICA A organização e a instalação tem por finalidade produzir um produto, visando a obtenção de lucro. Assim, todos os componentes da organização visam auxiliar a Produção, atividade mais importante. Desta forma, todas as necessidades estão sempre subordinadas à Produção. UMA VISÃO SISTÊMICA A Produção deseja que os equipamentos sejam conservados nas mesmas condições de novos. A manutenção deve estar voltada para os resultados da organização. GESTÃO ESTRATÉGICA DA MANUTENÇÃO Não basta ser eficiente. É preciso ser eficaz! “Não basta reparar o equipamento o mais rápido possível, e sim, mantê-lo disponível para a operação o maior tempo possível.” A manutenção deve ser um dos fatores de competitividade para as organizações. A MANUTENÇÃO COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE A competitividade depende, fundamentalmente, de maior produtividade da organização em relação aos seus concorrentes: Produtividade = Faturamento Custos A MANUTENÇÃO COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE Faturamento Disponibilidade Confiabilidade Aumento da produção das unidades produtivas; Minimização dos prazos de parada dos sistemas; Minimização do tempo médio para reparo; Perdas de produção tendendo a zero; Maximização do tempo médio entre falhas. A MANUTENÇÃO COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE Adotar as melhores práticas de manutenção; Atuar na qualidade dos serviços: menos retrabalho; Garantir a qualidade dos materiais e sobressalentes (spare parts); Utilizar técnicas modernas para avaliação e diagnóstico; Privilegiar a terceirização por resultados, sempre que possível. Custos UM NOVO PARADIGMA PARA A MANUTENÇÃO Não é mais aceitável que o equipamento ou sistema pare de operar de maneira não prevista! Gerenciamento estratégico: atuar para evitar que ocorram falhas, e não apenas na correção rápida destas falhas. Paradigma do passado: “O (a) profissional de manutenção sente-se bem quando executa um bom reparo.” Paradigma atual: “O (a) profissional de manutenção sente-se bem quando consegue evitar as falhas não previstas.” O DESAFIO DA MANUTENÇÃO Deixar de ser considerada como “um mal necessário” pela Alta Direção da organização. Para modificar este conceito, é preciso transformar a manutenção de “centro de custos” para “centro de lucros”! O profissional da manutenção deve ser organizado, metódico, seguir procedimentos e rotinas, registrar as informações sobre os equipamentos e utilizar dados estatísticos. O PROCESSO DE MANUTENÇÃO Suporte a projeto Planejamento e Programação Preventiva Preditiva Documentação e avaliação do trabalho final Emergência Paradas programadas Execução do trabalho Necessidade de trabalho Fonte: Dimas José dos Santos e Luís Gonzaga Trabasso (ITA) O GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO Estabelecimento de políticas e objetivos; Determinar responsabilidades e autoridades; Elaboração de planos de ação; Treinamento e instrução à equipe; Recursos adequados (espaço, equipamentos, ferramentas,…); Controle de custos eficiente e seguro; Sistema de arquivo com o histórico dos equipamentos; Medição e análise do desempenho (indicadores). A ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO Organização planejada de forma adequada, com pessoal capacitado e apto a trabalhar em equipe; Procedimentos para obter serviços de qualidade, no prazo e com custos adequados; Sistema de informações adequado para que os cálculos dos custos sejam confiáveis e objetivos; Pessoal trabalhando dentro dos padrões de segurança; Estabelecimento de padrões de qualidade para os serviços. SISTEMAS DE MANUTENÇÃOGestão da Manutenção
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