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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Centro de Ciências e Tecnologia – CCT
Unidade Acadêmica de Física – UAF 
Física Experimental II
ELEMENTOS RESISTIVO LINEAR E NÃO LINEAR
Aluno(a): Heloísa Maria de Oliveira		Matrícula: 117111239
Turma: 07		Professor: Marcos Gama		Nota:
Campina Grande
Junho/2018
Introdução
Elementos resistivos lineares
O comportamento de I em função de V depende das características do componente elétrico. Quando a relação é constante para qualquer valor de V, o elemento é chamado de resistor linear. Esta constante de proporcionalidade é chamada de “resistência” do elemento. Essa situação corresponde à Lei de Ohm, segundo a qual, “a corrente em um resistor é diretamente proporcional à diferença de potencial, ou tensão elétrica, aplicada nele”. Os resistores lineares são, também, chamados de resistores ôhmicos. A curva característica V x I para tais elementos é uma reta.
Elementos resistivos não lineares
São aqueles para os quais a razão entre a d.d.p. aplicada e a intensidade de corrente que os atravessam não é constante. Ou seja, a resistência R do elemento não é constante. Isto implica em que a sua curva V x I característica não é uma reta. Assim em cada ponto define-se uma resistência aparente pela razão entre a ordenada e a abscissa correspondente a um ponto da curva.
Este comportamento de não linearidade da curva pode depender de valores tais como a temperatura, iluminação, tensão, terminais do elemento, etc.
Para saber se um elemento obedece à Lei de Ohm devemos submeter o material a diversas diferenças de potencial e medir a corrente que o atravessa, e em seguida traçar o gráfico V x I. Para analisar detalhadamente o comportamento de elementos resistivos submetidos a mudanças de tensão é necessário fazer medições e para estas a partir de dois dispositivos: o voltímetro e o amperímetro.
Para utilizar esses dispositivos no circuito existem dois tipos de montagem: a montagem a montante e a montagem a jusante. Na montagem a montante o voltímetro é posicionado antes do amperímetro, isso significa que a tensão lida no voltímetro inclui a queda de potencial no amperímetro, e a corrente lida é a mesma que passa pela resistência.
Assim,
Já na montagem a jusante o voltímetro é colocado depois do amperímetro, assim a tensão lida não inclui a tensão do amperímetro e diz respeito apenas ao elemento resistivo. A corrente que será lida é a soma da corrente que passa pelo voltímetro e da que passa pelo elemento resistivo.
Assim,
Percebe-se que a montagem a montante possivelmente resulta em valores mais precisos quando a resistência a se medir é muito maior que a resistência interna do amperímetro, e a montagem a jusante pode ser mais precisa em casos em que a resistência interna do voltímetro seja muito maior que a resistência a medir. Porém, tal fato não é fator crucial em determinados casos, pois ambas as leituras podem ser satisfatórias.
Diodo
O diodo é um dispositivo que deixa passar facilmente a corrente num sentido, e quase não a deixa passar no sentido oposto. Podemos considerar o diodo como um dispositivo que apresenta resistência de polarização direta R(d) quase nula, resistência de polarização inversa R(i) altíssima.
Além disso, a resistência de polarização direta do diodo não é constante, variando com a d.d.p., ou seja, o gráfico V x I para o diodo é uma linha de inclinação variável.
Materiais utilizados
Multímetro Analógico Minipa ET – 30009 e Standard ST – 505;
Multímetro Digital Tektronix DM250;
Prancheta, modelo do laboratório;
Resistores, cabos para ligação, uma pilha; Fonte de tensão regulável; Fio homogêneo de 1,0 m;
Potenciômetro; 
Microamperímetro (50uA); 
Acessórios de conexão.
Procedimentos experimentais
Montagem a Montante
Montou-se o circuito conforme a figura abaixo, lembrando que na montagem a montante o voltímetro é posicionado antes do amperímetro. O potenciômetro P de 47KΩ deve estar inicialmente na posição de resistência máxima. Então, girou-se o potenciômetro variando a corrente (I) através do amperímetro em intervalos regulares e a tensão através do voltímetro. Anotaram-se os dados nas Tabelas I e II para o resistor de 560Ω e 10KΩ, respectivamente.
Montagem a jusante
Repetiram-se os procedimentos anteriores para esta montagem. Lembrando que na montagem a jusante o voltímetro é colocado depois do amperímetro. Montou-se o circuito como na figura abaixo. Anotaram-se os dados nas Tabelas III e IV, para o resistor de 560Ω e 10KΩ, respectivamente.
Levantamento da Curva Característica do próprio miliamperímetro
Mediu-se então a corrente e tensão no miliamperímetro, para poder fazer um levantamento da curva característica do mesmo. Os resultados foram anotados na tabela V.
Levantamento da Curva Característica de um Elemento não linear
Montou-se o circuito a montante para obter os valores da corrente e da tensão, com o diodo polarizado no lugar da em lugar da resistência usada anteriormente. Com o resistor de 47Ω em série com o diodo, mediu-se em intervalos iguais os valores de I e V sobre o diodo. Anotaram-se os dados na Tabela VI. Repetiu-se os procedimentos anteriores, mas com a montagem a jusante, então anotaram os dados na Tabela VII.
Resultados e discussão
Montagem a montante
Tabela I: R1 = 560Ω
	I(mA)
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	V(V)
	0,056
	0,122
	0,181
	0,248
	0,310
	0,374
	0,433
	0,492
	0,551
	0,618
Tabela II: R2 = 10 KΩ
	I(mA)
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	V(V)
	0,971
	1,919
	2,937
	3,877
	4,970
	5,960
	6,930
	7,910
	8,860
	9,900
Montagem a jusante
Tabela III: R1 = 560Ω
	I(mA)
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	V(V)
	0,050
	0,150
	0,161
	0,221
	0,277
	0,334
	0,391
	0,442
	0,492
	0,556
Tabela IV: R2 = 10 KΩ
	I(mA)
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	V(V)
	0,905
	1,868
	2,834
	3,930
	4,910
	5,920
	6,910
	7,820
	8,790
	9,830
Levantamento da Curva Característica do próprio miliamperímetro
Tabela V
	I(mA)
	0,1
	0,2
	0,3
	0,4
	0,5
	0,6
	0,7
	0,8
	0,9
	1,0
	V(V)
	0,0058
	0,0117
	0,0184
	0,0251
	0,0317
	0,0383
	0,0448
	0,0507
	0,0567
	0,0633
Levantamento da Curva Característica de um Elemento não linear
Tabela VI: Montagem montante
	I(mA)
	0,04
	0,12
	0,24
	0,61
	1,05
	1,56
	24,30
	36,23
	52,00
	66,70
	V(mV)
	450
	500
	550
	600
	650
	700
	750
	800
	850
	900
Tabela VII: Montagem jusante
	I(mA)
	0,20
	0,89
	2,91
	8,60
	26,80
	58,40
	123,60
	197,60
	297,20
	371,70
	V(mV)
	450
	500
	550
	600
	650
	700
	750
	800
	850
	900
Gráficos das tabelas acima em ANEXOS.
Conclusão
Após os obter as resistências pelos gráficos para cada montagem e comparar o valor calculado com o real dos resistores, percebemos que a montagem a jusante apresenta desvios percentuais menores que a montagem a montante, assim a que apresenta resultados mais satisfatórios é a montagem a jusante.
Os gráficos do diodo diretamente polarizado para as duas montagens formaram uma curva não linear, logo, o elemento resistivo trata-se de um elemento não linear, ou seja, não ôhmico. Assim, pode concluir que o diodo é de fato um elemento resistivo não linear após a observação de sua curva característica.
Por fim, pode observar que as montagens as quais o diodo foi submetido resultaram em valores muito próximos, obtendo curvas parecidas. Assim, podemos concluir que a curva à jusante passou por mais pontos experimentais e a partir disso pode ser considerada a mais próxima dos valores aceitáveis.
Referências bibliográficas
HALLYDAY, David. Fundamentos de física – óptica e física moderna. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Apostila de Laboratório de óptica, eletricidade e magnetismo. Física experimental II.
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Centro de Ciências e Tecnologia – CCT
UnidadeAcadêmica de Física – UAF 
Física Experimental II
VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DAS LEIS DE KIRCHHOFF
Aluno(a): Heloísa Maria de Oliveira		Matrícula: 117111239
Turma: 07		Professor: Marcos Gama		Nota:
Campina Grande
Junho/2018
Introdução
O comportamento dos circuitos elétricos é governado por duas leis básicas chamadas Leis de Kirchhoff, as quais decorrem diretamente das leis de conservação de carga e da energia existentes no circuito. Elas estabelecem relações entre as tensões e correntes entre os diversos elementos dos circuitos, servindo assim como base para o equacionamento matemático dos circuitos elétricos. Antes do enunciado das referidas leis, torna-se, entretanto, necessária a introdução de algumas definições básicas: 
	Ramo: é a representação de um único componente conectado entre dois nós, tal como um resistor ou uma fonte de tensão. Na figura 1, o componente 2, conectado entre os nós 1 e 2, é um ramo do circuito. Portanto, um ramo representa um elemento de dois terminais. 
	Nó: é o ponto de junção de um mais dos componentes básicos de um circuito (ramos). Na figura 1 está representado um circuito simples composto de dois nós (nós 1 e 2). Quando um fio ideal conecta dois nós, os dois nós constituem um único nó. 
	Percurso fechado: é um caminho (fechado) formado por um nó de partida, passando por um conjunto de nós e retornando ao nó de partida, sem passar por qualquer nó mais de uma vez. Um percurso fechado é dito independente quando ele contém um ramo que não pertence a nenhum outro caminho fechado.
	Malha: é um caminho fechado que não contém outro caminho fechado dentro dele. Trata-se, portanto, de um caso especial de caminho fechado. A figura 2 representa um circuito simples composto de 2 malhas (malha 1 e 2). O caminho fechado mais externo do circuito é denominado de malha externa e inclui todos os elementos do circuito no seu interior. As demais malhas são também denominadas de malhas internas. 
	O número de malhas e nós de um circuito depende da teologia do mesmo. Existe, no entanto, uma relação entre o número de malhas, ramos e nós do circuito dado pela seguinte equação, a qual pode ser facilmente verificada: 
m - número de malhas
n - número de nós
b - número de ramos
	Além destas definições também são úteis as seguintes definições:
	Conexão série: dois ou mais elementos são ditos em série se eles estiverem conectados em sequência e conduzirem a mesma corrente. 
	Conexão paralela: dois ou mais elementos são ditos em paralelo se eles estiverem conectados aos mesmos dois nós e possuírem a mesma tensão aplicada sobre eles.
Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK)
	A LCK pode ser enunciada da seguinte forma: a soma das correntes que chegam a um nó é igual à soma das correntes que saem do mesmo nó. Considerando-se as correntes que chegam a um nó como positivas e as que saem como negativas, a Lei das Correntes de Kirchhoff estabelece que a soma algébrica das correntes incidindo em um nó deve ser nula. A LCK é baseada na Lei da Conservação da Carga e pode também ser obtida diretamente dela. 
Baseado no enunciado da LCK e considerando-se o circuito mostrado na Figura 1, pode-se escrever a seguinte equação para o nó marcado como 1: 
	O número de equações independentes obtidas com a aplicação da Lei das Correntes é sempre igual ao número de nós menos 1 (n – 1). Isto pode ser comprovado facilmente aplicando-se a Lei das Correntes ao nó 2 da Figura 1, de onde resultará uma equação idêntica à equação acima. 
Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK)
	A LTK pode ser enunciada da seguinte forma: a soma das elevações de potencial ao longo de um percurso fechado qualquer (malha) é igual à soma das quedas de potencial no mesmo percurso fechado. Assumindo-se que as quedas de potencial (sentido de percurso do terminal positivo para o negativo) são positivas ao longo do percurso e que as elevações de potencial (sentido do percurso do terminal negativo para o positivo) são negativas, a Lei das Tensões de Kirchhoff estabelece que a soma algébrica das tensões em um percurso fechado é nula. Conforme as definições anteriores, uma malha é um tipo especial de percurso fechado. Assim, a LTK também vale para as malhas que compõem o circuito. 
	Baseado no enunciado da LTK e considerando-se o circuito da Figura 2, pode-se escrever para a malha 1 a seguinte equação: 
	Para a malha 2 obtém-se do mesmo modo: 
	O número de equações de malha independentes obtidas com a aplicação da Lei das Tensões de Kirchhoff às malhas do circuito é definido pela relação: 
Equações de malha independentes = 
	Para o circuito ilustrado na Figura 2 o número de equações independentes é 2. Pode-se também escrever uma equação para a malha externa. Para esta malha resulta uma equação que é uma combinação linear das equações (2) e (3), sendo, portanto, redundante. As equações que devem ser consideradas são, assim, apenas as relativas às malhas internas. 
Número de Equações de Circuito Independentes
	Em todo circuito elétrico composto de b elementos básicos existem 2b incógnitas, uma vez que em cada elemento a corrente e a tensão são variáveis a serem determinadas em função das fontes de alimentação e da topologia do circuito. Assim, são inicialmente necessárias 2b equações independentes para a determinação completa do circuito. Este número pode ser reduzido para b, usando-se as b relações básicas dos elementos (ver Tabela 1, da apostila de Conceitos Básicos de Circuitos Elétricos). O número de equações passa a ser desta forma igual a b. Usando-se as Leis de Kirchhoff das Correntes obtém-se (n - 1) equações de corrente e usando-se a Lei de Kirchhoff das Tensões obtém-se (b – n + 1) equações de malha. As Leis de Kirchhoff fornecem, portanto as (n - 1) + (b – n +1) = b equações independentes necessárias para a solução do circuito. Estas relações podem ser verificadas pelo exemplo mostrado nas Figuras 1 e 2.
Materiais utilizados
Para os dois experimentos foram utilizados os seguintes materiais:
Painel com plugs para conexão de circuitos (bancada); 
Resistores e cabos de ligações; 
Miliamperímetros DC; 
Fonte de tensão DC; 
Multímetro analógico e digital.
Procedimentos experimentais
Determina-se inicialmente o valor de cada resistor através de seus códigos de cores, e monta-se o circuito da figura 3, observando a correta polaridade do amperímetro. Medem-se as tensões sobre cada resistor e anotam-se os dados na Tabela – I. Mede-se também a corrente que percorre o circuito e anota-se o valor na Tabela – II.
Figura 3
	Monta-se então o circuito da figura 5, e mede-se a tensão e a corrente sobre cada resistor, bem como a tensão da fonte. Os dados são apresentados na Tabela – III.
Figura 4
	Substituí no circuito da figura acima, a fonte “E” por uma pilha pequena comum. Variando cuidadosamente a posição do potenciômetro, varia a corrente no circuito, obtendo várias medidas simultâneas de tensão fornecidas pela bateria e corrente sobre o circuito. Repete-se o processo para uma pilha grande, registrando os dados obtidos tais como são apresentados na Tabela – IV.
Figura 5
Resultados e discussão
Medição de potencial em cada resistor: Tabela – I.
	
	R1
	R2
	R3
	Vesperado (V)
	1,70
	3,73
	4,55
	Vmedido (V)
	1,73
	3,80
	4,53
	Desvio (%)
	1,76%
	1,88%
	0,44%
	
Medindo a corrente que percorre o circuito: Tabela – II
	Corrente esperada IE
	2,07 mA
	Corrente medida IM
	2,12 mA
	Desvio percentual %
	2,4%
Medindo corrente e tensão em cada resistor: Tabela – III.
	
	VR1
	VR2
	VR3
	VR4
	I1
	I2
	I3
	I4
	Vesperado 
	7,19 V
	2,81 V
	1,40 V
	1,40 V
	3,27 mA
	1,56 mA
	1,71 mA
	1,71 mA
	Vmedido
	7,24 V
	2,86 V
	1,43 V
	1,43 V
	3,3 mA
	1,53 mA
	1,74 mA
	1,74 mA
	Desvio (%)
	0,69%
	1,8%
	2,14%
	2,14%
	0,92%
	1,92%
	1,75%
	1,75%
Medindo a resistência interna da Fonte: Tabela – IV.
	I(mA)
	10
	20
	30
	40
	50
	60
	70
	80
	90
	100
	Tensão* (V)
	1,529
	1,479
	1,429
	1,375
	1,335
	1,2861,245
	1,189
	1,140
	1,088
	Tensão** (V)
	1,521
	1,469
	1,418
	1,363
	1,306
	1,269
	1,217
	1,175
	1,106
	1,062
	*Pilha pequena.
	**Pilha grande.
	Cálculos para os valores teóricos da diferença de potencial sobre cada resistor, da(s) corrente(s) no circuito e do(s) desvio(s) percentual(is) em relação aos valores medidos para as Tabelas I, II e III encontram-se no anexo. Cálculos para a construção do gráfico (V x I) e da resistência interna da fonte para cada pilha da Tabela IV também encontram-se no anexo.
Valor nominal da pilha sem carga: Tabela – V.
	
	Valor esperado
	Valor medido 
	Desvio percentual
	Pilha Grande
	1,5
	1,597
	6,47%
	Pilha Pequena
	1,5
	1,574
	4,93%
Observando o circuito da figura 5, pode-se notar a existência de três malhas: abef, bcge, e acgf. Conhecendo então as malhas e partindo das leis de Kirchhoff, pode-se calcular também, para este circuito, as correntes e tensões teóricas sobre cada resistor. 
	A partir das medições feitas das pilhas grande e pequena, traçou-se um gráfico e para a pilha pequena a resistência interna é de 4,4Ω e para a pilha grande é de 5,3Ω. 
Conclusão
Através deste experimento pudemos confirmar a “Lei das Malhas” para o circuito da figura 3, pois:
	Da mesma forma, para o circuito da figura 4:
	Para este circuito podemos ainda, verificar a “Lei dos Nós”:
	E que em ambos os casos apresentaram excelentes resultados, que se não idênticos, muito próximos do esperado.
	A pequena discrepância observada na “Lei dos Nós”, para o circuito da figura 5, deve-se principalmente a resistência interna do multímetro e a pequenas variações na tensão de saída da fonte, que pôde ser observada com o multímetro no início do experimento.
	Os pequenos desvios observados entre os valores teóricos e medidos nos circuitos das figuras 3 e 4 devem-se mais uma vez à resistência interna do multímetro e a variações na tensão de saída da fonte, bem como à pequenas diferenças entre os valores nominais e reais dos resistores, previstas em sua faixa de tolerância.
Referências bibliográficas
HALLYDAY, David. Fundamentos de física – óptica e física moderna. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Apostila de Laboratório de óptica, eletricidade e magnetismo. Física experimental II.
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Centro de Ciências e Tecnologia – CCT
Unidade Acadêmica de Física – UAF 
Física Experimental II
CIRTUITO RC
Aluno(a): Heloísa Maria de Oliveira		Matrícula: 117111239
Turma: 07		Professor: Marcos Gama		Nota:
Campina Grande
Junho/2018
Introdução
Um capacitor é um elemento do circuito elétrico responsável pelo acúmulo de cargas para liberá-la no momento certo.
Um circuito composto de um resistor e de um capacitor e uma força eletromotriz, é denominado circuito RC. Na figura (01.a) a representação esquemática deste tipo de circuito. A figura (01.b) representa o mesmo circuito em termos das diferenças de potencial nos pontos do circuito.
Figura 01.a): representação do circuito RC, apresentando o resistor, o capacitor e a tensão aplicada. Figura 01.b): representação das tensões no circuito.
Há uma diferença de potencial nas extremidades do resistor e também nas extremidades do capacitor. Isto deve-se a queda de tensão gerada por cada um destes dispositivos. Sabe-se que, segundo a lei das malhas de Kirchoff, que a soma das diferenças de potencial para qualquer circuito fechado é nula. Se o circuito for de duas malhas ou mais a soma também é nula, pois cada ramificação em particular é fechada. Isto equivale a dizer que a soma das intensidades das tensões positivas é igual a soma das intensidades das tensões negativas. Matematicamente, podemos escrever:
U1 – U2 – U3 = 0                    (1.a)
No circuito, U1 é a tensão da bateria.
U1 = ε                                  (2.a)
Então podemos escrever, para o resistor:
U2 = i.R                                 (3.a)
E para o capacitor:
U3 = q/C                                (4.a)
Inserindo as duas últimas equações na primeira, obtemos:
U1 – i.R – q/C = 0                   (1.b)
Sabemos que a corrente elétrica no circuito é dada por:
Desta forma, podemos reescrever a equação (5) como se segue:
U1 é a força eletromotriz no circuito, que podemos chamar ε. Desta forma, teremos:
Neste caso, temos uma pequena dificuldade em resolver a equação, pois temos um termo derivado em relação ao tempo enquanto que o outro termo aparece em sua forma normal. Para solucionar isto separamos os termos dq/dt e q/c. Assim, teremos como resolver aplicando a função logarítmica, como se segue:
Temos então uma equação diferencial, que podemos resolver integrando nos elementos dq e dt.
Observe que essa exponencial depende da capacidade do capacitor, da força eletromotriz e do tempo característico, sendo que este último é dependente da resistência e da capacidade do respectivo capacitor. Através desta expressão, é possível determinar a frequência de ressonância do circuito, fator muito aplicável em circuitos eletrônicos, principalmente em receptores de rádio, de TV, entre outros. Nos antigos receptores de rádio o sintonizador da frequência manipula a variação da capacidade de um capacitor variável, de modo que possa mudar a frequência para que esta entre em ressonância com a frequência desejada, capturando o sinal enviado pela respectiva emissora.
A intensidade da corrente elétrica num instante t é dada pela derivada temporal desta função carga q:
A partir desta expressão podemos verificar a validade da equação (1.d).
Materiais utilizados
Capacitor;
Fonte de tensão;
Gerador de ondas quadradas e senoidais;
Microamperímetro;
Osciloscópio;
Painel com plugs de conexão e cabos de ligação;
Resistor.
Procedimentos experimentais
Da mesma maneira que a figura abaixo, o sistema foi montado a fim de carregar o capacitor. Observando cuidadosamente as polaridades da fonte, do amperímetro e do capacitor, fechou-se o circuito, ligou-se a chave na posição a, e observou-se atentamente no microamperímetro o comportamento da corrente. Quando o ponteiro de tal amperímetro ultrapassou o valor de I0 = 50 A, o cronômetro foi acionado e os valores de corrente foram anotados de 10 em 10 segundos, durante 150 segundos.
	Foi observado quantas vezes o fator RC foi necessário para a corrente no circuito chegar a zero. A chave foi desligada, as ligações do amperímetro foram invertidas e a chave foi ligada na posição b. Da mesma forma, observou-se o comportamento da corrente de descarga e anotou-se mais uma vez os valores de 10 em 10 segundos pelos mesmos 150 segundos. Logo após isso o capacitor foi descarregado curto-circuitando seus terminais.
Resultados e discussão
Tabela I – corrente durante o carregamento
	T(s)
	10
	20
	30
	40
	50
	60
	70
	80
	90
	100
	110
	120
	130
	140
	150
	I(A)
	44
	40
	36
	33
	30
	27,5
	25
	24
	21
	19,5
	17,5
	16
	15
	13,5
	12,5
	I(A)
	44
	40
	36,5
	33,5
	30,5
	27
	25
	23
	21
	19
	17,5
	16
	14,5
	13
	12
	I(A)
	45
	41
	37,5
	34
	31
	28
	25,5
	23,5
	21,5
	19,5
	18
	16
	14,5
	13,5
	12,5
	Média
	44,3
	40,3
	36,7
	33,5
	30,5
	27,5
	26,2
	23,5
	21,2
	19,3
	17,7
	16
	14,7
	13,3
	12,3
Tabela II – corrente durante o descarregamento
	T(s)
	10
	20
	30
	40
	50
	60
	70
	80
	90
	100
	110
	120
	130
	140
	150
	I(A)
	44
	40
	36
	33
	30
	27,5
	25
	23
	20,5
	18,5
	16
	15,5
	14
	13
	12
	I(A)
	43
	40
	37
	32
	29,5
	27,5
	25
	23
	21
	19
	16,5
	15,5
	14,5
	13
	12
	I(A)
	43
	40
	36
	32,5
	29,5
	27
	24,5
	22,5
	20,5
	19
	17,5
	15,5
	14,5
	12,1
	11,5
	Média
	43,3
	40
	36,3
	32,5
	29,7
	27,3
	24,8
	22,8
	20,7
	18,8
	16,7
	15,5
	14,3
	12,8
	11,8
Com os valores medidos das Tabelas I e II, construímos um gráfico de I em função do tempo para a carga e outra para a descarga, em anexo.
Observamos que os gráficos parecem descreveruma função do tipo exponencial. Para linearizá-la, o gráfico foi traçado em papel monolog e calculamos o valor teórico de RC = 100s e o valor experimental a partir do gráfico linearizado RC = 101,876s para o circuito, em anexo. Poderemos utilizar o mesmo circuito da experiência, para medirmos o valor da diferença de potencial nos terminais do capacitor em função do tempo através da equação abaixo:
V = V0(1 - e-t/RC) ou
 para o carregamento e para o descarregamento.
Conclusão
Todos os valores obtidos experimentalmente são próximos dos valores teóricos, ficando todos eles dentro da margem de erro com um desvio percentual de 1,9%, o que demonstra um trabalho satisfatório e objetivo alcançado.
	O desvio obtido no tempo RC provavelmente ocorreu devido à tolerância do resistor, à resistência interna dos fios e aparelhos e talvez porque o capacitor não tenha carregado completamente para o descarregamento.
Referências bibliográficas
HALLYDAY, David. Fundamentos de física – óptica e física moderna. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Apostila de Laboratório de óptica, eletricidade e magnetismo. Física experimental II.

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