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Direito Civil IV – Prof (a) Vanessa
 Direito das coisas
Aula 01
Conceito do direito das coisas
É o complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referentes aos bens corpóreos suscetíveis de apropriação pelo homem. 
Direitos Reais X Direitos Pessoais
O direito real é o poder direto e imediato do titular para com a coisa, com exclusividade e contra todos.
Ex: dono da propriedade. É o poder onde todos precisam respeitar essa relação. hergahominis 
Já o direito pessoal é uma relação jurídica onde o sujeito ativo pode exigir do direito passivo uma contraprestação.
Ex: Relação contratual – interpartes 
(quadro comparativo)
	CRITÉRIO
	DIREITOS PESSOAIS
	DIREITOS REAIS
		Sujeito passivo
	Determinado
	Indeterminado (Toda a coletividade)
	Eficácia
	“Inter parter” ( principio da relatividade dos efeitos contratuais)Exceção o art 608
	“Erga omnes” (contra todos)
	
	Exemplificativo (princípio da liberdade entre as formas Art 425 CC)
	Taxativa Art 1225 (Somente previsto no artigo)
	Garantia
	Patrimônio do devedor, art.391 c.c
	Direito de sequela & propter rem: (acompanham a coisa)
	Critério Temporal
	Transitórios, pelo comprimento da ação.
	Permanentes, não perece pelo não uso.
Teorias:
Teoria Realista ou unitária: É aquela que unifica direitos reais e patrimoniais a partir do critério mais amplo. Ex: Tudo dentro de um só patrimônio.
Teoria Dualista ou clássica: É aquela que distingue o direito real do pessoal em razão de características próprias. Ex: com característica que não98 é possível manter em um ciclo só.
Teoria Negativista: Nega existir diferença entre o direito pessoal e real. Essa teoria não é mais recepcionada em nosso ordenamento jurídico.
Características do direito das coisas
 Oponibilidade Erga homines (contra todos)
Direito de sequela: é a prerrogativa concedida ao titular do direito de seguir a coisa nas mãos de quem quer que a detenha. Ex: eu posso correr atrás do direito de propriedade independente de quem esteja com a casa.
Exclusividade: Não pode haver dois direitos reais de igual conteúdo sobre o mesmo bem.
Preferência: As instituições financeiras preferem os direitos reais a outros , ou seja estão no topo da lista de direitos e garantias.
Taxatividade: Os direitos reais são somente aqueles enumerados em lei.
Classificação:
Quanto a propriedade do bem:
Direito real sobre coisa própria: ex: propriedade 
Direito real sobre coisa alheia: ex: usufruto, hipoteca.
Quanto aos poderes do titular:
Direitos reais limitados: ex: Usufruto (o usufrutuário só pode usar e gozar, e não pode vender o imóvel). Direitos reais ilimitados: ex: Propriedade Art1228.
Sujeitos 
a)Sujeito ativo: é o titular do direito subjetivo sobre o bem. Ex:Proprietário.
b)Sujeito passivo: sujeição passiva universal (erga homminis).
01 março de 2016 
Posse
Conceito de Posse art 1196
Usar, gozar, receber frutos. Se estou na posse do imóvel é porque estou temporariamente no lugar por tempo indeterminado.
Até o contrato de locação precisa ser escrito.
Se tiver uma posse e 	quer emprestar, é necessário fazer o contrato de comodato.
Posse não se vende, posse juridicamente é cessão a título oneroso ou gratuito. Documento especifico instrumento particular de cessão de posse.
Comprovação de posse: (lapso temporal): comprovante de residência, fotos, iptu, vizinhos etc. 
Posse como exteriorização da propriedade:
Posse e propriedade nem sempre estão nas mãos da mesma pessoa. Conforme disposto no artigo 1196, posse é “corpus”; já propriedade, quando se trata de bem imóvel prescinde de registro. 
Nem sempre a pessoa que está na posse de algo é a proprietária efetiva do bem. Ex: contrato de locação, onde o inquilino é possuidor e não é proprietário.
Natureza jurídica da posse 
Teoria Subjetiva (Savigny)- SS* Para ele a caracterização da posse se faz com a existência dos elementos corpus e animus (corpo e a intenção de). Ou seja, Para ter posse é necessário corpus e a vontade de ser dono. A posse é o poder de dispor fisicamente (corpus) da coisa, com ânimo de considerá-la(animus) sua propriedade e defendê-la contra a intervenção de outrem.
Teoria Objetiva (Hering): Para ele a posse é caracterizada pela existência do corpus, visto que o animus já se encontra nele embutido. Exige-se tão somente a conduta de proprietário. Não sendo necessária a apreensão física da coisa ou a vontade de ser dono dela
 A teoria objetiva foi adotada pelo nosso ordenamento jurídico, conforme dispõe o artigo 1196. Ou seja, Basta ter o corpus, pois o animus está embutido no corpus. Principal adepto a esta teoria foi Friedrich Karl Ron Savignj. Toda via, a teoria subjetivista da posse demonstrou ser insuficiente, pois não é capaz de explicar a situação jurídica do locatário e do comodatário. 
Posse x Detenção (1198 c.c)
Detentor é aquele que exerce a posse a mando de alguém. Ex: O caseiro, motorista possui detenção,
Classificação do posse:
Posse Plena: Proprietário que mora no apartamento.
Posse Direta x Posse Indireta.
Exemplo: O inquilino tem a posse direta e o proprietário tem a posse indireta.
Direta: A pessoa que tem a coisa em seu poder. Usufrutuário, depositário, o credor pignoratício, o locatário e o comodatário são possuidores diretos, pois todos detêm a coisa que lhes foi transferida.
Indireta: Quando o seu titular, afastando de si por sua própria vontade a detenção da coisa, continua a exercê-la imediatamente após haver transferido a outrem a posse direta.
Posse Justa x Posse Injusta (1200 cc)
Posse justa: é aquela desprovida/sem vícios. É mansa, pacífica, pública e adquirida sem violência.
Posse injusta é a posse viciada. Com pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade).
São Vícios da posse:
Clandestinidade: É aquela obtida as escondidas, na calada da noite. ex: obter um terreno sem ninguém saber.
Violência: É aquela obtida através do uso da força, é exercida com violência contra a pessoa. Ex: Usar violência ou grave ameaça para a obtenção parcial ou integral do terreno.
Precariedade: Quando a posse é exercida com abuso de confiança. Ex: deixar a chave com vizinho pra dar vistoriada nas plantas, porém utilizada sem consentimento da piscina e casa.
Artigo 1200 
Posse Boa fé x Posse Má fé: A posse de boa-fé é aquela em que o possuidor não tem ciência da existência de vícios, já a de má fé é aquela em que o possuidor tem a ciência que o vício existe.
 Obs. A clandestinidade e a violência são vícios sanáveis. Já a precariedade é um vício insanável.
Explicação: (A diferença é no saber ou não saber do vicio que determinara se é de boa-fé ou má fé a permanência da posse. Dica: saber ou não saber da existência do problema. A partir do momento que eu tenho ciência do vicio irá ser transferido para má fé. 
OBS: A posse injusta não permite a aquisição da propriedade através da usucapião, tendo, em vista, que a sua obtenção se deveu á atos com vícios da violência precariedade ou clandestinidade.
Usucapião é a forma originaria de aquisição da propriedade e de outros direitos reais pelo exercício prolongado da posse que desde que atendidos os demais requisitos legais.
Posse originaria x Posse derivada:
Posse originária é aquela em que não há relação entre o antecessor e o sucessor da posse . Já a derivada é aquela em que necessariamente existirá uma relação entre o antecessor e o sucessor da posse
É uma relação de cessão de transferência de possuidor
Posse ad interticta x ad usucapionim
A posse adinterticta é aquela que pode ser defendida através do interditos através dos interditos possessórios. Já a de uso capione é aquela que pode ser objeto de usucapião.
Composse art 1999 Duas pessoas simultaneamente exercendo a posse do mesmo bem. Ex: o apartamento 101 é possuidor junto com os demais das áreas sociais. Marido e mulher exercendo a posse simultânea do apto. Deve-se ser indivisível.
Efeitos da Posse
Direito aos frutos (1214 á 1216 cc)
Espécies de Frutos:
Naturais: São aqueles advindos da força danatureza. Ex: Maça.
Industrias: São aqueles que surgem pelas mãos do homem. Ex: Automóvel em relação á fabrica
Civis: São as rendas produzidas pela coisa em razão de sua utilização. Ex: Aluguel.
Quando ao estado: 
Pendentes: São aqueles unidos a coisa que o produziu ex: Maça presa na árvore.
Percebido/colhido: É aquele quando separado da coisa que o produziu Ex: maça colhida. 
Estantes: É aquele separado/armazenado para a venda.Ex: caixa de maça na prateleira á venda 
Percipiendos: É aquele que deveria, mas não foi ser colhido. Ex: Maçã que apodreceu ainda no pé.
Consumidos: São aqueles que não existem, pois foram utilizados. ex:Comeram a maçã.
Responsabilidade pela perda ou deterioração (1217 e 1218 c.c)
O possuído de boa fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa.
O possuídor de ma fé responde pela perda oudeteriorização da coisa ainda que acidentais.
Direito as benfeitorias (1219 a 1222 c.c)
Benfeitorias-
Úteis - São aquelas destinadas para a melhoria da utilidade da coisa, facilita o uso da coisa: Ex. Substituição de escada por elevador
Necessárias - São aquelas destinadas a conservação do bem principal. Ex. Reparos efetuados em um telhado
Voluptuárias- São aquelas de mero luxo de leite, destinadas ao aformoseamento de bem principal. Ex: “Anões gigantes” de jardins, piscina. Tem direito a indenização se não prejudicar o bem.
Direito de Retenção:
Ao possuído de má fé será ressarcido somente as benfeitorias necessárias.
Aquisição de posse (1996 e 1204)
 Se adquiri a posse quando se adquiri o corpus, alguns poderes inerente a propriedade usar, gozar e poder. 
Ações possessórias:
Espécies de aquisição: 
01.Originária: Não há cadeia de produção. Ato unilateral e sem transmissão negocial.
02.Derivada: Tradição: É a entrega da coisa.
Quem pode adquirir:
A posse pode ser adquirida pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante legal
Por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação, ou seja no final ele tem que declarar que cuidando de terreno alheio em nome da posse da pessoa. 
02. Representante legal:
03. Sem mandato dependendo de ratificação:
Tradição:
Espécies –
Real : Entrega efetiva da coisa. Ex: entregar a casa.
Simbólica: a transferência é por um ato representativo, ex. entrega das chaves de imóvel.
 03. Ficta/ Concessual: Ambos são transferência de posse. Acordo de vontades.
 04. Constituo possessório (proprietário> Inquilino): o proprietário pleno passa a ser possuidor direto
 05. Traditio brevi manu(Inquilino>proprietário): o possuidor direto passa a ser proprietário pleno.
Acessão da posse:
Sucessão Inter vivos>
Sucessão motis causa > Título Universal: Em todos os bens, os Herdeiros sucede na universalidade dos bens. Necessariamente a há soma da posse com os decujos. Ex: 5 hedeiros e 10 imóveis.
Sucessão mortis causa a titulo Singular > Sucede apenas em um patrimônio especifico relatado no testamento. Já na singular ele pode escolher se vai somar ou inicia uma nova.
Herdeiro – a pessoa que tem o direito a herança 
Legatário- a pessoa que tem o direito ao testamento.
 
	HIPOTESES
	CONCEITO
	AÇÃO
	Esbulho
	Perda da posse
	Ação de reintegração de posse
	Turbação
	Embaraços ao exercício da posse
	Ação de manutenção de posse
	Ameaça
	Perigo iminente de esbulho ou turbação
	Interdito proibitório
 Esbulho (retirado): é a agressão que acarreta a perda da posse.
Tira o possuidor e a pessoa entra no lugar de outrem, ele esbulhou. 
Usa- se Ação de reintegração da posse. 
Turbação: é agressão que embaraça o exercício da posse é a ameaça do esbulho ou turbação, ou seja quando alguém avançar a sua posse. 
Ação de manutenção de posse: Querer ser mantido na posse.
Ação de interdito proibitório: Ex: se estiver sendo ameaçado pode propor a ação para proibir que ele ameaça. 
Obs: Principio da fungibilidade das ações, uma ação pode ser recebida pela outro, visto o caráter transitório.
Deverá comunicar ao juiz os atos da ação em razão do princípio da fungibilidade das ações possessórias uma ação pode ser substituída pela outra.
Aquisição de posse: Se o indivíduo foi esbulhado em menos de 1 ano e 1 dia o indivíduo pode entrar com a ação de reintegração de posse com pedido de liminar. Caso seja mais de 1 ano e 1 dia deverá o esbulhado aguardar a ação de reintegração de posse concluída. Não podendo alegar o pedido de liminar. 
Art 1210 §1 – Legítima defesa da posse: O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contando que o faça logo, os atos de defesa. Ou de desforço, não podem ir além do indispensável a manutenção, ou restituição da posse.
Se for esbulho = desforço imediatos
Se for Turbação = legitima defesa da posse.
Pra ser legitimado tem que ter o ter tido a posse.
Se nunca foi só entrando com a ação reivindicatória.
Condições das ações possessórias: – Interesse de Agir e Legitimidade do Possuidor.
Detentor não tem legitimidade ativa nem passiva.
Clausula expressa de transferência: quando comprar uma propriedade e se estiver alguém morando. Com a clausula expressa na escritura garante o proprietário a posse do bem. A posse do terreno estará sendo transferida, é um espécie de tradição simbólica. Pode entrar com a ação possessória se estiver esta clausula expressa. 
Pra ação reivindicatório o autor tem que ser o proprietário.
Pra ação possessória o autor tem que ter direito a posse.	
Os bens móveis: se adquiri com a tradição. 
Os direitos reais (bens imóveis): só se adquiri com registro de bens imóveis.-
29 de Março de 2016. 
Características do direito Real de propriedade 
Exclusivo: Não é exclusivo necessariamente de uma pessoa, pode ser de mais pessoas.
Ilimitado: é ilimitado dentro dos limites legais. É ilimitado pois o propriedade pode exercer todos os poderes do art1228 usar, gozar, dispor e reivindicar.
Perpétuo: Em regra geral a propriedade é perpetua. Exceto em caso de usucapião.
Erga Omnes: Sujeição passiva universal – contra todos.
Elástico: Ou seja flexível, o proprietário pode transferir alguns dos poderes inerentes ao outro, no caso do usufruto, comodato;
Desapropriação Judicial pela posse – trabalho (1228§5° C/C)
Não pode se confundir com um ato administrativo de alguém vir a perder a propriedade por motivo em relação a um ato administrativo.
É Grupo de pessoas que utilizam em uma área para dar finalidade social e não dei finalidade de trabalho na área. Tem que ter os requisitos do §4° o Juiz dar o valor venal do imóvel a pessoa paga a indenização para adquirir a propriedade 
- Restrições legais:
Direito público – ex: Direito de vizinhança, x Direito Privado: 
Semana 06
Da aquisição da propriedade imóvel:
Aquisição do registro do título (1245 c.c) Lei dos registros públicos - só transfere entre vivos o registro translativo no cartório de registro de imóveis. Enquanto não se registrar em titulo translativo o alienante que vendeu permanecerá proprietário do imóvel.
Caracteristicas do registro 
Prioridade> Prenotação: O registro é prenotado e entra em uma ordem. 
Publicidade: É publica
Territoriedade> circunstancia territorial 
Continuidade prioridade > os atos precisam ser contínuos de nomeação.
Especialidade > deve ser especifico detalhado (numeração tamanho etc.)
Atos de registro:
Matricula, registro, averbação.
Matricula é o registro inaugural do imóvel, só pode ser cancelada através de decisão judicial desdobro ou fusão. 
O registro sucede a matricula e é o ato que efetivamente acarreta a transferência da propriedade.
A Averbação é qualquer anotação feita a margem de um registro para indicar alterações ocorridas no imóvel ou de seu proprietário.
05 de Abril de 2016,
Acessões físicas ou naturais (Art 1248 c.c):
> Formação de ilhas – As ilhas que se formarem frontais pertence aos terrenosribeirinhos.
>Aluvião – Os aterros continuo e depositário que se formarem em frente ao proprietário referente pertence. Se se formarem entre dois, terá proporção.
>avulsão – é a força bruta da natureza, que arranca um pedaço de terra e esse pedaço emenda em outro. O dono da porção de terra deverá reter a parte do proprietário próximo e pagar indenização. Ou permitir que o proprietário alheio remova a parte ou torna-se proprietário. Devera indenizar se quem perdeu reclamar, porém se passar um ano e não reclamar, não é necessário a indenização.
>Abandono de álveo – A margem do rio torna outra direção. Em razão do rio passar por outro caminho, a área de terra secou. O álveo abandonado pela agua é a terra que pertencerá ao proprietário mais próximo. É possível o acrescimento da propriedade. Não tem que indenizar o outro que possui o rio dentro do terreno. Caso haja pedaços compartilhados deverá ser fracionado.
Acessões industriais ou artificiais (art 1253) acessão = acréscimo
 Tudo que for construído em determinada área presume se que foi feito pelo proprietário.
 A pessoa que pega o terreno alheio planta e adquiri os frutos, posso adquirir a propriedade da coisa desde que indenizar sob pena do enriquecimento sem causa, e deverá pagar por perdas e danos se agir de má fé. 
Aquele que utiliza a semente de outrem e plantou em terreno outra pessoa, perdera a semente em favor do proprietário e deverá ser indenizado. Mas, se agiu de má fé não terá indenização.
Exceção se a plantação feita no lote excedeu o valor do próprio lote. Poderá ter indenização.
Se ambos estavam de má fé, se o proprietário permitiu o alienante de má fé plantar, não valerá a regra de indenização.
Se um cidadão pega uma semente de terceiro e planta em terreno alheio, deverá indenizar o proprietário da sementes.
Se a construção invade o solo de outrem, o proprietário que construiu pode acrescer a propriedade, porém deverá indenizar o terceiro prejudicado.
Se quem fez a construção de má fé, não poder demolir, poderá adquirir a propriedade pagando indenização por perdas e danos 10xao valor. 
Semana 07
Usucapião
Conceito:”uscucapione” É a aquisição da propriedade pelo uso. A aquisição da posse é de forma originária, porque não houve relação com o antecessor da posse e o atual (para ser originária não deve haver mencionamento de outrem antecessor)
Requisitos:	
Pessoais (Atitudes de adquirente capacidade civil): Quem pode usucapir é aquele que possui capacidade civil. 
Reais (Sumula,340 sft): Ver a viabilidade dos bens, Os bens dominicais e os bens públicos não podem adquirir. A pesquisa de ônus reais da propriedade é requisito básico para realização do usucapião. 
Formais (Posse exercida com animus domini) Intensão de ser dono em posse mansa pacífica.
Espécies > Todas são necessário possuir posse mansa pacifica e ininterrupta.
Extraordinária (art1238): - por Lapso temporal de 15 anos são requisitos para o usucapião extraordinário, independente de título e boa-fé. Porém existe a possibilidade da redução para 10 anos se provar que morava ou deu produtividade. 
Ordinária (art.1242): Prazo de 10 anos, Basta ter o justo título de boa-fé. Pode reduzir para 05 anos o prazo se a pessoa tiver requerido através de registro a propriedade e esse registro foi cancelado depois e a pessoa permaneceu por 05 anos morando e dando produtividade. Se foi cancelado antes deixa de ser pacifica.
Especial - (Rural pró-labore art1239): por 05 Anos, a área tem que ser rural Não ser proprietário de imóvel urbano e rural, provar que mora e trabalhar tendo ela produtividade na área, a terra não pode ser superior a 50dequitares. - (Urbana,art1240): prazo por 05 anos, aquele que possui a área máxima de 250m² , não pode se proprietário de imóvel ou rural, usar para morar.
Coletiva: Prazo 5 anos ininterruptos , em oposição. Poderá somar com antecessores. Será declarada pelo juízo, determinara a fração de terreno a cada possuidor. Pode entrar em ação coletiva a região popularmente dito como comunidade, não pode ser proprietário rural, 
Usucapião Familiar - art.1240 ‘a’- A pessoa que exercia a posse direta por 2 anos em área até 250m², e dividia a propriedade com ex cônjuge ou ex companheiro que abandonou o lar e a pessoa permaneceu sozinha, não pode ser proprietário de outro imóvel.
Aquisição da propriedade de bem móvel 
Usucapião de bens móveis Ordinária: art1260- Posse mansa pacífica e ininterrupta, exige justo título de boa-fé, a diferença é que o prazo é de 3 anos na posse do bem imóvel
Usucapião de bens móveis extraordinária art1261 – independe de justo título e boa-fé, prazo 5 anos na posse do bem imóvel.
Ocupação: 
- Descoberta (1233 art -1234) – não é meio de aquisição da propriedade móvel, porque quem encontrou algo perdido precisa devolver. Quando devolver pode exigir 5% sobre o bem devido ato da devolução.
- Achado o tesouro (1264) –depósito de coisa antiga de coisa preciosa, cujo o dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente. São quatro os requisitos do tesouro: ser antigo, estar escondido (oculto, enterrado), o dono ser desconhecido e o descobridor ter encontrado casualmente (sem querer). O tesouro se divide ao meio com o dono do terreno. Se o descobridor estava propositadamente procurando o tesouro em terreno alheio sem autorização, não terá direito a nada (1265).
- Tradição (1267art): A propriedade das coisas não se transfere pelos negócio jurídicos antes da tradição.
Especificações: ocorre quando alguém manipulando matéria prima de outrem (ex: pedra, madeira, couro, barro, ferro) obtém espécie nova  (ex: escultura, carranca, sapato, boneco, ferramenta). Esta coisa nova pertencerá ao especificador/artífice que pelo seu trabalho/criatividade transformou a matéria prima de outrem em espécie nova. Mas o especificador/artífice terá que indenizar o dono da matéria prima. Se a matéria prima é do especificador não há problema. A le i faz prevalecer a inteligência/criatividade/o trabalho intelectual/manual sobre a matéria prima (§ 2º do 1270).
Tratam-se da mistura de coisas de proprietários diferentes e que depois não podem ser separadas. 
Confusão: A confusão é a mistura de coisas líquidas (ex: vinho com refrigerante, álcool com água. Subsiste um todo, inseparável. 
Quanto que foi o valor de cada, e cada um receberá o seu quinhão correspondente. 
Quando 01 é o principal o que entrou com a menor coisa será indenizado pelo quem possui a maior coisa.
Se houver proporções equivalente, cada um terá um quinhão proporcional ao que ofertou.
Quando alguém de má fé realiza a mistura. O cara da ma fe pode ficar com tudo e indenizar ambas partes.
Comissao/comistao: A comistão é a mistura de coisas sólidas (ex: sal com açúcar; sal com areia).
Adjução: é a união de coisas, não seria  a mistura, mas a união, a justaposição de coisas  que não podem ser separadas sem estragar (ex: selo colado num álbum, peça soldada num motor, diamante incrustado num anel).
As coisas sob confusão, comistão ou adjunção,  obedecem a três regras: 
a) as coisas vão pertencer aos respectivos donos se puderem ser separadas sem danificação (1272, caput); 
b) se a separação for impossível ou muito onerosa surgirá um condomínio forçado entre os donos das coisas (§ 1o do 1272);
c) se uma das coisas puder ser considerada principal (ex: sal com areia mas queainda serve para alimento do gado; diamante em relação ao anel), o dono desta será dono do todo e indenizará os demais (§ 2o do 1272). Estas regras são supletivas, ou seja, tais regras não são imperativas (= obrigatórias) e podem ser modificadas pelas partes, pois no direito patrimonial privado predomina a autonomia da vontade. 
Ressalto que tal fenômeno tem que ser involuntário (= acidental, ex: caminhão de açúcar que virou em cima da areia de uma construção), pois se for voluntário, os donos das coisas têm que disciplinar isso em contrato (ex: experiência para fazer nova bebida da mistura de vinho com cerveja). Se ocorrer má-fé(ex: virar o caminhão de propósito em cima da areia), aplica-se o 1273.
26 de abril de 2016
Aula 08.
 Perda de propriedade Imóvel
Modos: (1275 c.c)
1° Alienação: é o negócio jurídico gratuito ou oneroso que causa a transferência de um direito próprio sobre o bem móvel ou imóvel a outrem. Ex: Doação ou compra e venda.
2° Renuncia: é o negócio jurídico unilateral pelo qual o proprietário declara formalmente o propósito de despejar-se do direito de propriedade. É necessário ser registrado no cartório de RI.
3° Abandono: Perda da propriedade por ato voluntário do titular. O animus é presumido. Poderá ser arrecadado pelo bem inválido. A partir do momento que cessou os atos de posses e parou de pagar Iptu. É um gesto, um comportamento inequívoco de se desfazer da coisa (obs: os loucos e os menores não podem abandonar, pois não podem dispor de seus bens);
A partir do momento que há o abandono da proprietário se torna coisa de ninguém “res mullius”.
O bem abandonado poderá ser arrecadado como bem vago, e passar, três anos depois, a propriedade do município ou a do Distrito Federal. Se a área for rural vai se tornar um bem público da união.
Obs. A doutrina aponta para a inconstitucionalidade deste dispositivo (art5°, LIV CRFB/88). Porque fere o devido processo legal.
4° Perecimento: 
Material: (destruição da coisa) quando vários imóveis deixaram de existir. Ex: Desabamento de casas.
Jurídico: A coisa continua a existir, mas por uma situação jurídica superveniente se torna impossível o exercício do direito pelo titular. Ex: quem efetivamente exerce atos de uma interdição da defesa civil.
5° Desapropriação: modo involuntário de perda do domínio. É a perda da desapropriação em razão do interesse público mediante indenização do valor venal do bem. Deve ser motivada e ter um decreto.
Data: 03 de Maio de 2016
Propriedade superficiária (1369 e s.s)
É direito real e exige a escritura pública de superfície. O proprietário pode conceder a outrem o direito de superfície , ou seja plantar e construir em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada em cartório de Registro de imóveis. As partes chamam-se de Superficiário e proprietário.
Entre as vantagens para o proprietário se destacam a possibilidade de uso do subsolo, desde que não atrapalhe as atividades na superfície; assim nas áreas urbanas será possível o proprietário ceder a superfície para alguém construir um edifício, enquanto no subsolo o proprietário poderá explorar teatros e cinemas (ver pú do 1369).
         Outras duas vantagens para o proprietário: vê seu terreno conservado pelo superficiário, que o vigiará da invasão de terceiros; e ainda ao término do prazo da superfície, o proprietário, ou seu herdeiro, poderá ficar com as construções e benfeitorias, de regra sem indenizar o superficiário (1375).
 A superfície é o mais amplo direito real limitado de gozo ou fruição. O superficiário adquire o uso, a fruição e quase a disposição da coisa. Adquire o uso pois pode ocupar (tem a posse da coisa), adquire a fruição (ou gozo) porque pode explorar a coisa economicamente. E quase adquire adisposição porque pode, por exemplo, vender a superfície a terceiros, mas não pode dar destinação diversa ao terreno (art. 1374, ex: o proprietário cede a superfície da fazenda para agricultura, então o superficiário pode escolher se vai plantar cana ou soja ou milho, mas não pode decidir criar gado, pois pecuária e agricultura são coisas bem diferentes; escolher o que vai plantar estaria dentro do jus fruendi do superficiário, mas substituir agricultura por pecuária estaria mais próximo do jus abutendi pleno que só o proprietário tem).   
Pode ser gratuito ou oneroso. 
Se oneroso as partes estipularam pagamento parcelado ou integral
O superficiário tem a obrigação de pagar os impostos 
O superficiário tem o direito de preferência de alienação .
Transfere-se aos herdeiros caso o superficiário morra durante a escritura.
Quais os principais direitos e deveres das partes no dir. real de superfície?
direitos do superficiário: 1) posse, uso e fruição do solo alheio, para construir ou plantar, na cidade ou no campo; 2 ) o dir de superfície pode ser alienado (vendido, doado, 1372) ou gravado (ex: fazer uma hipoteca), desde que pelo prazo máximo da superfície celebrada com o proprietário; 3) exercer a preferência se o proprietário quiser vender o imóvel a terceiros (1373).
deveres do superficiário: 1) utilizar o solo conforme contrato (1374; aqui está o jus abutendi do proprietário, então numa S para agricultura não se poderia usar a fazenda para pecuária ou criar camarão); 2) pagar o cânon (aluguel) ao proprietário se a S foi onerosa (1370); 3) devolver a coisa ao término do prazo; 4) conservar o imóvel, a construção, a plantação, inclusive proteger da invasão de terceiros; 5) pagar os tributos sobre o imóvel (1371); 6) dar preferência ao dono do solo caso queira transferir a superfície a um terceiro.
direitos do proprietário: 1) usar o restante do solo, inclusive o subsolo, desde que não atrapalhe as atividades na superfície (ex: garagem, teatro, boate, pú do 1369 e 1229); 2) receber o cânon se a S foi onerosa; 3) via de regra, direito às benfeitorias  ao término da superfície, ficando com as melhorias sem indenizar o superficiário (1375); 4) conservar a posse indireta e valer-se das ações possessórias para defender a coisa, na inércia do superficiário (1199).
deveres do proprietário: 1) não perturbar ou impedir a construção ou plantação no seu terreno; 2) dar preferência ao superficiário caso queira vender o imóvel a terceiros.
CC x Estatuto da Cidade ( artigo 21 a 23 Lei 10.2017/01)
O estatuto da cidade é lei especial utilizada em detrimento da regra geral.
Direito de Vizinhança
 São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre proprietários de prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. São direitos de convivência decorrentes da interferência entre prédios, limítrofes ou não. Juridicamente falando, os vizinhos podem morar no mesmo quarteirão ou no mesmo bairro, não é apenas aquele que mora contíguo, que é seu confinante/limítrofe. Constituem obrigações propter rem (que acompanham a coisa).
Espécies:
Uso anormal da propriedade: 
 O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pelo mal uso da utilização de propriedade vizinha". ex: cachorro brabo/latindo, fumaça, venda de fogos,  esgoto, árvore velha ameaçando cair, etc.  art. 1.277
O proprietário ou possuidor tem o direito a exigir do dono do prédio vizinho demolição, ou eliminação quando ameace ruína do bem.
Sanções para o infrator - o vizinho que perturba a saúde, o sossego e a segurança dos outros deverá ser condenado a uma indenização por danos materiais e morais,  bem como a fazer cessar o inconveniente, sob pena de multa diária; outra sanção é a prestação de caução (= garantia, ex: fiança, hipoteca, depósito de dinheiro, etc) para garantir a indenização do vizinho caso o dano iminente ocorra (1280, 1281, 937, 938).
Limitações legais ao domínio. 
Árvores Limitógrafas
  Estas regras se aplicam às árvores próximas ou no meio de dois terrenos. A á 
Arvore que está no meio dos terrenos pertence aos dois vizinhos (1282), é o que se chama de condomínio forçado. A árvore que está num terreno pertence ao dono do terreno (79, 92), mas se seus galhos passam para o outro terreno, o vizinho poderá pegar os frutos que caírem naturalmente (1284 – não pode derrubar os frutos) e o vizinho ainda pode cortar os galhos (1283 – caso raro de justiça privada/com as próprias mãos no nosso direito). Se os frutos caem em via pública (rua, praça), os frutos são do dono da árvore, pois nesse caso ele não terá que pedir autorização a nenhum vizinho para pegá-los, não gerando assim nenhum incômodo de ter que ficar entrando na casa dos outros
Passagem forçada 
É um ato lícito com dano, lícitoporque autorizado pela lei, mas causa um dano/transtorno ao vizinho, que por isso deve ser indenizado.
Conceito de passagem forçada: direito do dono do prédio encravado de pagar para passar pelo terreno vizinho, a fim de ter acesso a via pública (1285).
Este direito só será válido se o encravamento for natural e absoluto, portanto, se houver uma saída mesmo que penosa, não pode o proprietário exigir do vizinho outra passagem.
Cabe ressaltar que a passagem não é gratuita mas onerosa , ainda que se houver alienação parcial do prédio e uma das partes ficar sem acesso à via pública, cabe a outra parte tolerar a passagem , além de pagar a indenização, também terá que conservdar o caminho. A passagem deve ser fixada no caminho mais curto, no prédio mais próximo e de forma mais barata para ambos os vizinhos. Se não houver acordo, o juiz determinará a passagem pelo imóvel que mais facilmente prestá-la. (art. 1.285, 1° § 2º do CC).
Se o prédio tem saída mas o proprietário quer apenas encurtar caminho, não cabe impor a passagem forçada, mas sim celebrar através de contrato a servidão predial de passagem. 
Não se confunde passagem forçada com servidão de passagem, já que esta constitui direito real sobre coisa alheia e provém geralmente de um contrato.  
Passagem de cabos e tubulações 
O proprietário deve tolerar a passagem de cabos e tubulações em proveito de seus vizinhos, mediante recebimento de indenização que atenda também a desvalorização da área remanescente, caso seja impossível que a passagem seja feita de outro modo, ou se muito oneroso (art. 1.286 do CC).
Pode o proprietário exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso, bem como depois seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel, como prevê o parágrafo único do art. 1.286 do CC. Assim como é facultado ao mesmo que exija a realização de obras de segurança quando as instalações oferecerem grave risco. (art. 1.287)
Águas: 
 O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior". art. 1.288 do CC
Artigo 1288: toda água corre naturalmente de cima para baixo, do rio para o mar, então um vizinho não pode reclamar do estrago que as águas vindas do terreno de cima façam no seu; o proprietário de baixo deve usar a criatividade e se beneficiar da sua condição inferior, construindo uma bica, um moinho, etc.
Artigo -1290: as águas que cortam meu terreno podem ser utilizadas para consumo, mas o curso natural das águas não pode ser interrompido. (obs: quando a água é muita, o vizinho inferior prefere que o superior impeça seu fluxo, mas em época de seca é o contrário).
Artigo - 1292: a lei estimula que as pessoas/fazendas construam barragens para represar água de chuva, afinal trata-se de uma água limpa. Parece existir uma contradição entre este artigo e o 1290, mas isso se resolve com bom senso, coibindo-se o abuso, e estimulando o maior aproveitamento da água para as pessoas e para a agricultura.
Artigo- 187 e § 2º do 1228 : abuso de direito - a lei proíbe o uso da água para fins egoístas ou inúteis. 
 art. 1.290 do mesmo código o direito às sobras das águas nascentes e pluviais dos prédios inferiores, que poderão utilizá-las através de servidão.
Não pode o proprietário do prédio superior poluir as águas indispensáveis às necessidades primordiais dos possuidores dos imóveis inferiores e deverá recuperar ou ressarcir os danos pelas demais que poluírem, conforme dispõe o art. 1.291 do CC.
Limites entre prédios:
O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. (art. 1.297 do CC). É interesse do dono de um prédio que se estabeleça os limites extremos de sua propriedade.
A ação cabível para solucionar as confusões entre as linhas divisórias é a demarcatória, que não se confunde com ações possessórias e reivindicatórias.
Interposta tal ação o juiz delimitará as áreas de acordo com a posse justa e, no caso da mesma não ser provada, o terreno será dividido em partes iguais entre os prédios ou, não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro (art. 1.298 do CC).
Entende-se que os tapumes pertencem a ambos os proprietários confinantes que, por isso, devem arcar com as despesas de conservação e construção em partes iguais.
Os limites podem ser fixados por marcos naturais, como um rio, uma serra, uma árvore, etc. (§ 2º do 1297). Se você quiser exercer este direito, faça um acordo com seu vizinho. Se o vizinho não quiser conversa, pegue três orçamentos do muro, faça o muro pelo orçamento mais baixo e vá cobrar judicialmente do vizinho a metade do custo. É permitido incluir no custo do muro a colocação de ofendículas para impedir a invasão.
Porém, para "a construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas".  
Direito de construir
 O proprietário pode dispor (jus abutendi), então pode reformar, demolir, escavar, aterrar e construir no seu terreno. O direito de construir tem limites no CC e em regulamentos administrativos municipais, deve estar dentro da lei orgânica do município.
Limitações e responsabilidades
A regra geral é a da liberdade de construir, mas não se pode:
- despejar goteiras sobre o terreno/teto do vizinho (1300)
- não se pode abrir janelas a menos de um metro e meio do terreno vizinho, de modo que entre uma janela e outra deve haver três metros (1,5 m de recuo de cada lado, art. 1301); se você não vai fazer uma janela, pode construir na zona urbana até o limite do terreno, mas na zona rural tem que deixar três metros, mesmo sem abrir janela, afinal os terrenos rurais são maiores (1303).
- não se pode encostar na parede divisória fornos muito grandes para não incomodar o vizinho (1308 e pú).
- não se pode construir fossa junto de poço de água (1309).
- não se pode executar obras arriscadas (1311)
  Sanção para o vizinho que violar estas regras: 1.312.
            Por outro lado, o vizinho pode:
- exercer o direito de travejar ou madeirar (1304), ou seja, em casas alinhadas pode-se construir apoiando na parede divisória do vizinho, pagando a devida indenização.
- pode colocar armário até o meio da parede divisória, se já não tiver armário do outro lado (1306).
- pode entrar na casa do vizinho para fazer as obras na sua casa com segurança (1313, I e § 1º); trata-se de uma norma inconveniente que traz muito problema na prática, pois ninguém gosta de ver os vizinhos dentro de sua casa. 
Assim, todo o proprietário deve ressarcir o seu vizinho pelos danos causados pela construção, podendo este último valer-se da ação de indenização, na qual provará a ocorrência do dano e o nexo de causalidade com a construção. 
Cabe lembrar que os construtores, arquitetos e empresas que prestam serviços de construção civil respondem solidariamente com os proprietários pelos danos causados pela obra, já que são técnicos habilitados para realizá-la. Se os danos decorrem de imperícia ou negligência do construtor, pode o proprietário que pagar sozinho valer-se de ação regressiva contra àquele.
Devassamento da propriedade vizinha
Prescreve o art. 1.301 do CC "é defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho", com a finalidade de resguardar a intimidade a intimidade das famílias. No entanto, não estão proibidas pequenas aberturas para luz e ventilação.
Pode o proprietário "no lapso de ano e dia após aconclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho", conforme previsto no art. 1.302 do CC.
Entretanto, em se tratando de aberturas ou vãos para luz, poderá o vizinho levantar sua edificação ainda que vede a claridade do outro (art. 1.302, parágrafo único do CC).
Já na zona rural não de pode levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho (art. 1.303 do CC).
 Águas e beirais
Estabelece o art. 1.300 do Código Civil que "o proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o prédio vizinho", portanto, as águas pluviais devem ser despejadas no solo do proprietário e não no do vizinho, já que este só está obrigado a receber as águas que naturalmente correm para seu prédio.
 Paredes divisórias
Não se confunde com os muros divisórios, que são elementos de vedação regulamentados junto aos tapumes. As paredes divisórias integram a estrutura do edifício e constituem elemento de vedação e sustentação.
Cabe ao confinante que primeiro construir a possibilidade de "assentar a parede divisória até meia espessura no terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixará a largura e a profundidade do alicerce" (art. 1.305 do CC).
 Uso do prédio vizinho
Dispõe ao art. 1.313 do CC que "o proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente".
A única restrição que pode o proprietário fazer é a estipulação de horários, por exemplo. Além disso, o vizinho que causar dano ao penetrar no imóvel tem o dever de repará-lo. 
- Natureza Jurídica: Teoria individualista – Cada condômino é proprietário de toda a coisa e o exercício desse direito é limitado pelo direito dos demais. Proprietários em condomínio. É a sujeição de uma coisa, divisível ou indivisível, à propriedade simultânea e concorrente de mais de uma pessoa.
CONDOMÍNIO GERAL 
Conceito: é a sujeição de uma coisa, divisível ou indivisível, à propriedade simultânea e concorrente de mais de uma pessoa. 
Natureza Jurídica: Teoria individualista – Cada condômino é proprietário de toda a coisa e o exercício desse direito é limitado pelo direito dos demais.
 	No condomínio temos mais de um sujeito ativo, que são os proprietários, exercendo o domínio sobre um mesmo objeto, móvel ou imóvel, divisível ou indivisível (ex: carro, barco, casa, roupa, apartamento, fazenda, terreno, etc).
            Trata-se de uma propriedade simultânea e concorrente, de modo que todos são donos ao mesmo tempo (por isso é simultânea), e todos podem usar a coisa toda (por isso é concorrente), dentro dos limites da convivência harmônica. Esta harmonia.
A lei permite o condomínio e para isto criou-se uma ficção jurídica, de modo que cada condomínio na verdade só é dono de uma fração ideal, de uma cota (ex: 50% se são dois donos, 33% se são três donos, ou 30% pra um e 70% pra outro, etc). Embora cada um seja dono de uma cota, para viabilizar o condomínio pode usar a coisa toda (1314).
O condomínio é uma exceção à regra pela qual toda propriedade é exclusiva (1231). O condomínio também impede o exercício pleno da propriedade, trata-se de um limite à propriedade, pois embora cada condômino possa usar a coisa toda (1314), é preciso respeitar a vontade dos outros condôminos (pú do 1314).
            Não confundam comunhão com condomínio; esta é espécie e aquela é gênero, então todo condomínio será uma comunhão, mas nem toda comunhão será condomínio. A comunhão é de qualquer direito (ex: pai e mãe têm o direito em comunhão de educar os filhos), enquanto condomínio é apenas do direito de propriedade.
- Classificação:
a) Quanto ao objeto: 
Universal:(todos os bens são em condominios): 
 Parcial (coisa determinada)
b) Quanto á necessidade:
Transitório (convencional e eventual)
Permanente (legal) 
c) Quanto á forma:
Pro diviso (comunhão de direitos, mas para aparência de condomínio): comunhão de direito, mas não de fato.
Pro indiviso (comunhão de fato e de direito):
d) Quanto á origem:
Voluntário/ convencional (se origina dos condôminos): quando duas ou mais pessoas adquirem um mesmo bem, ou quando duas ou mais pessoas exercem composse e todas adquirem a propriedade da coisa pela usucapião.
Eventual/acidental (vontade do terceiro)
Legal/forçado (imposto pela lei): Ocorre sem, ou mesmo contra a vontade dos sujeitos: ex: doação a várias pessoas, herança para vários filhos, os muros e árvores comuns (1327, § 1º do 1297, 1282), etc.  
10 de Maio de 2016
Semana 11.
Direito e deveres dos condôminos.
 Em geral não existe regra específicas que estabelecem o direito dos condôminos, mas possuem convenções especificas que estabelecem clausulas em particularidades. 
Cada condomínio pode usar da coisa, exercer todos os direitos compatíveis e indivisos, reivindicar de terceiro, defender a sua posse, aliena-la ou grava-la. Art 1314. § único – Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo á estranhos. É necessário o consenso de outros condôminos para dispor por exemplo a sua garagem á estranhos.
Se a situação ferir a convivência e não for possível resolver em reunião com os condôminos será levado ao tribunal.
O condômino é obrigado na proporção de sua parte a concorrer com as despesas de conservação ou divisão da coisa e suportar os ônus a que estiver sujeito, devem comparecer as assembleias do condomínio e caso seja contra algum requisito deverá pedir para constar em ata o motivo que não concorda, porém se a maioria concordar deverá arcar com as despesas. A parte ideal presume-se a todos.
Pode o condômino eximir se do pagamento das despesas, a renúncia aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou na proporção.
 - Utilização livre e defesa da coisa conforme sua destinação (1314), cujo limite é o direito dos demais condôminos (pú do 1314), resolvendo-se os impasses por maioria de votos (1325).
- Arcar proporcionalmente com as despesas para conservação da coisa (1315)
- Os frutos da coisa devem ser divididos entre os condôminos, poderá ser levado a assembleia para negociarem como será usado o valor. O condômino que causar dano à coisa deve indenizar os demais (1319, 1326).
Área exclusiva = responsabilidade única
Área comum = responsabilidade compartilhada.
            - A qualquer momento o condômino pode pedir a divisão ou alienação da coisa (1320 e §§); esta regra se justifica para extinguir o condomínio, fonte de muitas discórdias. Assim, se dez pessoas têm um barco e uma delas quiser vender, sua vontade vai prevalecer sobre a dos outros nove, e a coisa será vendida para dividir o dinheiro, salvo se estes nove quiserem comprar a parte do que quer vender (1322). Ressalto que o 1325, que trata do poder da maioria, não prevalece em caso de venda, mas apenas em casos de administração (ex: explorar uma fazenda para pecuária ou agricultura, alugar, emprestar, etc, 1323). Para vender basta um querer, para administrar, prevalece a vontade da maioria.
            - Dar preferência a outro condômino quando alguém quiser vender sua cota em coisa indivisível; se a coisa é divisível (ex: terreno grande) não precisa dar essa preferência (504). Em coisa indivisível onde várias pessoas tem a propriedade da coisa. Se dois querem adquirir a venda, quem tiver o quinhão maior da coisa terá a preferência da preferência, ou se estiver feito benfeitoria maior terá á preferência da preferência.
Administração do condomínio: é fundamental, pois uma coisa com muitos donos termina ficando acéfala eo caos se instala. Hierarquia e direção são muito importantes para o sucesso de qualquer negócio. Se os condôminos não se entendem, o jeito é pedir a intervenção do Juiz.  
Data: 17/05/2016
CONDOMÍNIO EDILÍCIO
Conceito: é aquele constituído por ato de edificação
Base legal: 1331 a 1358 C.C; Lei 4591/64 (Condomínio em edificações e as edificações e as incorporações) e Lei 4864/65 (estímulos a construção civil)
Personalidade jurídica: O condomínio não tem personalidade jurídica, mas tão somente capacidade postulatória.
Constituição condomínio: A constituição se registrada pela CONVENÇÃO do condomínio Art. 1333 CC. Já a instituição do condomínio está no 1334 CC
Direitos e deveres dos condôminos: 1335 a 1346
Regulamento: O regime interno completa a convenção. Geralmente contém regras minuciosas sobre o uso das coisas comuns. 
Estrutura interna do condomínio:
Unidade Autônoma: Área de uso exclusivo
Áreas comuns: A áreas de uso comum não pode ser dividido nem alienada, 
Administração do condomínio: 
Extinção do condomínio:
Usufruto
            Partes do usufruto: usufrutuário e nu-proprietário. Assim, numa coisa dada em usufruto ou usufrutuário vai adquirir as faculdades de usar e fruir da coisa, enquanto o proprietário permanece com a disposição; como o proprietário fica despido da posse direta, administração, uso e fruição da coisa, ele é chamado de nu-proprietário, afinal a posse e o uso de uma coisa são mais visíveis do que a disposição; a posse que o nu-proprietário conserva é a posse indireta. Então propriedade é uso + fruição + disposição; superfície é uso + fruição e parte da disposição; já usufruto é uso + fruição; uso é apenas uso e habitação é um mini-uso.
            Conceito: usufruto é o direito real limitado de gozo ou fruição conferido durante certo tempo a uma pessoa, que a autoriza a ocupar a coisa alheia e a retirar seus frutos e utilidades (1394). É dir. real de gozo ou fruição, não é dir. real de garantia, nem é contrato com efeito real. O usufruto é mais amplo do que o uso e a habitação, e mais restrito do que a superfície.
            Tempo: usufruto é duradouro, o mais comum é o usufruto vitalício, enquanto viver o usufrutuário, pois o usufruto não se transfere, não pode ser vendido ou doado, nem inter vivos e nem mortis causa; o que pode ser cedido é o exercício do usufruto, mas não o direito real em si (ex: A dá a B uma fazenda em usufruto, mas B não sabe administrar, então aluga/arrenda está fazenda a C – 1393, 1399; esta “cessão do exercício” do 1393 se dá através de direito pessoal (locação, comodato), mas não através de direito real; o direito real de usufruto em si não se transfere).
   O usufruto pode ser hipotecado (dado em garantia a um credor)? Não, pois quem não pode alienar não pode hipotecar (1420). A superfície pode ser hipotecada, pois já vimos que o superficiário pode alienar a superfície da coisa.
  Extinção: o art 1410 traz os casos de extinção do usufruto:
I – extingue-se pela renúncia e morte, afinal o usufruto é intuto personae e no máximo vitalício; é só a morte do usufrutuário que extingue o instituto, a morte do nu-proprietário não extingue, e seus herdeiros vão ter que respeitar o usufruto; II – se a pessoa jurídica é usufrutuária, o prazo máximo são trinta anos; III – ex: o filho atinge a maioridade e o pai perde o usufruto do 1689;IV – se a coisa tinha seguro e foi destruída, o usufruto passa para a indenização, sub-roga-se na indenização, muda o objeto, de coisa para pecúnia, e o usufrutuário vai aplicar o dinheiro para ficar com os juros (= frutos civis = rendimentos, 1398), mas não com o principal (1407 e §§); V – consolidação = confusão (ex: o pai dá a um filho o usufruto de um apartamento, então o pai morre e o filho herda o apartamento, consolidando nas suasmãos a propriedade plena, afinal direito real limitado na coisa própria é impossível); VI – o usufrutuário tem o dever de conservar a coisa, sob pena de resolução do usufruto; VII – se o usufrutuário não usar a coisa, prescreve seu  poder sobre a coisa no prazo de dez anos do 205.	Comment by Cαмiℓα Sαℓєs: 
 USO É letra morta. É mais restrito do que superfície e usufruto e mais amplo do que habitação.  Historicamente era usado sobre escravos, mas modernamente não tem aplicação, e deveria ter sido suprimido pelo novo CC. 
            O usuário só tem o atributo do uso, do jus utendi,  da ocupação da coisa para o fim a que se destina. O usuário não pode fruir e nem dispor, mas tolera-se uma pequena fruição para consumo próprio, sem exploração econômica, sem comércio  (1412). Esta pequena fruição na verdade é um uso prático e varia de caso a caso (ver § § do 1412).  O § 2º é taxativo/exaustivo, não é exemplificativo, de modo que o rol das pessoas ali referidas não pode ser ampliado.
            Conceito de uso: é o direito real limitado sobre a coisa alheia que confere a seu titular a faculdade de, temporariamente, retirar a utilidade da coisa gravada.
            Em todo o resto, o uso se assemelha ao usufruto (1413) no que tange ao prazo, aplicação sobre móveis e imóveis, é intransferível, pode ser gratuito ou oneroso, etc .
            O exercício do usufruto pode ser transferido (1393). E o exercício do uso? Com certeza não se pode transferir onerosamente (locação), porque aí haveria exploração econômica. Mas pode-se admitir a transferência gratuita, via empréstimo. Mesmo assim alguns autores discordam, pois o 1412 prescreve que o “usuário usará”, não se admitindo assim que um terceiro use, mesmo gratuitamente. 
 HABITAÇÃO – é o mais restrito dos direitos reais de gozo ou fruição. É um mini-uso, enquanto o uso seria um mini-usufruto. Embora mais restrito do que o uso, a habitação não é letra totalmente morta, pois existe uma aplicação prática para o instituto no art. 1831. O imóvel deve existir na herança, não sendo obrigação dos herdeiros comprá-lo, salvo se determinado em testamento pelo falecido. A habitação é assim mais útil modernamente do que o uso, pois serve para proteger vitaliciamente alguém, provendo-o de uma casa. Conceito: habitação é o direito real de uso gratuito de casa de morada, urbana ou rural. O titular vai residir com sua família em imóvel que não é seu.
Então habitação é apenas para morar, sempre é gratuita, é intransmissível, personalíssima e não se aplica a móveis (1414). Percebam que pela redação do 1414, a habitação é um mini-uso e expressamente não pode ser cedida a terceiros, nem o exercício, muito menos o direito real em si.

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