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05/10/2018 1 Universidade Federal de Sergipe Campus do Sertão Núcleo de Graduação em Zootecnia/NZOS Disciplina Optativa Tecnologia dos Subprodutos Prof. Valdir Ribeiro Junior Profª. Lígia Maria Gomes Barreto Núcleo de Zootecnia/NZOS Conteúdo Fonte:http://foco10.com/benefi cios-do-limao-dieta-do- limao/whomero-pensando/ • Anatomia comparativa do trato digestório dos animais não ruminantes e ruminantes: • Conceitos sobre bromatologia dos alimentos. Introdução Trato gastrointestinal (TGI) Digerir, Absorver, Excretar Fonte: http://investconsultgroup.eu/pyriw/avian- digestive-system-definition-hygi.php O aparelho digestivo dos mamíferos Glândulas anexas: G. salivares, fígado e pâncreas 05/10/2018 2 Figura - Representação do trato digestivo dos suínos Adaptado de Sakomura e Rostagno (2007) TGI – Suinos TGI - Equinos Fonte:http://www.thepinsta.com/horse-digestive-system-diagram Fonte: http://slideplayer.com/slide/10444416/ TGI - Coelhos TGI - Cães Fonte: http://www.incrediblez.info/dog-walker-resume 05/10/2018 3 TGI - Felinos Fonte: https://pictures-of-cats.org/the-basics/cat-anatomy-facts-for-kids.html TGI – aves domésticas Fonte: http://investconsultgroup.eu/pyriw/avian- digestive-system-definition-hygi.php TGI - Estômago Fonte: http://vet1032012.blogspot.com.br/2013/04/estomago-dos-animais-domesticos.html Fonte: https://gabrielrbrunoabioifes.wordpress.com/2011 /02/13/estomago-a-localizacao-da-cardia-e-do- piloro-componentes-do-suco-gastrico/ TGI - Estômago 05/10/2018 4 Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/celulas-parietais-do-estomago/ TGI - Estômago Fonte: http://unapartepormillon.com/celulas-enterocromafines- pdf/ Fonte: http://www.misodor.com/ANATOFISIOINTDELGADO.php TGI - Intestino TGI - Intestino Fonte: https://pt.engormix.com/avicultura/artigos/compreendendo-transtornos-intestinais-aves- t38634.htm Anatomia do sistema digestório dos ruminantes 05/10/2018 5 Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) Rúmen Omaso Intestino Delgado Retículo Esôfago Abomaso Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) AnatoVet - Blogspot AnatoVet - Blogspot - Epitélio escamoso com papel importante na ação mecânica e protetora. ; -Estrutura associada a absorção; -Musculatura: função de mobilidade; -Quanto + fibra + mobilidade. 05/10/2018 6 Fonte: http://rosivaldounir.blogspot.com.br FUNÇÕES DO TRATO GASTRO INTESTINAL DE RUMINANTES Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) DISTRIBUIÇÃO DAS PARTICULAS NO RÚMEN Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) Média Baixa Alta Densidade Partícula 05/10/2018 7 A rq u iv o p e ss o a l – Lí g ia B a rr e to Arquivo pessoal – Lígia Barreto SELETORES DE CONCENTRADO INTERMEDIARIOS INGESTORES FORRAGENS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) a) fornecer ao organismo, de forma contínua, nutrientes, água e eletrólitos; b) armazenar alimentos por um determinado período de tempo e liberá-los parcialmente para sofrerem digestão; c) preparar o alimento para absorção; d) assimilar (absorver) os produtos da digestão; e) eliminar os resíduos alimentares (produtos não digeridos). FUNÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) 05/10/2018 8 a) Fatores mecânicos - compreendem a mastigação, deglutição, regurgitação, motilidade gástrica e intestinal e defecação. b) Fatores secretórios - compreendem a atividades das glândulas digestivas (glândulas do trato gastrointestinal e glândulas acessórias). c) Fatores químicos - compreendem as enzimas, tanto as produzidas pelas glândulas como as das plantas (menos importante) e as substâncias químicas (ex: HCl), produzida pela mucosa gástrica. d) Fatores microbianos - compreendem as atividades secretoras dos microorganismos (bactérias, protozoários, fungos e leveduras) presentes no estômago e intestino dos animais ruminantes e no intestino dos herbívoros monogástricos. FATORES RESPONSÁVEIS PELA DIGESTÃO Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) Desenvolvimento ruminal DESENVOLVIMENTO DO TGI DESENVOLVIMENTO EPITELIAL FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO INICIO DO CRESCIMENTO DO PRE-ESTOMAGO INFLUENCIA DA DIETA Leite ou Sucedâneo Ração concentrada Volumoso Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO ESTOMAGO DE BEZERROS RECEM NASCIDOS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) 05/10/2018 9 GOTEIRA ESOFAGICA Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) Limitação da capacidade física de alimentos sólidos Início da fermentação e produção de ácidos graxos Dispensa completa de alimentos líquidos BOVINOS Nascimento 23,9 35 14 51 Adulto 325,4 62 24 14 OVINOS Nascimento 5,7 32 8 60 Adulto 61,8 73 9 18 ESPÉCIE FASE P.V. RETÍCULO-RÚMEN OMASO ABOMASO (Kg) (%) (%) (%) CRESCIMENTO DO ESTÔMAGO DE BOVINOS E OVINOS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) CRESCIMENTO DO ESTÔMAGO DE BOVINOS 05/10/2018 10 Figura 1. Representação do abomaso de cabritos desaleitados aos 56, 70 e 84 dias. 1 2 3 44 sem - Leite + feno 4 sem - Leite + feno + concentrado 6sem - Leite + feno + concentrado 6sem - Leite + feno A d a p ta d o d e a u la s d o P ro f. J ú lio C é sa r Te ix e ir a ( U FL A ) BEZERRO COM 4 SEMANAS - LEITE, CONCENTRADO E FENO Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) BOM DESENVOLVIMENTO DE PAPILA - 4 SEMANAS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) 05/10/2018 11 RUMEN 4 SEMANAS - DIETA LEITE, FENO Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) PAPILA POUCO DESENVOLVIDA - 4 SEMANAS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) RUMEN COM 6 SEMANAS - DIETA SOMENTE DE LEITE Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) PAPILA RUMINAL COM 6 SEMANAS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) 05/10/2018 12 BEZERRO COM 6 SEMANAS - DIETA COM LEITE, CONCENTRADO E FENO Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) PAPILA RUMINAL COM DESENVOLVIMENTO ADEQUADO A 6 SEMANAS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) RUMEN DE UM BEZERRO COM 8 SEMANAS DE IDADE Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) DESENVOLVIMENTO DESEJAVEL DE PAPILA RUMINAL - 12 SEMANAS Aulas do Prof. Júlio César Teixeira (UFLA) 05/10/2018 13 Bromatologia Ciências dos alimentos ou bromatologia é um ramo multidisciplinar que estuda a composição, deterioração, processamento, conservação, elaboração, qualidade e comercialização dos alimentos para o consumidor. A análise dos alimentos é um dos principais pontos observados no tocante à nutrição animal, a qual diz respeito à utilização de métodos e técnicas que visam descrever os constituintes nutricionais dos alimentos, permitindo aos profissionais formular dietas para alcançar o máximo desempenho animal (Canesin, et al., 2012). Sistema Weende Amostragem A amostragem do material deve ser representativa: Pasto; Silos; Grãos – Sacarias; Grãos – À granel. Matéria seca A matéria seca (MS) representa a perda da umidade do alimento. Existem métodos indiretos e diretos de determinação da MS, sendo os métodos gravimétricos os indiretos mais comuns, enquanto que a destilaçãoe a titulação de fisher são os métodos diretos mais comuns. Na nutrição animal a MS é geralmente realizada por secagem em estufa com circulação de ar forçada a 55°C (secagem parcial) e em estufa sem circulação de ar forçado a 105°C (secagem definitiva); sendo determinada, gravimetricamente, pelo resíduo remanescente após a secagem. 05/10/2018 14 Matéria mineral ou cinzas A determinação dos minerias de uma amostra podem ser realizadas pelo teor total dos minerais contidos nas cinzas ou pela determinação invidual de cada mineral. A matéria mineral (MM) ou cinzas é determinada pelo aquecimento da amostra a 600°C até a combustão total da matéria orgânica, e o resíduo ou cinzas pode ser usado para determinar o teor de elementos minerais individuais no alimento (Silva & Queiroz, 2002). Matéria mineral ou cinzas http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgkFMAF/relatorio-estagio-analise-foliar Matéria mineral ou cinzas https://portuguese.alibaba.com/p-detail/exw-price-high-temperature-used-anneal ing- and-sintering-muffle-furnace-60518086530.html Nitrogênio total (Proteína bruta) O termo proteína bruta (PB) envolve grande grupo de substâncias com algumas semelhanças químicas, porém com funções bioquímicas e fisiológicas diferentes. Fonte: http://temasbioqui205.blogspot.com/2016/04/aminoacidos-peptidos-y-proteinas.html 05/10/2018 15 Nitrogênio total (Proteína bruta) O teor de PB é calculado a partir do teor de nitrogênio (N) e obtido pelo método Kjeldahl, o mais utilizado no Brasil, que consiste de três etapas, sendo digestão, destilação e titulação. O conteúdo de PB é determinado através da multiplicação do teor de N pelo fator de conversão de cada alimento, ou através do fator de 6,25 (assumindo que em média a proteína contém 16% N) (Canesin et al., 2012). Nitrogênio total (Proteína bruta) http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgkFMAF/relatorio-estagio-analise-foliar https://pt.aliexpress.com/item/Titulador-TOPTION- dTrite-Bureta-Digital-Eletr-nico-de-Laborat-rio-De-Qu- mica-De-Laborat-rio/32841092922.html Nitrogênio total (Proteína bruta) http://www.mondragon.com.br/analisador-kjeldahl-para-determinacao-de- nitrogenio.php Nitrogênio total (Proteína bruta) http://www.directindustry.com/pt/prod/leco/product-114499-1526183.html 05/10/2018 16 Gordura ou extrato etéreo (EE) Nas análises e caracterização das gorduras, os lipídios são especificados de uma maneira geral como extrato etéreo (EE). O éter extrai clorofila, xantofila e caroteno, fosfatídeos, esteróides, vitaminas lipossolúveis, ceras, etc. Remove ainda certos óleos essenciais que não são produtos lipídicos e que consistem basicamente de ésteres, aldeídos e éteres. Assim, o teor de EE pode ser superestimado em alimentos ricos em ceras e pigmentos devido à solubilidade destes compostos em éter. O método mais difundido é o de Goldfish que consiste em três etapas, sendo: extração, remoção e pesagem. https://alfamare.com.br/produtos/extrator-de-gordura-6-provas/ http://www.ebah.com.br/content/ABAAABN34AL/extracao-l ipidios-alimentos Gordura ou extrato etéreo (EE) Teor de Fibra Fibra bruta (FB) é uma fração dos alimentos composta por carboidratos estruturais resistentes ao tratamento sucessivo com ácido e base diluídos. Esse método foi inicialmente desenvolvido para simular o processo de digestão que ocorre no trato gastrointestinal dos animais não ruminantes. Solução ácida e depois, sequencialmente, com uma solução básica fraca. Essa metodologia subestima os reais valores de fibra, pois o tratamento com álcali solubiliza porções de lignina e hemicelulose. Extrato não nitrogenado e carboidratos não fibrosos (ENN) (ENN) = Este grupo, teoricamente deveria compreender todos os compostos não nitrogenados, não gordurosos e não fibrosos do alimento e deveria apresentar alta digestibilidade por representar compostos como açúcares, amido, etc (Detmann et al., 2012). ENN = MS – MM – PB – EE – FB 05/10/2018 17 Van Soest (1994) propôs um novo conceito de nominado FDN, que consistia da extração dos constituintes não fibrosos dos alimentos em detergente neutro. Esse conceito, apresenta vantagens em relação ao conceito de FB devido ao fato que na análise de FB ocorre uma extração de parte da Hemicelulose e Liginina. No entanto, foram necessária modificações no conceito de FDN que podem ou não serem adotadas, o que resulta em ausência de padronização. As formas corrigidas de FDN com relação aos contaminantes descritos são: FDNp = FDN – PIDN; FDNc = FDN – CIDN FDNcp = FDN – (PIDN + CIDN); FDN, FDA e Lignina Assim, o conceito inicial de ENN deve ser alterado, quando se abandona o conceito de FB para utilização da FDN. Também, levando em consideração a situação de inclusão de uréia em dietas em concentrados, teremos os seguintes ajustes na equação inicial: CNF = 100 – MM – EE – FDNcp – (PB – PBu + U), quando uréia é utilizada; Quando uréia não for utilizada, resume-se à: CNF = 100 – MM –EE – FDNcp – PB. Onde, pelos novos preceitos considerados, a fração que constitui os compostos de maior digestibilidade dos alimentos é denominado de Carboidratos não Fibrosos (CNF). FDN, FDA e Lignina Teor de Fibra https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/abh- equipamentos/produtos/maquinas-ferramenta/autoclave-para-laboratorio-preco http://tecnal.com.br/produtos/determinador-de-fibra-te-149-2/ Energia Os carbiodratos fornecem 3,7 kcal/g (glicose) e 4,2 kcal/g (amido); as proteínas 5,6 kcal/g e as gorduras 9,4 kcal/g de EB, respectivamente (NRC, 1998). Uma Caloria é definida como a quantidade de calor necessário para elevar um grama de água de 14,5 graus Celcuis a 15,5 graus Celcius; um joule equivale a 0,239 cal, ou seja, uma caloria equivale a 4,18 joules. O incremento calórico (IC): Todas as perdas de calor não totalmente compreendidas e impossíveis de determinar individualmente via experimentação. Essas perdas são oruindas principalmente dos processos de digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes. 05/10/2018 18 Energia http://www.astro34.com.br/calorimetro-bomba-calorimetrica-de- compensacao-de-jaqueta-modelo-6100-parr-instrument/ http://www.astro34.com.br/calorimetro-bomba-calorimetrica-de-jaqueta-estatica- modelo-1341-parr-instrument/ Energia Fonte: Ribeiro Jr et al., 2018