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Apostila de Interpretação de Textos

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Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
THALIS TELEMBERG 
2016 
	
  
	
  
 
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  1	
  
	
  
	
  
 
 
 
ÍNDICE	
  
[AULA	
  1]	
  Introdução	
  /	
  plano	
  da	
  apostila 02	
  
Aspectos	
  fundamentais	
  do	
  texto 03	
  
Compreensão	
  e	
  interpretação	
  de	
  textos 04	
  
Gênero	
  e	
  tipologia	
  textuais 06	
  
Verbo	
  -­‐	
  linha	
  do	
  tempo 12	
  
Discurso 14	
  
Conotação	
  x	
  Denotação 15	
  
[AULA	
  2]	
  Coesão	
  e	
  coerência	
  -­‐	
  Parte	
  I 24	
  
Preposição 30	
  
Pronome	
  relativo 32	
  
[AULA	
  3]	
  Coesão	
  -­‐	
  Parte	
  II 39	
  
Conjunção 38	
  
Analogia 43	
  
Estrutura	
  textual	
  -­‐	
  Estratégia	
  de	
  interpretação 43	
  
[AULA	
  4]	
  Resolução	
  de	
  questões	
  -­‐	
  Banca	
  FGV 47	
  
[AULA	
  5]	
  Resolução	
  de	
  questões	
  -­‐	
  Banca	
  CESPE/UnB 58	
  
[AULA	
   6]	
   Resolução	
   de	
   questões	
   -­‐	
   Banca	
   FEPESE/ACAFE	
   61	
  
[AULA	
  7]	
  Redação	
  Oficial 76	
  
[AULA	
  8]	
  Redação	
  Oficial	
  -­‐	
  Resolução	
  de	
  Questões 97	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  2	
  
	
  
	
  
República.  
	
  
PLANO  DA  APOSTILA  
  
AULA   TÓPICOS  ABORDADOS   FOCO  /  TENDÊNCIA  
	
   Tipologia  e  gênero  textual.   Compreensão        das   estruturas   formadoras   de  
1  -­  COMPREENSÃO  E  
INTERPRETAÇÃO  DE  
TEXTOS  
Técnicas   de   interpretação   de  
texto.  
Interpretação  de  textos  –  Parte  I  
Discurso  direto  e  indireto.  
sentido  do  texto.  
Identificação   dos   argumentos   apresentados   nos  
textos,   das   ideias   principais   e   secundárias   e   da  
conclusão.  
Identificação  dos  tipos  e  gêneros  textuais.  
2  -­  COESÃO  E   Operadores  argumentativos.   Questões      ligadas      à      reescritura      do      texto,      sua  
COERÊNCIA  –  Parte  I  
Articulação	
  do	
  texto:	
  
pronomes	
  e	
  expressões	
  
referenciais,	
  nexos,	
  
operadores	
  sequenciais	
  
Interpretação  de  textos  –  Parte  II  
Localização   das   estruturas  
referenciais  e  identificação  dos  
sentidos  no  texto.  
Preposição  e  Pronome  Relativo.  
possível      continuidade      e      organização      de  ideias  
pelos  mecanismos  de  coesão  textual.  
3  –  COESÃO  –  Parte  II   Elementos   de   referenciação,   Estruturação  do  texto  e  dos  parágrafos  
ANALOGIA   substituição   e   repetição,   de   Significação  contextual  de  palavras  e  expressões.  
ESTRUTURA  TEXTUAL  
ESTRATÉGIAS  DE  
conectores  e  outros  elementos    de  
sequenciação  textual.  
Interpretação:  pressuposições  e  inferências;;  ideias  
implícitas  e  subentendidas.  
INTERPRETAÇÃO   E   Conjunção.   	
  
REFERENCIAÇÃO   	
   	
  
  
  
4  –  RQ  -­  FGV  
Seleção   de   questões   recentes   da  
banca  FGV   e   sua   resolução   em   sala  
com  o  uso  de  slides,  contendo  a  linha  
de   raciocínio  e  os   tópicos  gramaticais  
e   textuais   necessários   à   adequada  
interpretação.  
Abordagem   das   características   marcantes   da    
banca   FGV   quanto   à   interpretação   de   textos:  
reconhecimento  da  tendência,  abordagem,  nível  de  
exigência   e   estatística   por   tópicos   elencados   no  
edital.  
  
  
5  –  RQ-­  FCC  /  CESPE  
Seleção   de   questões   recentes   das  
bancas   FCC   e   CESPE   e   sua  
resolução   em   sala   com   o   uso   de  
slides,   contendo   a   linha   de   raciocínio    
e   os   tópicos   gramaticais   e   textuais  
necessários   à   adequada  
interpretação.  
Abordagem   das   características   marcantes   das  
bancas  FCC   e  CESPE   quanto   à   interpretação   de  
textos:   reconhecimento   da   tendência,   abordagem,  
nível   de   exigência   e   estatística   por   tópicos  
elencados  no  edital.  
	
   Seleção      de      questões      recentes  das   Abordagem      das      características      marcantes      das  
	
   bancas    locais    FEPESE    e    ACAFE    e   bancas  FEPESE  e  ACAFE  quanto  à      interpretação  
6  –  RQ  –  
FEPESE/ACAFE  
sua   resolução  em  sala   com  o  uso  de  
slides,   contendo   a   linha   de   raciocínio    
e    os    tópicos    gramaticais    e       textuais  
de   textos:   reconhecimento   da   tendência,  
abordagem,   nível   de   exigência   e   estatística   por  
tópicos  elencados  no  edital.  
	
   necessários   à   adequada   	
  
	
   interpretação.   	
  
  
7  -­  REDAÇÃO  OFICIAL  
Principais   diretrizes   do   Manual   de  
Redação   da   Presidência   da    
República.  
Linguagem   –   Pronomes   de   tratamento   –  
Características  dos  gêneros  de  redação  oficial.  
8-­  RQ  –  Redação   Seleção      de      questões      recentes  das   Ênfase    nas    orientações    do    Manual    de    Redação  
Oficial   bancas  (FGV,  Cespe  e  Fepese)  e  sua  
resolução      em      sala      com      o      uso  de  
Oficial  da  Presidência  da  República.  
	
   slides,  contendo  a  linha  de      raciocínio   	
  
	
   e      as        orientações      do      Manual        de   	
  
	
   Redação      Oficial      da      Presidência  da   	
  
Thalis	
  Telemberg	
  é	
  graduado	
  em	
  Comunicação	
  –	
  Jornalismo	
  pela	
  UFSC	
  e	
  mestre	
  em	
  Engenharia	
  de	
  Produção	
  –	
  
Mídia	
  e	
  Conhecimento/UFSC,	
  com	
  passagem	
  pelo	
  curso	
  de	
  Letras-­‐Inglês.	
  Há	
  6	
  anos	
  se	
  dedica	
  à	
  preparação	
  de	
  
candidatos	
  a	
  concursos	
  e	
  provas	
  nas	
  áreas	
  de	
  Interpretação	
  de	
  Texto,	
  Redação,	
  Gramática	
  do	
  Texto	
  e	
  Inglês	
  em	
  
cursos	
  preparatórios.	
  	
  * thalistelemberg@  gmail.  com  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  3	
  
	
  
	
  
  
  
Prof.  ThalisTelemberg  
1   INTRODUÇÃO	
  
As	
  questões	
  de	
  interpretação	
  de	
  textos	
  já	
  ocupam	
  grande	
  parte	
  da	
  prova	
  de	
  Língua	
  Portuguesa	
  e	
  as	
  bancas	
  
examinadoras	
   vêm	
   aprofundando	
   esse	
   objeto	
   de	
   estudo,	
   articulando-­‐o	
   com	
   outros	
   aspectos	
   gramaticais	
   e	
   da	
  
estrutura	
  textual.	
  O	
  êxito	
  nessas	
  questões	
  exigirá	
  do	
  candidato	
  o	
  domínio	
  de	
  um	
  conjunto	
  de	
  conceitos	
  a	
  saber:	
  
1.  Diferença	
  entre	
  compreensão	
  e	
  interpretação	
  
2.Gênero	
  textual	
  
3.Tipologia	
  textual	
  
4.Tipos	
  de	
  discurso	
  
5.Denotação	
  e	
  conotação	
  
6.Domínio	
  vocabular	
  (semântica)	
  
7.Leitura	
  e	
  conhecimento	
  de	
  mundo	
  
8.Gramática	
  
	
  
Apresentaremos	
  nesta	
  aula	
  os	
  conceitos	
  essenciais	
  dos	
  tópico	
  relacionados,	
  por	
  meio	
  de	
  resumos,	
  tabelas	
  
comparativas	
  e	
  exemplos	
  extraídos	
  de	
  concursos,	
  para	
  que	
  o	
  candidato	
  se	
  familiarize	
  com	
  a	
  forma	
  por	
  meio	
  da	
  
qual	
  os	
  examinadores	
  formulam	
  as	
  questões.	
  
A	
   interpretação	
   requer,	
   também,	
   do	
   candidato	
   muita	
   leitura	
   e	
   visão	
   crítica	
   dos	
   fatos	
   que	
   formam	
   o	
  
“conhecimentode	
   mundo”,	
   pois	
   interpretar	
   exige	
   raciocínio,	
   discernimento	
   e	
   compreensão	
   das	
   informações	
  
originadas	
  pelos	
  vários	
  campos	
  do	
  conhecimento:	
  econômico,	
  filosófico,	
  cultural,	
  político	
  entre	
  outros.	
  
As	
   bancas	
   costumam	
   selecionar	
   os	
   temas	
   dos	
   textos	
   para	
   interpretação	
   por	
   área	
   de	
   atuação	
   do	
   órgão	
  
público.	
   Assim,	
   os	
   textos	
   de	
   um	
   concurso	
   do	
   Banco	
   do	
   Brasil,	
   por	
   exemplo,	
   geralmente	
   versam	
   sobre	
   temas	
  
relacionados	
  a	
  mercado	
  de	
  capitais	
  e	
  assuntos	
  dessa	
  esfera;	
  os	
  da	
  Secretaria	
  da	
  Fazenda,	
   sobre	
   temas	
  da	
  área	
  
econômica.	
  É	
  prudente	
  que	
  o	
  candidato	
   leia	
   informações	
   relacionadas	
  à	
  área	
  de	
  atuação	
  do	
  órgão	
  para	
  o	
  qual	
  
dispute	
  a	
  vaga.	
  
	
  
QUESTÕES  DE  
GRAMÁTICA  
QUESTÕES  DE  
INTERPRETAÇÃO  
QUESTÕES  MISTAS   QUESTÕES  
ARTICULADAS*  
	
  
São	
  as	
  tradicionais	
  	
  questões	
  
	
   	
   	
  
formuladas,	
  	
  pegando-­‐se	
  um	
   São	
   as	
   questões	
   de	
   Alternam	
  	
  	
  	
  gramática	
  	
  	
  	
  com	
   Articulam	
   o	
   necessário	
  
segmento	
   do	
   texto	
   e	
   COMPREENSÃO	
  	
  	
  (informações	
   interpretação	
  	
  sem	
  articulá-­‐	
   conhecimento	
  	
  	
  gramatical,	
  
propondo	
  	
  	
  a	
  	
  	
  aplicação	
  	
  	
  	
  de	
   recuperadas	
   do	
   texto	
   de	
   las.	
   de	
   linguística	
   textual	
  
conhecimentos	
  	
  	
  gramaticais	
  
com	
  o	
  objetivo	
  de	
  verificar	
  
se	
   o	
   concursando	
   sabe	
  
forma	
   literal)	
   e	
  
INTERPRETAÇÃO	
  (informações	
  
obtidas	
   por	
   inferência,	
  
Comum	
  em	
  questões	
  de	
  
bancas	
  locais,	
  regionais.	
  
(tipologia,	
  	
  gênero,	
  coesão,	
  
coerência)	
  com	
  variados	
  
mecanismos	
   lógicos	
  
identificar	
   a	
   estrutura	
   dedução).	
   	
   (analogia,	
  compreensão	
  de	
  
envolvida.	
   	
   	
   charges,	
   ilustrações,	
  
	
   	
   	
   fotografias),	
   como	
   na	
  
	
   	
   	
   questão	
  a	
  seguir.	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  4	
  
	
  
	
  
	
  
1.1	
  MODELO	
  DE	
  QUESTÃO	
  ARTICULADA	
  ENVOLVENDO	
  LINHA	
  DE	
  RACIOCÍNIO	
  DE	
  NÍVEL	
  MÉDIO	
  
	
  
2  -­‐	
  DIFERENÇA	
  ENTRE	
  COMPREESÃO	
  E	
  INTERPRETAÇÃO	
  DE	
  TEXTO	
  
Ao	
  ler	
  o	
  enunciado	
  da	
  questão,	
  o	
  candidato	
  deverá	
  identificar	
  se	
  é	
  comando	
  de	
  compreensão	
  ou	
  	
  de	
  
interpretação,	
  a	
  fim	
  de	
  orientar	
  sua	
  resposta.	
  
	
  
COMPREENSÃO   INTERPRETAÇÃO  
RECUPERAR  NO  TEXTO  
Informações  Literais  
ALÉM  DO  TEXTO  
Segundo	
  o	
  texto...	
   Depreende-­‐se	
  do	
  texto	
  que	
  ...	
  
O	
  texto	
  informa	
  que...	
   Infere-­‐se	
  do	
  texto	
  que...	
  
Em	
  relação	
  ao	
  texto...	
   O	
  texto	
  permite	
  deduzir	
  que	
  ...	
  
O	
  autor	
  justifica	
  o	
  fato	
  de...	
   O	
  autor	
  sugere	
  que...	
  
As	
   informações	
  presentes	
  no	
   texto	
  devem	
  ter	
  o	
  
mesmo	
   sentido	
   apresentado	
  nas	
   questões,	
   sem	
  
deduções,	
  inferências	
  e	
  conclusões.	
  
Compreensão	
   é	
   a	
   captação	
   das	
   informações	
  
contidas	
  no	
  texto.	
  
As	
   informações	
   presentes	
   no	
   texto	
   podem	
  
autorizar	
   a	
   dedução,	
   a	
   inferência,	
   a	
   conclusão.	
  
Mas,	
  SEMPRE	
  com	
  base	
  no	
  que	
  foi	
  afirmado	
  no	
  
texto.	
  
INFERIR	
  –	
  DEDUZIR	
  -­‐	
  DEPREENDER	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  5	
  
	
  
	
  
	
  
2.1  ESQUEMA	
  PARA	
  INTERPRRETAÇÃOà Identificar	
  as	
  relações	
  entre	
  as	
  partes	
  do	
  texto	
  e	
  suas	
  ideias:	
  
	
  
IDEIA  CENTRAL   Qual  TESE  está  sendo  defendida?  
Argumentos	
  utilizados	
   Anotar	
   ao	
   lado	
   de	
   cada	
   parágrafo	
   informações	
  
argumentativas	
  
Conclusão	
  do	
  texto	
  
Qual	
  o	
  posicionamento	
  do	
  autor?	
  
Anotar	
  (ou	
  sublinhar)	
  a	
  parte	
  em	
  que	
  se	
  encontra	
  a	
  
CONCLUSÃO	
  
Destacar	
   os	
   marcadores	
   de	
  
intenção	
  
ADVÉRBIOS:	
  não	
  exatamente,	
  sempre	
  
PRONOMES	
  INDEFINIDOS:	
  nenhum,	
  todo	
  
VERBOS:	
  modos	
  e	
  tempos	
  
Destacar	
  as	
  CONJUNÇÕES	
  e	
  seus	
  
valores	
  semânticos	
  
ADVERSATIVAS:	
  mas,	
  porém,	
  todavia,	
  contudo,	
  no	
  
entanto,	
  entretanto	
  
CONCESSIVAS:	
  EMBORA	
  =	
  CONQUANTO	
  
CAUSAIS:	
  PORQUE	
  =	
  PORQUANTO	
  
	
  
2.2   COMO	
  O	
  EXAMINADOR	
  COSTUMA	
  PRODUZIR	
  O	
  ENUNCIADO	
  DA	
  QUESTÃO	
  
	
  
Os	
  textos	
  trazem	
  ideias	
  que	
  o	
  examinador	
  procurará	
  ocultar,	
  confundir,	
  maximizar,	
  generalizar	
  ou	
  adotar	
  outras	
  
estratégias	
  de	
  indução	
  ao	
  erro	
  (ver	
  tabela	
  dos	
  erros	
  comuns).	
  Assim,	
  temos	
  nos	
  textos:	
  
a.   Informações	
  	
  REVELADAS	
  	
  explicitamente	
  	
  pelo	
  	
  autor,	
  	
  que	
  	
  normalmente	
  	
  aparecem	
  	
  como	
  	
  perguntas	
  de	
  
COMPREENSÃO.	
  
b.   Ideias	
  IMPLÍCITAS,	
  que	
  podem	
  ser	
  DEPREENDIDAS	
  a	
  partir	
  do	
  texto,	
  desde	
  que	
  o	
  texto	
  nos	
  autorize	
  a	
  tirar	
  
conclusões	
  determinadas.	
  [comandos	
  de	
  INTERPRETAÇÃO]	
  
E  podemos  ter,  também,  nas  questões:  
c.   Informações	
  NÃO	
  DITAS	
  e	
  NÃO	
  autorizadas,	
  que	
  normalmente	
  projetam	
  o	
  candidato	
  para	
  fora	
  do	
  
universo	
  do	
  texto,	
  mas	
  que	
  podem	
  ser	
  verdades	
  .	
  
d.   Informações	
  NÃO	
  AUTORIZADAS	
  pelo	
  texto	
  (nem	
  explícita	
  nem	
  implicitamente),	
  mas	
  que	
  são	
  	
   inverdades	
  
fora	
  do	
  texto.	
  
Atenção  especial  na  diferenciação  entre:  
e.   IDEIA	
  PRINCIPAL	
  (TESE)	
  e	
  IDEIAS	
  SECUNDÁRIAS	
  (ARGUMENTOS)	
  
Observe  os  ERROS  comuns  da  interpretação  de  texto:  
  
CONTRADIÇÃO  /  
EXTRAPOLAÇÃO/  
MAXIMIZAÇÃO  
REDUÇÃO   VOCABULÁRIO  
INVERSÃO  
Inventar  
informações  (que  
podem  ser  verdades  
fora  do  texto).  
Fixar  o  entendimento  em  apenas  
um  aspecto  do  texto  (ideia  
secundária).  
Considerar  uma  ideia  secundária  
como  sendo  a  principal.  
Opor-­se  à  ideia  do  texto.  
Apresentar  informação  
contrária  à  ideia  do  texto.  
Incluir  palavra  de  significado  
complexo  como  eixo  da  
interpretação  da  questão.  
Ex:  prescindir,  defeso,  cético,  
diletantismo.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  6	
  
	
  
	
  
  
3  MARCADORES	
  DE	
  INTENÇÕES	
  
Durante	
   a	
   leitura	
   dos	
   textos,	
   o	
   candidato	
   deverá	
   identificar	
   comatenção	
   os	
   diferentes	
   MARCADORES	
   DE	
  
INTENÇÕES,	
  porque	
  eles	
  conduzem	
  a	
  linha	
  discursiva	
  do	
  texto:	
  
	
  
	
  
Os	
   ADVÉRBIOS	
   em	
   geral:	
   ‘não	
   exatamente’	
   [pode	
   concordar	
   em	
   parte],	
   ‘sobretudo’	
   [principalmente	
   e	
   não	
  
totalmente],	
  ‘fundamentalmente’.	
  
Os	
  ADJETIVOS:	
  alguns	
  são	
  opinativos	
  (ou	
  valorativos)	
  trazem	
  juízo	
  de	
  valor	
  [feio,	
  ruim,	
  péssimo,	
  fantástico],	
  já	
  os	
  
factuais	
  [branco,	
  rugoso]	
  apenas	
  informam	
  características	
  objetivas.	
  A	
  adjetivação,	
  junto	
  com	
  alguns	
  advérbios	
  e	
  
pronomes,	
  revela	
  os	
  níveis	
  de	
  subjetividade	
  do	
  texto.	
  
	
  
4   ELEMENTOS	
  DE	
  CONSTRUÇÃO	
  DO	
  TEXTO	
  E	
  SEUS	
  SENTIDOS	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  7	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
4.1  GÊNEROS	
  TEXTUAIS	
  
Os	
  Gêneros	
  Textuais	
  são	
  as	
  ESTRUTURAS	
  com	
  que	
  se	
  compõem	
  os	
  textos	
  (sejam	
  eles	
  orais	
  ou	
  escritos).	
  
§   Essas	
  estruturas	
  são	
  SOCIALMENTE	
  reconhecidas,	
  pois	
  se	
  mantêm	
  sempre	
  parecidas,	
  com	
  características	
  
comuns.	
  
§   Procuram	
  atingir	
  INTENÇÕES	
  COMUNICATIVAS	
  semelhantes	
  e	
  ocorrem	
  em	
  situações	
  específicas.	
  
§   Cada	
  texto	
  realiza	
  sempre	
  um	
  gênero	
  textual.	
  
§   São	
  as	
  PRÁTICAS	
  SOCIAIS	
  que	
  determinam	
  o	
  gênero	
  adequado.	
  Eles	
  existem	
  como	
  mecanismo	
  de	
  
organização	
  das	
  atividades	
  sociocomunicativas	
  do	
  cotidiano.	
  
Textos	
  literários:	
  poesia,	
  crônica,	
  conto,	
  prosa,	
  narrativa,etc.	
  
Textos	
  não-­‐literários:	
  ofício,	
  e-­‐mail,	
  bula,	
  manual	
  de	
  instrução,	
  bilhete	
  etc.	
  
EXEMPLOS	
  DE	
  GÊNEROS	
  TEXTUAIS	
  (todos	
  os	
  textos	
  que	
  circulam	
  em	
  nossa	
  sociedade):	
  E-­‐mail	
  –	
  blogs	
  –	
  ofícios	
  –	
  
receitas	
   –	
   cartas	
   –	
  manuais	
   –	
   apostilas	
   –	
   cartazes	
   –	
   bulas	
   -­‐	
   dicionários	
   –	
   revistas	
   em	
  quadrinhos	
   –	
   letras	
   de	
  
música	
   –	
   biografias	
   –	
   diários	
   –	
   editais	
   –	
   editoriais	
   -­‐	
   piadas	
   –	
   leis	
   -­‐	
   contratos	
   –	
   atas	
   –	
   aulas	
   –	
   entrevistas	
   ...	
  
inúmeros	
  gêneros.	
  
	
  
4.1.1	
   CRÔNICAS	
  
CRÔNICA	
   é	
   uma	
   narrativa	
   informal,	
   ligada	
   à	
   vida	
   cotidiana,	
   com	
   linguagem	
   coloquial,	
   breve,	
   com	
   um	
  
toque	
  	
  de	
  	
  humor	
  e	
  crítica.	
  
Os	
   exemplos	
  mais	
   comuns	
   de	
   crônicas	
   são	
   os	
   textos	
   publicados	
   em	
   jornais	
   e	
   revistas	
   assinados	
   pelos	
  
cronistas.	
   Cada	
   publicação	
   periódica	
   possui	
   um	
   conjunto	
   de	
   cronistas	
   nas	
   várias	
   áreas	
   de	
   abrangência	
  
(economia,	
  sociedade,	
  cultura,	
  esporte).	
  
É	
  tendência	
   forte	
  a	
  utilização	
  desse	
  gênero	
  textual	
  em	
  provas	
  de	
  concurso,	
  em	
  função	
  de	
  sua	
  tipologia	
  
dissertativa	
   argumentativa,	
   que	
   oferece	
   substrato	
   para	
   as	
   	
   bancas	
   elaborarem	
   as	
   questões	
   de	
   interpretação	
  	
  
dos	
  textos.	
  
 ATV  -­1   Sobre	
  o	
  gênero	
  Crônica:	
  
1-­‐  Por	
  que	
  esse	
  gênero	
  é	
  tão	
  apreciado	
  por	
  leitores	
  de	
  jornais/revistas?	
  
2-­‐  Os	
  elementos	
  discursivos	
  predominantes	
  nas	
  crônicas	
  são	
  os	
  FATOS	
  ou	
  as	
  OPINIÕES?	
  
	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­1  
à Há	
  dois	
  gêneros	
  textuais	
  utilizados	
  frequentemente	
  pelas	
  bancas	
  de	
  concurso:	
  
(1)  o	
  EDITORIAL	
  de	
  jornais	
  pelo	
  seu	
  forte	
  aspecto	
  argumentativo	
  sobre	
  os	
  fatos	
  do	
  cotidiano	
  e	
  
(2)  as	
  CRÔNICAS	
  publicadas	
  em	
  jornais/revistas.	
  Recomendamos	
  a	
  leitura	
  atenta	
  desses	
  gêneros	
  e	
  a	
  
identificação	
  da	
  linha	
  argumentativa	
  desenvolvida	
  por	
  seus	
  autores.	
  
(1)  –  Por  ser  um  texto  opinativo  informal  no  qual  o(a)  cronista  apresenta  um  fato  da  vida  cotidiana  de  
relevância  na  mídia,  analisando-­o  sob  variados  aspectos,  de  maneira  breve  e  crítica.  
(2)   –  São  as  opiniões  emitidas  pelos  cronistas  que  formam  a  linha  argumentativa  desse  gênero  
textual.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  8	
  
	
  
	
  
  
4.2	
  
TIPOLOGIA	
  TEXTUAL	
  
A	
  tabela,	
  abaixo,	
  diferencia	
  os	
  quatro	
  tipos	
  de	
  texto	
  (TIPOLOGIA	
  TEXTUAL)	
  mais	
  requisitados	
  pelas	
  
bancas.  
  
NARRAÇÃO	
  
Texto	
  Narrativo	
  
DESCRIÇÃO	
  
Texto	
  Descritivo	
  
DISSERTAÇÃO	
  
Texto	
  Dissertativo	
  
INJUNÇÃO	
  ou	
  
Texto	
  Instrutivo	
  
Relato	
  de	
  fatos	
   Retrato	
   de	
   pessoas,	
  
ambientes,	
  objetos	
  
Defesa	
  de	
  um	
  argumento	
   Tem	
   caráter	
   normativo,	
  
impositivo:	
   mandar	
   ou	
  
pedir	
  
Presença	
   de	
   narrador,	
  
personagens,	
   enredo,	
  
cenário	
  e	
  tempo	
  
Predomínio	
  de	
  atributos,	
  
características	
  
Apresentação	
  de	
  uma	
  tese	
  	
  
que	
  será	
  defendida	
  
Ex.:	
   Manuais	
   de	
  
instruções,	
   	
   receitas	
  
culinárias,	
   guias	
   passo	
   a	
  
passo,	
   publicidade,	
  
orações	
  
Uso	
  de	
  verbos	
  de	
  ação	
  
Texto	
  SEQUENCIAL	
  
Uso	
  de	
  Verbos	
  de	
  Ligação	
  
–VL	
  
Texto	
  FIGURATIVO	
  
ESTRUTURA	
  padrão:	
  
Apresentação	
  
Desenvolvimento	
  
Conclusão	
  
Verbos	
   no	
   modo	
  
Imperativo,	
   Infinitivo	
   ou	
  
no	
  Futuro	
  do	
  Presente	
  
Apresenta	
  um	
  conflito	
   Emprego	
  de	
  metáforas	
  e	
  
comparações	
  
Predomínio	
   da	
   linguagem	
  
objetiva	
  
Linguagem	
  injuntiva	
  ou	
  
de	
  instrução	
  
É	
  mesclada	
  de	
  descrições	
  
Frequente	
   diálogo	
   direto	
  
e	
  indireto	
  
Tem	
   como	
   resultado	
   a	
  
imagem	
   física	
   ou	
  
psicológica	
  
Predomínio	
  da	
  DENOTAÇÃO	
   	
  
Conta	
  uma	
  HISTÓRIA	
   Representa	
   uma	
  
FOTOGRAFIA	
  
Expõe	
  ou	
  defende	
  IDEIAS	
   INSTRUI	
  
  
4.2.1	
  	
  ELEMENTOS	
  DE	
  CONSTRUÇÃO	
  DO	
  TEXTO	
  E	
  SEUS	
  SENTIDOS	
  
	
  
TIPOLOGIA	
   GÊNERO	
  
Ligada	
   à	
   composição	
   e	
   à	
   redação	
   do	
   texto.	
   Ligado	
   ao	
   aspecto	
   estrutural	
   e	
   sociocomunicativo	
   do	
  
Aparece	
  	
  nas	
  	
  questões	
  	
  classificada	
  	
  em	
  	
  4	
  	
  tipos:	
  texto.	
  
Narração,	
   Descrição,	
   Dissertação	
   e	
   Injunção.	
   	
   	
   Ex.:	
   conto,	
   bula	
   de	
   remédio,	
   e-­‐mail,	
   ofício.	
   Lembre-­‐	
  	
  	
  	
  
Ex.:	
   Texto	
   narrativo,	
   texto	
   descritivo,	
   texto	
   se	
   de	
   que	
   cadagênero	
   	
   possui	
   	
   uma	
   	
   função	
   	
   na	
  
dissertativo	
   e	
   texto	
   injuntivo	
   (ou	
   instrutivo	
   ou	
   sociedade.	
   Assim,	
   a	
   bula	
   reúne	
   informações	
   sobre	
  
procedimental).	
   um	
  determinado	
  medicamento.	
  
(LITERÁRIO	
  	
  X	
  NÃO-­‐LITERÁRIO)	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  9	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
4.3  DISSERTAÇÃO	
  
	
  
CARACTERÍSTICAS   3  PARTES  DA  DISSERTAÇÃO  
É	
  A	
  REDAÇÃO	
  CENTRADA	
  NA	
  IDEIA	
   INTRODUÇÃO	
   –	
   APRESENTAÇÃO	
   DE	
   UMA	
   IDEIA,	
   UMA	
  
AFIRMAÇÃO,	
   UMA	
   TESE	
   QUE	
   SERÁ	
   EXPLICADA	
   NOS	
  
PARÁGRAFOS	
  SEGUINTES	
  
O	
  	
  	
  TEXTO	
  	
  	
  É	
  	
  	
  DISSERTATIVO	
  	
  	
  	
  ARGUMENTATIVO	
   DESENVOLVIMENTO–	
  	
  	
  É	
  	
  	
  A	
  	
  	
  DEFESA	
  	
  	
  DA	
  	
  	
  IDEIA	
  	
  CENTRAL	
  
QUANDO	
  	
  	
  O	
  	
  	
  AUTOR	
  	
  	
  APRESENTA	
  	
  	
  E	
  	
  	
  	
  DEFENDE	
   APRESENTADA	
  NA	
  INTRODUÇÃO.	
  
OPINIÕES	
  SOBRE	
  O	
  TEMA	
  ABORDADO	
   É	
  A	
  FASE	
  DA	
  ARGUMENTAÇÃO	
  QUE	
  VISA	
  A	
  CONVENCER	
  	
  O	
  
	
   LEITOR.	
  
O	
  TEXTO	
  É	
  	
  DISSERTATIVO	
  EXPOSITIVO	
  	
  QUANDO	
   É	
  O	
  CORPO	
  DA	
  REDAÇÃO	
  
O	
  	
  	
  AUTOR	
  	
  	
  APRESENTA	
  	
  	
  FATOS	
  	
  SOBRE	
  	
  	
  O	
  TEMA	
   	
  
ABORDADO	
   DE	
   FORMA	
   CIENTÍFICA,	
   SEM	
   	
  
OPINIÕES	
  E	
  JUÍZOS	
   	
  
A	
  DISSERTAÇÃO	
  PADRÃO	
  POSSUI	
  3	
  PARTES	
  
DISTINTAS	
  
CONCLUSÃO–	
  CONTÉM	
  A	
  IDEIA	
  FINAL.	
  
MARCA	
  A	
  POSIÇÃO	
  CONCLUSIVA	
  DO	
  AUTOR	
  
	
  
	
  
	
  
4.3.1   MODELO	
  PADRÃO	
  DO	
  TEXTO	
  DISSERTATIVO	
  E	
  SUA	
  ORGANIZAÇÃO	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  10	
  
	
  
	
  
	
  
4.3.2   TIPOS	
  DE	
  DISSERTAÇÃO	
  
DISSERTAÇÃO   SUBJETIVA   DISSERTAÇÃO    OBJETIVA  
O	
  AUTOR	
  SE	
  ENVOLVE	
  NO	
  TEMA	
  ,	
  EXPRESSANDO	
  
SEUS	
  JUÍZOS	
  E	
  OPINIÕES	
  
O	
   AUTOR	
   DESENVOLVE	
   IDEIAS	
   COM	
   BASE	
   EM	
   OUTROS	
  
AUTORES	
   OU	
   CONCEITOS	
   UNIVERSAIS	
   DE	
   FORMA	
  
OBJETIVA	
  
USO	
  DA	
  1ª	
  PESSOA	
  [EU]	
   O	
  VERBO	
  FICA	
  NA	
  3ª	
  PESSOA	
  [ELES(S)]	
  
Espera-­‐se	
  que	
  .../	
  	
  É	
  esperado	
  que...	
  
	
  
4.4   TEXTO	
  LITERÁRIO	
  	
  X	
  	
  TEXTO	
  NÃO	
  LITERÁRIO	
  
TEXTO  LITERÁRIO   TEXTO  NÃO  LITERÁRIO  
Apresenta-­‐se	
  como	
  PROSA	
  ou	
  POESIA	
  
É	
  fruto	
  da	
  imaginação	
  do	
  autor,	
  podendo	
  basear-­‐se,	
  também,	
  em	
  
informações	
  e	
  fatos	
  reais	
  
Apresenta-­‐se	
  a	
  informação	
  de	
  FORMA	
  
DIRETA	
  e	
  OBJETIVA.	
  
Há	
  uma	
  dimensão	
  estética,	
  plurissignificativa	
  e	
  predomínio	
  da	
  
linguagem	
  CONOTATIVA	
  
Há	
   compromisso	
   com	
   a	
   realidade	
   e	
  
predomínio	
   da	
   linguagem	
  
DENOTATIVA	
  
Há	
  foco	
  narrativo:	
  
Narrador	
  Presente	
  –	
  1ª	
  pessoa	
  [EU]	
  
Narrador	
  Observador–	
  3ª	
  pessoa	
  [ELE]	
  
Narrador	
  Onisciente	
  –	
  Revela	
  sentimentos	
  e	
  pensamentos	
  dos	
  
personagens	
  [QUE	
  SABE	
  TUDO]	
  
	
  
Valoriza-­‐se	
  a	
  forma	
  e	
  a	
  exploração	
  dos	
  sentidos	
  das	
  palavras	
  
(polissemia)	
  e	
  as	
  figuras	
  de	
  linguagem.	
  
	
  
Ex.:	
  Conto,	
  romance,	
  poesia	
   Ex.:	
  Relatório,	
  ofício,	
  dissertação	
  
Dissertação  SUBJETIVA  
DISSERTAÇÃO  OBJETIVA  
Ainda  vou  elaborar  uma  teoria    provando  
que   o   caráter   de   um   povo   decorre   da    
sua   língua,   e   não   o   contrário.   O  
constante   mau   humor   do   francês,   por  
exemplo,   é   uma   exigência   sintática:   a  
língua   francesa   soa   melhor   quando  
exprime  alguma  indisposição.  
	
  
(Luís  Fernando  Veríssimo)  
Cabe  a  cada  usuário  da  língua  avaliar  o  contexto  de  uso    e  
escolher  a  forma  de  expressão  mais  apropriada.  A  língua  é  
expressão   da   imagem   que   os   interlocutores   fazem   da  
situação  social  em  que  se  encontram  –  ou  seja,  uma  forma  
de   comportamento-­,   e   como   tal   requer   de   seus   usuários  
discernimento   para   adequar   as   formas   que   empregam   à  
situação   e   à   finalidade   do   ato   comunicativo.   É   nisso   que  
consiste  a  competência  verbal  de  um  cidadão.  
(José  Carlos  de  Azeredo)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  11	
  
	
  
	
  
	
  
4.5   TEXTO	
  EM	
  PROSA	
  	
  X	
  	
  TEXTO	
  EM	
  VERSO	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Texto  1  
  
Nosso  primeiro  contato  com  os  índios  juruna  falhou.  Descíamos  o  Xingu  e,  abaixo  
da  foz  do  rio  Maritsauá,  vimos  um  acampamento  na  praia,  muito  bonito.  Fomos  até  
lá   e   os   índios   fugiram  em   canoas.  Saímos   com  nossos   barcos   a  motor   atrás   de  
uma   canoa   com   dois   índios.   Quando   perceberam   que   estavam   sendo   seguidos,  
encostaram  a  canoa  na  margem  e  fugiram  para  a  mata.  
Visão,  10/02/1975.  
Julgue  o  que  segue:  o  trecho  do  texto  acima  é  predominantemente  argumentativo.  
(      )  Certo   (      )  Errado  
  
GABARITO  –  Texto  1  –  Questão  de  Tipologia  Textual  
  
Cada  linha  de  um  poema  é  um  VERSO  
Cada  conjunto  de  linhas  é  uma  ESTROFE  
(E  )  –  é  predominantemente  NARRATIVO:  há  os  elementos  constituintes  à 
personagens,ação,  ambiente,  verbos  no  pretérito  perfeito.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  12	
  
	
  
	
  
  
  
4.6   ELEMENTOS	
  DA	
  NARRAÇÃO	
  –	
  TEXTO	
  1	
  
5   LINHA	
  DO	
  TEMPO	
  DO	
  VERBO	
  (TABELA	
  1	
  –	
  PÁGINA	
  23)	
  
A	
  identificação	
  dos	
  MODOS	
  e	
  TEMPOS	
  verbais	
  marca	
  uma	
  etapa	
  significativa	
  não	
  só	
  para	
  a	
  interpretação	
  de	
  
textos	
   como	
   também	
   para	
   resolver	
   variados	
   tipos	
   de	
   questões	
   envolvendo	
   reescritura,	
   paralelismo	
   sintático	
   e	
  
flexões	
  verbais.	
  
Pensando	
  em	
  facilitar	
  a	
  aprendizagem	
  desse	
  aspecto	
  do	
  tópico	
  VERBO,	
  sugerimos	
  a	
  ATV	
  de	
  construção	
  da	
  
Linha	
  do	
  Tempo/Modo,	
  que	
  deverá	
  articular	
  um	
  conhecimento	
  estrutural	
  para	
  a	
  resolução	
  de	
  várias	
  questões	
  de	
  
concurso.	
   Temos	
   3	
   MODOS	
   VERBAIS:	
   INDICATIVO	
   –	
   SUBJUNTIVO	
   –	
   IMPERATIVO.	
   Começaremos	
   com	
   o	
   Modo	
  
INDICATIVO.	
  
	
  
	
  
 ATV  -­2        LINHA	
  DO	
  TEMPO	
  DO	
  MODO	
  INDICATIVO	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  Oficial	
   www.en	
  er	
  g	
  i	
  acon	
  cu	
  r	
  sos.com.br	
  13	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
LINHA	
  DO	
  TEMPO	
  DO	
  MODO	
  SUBJUNTIVO	
  
	
  
GABARITO  –  ATV  2    Página  24  (Anexo  1)  
Interpretaçãode	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  14	
  
	
  
	
  
  
6   TIPOS	
  DE	
  DISCURSO	
  
DISCURSO	
  é	
  a	
  fala	
  dos	
  personagens	
  em	
  uma	
  NARRAÇÃO.	
  O	
  discurso	
  pode	
  ser	
  DIRETO,	
  INDIRETO	
  e	
  INDIRETO	
  LIVRE.	
  
DISCURSO  DIRETO   INDIRETO   MODIFICAÇÕES  
Pedro  disse  ao  irmão:  
-­  Pretendo  viajar  logo.  
Pedro  disse  ao  irmão  que  pretendia  viajar  logo.   Pres.  Ind.    àPret.  Imp.  Ind.  
O  jovem  afirmou:  
-­  Irei  à  festa  com  ela.  
O  jovem  afirmou  que  iria  à  festa  com  ela.   Fut.  Pres.      àFut.  Pret.  
Sua  mãe  lhe  pediu:  
-­  Volte  cedo.  
Sua  mãe  lhe  pediu  que  voltasse  cedo.   Imp.  àImperf.  do    Subj.  
Ele  garantiu:  
-­  Fiz  meu  trabalho.  
Ele  garantiu  que  fizera  seu  trabalho.  
(Tinha  feito)  
Pret.  Perfeito  àPret.  +  q-­  Perfeito  
DISCURSO  INDIRETO  LIVRE  
Ocorre  quando  o  autor  mistura  o  discurso  DIRETO  com  o  INDIRETO.  Não  se  usam  dois-­pontos,  travessão,  verbos  
de  elocução  nem  conjunção  integrante.É  como  se  o  próprio  autor  estivesse  falando.  
É  uma  estrutura  frasal  MODERNA,  que  confere  dinamismo  à  narrativa.  
O  mensageiro  apresentou-­se  adoentado  para  o  trabalho.  Meus  Deus,  pode  ser  que  eu  não  aguente!  Todos,  no  
entanto,  esperavam  que  aguentasse.  
ATV  3      Transforme	
  os	
  discursos	
  DIRETOS	
  em	
  INDIRETOS,	
  observando	
  as	
  transformações	
  verbais	
  e	
  pronominais.	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV  3  
  
DISCURSO  DIRETO   DISCURSO  INDIRETO  
Pontuação      característica      (dois      pontos     e  
travessão)  
Ausência  de  pontuação.  
(1) 
(1)   A  aluna  avisou:    —  Não  quero    isso!  
	
  
Pronomes  pessoais  e  possessivos  de  1.ª  e  
2.ª  pessoas  
(2)  —  Perdi  meus  óculos  —  disse    ele.  
(3)  O  aluno     denunciou:  
—  Os  policiais  me   empurraram.  
(4)  —  Não  te  preocupes  —  disse  a      mãe.  
Pronomes  de  3.ª  pessoa  
(2)   
(3)   
	
  
(4)   
(1)A  aluna  avisou  que  não  queria  aquilo.  
(2)   Ele  disse  que  (ele)  perdera   seus  óculos.  (ou  tinha  perdido)  
(3)   O  aluno  denunciou  que  os  policiais  o  tinham  empurrado.  (ou  haviam  empurrado)  
(4)   A  mãe  disse  para  (ele)  não  se  preocupar.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  15	
  
	
  
	
  
  
 ATV  4  
  
GABARITO  –  ATV  4  
  
  
7   CONOTAÇÃO	
  	
  x	
  	
  DENOTAÇÃO	
  
	
  
	
  
SENTIDO	
  CONOTATIVO	
  
(FIGURADO)	
  
SENTIDO	
  DENOTATIVO	
  
(OBJETIVO)	
  
FORÇA	
  EXPRESSIVA	
  
O	
  candidato	
  era	
  uma	
  fera.	
   Ele	
  era	
  estudioso,	
  inteligente,	
  	
  astuto.	
   Relaciona-­‐se	
  à	
  agressividade,	
  força,	
  agilidade	
  
na	
  caça	
  proveniente	
  de	
  animais	
  ferozes.	
  
O	
  gerente	
  ficou	
  uma	
  fera.	
   Ficou	
  muito	
  brabo,	
  agressivo	
  diante	
  de	
  
um	
   acontecimento.	
  
Relaciona-­‐se	
  ao	
  temor	
  que	
  um	
  animal	
  feroz	
  
provoca.	
  
 ATV  5   Transforme  os  termos  empregados  CONOTATIVAMENTE  para  a  LINGUAGEMDENOTATIVA  e  indique  a  FORÇA  
EXPRESSIVA  (impacto  na  sensibilidade  do  leitor/ouvinte)  apresentada  pelas  FIGURAS  DE  LINGUAGEM:  
1.   Toda	
  profissão	
  tem	
  seus	
  espinhos.	
  
2.   Além	
  dos	
  ganhos	
  econômicos,	
  a	
  nova	
  realidade	
  rendeu	
  frutos	
  	
  políticos.	
  
3.   Os	
  genéricos	
  estão	
  abrindo	
  as	
  portas	
  do	
  mercado...	
  
4.   O	
  homem	
  procura	
  novos	
  caminhos	
  na	
  tentativa	
  de	
  fixar	
  suas	
   raízes.	
  
	
  
GABARITO  –  ATV  5  (1)  espinhos  =  dificuldades  –  (2)  frutos  =  vantagens,    ganhos    –    (3)    sendo    
introduzidos  no  mercado  –  (4)  caminhos  =  formas,  maneiras  /  raízes  =  cultura,  formas  de       ser.  
(B)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  16	
  
	
  
	
  
  
8  DOMÍNIO	
  VOCABULAR	
  
Como	
   é	
   impossível	
   conhecer	
   o	
   significado	
   e	
   o	
   uso	
   de	
   todas	
   as	
   palavras	
   de	
   nossa	
   língua,	
   recomendamos	
   a	
  
elaboração	
   de	
   um	
   glossário	
   com	
   os	
   termos	
  mais	
   usuais	
   que	
   encontramos	
   em	
   textos	
   de	
   jornais,	
   revistas	
   e	
   livros.	
   A	
  
consulta	
   a	
   dicionários	
   deverá	
   ser	
   diária,	
   também.	
   Os	
   eletrônicos	
   são	
  mais	
   práticos	
   para	
   as	
   consultas,	
   sobretudo	
   os	
  
disponíveis	
  via	
  smartphones.	
  
	
  
9   LEITURA	
  E	
  COMPREENSÃO	
  DO	
  MUNDO	
  
O	
   candidato	
   deverá	
   incluir	
   em	
   	
   sua	
   rotina	
   a	
   prática	
   diária	
   de	
   leitura	
   atenta	
   dos	
   fatos	
   pontuais	
   veiculados	
   na	
  	
  
mídia.	
   Recomenda-­‐se,	
   no	
   mínimo,	
   a	
   leitura	
   de	
   jornais	
   e	
   revistas	
   diariamente.	
   	
   Uma	
   	
   publicação	
   	
   altamente	
  	
  
recomendada	
  para	
   leitura	
  é	
  o	
  Guia	
  do	
  Estudante	
  –	
  Atualidades	
  Vestibular	
  +	
   	
   Enem	
   	
  da	
   	
   editora	
   	
  Abril,	
   	
   vendido	
   	
   em	
  
bancas	
  de	
  revista.	
  Esse	
  guia	
  é	
  editado	
  semestralmente	
  e	
  apresenta	
  de	
  forma	
  didática	
  os	
  principais	
  fatos	
  da	
  economia,	
  
política,	
  sociedade,	
  cultura,	
  história,	
  meio	
  	
   ambiente.	
  
	
  
10  GRAMÁTICA	
  
O	
   conhecimento	
   gramatical	
   deverá	
   estar	
   sempre	
   lado	
   a	
   lado	
   com	
   as	
   atividades	
   de	
   leitura	
   e	
   interpretação.	
   A	
  
tendência	
   das	
   	
   bancas	
   é	
   mesclar	
   esses	
   dois	
   conhecimentos	
   na	
   elaboração	
   das	
   questões.	
   Os	
   conteúdos	
   gramaticais	
  	
  	
  	
  	
  
mais	
   requeridos	
   nas	
   questões	
   de	
   interpretação	
   são	
   as	
   relações	
   MORFOSSINTÁTICAS	
   e	
   os	
   valores	
   semânticos	
   dos	
  
CONECTORES.	
  
	
  
	
  
Texto	
  	
  2	
  
Diversamente   da   tortura   perpetrada   durante   o   regime  militar,   que   era  
orientada   por   critérios   político-­ideológicos,   a   tortura   na   era   da  
democratização   orienta-­se   fundamentalmente   por   critérios  
socioeconômicos,   com   forte   componente   étnico-­racial,   à   medida   que  
suas   vítimas   preferenciais,   conforme   relatórios   das   ouvidorias   de  
polícia,  são  os  jovens  negros  e   pobres.  
  
  
ESQUEMA	
  GRÁFICO	
  –	
  INTERPRETAÇÃO	
  –	
  TEXTO	
  2	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  17	
  
	
  
	
  
	
  
01.Com	
  base	
  nas	
  informações	
  do	
  texto,	
  assinale	
  C	
  (certo)	
  ou	
  E	
  	
  	
  (errado)	
  
	
  
(	
  	
  	
  )	
  A	
  tortura	
  durante	
  o	
  regime	
  militar	
  era	
  mais	
  grave	
  do	
  que	
  nos	
  dias	
  	
  	
  atuais.	
  
(	
  	
  	
  	
  )	
  A	
  tortura	
  na	
  épocada	
  democratização	
  existe	
  exclusivamente	
  por	
  critérios	
  sociais	
  e	
  econômicos.	
  	
  	
  
(	
  	
  	
  	
  )	
  A	
  tortura	
  na	
  era	
  da	
  democratização	
  é	
  mais	
  perversa,	
  porque	
  pressupõe	
  a	
  	
   discriminação.	
  
(	
   )	
  	
  Na	
  era	
  da	
  democratização	
  	
  os	
  critérios	
  políticos	
  e	
  	
  ideológicos	
  mostram-­‐se	
  	
  	
  	
   mais	
  	
  importantes	
  	
  que	
   os	
  
socioeconômicos.	
  
0.2	
  Qual	
  seria	
  o	
  melhor	
  título	
  para	
  o	
  texto?	
  
a)Tortura	
  nos	
  regimes	
  de	
  	
  força.	
  
b)A	
  discriminação	
  contra	
  o	
  Negro	
  e	
  o	
  	
  Pobre.	
  
c)Tortura:	
  uma	
  constante	
  em	
  nossa	
  sociedade.	
  
d)Democratização	
  	
  e	
  Censura.	
  
e)Política	
  e	
  Tortura	
  
	
  
GABARITO	
  –	
  Texto	
  2	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Texto    3  
Quem  lia  os  romances   românticos?  
A  prosa   literária   brasileira   começa  no  Romantismo.  Com  o  gradual   desenvolvimento    
de   algumas   cidades,   sobretudo   a   do   Rio   de   Janeiro,   a   cidade   da   corte,     formou–se   um    
público  leitor  composto  basicamente  de  jovens  da  classe  rica,  cujo  ócio  permitia  a  leitura  de  
romances  e   folhetins.  Esse  público  buscava  na   literatura  apenas  distração.  Torcia  por  seus  
heróis,   sofria   com   as   heroínas   e,   tão   logo   chegava   ao   final,   fechava   o   livro   e   o   esquecia,  
esperando   o   próximo,   que   lhe   ofereceria   praticamente   as  mesmas   emoções.  O   público   de  
hoje  substituiu  os  romances  e  folhetins  pelas  telenovelas,  mas  ainda  continua  em  busca  de  
distração,  passando  o  tempo  a  torcer  e  a  chorar  por  seus    heróis.  
  
("Apresentação".  In:  ALMEIDA,  Manuel  Antônio  de  Memórias  de  um  sargento  de  milícias;;  
orientação  pedagógica  Douglas  Tufano;;  notas  de  leitura  Cláudio  A.  Tafarello.  São  Paulo:  Moderna,  1993,  p.7)  
01.E	
  –	
  E	
  –E	
  –	
  E	
  
	
  
02.c)	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  18	
  
	
  
	
  
  
ESQUEMA	
  GRÁFICO	
  –	
  INTERPRETAÇÃO	
  –	
  TEXTO	
  3	
  
Sobre  o  texto  2  julgue  os  itens  abaixo  e  assinale  C  (certo)  ou  E  (errado).  
(   )  O    livro,    para  os  jovens  do    Rio  de    Janeiro,    revestia–se  de    uma    imagem  perpétua    que    ficava  gravada     nas   suas  
mentes.  
(      )  A  literatura  era  uma  maneira  de  distração  para  o  público  do  Rio  de      Janeiro.  
(   )   A   parcela   da   população   que   lia   a   prosa   literária  do  Romantismo  era   ampla,   abarcando   toda   a   cidade   do   Rio   de  
Janeiro.  
(        )  O  vocábulo  "ócio",  referindo–se  aos  jovens  da  classe  rica,  pode  ser  substituído  pelo  vocábulo  "desocupação".      
(        )  A  literatura,  para  o  público  da  época  do  Romantismo,  era     imprescindível.  
(    )  Os  leitores  da  atualidade  ainda  buscam  as  mesmas  emoções  dos       leitores  do  Romantismo.  
  
GABARITO  –  Texto  3  
  
E  –  C  –E  –  C-­  E  –  E  (os  espectadores)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  19	
  
	
  
	
  
  
11   FATO  x  OPINIÃO  
Há	
   questões	
   de	
   interpretação	
   que	
   testam	
   a	
   capacidade	
   do	
   aluno	
   em	
   diferenciar	
   informações	
   textuais	
   baseadas	
   em	
  
FATOS	
  ou	
  OPINIÕES.	
  Os	
   fatos	
   são	
   informações	
  objetivas	
  que	
  atestam	
  uma	
  ocorrência,	
   apresentam	
  um	
  conceito	
   sem	
  
análise	
  crítica	
  ou	
  valoração.	
  Já	
  as	
  opiniões	
  são	
  informações	
  subjetivas,	
  analisadas,	
  que	
  trazem	
  valoração,	
   juízo	
  (alguns	
  
marcadores	
   gramaticais	
   de	
   OPINIÃO:	
   adjetivos,	
   advérbios,	
   palavras	
   	
   conotativas	
   	
   e	
   	
   expressões	
   	
   indicando	
  
subjetividade).	
  
	
  
	
  
	
  
FATO   OPINIÃO  
Coisa	
  ou	
  ação	
  feita,	
  acontecimento,	
  feito.	
  
Aquilo	
  que	
  realmente	
  existe,	
  que	
  é	
  real.	
  
Modo	
  de	
  ver,	
  de	
  pensar.	
  
Juízo,	
  ideia,	
  princípio.	
  
Posição,	
  valor,	
  interpretação.	
  
Texto  4  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  20	
  
	
  
	
  
	
  
Entre  a  palavra  e  o  ouvido  
Nossos   ouvidos   nos   traem,   muitas   vezes,   sobretudo   quando   decifram   (ou  
acham   que   decifram)   palavras   ou   expressões   pela   pura   sonoridade.   Menino  
pequeno,   gostava   de   ouvir   uma   canção   dedicada   a   uma   mulher   misteriosa,  
dona  Ondirá.  Um  dia  pedi  que  alguém  a  cantasse,  disse  não  saber,  dei  a  deixa:  
“Tão   longe,   de  mim   distante,   Ondirá,   Ondirá,   teu   pensamento?”  Ganhei   uma  
gargalhada  em  resposta.  Um  dileto  amigo  achava  esquisito  o  grande  Nat  King  
Cole  cantar  seu  amor  por  uma  misteriosa  espanhola,  uma  tal  de  dona  Quiçás...  
O  ator  Ney  Latorraca  afirma   já   ter  sido   tratado  por  seu  Neila.  Neila  Torraca,  é  
claro.  Agora  me  diga,  leitor  amigo:  você  nunca  foi  apresentado  a  um  velhinho  
chamado  Fulano  Detal?  
(Armando  Fuad.  Inédito)  
  
  
GABARITO  –  Texto  4  
  
01.(B)  
02.(C)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  21	
  
Texto  5  
	
  
	
  
  
Saúde  virou  preconceito:Ser  saudável  é  importante.  Mas,  por  trás  desse  argumento,  
muita  gente  esconde  um  discurso  preconceituoso  que  precisa  ser       combatido.  
Sou  contra  a  saúde.  Mas  como  alguém  pode  ser  contra  algo  tão  importante?  Permita-­  -­me  começar  dizendo  que  se  alguém  
se  sentir  mal  antes,  durante  ou  depois  de  ler  este  artigo,  deve  buscar  cuidados  médicos.  Eu  acredito  nos  germes  e  em  doenças  
infecciosas.  E  que  as  pessoas  devem  usar  capacetes  quando  andam  de  bicicleta.  No  que  eu  não  acredito  é  que  as  pessoas  possam  
usar  a  saúde  como  um  argumento  para  camuflar  seus  preconceitos.  Pense  em  uma  mãe  que  alimenta  seu  recém-­nascido  com  uma  
mamadeira.  A  maioria  das  pessoas  olharia  para  ela  e  diria:  “Leite  materno  seria  melhor  para  a  saúde  do  bebê”.  Mas,  no  fundo  no  
fundo,  já  concluiu:  “Ela  não  é  uma  boa  mãe,  por  isso  não  amamenta  a  criança  com  seu  leite”.  
Da  mesma  maneira  acontece  em  situações  que  já  não  são  tão  novas,  como  os  fumantes  forçados  a  se  excluir  do  grupo  e  ir  
para  áreas  isoladas,  enquanto  os  demais  olham  para  eles  e  pensam  que  são  maus  exemplos  para  os  filhos,  partindo  apenas  do  fato  
de  fumarem.  Classificar  opiniões  desse  tipo  de  moralismo  geraria  críticas,  mas  nomeá-­las  como  uma  defesa  da  “saúde”  permite  às  
pessoas  fazer  uma  série  de  suposições  sobre  os  outros,  protegendo-­as  dos  estigmas  de  preconceituosas  e  moralistas.  No  debate  
recente  sobre  planos  de  saúde  nos  Estados  Unidos,  a  palavra  saúde  não  estava  só  carregada  de  julgamentos  de  valor  e  hierarquias.  
Falava  tanto  de  privilégios  quanto  falavade  bem-­estar.  Saúde,  portanto,  é  também  uma  posição  ideológica.  
E   lembre-­se  das  revistas  de  saúde  a  que  você  tem  acesso.  A  maioria  delas  permite-­se  usar  comentários  discutíveis  em  
nome  dessa  tal  saúde.  A  publicação  americana  Men’s  Health,  por  exemplo,  publicou  uma  matéria  que  daria  instruções  para  que  o  
homem  “desenvolvesse  um  abdome  afiado”  para  “se  destacar”  e  “levar  a  vizinha  para  a  cama”.  Essa  linguagem  seria  considerada  
machista,  mas  novamente  o  termo  “saúde”  permitiu  que  a  revista  pregasse  que  certos  tipos  de  corpo  são  desejáveis,  enquanto  
outros  são  repugnantes.  E  que  o  critério  para  a  escolha  amorosa  e  sexual  seria  unicamente  físico.  É  extremamente  necessário  que  
médicos,  formadores  de  opinião  e  políticos  discutam  os  contextos  equivocados  em  que  a  ideia  de  saúde  vem  sendo  usada.  Isso  
levará  a  interações  sociais  mais  profundas,  produtivas  e  –  por  que  não?  –  verdadeiramente  mais  saudáveis  para  todos  nós.  
METZEL,  Jonathan  M.  Saúde  virou  preconceito.  Revista  Galileu,  n.  236,  fev.  2011.      [adaptado]  
1.   Assinale  a  alternativa  que  MELHOR  RESUME  o  Texto  6.  
A  (   )  O  autor  é  contra  o  modo  como  os  profissionais  da  saúde  têm  tratado  dessa  temática  junto  ao  público  em  geral.  
B  (     )  As  revistas  de  saúde  costumam  incentivar  seus  leitores  a  terem  uma  postura  preconceituosa.  
C  (    )  O  fato  de  não  receber  leite  materno  é  fator  prejudicial  à  saúde  dos  bebês.  
D  (    )  O  autor  é  contra  a  discriminação  que  sofrem  os  fumantes,  ao  serem  forçados  ao  isolamento  para  poder  fumar.  
E  (    )  O  autor  critica  o  fato  de  as  pessoas  usarem  a  defesa  da  saúde  para  camuflar  certos  preconceitos  e/ou  juízos  de  valor.  
  
2.   Assinale  a  alternativa  que  NÃO  ESTÁ  CORRETA,  de  acordo  com  o  Texto  6.  
A  (  )  O  autor  faz  um  alerta  a  respeito  de  comportamentos  preconceituosos  que  as  pessoas  podem  ter  em  nome  da  saúde.  
B  (  )  O  autor  não  é  contrário  à  busca  pela  saúde,  uma  vez  que  sugere  a  procura  por  médicos,  em  casos  de  mal-­estar,  e  uma  
medida  de  prevenção  de  acidentes  a  ciclistas.  
C  (  )  As  revistas  de  saúde  são  elogiadas  pelo  autor,  no  que  se  refere  à  questão  tratada  no  texto.  
D  (  )  O  vocábulo  acredito  em  “No  que  eu  não  acredito  é  que  as  pessoas  possam  usar  a  saúde  como  um  argumento  para  
camuflar  seus  preconceitos.”  (linhas  4-­5)  poderia  ser  substituído  por  aceito,  sem  grande  prejuízo  ao  sentido  do  texto.  
E   (   )  O  uso  do  adjetivo  discutíveis  em  “A  maioria  delas  permite-­se  usar   comentários  discutíveis  em  nome  dessa   tal   saúde”  
(linhas  17-­18)  reforça  a  posição  do  autor  em  relação  aos  comportamentos  preconceituosos  que  muitos  têm  em  nome  da  
saúde.  
  
GABARITO  –  Texto  5  
01.  (E)  
02.  (C)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  22	
  
	
  
	
  
  
  
12   ESTRUTURA	
  TEXTUAL	
  
Questão	
  envolvendo	
  as	
  funções	
  que	
  as	
  estruturas	
  –	
  PERÍODOS	
  	
  e	
  PARÁGRAFOS	
  -­‐	
  desempenham	
  	
  na	
  construção	
  	
  
da	
  textualidade	
  para	
  a	
  construção	
  dos	
  	
   sentidos.	
  
	
  
	
  
	
  
GABARITO    –  FGV-­SEJAP-­MÉDIO-­2013  
  
  
Texto  6  
Em  fins  do  ano  passado  foi  aprovada  na  Comissão  de  Constituição  e  Justiça  do  Senado  a  denominada  Emenda  Constitucional  da  
Felicidade,   que   introduz   no   artigo   6º   da   Constituição   Federal,   relativo   aos   direitos   sociais,   frase   com   a   menção   de   que   são  
essenciais  à  busca  da  felicidade.  
Pondera-­se  também  que  a  busca  individual  pela  felicidade  pressupõe  a  observância  da  felicidade  coletiva.  Há  
felicidade  coletiva  quando  são  adequadamente  observados  os  itens  que  tornam  mais  feliz  a  sociedade.  E  a  sociedade  será  mais  feliz  
se  todos  tiverem  acesso  aos  básicos  serviços  públicos  de  saúde,  educação,  previdência  social,  cultura,  lazer,  entre  outros,  ou  seja,  
justamente  os  direitos  sociais  essenciais  para  que  se  propicie  aos  indivíduos  a  busca  da  felicidade.  
Pensa-­se  possível  obter  a  felicidade  a  golpes  de  lei,  em  quase  ingênuo  entusiasmo,  ao  imaginar  que,  por  dizer  a  Constituição  serem  
os  direitos  sociais  essenciais  à  busca  da  felicidade,  se  vai,  então,   forçar  os  entes  públicos  a  garantir  condições  mínimas  de  vida  
para,  ao  mesmo  tempo,  humanizar  a  Constituição.  
A  menção  à  felicidade  era  própria  da  concepção  de  mundo  do  Iluminismo,  quando  a  deusa  razão  assomava  ao  
Pantheon  e  a  consagração  dos  direitos  de  liberdade  e  de  igualdade  dos  homens  levava  à  crença  na  contínua  evolução  da  sociedade  
para  a  conquista  da  felicidade  plena  sobre  a  Terra.  Trazer  para  os  dias  atuais,  depois  de  todos  os  percalços  que  a  História  produziu  
para  os  direitos  humanos,  a  busca  da  felicidade  como  fim  do  Estado  de  Direito  é  um  anacronismo  patente,  sendo  inaceitável  hoje  a  
inclusão  de  convicções  apenas  compreensíveis  no  irrepetível  contexto  ideológico  do  Iluminismo.  
Confunde-­se  nessas  proposições  bem-­intencionadas,  politicamente  corretas,  o  bem-­estar  social  com  a   felicidade.  A  educação,  a  
segurança,  a  saúde,  o   lazer,  a  moradia  e  outros  mais  são  considerados  direitos   fundamentais  de  cunho  social  pela  Constituição  
exatamente   por   serem   essenciais   ao   bem-­estar   da   população   no   seu   todo.   A   satisfação   desses   direitos   constitui   prestação  
obrigatória  do  Estado,  visando  dar  à  sociedade  bem-­estar,  sendo  desnecessária,  portanto,  a  menção  de  que  são  meios  essenciais  à  
busca  da  felicidade  para  se  gerar  a  pretensão  legítima  ao  seu  atendimento.  
Na	
  estruturação	
  do	
  texto,	
  o	
  segundo	
  período	
  do	
  
primeiro	
  parágrafo	
  tem	
  a	
  função	
  de	
  
(A)   justificar	
  a	
  qualificação	
  de	
  “diferente”	
  dada	
  ao	
  
centro	
  de	
  detenção.	
  
(B)  retificar	
  uma	
  informação	
  dada	
  de	
  forma	
  imprecisa	
  
no	
  período	
  anterior.	
  
(C)   explicar	
  o	
  porquê	
  de	
  ter	
  sido	
  criado	
  um	
  novo	
  
centro	
  de	
  detenção.	
  
(D)   demonstrar	
  que	
  as	
  autoridades	
  mundiais	
  estão	
  
preocupadas	
  com	
  a	
  segurança	
  dos	
  	
  presídios.	
  
(E)   criticar	
  o	
  excesso	
  de	
  imaginação	
  de	
  designers	
  e	
  
arquitetos.	
  
Tendências	
  para	
  as	
  cadeias	
  no	
  futuro?	
  
Na	
   Malásia,	
   uma	
   equipe	
   de	
   designers	
   e	
  
arquitetos	
   elaborou	
   um	
   conceito	
   de	
   centro	
   de	
  
detenção	
   bastante	
   diferente.	
   O	
   projeto	
   	
   consiste	
  	
  
em	
   um	
   complexo	
   prisional	
   suspenso	
   no	
   ar,	
   o	
   que	
  	
  
em	
  teoria	
  dificultaria	
  as	
  	
  tentativas	
  	
  de	
  fuga,	
  	
  devido	
  
à	
   altura	
   potencialmente	
   fatal	
   de	
   uma	
   queda	
   e	
   à	
  
visibilidade	
   que	
   o	
   fugitivo	
   teria	
   aos	
   olhos	
   dos	
  
pedestres	
  na	
  parte	
  de	
   baixo.	
  
(FGV-­‐SEJAP-­‐MÉDIO-­‐2013)	
  
(A)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficialwww.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  23	
  
	
  
	
  
  
O  povo  pode  ter  intensa  alegria,  por  exemplo,  ao  se  ganhar  a  Copa  do  Mundo  de  Futebol,  mas  não  há  felicidade  coletiva,  e  sim  
bem-­estar  coletivo.  A  felicidade  é  um  sentimento  individual  tão  efêmero  como  variável,  a  depender  dos  valores  de  cada  pessoa.  Em  
nossa   época   consumista,   a   felicidade   pode   ser   vista   como   a   satisfação   dos   desejos,   muitos   ditados   pela   moda   ou   pelas  
celebridades.   Ter   orgulho,   ter   sucesso   profissional   podem   trazer   felicidade,   passível   de   ser   desfeita   por   um  desastre,   por   uma  
doença.  
Assim,  os  direitos  sociais  são  condições  para  o  bem-­estar,mas  nada  têm  a  ver  com  a  busca  da  felicidade.  Sua  realização  pode  
impedir  de  ser  infeliz,  mas  não  constitui,  de  forma  alguma,  dado  essencial  para  ser  feliz.  
(Miguel  Reale  Júnior.  O  Estado  de  S.  Paulo,  A2,  Espaço  Aberto,  
5  de  fevereiro  de  2011,  com  adaptações)  
  
1   -­  Afirma-­se  corretamente  que  o  autor  
  
(A)  está  convencido  de  que  uma  sociedade  só  poderá  ser  plenamente  feliz  se  lhe  for  permitida  a  realização  de  todas  as  suas  
expectativas,  principalmente  quanto  aos  seus  direitos  básicos.  
(B)  critica,  tomando  por  base  as  obrigações  do  Estado  de  Direito  e  os  conceitos  de  felicidade  e  de  bem-­  estar  coletivo,  a  proposta  
de  Emenda  Constitucional  por  considerá-­la  inócua  e  defasada.  
(C)  defende  a  concessão,  pelo  Estado,  de  garantias  constitucionais  para  que  a  sociedade  tenha  qualidade  de  vida,  imprescindível  à  
sensação  de  bem-­estar  coletivo,  que  se  torna  o  caminho  para  a  felicidade  geral.  
(D)  censura  a  tardia  preocupação  do  Senado  brasileiro  em  oferecer  condições  mínimas  de  qualidade  de  vida  à  população,  com  a  
oferta  dos  direitos  básicos  que  venham  a  garantir  a  felicidade  geral.  
(E)  faz  referência  à  necessária  conscientização  de  que  o  bem-­estar  da  população  é  um  bem  indiscutível,  especialmente  quanto  à  
liberdade  e  à  igualdade,  a  partir  dos  princípios  que  embasaram  o  Iluminismo.  
  
  
2   -­Em  relação  ao  desenvolvimento  textual,  está  INCORRETO  o  que  consta  em:  
(A)  Os  dois  primeiros  parágrafos  introduzem  o  assunto  que  será  analisado  a  seguir.  
(B)  Há  passagens  no  texto  que  evidenciam  o  posicionamento  do  autor  sobre  o  assunto  em  pauta.  
(C)  No  4.o  parágrafo  identifica-­se  a  argumentação  de  que  se  vale  o  autor  para  embasar  a  opinião  que  será  defendida  no  parágrafo  
seguinte.  
(D)  O  exemplo  tomado  à  Copa  do  Mundo,  no  6.º  parágrafo,  compromete  o  encadeamento  das  ideias  defendidas  no  texto.  
(E)  O  último  parágrafo  constitui  uma  conclusão  coerente  de  toda  a  discussão  apresentada.  
  
GABARITO  –  Texto  6  
1.   b)  
2.   d)  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  24	
  
	
  
	
  
  
ANEXO  1  –  ATV-­2  -­  GABARITO  -­  LINHA  DO  TEMPO  (E  MODO)  DOS  VERBOS  (pág.      13)  
  
  
  
  
  
REFERÊNCIAS  
Almeida,  Nílson  Teixeira  de.  Gramática  da  língua  portuguesa  para  concursos,  vestibulares,  ENEM,  colégios  técnicos  e  
militares.  9.ed.  São  Paulo:  Saraiva,  2009.  
Azeredo,  José  Carlos  de.  Gramática  Houaiss  da  língua  portuguesa.  –  São  Paulo:  Publifolha,  2011.  
Cegalla,  Domingos  Pascoal.  Novíssima  gramática  da  língua  portuguesa.  46.  Ed.  São  Paulo:  Companhia  Editora  Nacional,  2005.  
Bechara,  Evanildo.  Gramática  escolar  da  língua  portuguesa.  2.ed.  Rio  de  Janeiro:  Nova  Fronteira,  2010.  
Buarque  de  Holanda  Ferreira,  Aurélio.  Novo  Aurélio,  Século  XXI.  Dicionário  Eletrônico,  Lexikon  Informática,  Editora  Nova  
Fronteira,  versão  3.0,  1999.  
Kock,Ingedore  Grunfeld  Villaça.  A  coerência  textual.  17.  Ed.  São  Paulo:  Contexto,  2007.  
Questões  de  provas  de  Concurso  Público  das  bancas:  Cespe/Unb,  FCC,  FGV  e  FEPESE.  
Russo,  Antônio  Ricardo.  Interpretação  de  textos.  Porto  Alegre:  Artes  e  Ofícios,  2011.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  25	
  
	
  
	
  
  
  
  
  
  
Neste	
   segundo	
   encontro,	
   abordaremos	
   os	
   aspectos	
   macroestruturais	
   do	
   texto,	
   com	
   ênfase	
   em	
   Coesão	
   e	
  
Coerência	
   e	
   Operadores	
   Argumentativos.	
   Também	
   estudaremos	
   PREPOSIÇÕES	
  e	
   seus	
   valores	
   expressivos,	
   PRONOMES	
  
RELATIVOS	
   e	
   as	
   CONJUNÇÕES	
  mais	
   cobradas	
   em	
   provas	
   de	
   concurso.	
   	
   Ao	
   	
   final,	
   	
   resolveremos	
   	
   algumas	
   	
   questões	
  	
  
relativas	
  a	
  esses	
  tópicos	
  formuladas	
  por	
  bancas	
  	
   nacionais.	
  
1   COESÃO  
É	
   a	
   maneira	
   como	
   palavras,	
   frases,	
   períodos	
   e	
   parágrafos	
   encontram-­‐se	
   conectados	
   entre	
   si	
   em	
   sequência,	
  
estabelecendo	
   RELAÇÕES	
   TEXTUAIS.	
   Ocorre	
   COESÃO	
   quando	
   a	
   interpretação	
   de	
   algum	
   elemento	
   no	
   discurso	
   é	
  
dependente	
  da	
  de	
  outro.	
  A	
  COESÃO	
  garante	
  a	
  LEGIBILIDADE,	
  pois	
  explicita	
  os	
  tipos	
  de	
  relações	
  estabelecidas	
  entre	
  os	
  
elementos	
   linguísticos.	
   É	
   uma	
   decorrência	
   da	
   própria	
   CONTINUIDADE	
   exigida	
   pelo	
   texto,	
   ARTICULANDO	
   	
   os	
  
componentes	
  textuais	
  e	
  produzindo	
  a	
  COERÊNCIA	
  (produção	
  de	
  	
  	
  sentidos).	
  
	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  26	
  
	
  
	
  
	
  
	
   	
  
2   COERÊNCIA  
Agora	
   observe	
   a	
   definição	
   de	
   COERÊNCIA,	
   que	
   é	
   o	
   fato	
   de	
   os	
   elementos	
   contidos	
   no	
   texto	
   serem	
  
relevantes	
  entre	
  si	
  e	
  produzirem	
  SENTIDO.	
  A	
  coerência	
  é	
  responsável	
  pela	
  continuidade	
  de	
  sentido	
  no	
  texto.	
  	
  	
  	
  	
  
É	
   resultado	
   de	
   uma	
   complexa	
   rede	
   de	
   fatores	
   de	
   ordem	
   linguística	
   e	
   cognitiva.	
   No	
   exemplo	
   	
   abaixo,	
  	
  
percebemos	
   que	
   houve	
   coerência,	
   porque	
   o	
   elemento	
   coesivo	
   “portanto”	
   tem	
   valor	
   semântico	
   conclusivo,	
  
necessário	
  ao	
  	
  entendimento	
  do	
   enunciado.	
  
E	
  se	
  eu	
  alterar	
  a	
  conjunção	
  “portanto”	
  para	
  “entretanto”?	
  Haverá	
  prejuízo	
  	
  	
  semântico?	
  
Sim.	
   Teremos	
   uma	
   quebra	
   de	
   coerência	
   que	
   deixará	
   o	
   enunciado	
   INCOERENTE,	
   porque	
   a	
   conjunção	
  
“entretanto”,	
  assim	
  como	
  “mas,	
  porém,	
   todavia,	
   contudo”,	
  possui	
  valor	
   semântico	
  de	
  oposição/contraste,	
  de	
  
uma	
  quebra	
   de	
   expectativa.	
   Porém,	
   se	
   eu	
   a	
   substituísse	
   por	
   “logo”,	
   não	
   haveria	
   prejuízo	
   semântico,	
   porque	
  	
  
tem	
   o	
   mesmo	
   valor	
   semântico	
   CONCLUSIVOde	
   “portanto”.	
   Esse	
   modelo	
   de	
   reescritura	
   textual	
   	
   é	
   	
   muito	
  	
  
comum	
  em	
   	
  provas	
  de	
   concurso,	
   e	
  o	
   candidato	
  deverá	
   ficar	
   atento	
  aos	
   valores	
   semânticos	
  das	
   conjunções	
  e	
  	
  	
  
das	
   preposições.	
   Assim,	
   o	
   candidato	
   deverá	
   Identificar	
   aforma	
   correta	
   de	
   RECOMPOR	
   um	
   	
   texto	
   	
  mantendo	
  	
  
seus	
  sentidos	
  ORIGINAIS,	
  sem	
  prejuízo	
  da	
  coesão,	
  coerência	
  e	
  da	
  correção	
  	
  	
   gramatical.	
  
ATV-­‐1	
  -­‐	
  Analise	
  os	
  seguintes	
  enunciados:	
  eles	
  são	
  coerentes	
  ou	
  incoerentes?	
  Destaque	
  os	
  elementos	
  
coesivos.	
  
(1)  Fui	
  à	
  feira.	
  Lá	
  estava	
  um	
   inferno.  
(2)  Leio	
  jornais	
  de	
  economia;	
  ele,	
  revistas	
  de	
  	
  esporte.  
(3)  Ele	
  viu	
  o	
  acidente	
  do	
   carro.  
(4)  Capacete	
  -­‐	
  quem	
  tem	
  cabeça	
   usa.  
(5)  Se	
  fizer	
  tempo	
  bom	
  eu	
  vou	
  à	
   praia.  
(6)  Além	
  do	
  excelente	
  salário,	
  na	
  prova	
  discursiva	
  o	
  candidato	
  deverá	
  	
  desenvolver	
  	
  um	
  	
  texto	
  
dissertativo.  
(7)  No	
  sábado,	
  eu	
  fui	
  pescar.	
  Nesse	
  dia,	
  peguei	
  muita	
  	
  tainha.  
(8)  Pedro	
  comprou	
  um	
  carro	
  novo	
  e	
  José	
  	
  também.  
(9)  O	
  Professor	
  acha	
  que	
  os	
  alunos	
  não	
  estão	
  preparados,	
  mas	
  eu	
  não	
  penso	
  	
   assim.  
(10)  O	
  juiz1	
  condenou	
  o	
  réu2	
  a	
  10	
  anos	
  de	
  prisão.	
  Ele	
  achou	
  essa	
  pena	
  condizente	
  com	
  as	
  circunstâncias	
  do	
  crime.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  27	
  
	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­1  
  
3   ELEMENTOS	
  DE	
  COESÃO	
  TEXTUAL	
  
	
  
3.1   ELEMENTOS	
  COESIVOS	
  E	
  SEUS	
   SENTIDOS	
  
	
  
(1)  Lá  (ADVB)  –(2)  vírgula  (elipse  do  verbo  LER)  –  (3)  Ambiguidade  –  como  vício  de  linguagem  -­  (4)  
Ambiguidade  intencional  como  efeito  expressivo  (conotativo/denotativo)  –  (5)  Se  (conjunção  adverbial)-­  
(6)  Frase  incoerente  –  (7)  Nesse  dia  (AADVB)  –  (8)Também  –  (9)  Assim  –  (10)  Ele  =  juiz.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  28	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
ATV	
  –	
  2	
  	
  	
  Identifique	
  a	
  ocorrência	
  de	
  COESÃO	
  na	
  frase	
  	
  abaixo:	
  
	
  
A	
  resolução	
  da	
  ONU	
  contém	
  a	
  onda	
  de	
  violência	
  que	
  já	
  dura	
  17	
   meses.	
  
(A)  Qual	
  é	
  o	
  referente	
  do	
  pronome	
  relativo	
   “que”?	
  
Que	
  = .	
  
	
  
(B)  Qual	
  é	
  a	
  FS	
  (Função	
  Sintática)	
  do	
  pronome	
  relativo	
   “que”?	
  
Que	
  = .	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­  2  
  
  
ATV-­‐3	
   Qual	
  a	
  diferença	
  de	
  sentido	
  entre	
  as	
  duas	
  	
  frases	
  abaixo:	
  
(O.S.	
  ADJ.EXPLICATIVA	
  X	
  	
  O.S.ADJ.RESTRITIVA)	
  
	
  
(A)  Gosto	
  dos	
  filmes	
  de	
  Almodovar,	
  QUE	
  revejo	
  sempre.	
  
	
  
(B)  Gosto	
  dos	
  filmes	
  de	
  Almodovar	
  QUE	
  revejo	
  sempre.	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­  3  
  
(A)  O  pronome  relativo  “que”  tem  como  referente  a  expressão  “a  onda  de  violência”,  (B)  portanto  
sua  FS  (Função  Sintática)        é  de  SUJEITO.  “A  onda  de  violência  já  dura  17  meses”  (Sujeito).  
(A)  Ele/ela  gosta  de  todos  os  filmes  de  Almodovar  e  os  revê  sempre.  
(B)  Ele/ela  só  gosta  dos  filmes  desse  cineasta  que  revê  sempre.  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  29	
  
	
  
	
  
  
ATV-­  4,  5  e  6    Noções  de  Coesão  e  Coerência  à Serão  realizadas  em  sala  de      aula.  
3.2   ELEMENTOS	
  COESIVOS	
  E	
  SEUS	
   SENTIDOS	
  
	
  
	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  30	
  
	
  
	
  
	
  
4   COERÊNCIA	
  
É	
  a	
  relação	
  de	
  sentido	
  dos	
  elementos	
  textuais	
  responsável	
  pela	
  continuidade	
  do	
  	
  texto.	
  
É	
  	
  o	
  	
  resultado	
  	
  de	
  	
  uma	
  	
  complexa	
  	
  rede	
  	
  de	
  	
  fatores	
  	
  linguísticos	
  	
  e	
  	
  cognitivos	
  	
  que	
  	
  garante	
  a	
  
produção	
  de	
  sentido	
  de	
  um	
  texto.	
  
	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­  7  
5   PREPOSIÇÕES	
  
5.1   TABELA	
  DAS	
  PREPOSIÇÕES	
  
	
  
	
  
	
  
PREPOSIÇÕES      ESSENCIAIS  
São  palavras  que  funcionam  EXCLUSIVAMENTE  
como  preposições  
a,   ante,   até,   após,   de,   desde,     em,    
entre,   com,   contra,  para,  por,  perante,  
sem,  sob,  sobre  e   trás.  
PREPOSIÇÕES        ACIDENTAIS  
São  palavras  de  outras  classes  gramaticais  que,  
perdendo   sua   significação   original,   passam   a  
exercer  o  papel  de    preposição  
como,  conforme,  segundo,  durante,  
fora,  exceto,  salvo,  etc.  
ATV-­  7  
(1)F    –    (2)  V  –    (3)  F  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  31	
  
	
  
	
  
19.	
  INCLUSÃO	
  /	
  EXCLUSÃO	
   Gosto	
  de	
  café	
  com	
  /	
  sem	
  leite.	
  
	
  
ATV-­8   COMBINAÇÃO-­CONTRAÇÃO    das    preposições    à Estabeleça    as    junções,         conforme    o  
sugerido  e  identifique  a  classe  dos    elementos:  
Em  +  os   	
   Em  +  isso   	
  
De  +  as   	
   De  +  aquele   	
  
Em  +  umas   	
   Por  +  os   	
  
A  +  os   	
   A  +  as   	
  
De  +  ele   	
   Em  +  elas   	
  
  
GABARITO  –  ATV-­8  
Nos	
   Nisso	
  
Das	
   Daquele	
  
Numas	
   Pelos	
  
Aos	
   Às	
  
Dele	
   Nelas	
  
5.2   VALORES	
  SEMÂNTICOS	
  DAS	
  PREPOSIÇÕES	
  (RELAÇÕES	
   EXPRESSAS)	
  
	
  
	
  
RELAÇÕES	
  
PREPOSIÇÕES	
  
EXPRESSAS	
   PELAS	
   EXEMPLO	
  
1.	
  ASSUNTO	
   	
   	
   Falou	
  sobre	
  política.	
  
2.	
  CAUSA	
   	
   	
   Morreu	
  de	
  fome.	
  
3.	
  COMPANHIA	
   	
   	
   Jantei	
  com	
  ele.	
  
4.	
  ESPECIALIDADE	
   	
   	
   Formou-­‐se	
  em	
  Medicina.	
  
5.	
  DIREÇÃO	
   	
   	
   Olhe	
  para	
  frente.	
  
6.	
  FINALIDADE	
   	
   	
   Trabalha	
  para	
  viver.	
  
7.	
  FALTA	
   	
   	
   Estou	
  sem	
  recursos.	
  
8.	
  INSTRUMENTO	
   	
   	
   Feriu-­‐se	
  com	
  a	
  própria	
  espada.	
  
9.	
  LUGAR	
   	
   	
   Moro	
  em	
  Florianópolis.	
  
10.	
  MEIO	
   	
   	
   Viajei	
  de	
  ônibus.	
  
11.	
  MODO	
   	
   	
   Trajava	
  à	
  moderna.	
  
12.	
  OPOSIÇÃO	
   	
   	
   Ele	
  falou	
  contra	
  nós.	
  
13.	
  POSSE	
   	
   	
   Eu	
  gostei	
  do	
  carro	
  de	
  Júlio.	
  
14.	
  MATÉRIA	
   	
   	
   É	
  uma	
  mesa	
  de	
  madeira.	
  
15.	
  ORIGEM	
   	
   	
   Era	
  descendente	
  de	
  italianos.16.	
  TEMPO	
   	
   	
   Nós	
  viajamos	
  durante	
  as	
  férias.	
  
17.	
  TEMPO	
  FUTURO	
  	
   	
   Viajarei	
  daqui	
  a	
  cinco	
  dias.	
  
18.DISTÂNCIA	
   	
   	
   Desvio	
  a	
  5	
  Km.	
  
	
  
20.	
  ANTERIORIDADE/	
  POSTERIORIDADE	
   Posicionei-­‐me	
  	
  	
  	
  ante	
  	
  	
  	
  /após	
  	
  	
  	
  	
  o	
  
muro.	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  32	
  
	
  
	
  
	
  
ATV  -­  9  -­  Indique  as  relações  expressas  pelas  preposições,  conforme  as  informações  da  Tabela  
acima:  
1.   Não	
  fales	
  de	
  Carnaval.	
   [Assunto]	
  
2.   Ela	
  viajou	
  sem	
   passaporte.	
  
3.   A	
  janela	
  dava	
  para	
  a	
   praia.	
  
4.   Este	
  é	
  um	
  dever	
  de	
  todos	
  os	
  	
  cidadãos.	
  
5.   Nós	
  viajamos	
  com	
  os	
   colegas.	
  
6.   Pedro	
  descende	
  de	
  	
  franceses.	
  
7.   Pedro	
  opõe-­‐se	
  a	
   tudo.	
  
8.   Vou	
  morar	
  em	
   Florianópolis.	
  
9.   Pedro	
  formou-­‐se	
  em	
  História.	
  
10	
  	
  A	
  cadeira	
  era	
  de	
   acrílico.	
  
11   Eles	
  viajaram	
  de	
   avião.	
  
12   Eles	
  saíram	
  de	
  madrugada.	
  
13  Machucou-­‐se	
  com	
  o	
  estilete.	
  
14	
  Ela	
  dança	
  conforme	
  a	
  música.	
  
15	
  	
  O	
  rapaz	
  chorava	
  de	
   dor.	
  
16	
  	
  Inclinei-­‐me	
  para	
  beber.	
  
17.  Os	
  livros	
  estavam	
  sobre	
  a	
  	
  mesa.	
  
18.  Os	
  livros	
  estavam	
  sob	
  a	
   mesa.	
  
19.  Os	
  carteiros	
  pararam	
  ante	
  a	
  porta	
  do	
  	
  hotel.	
  
20.   Os	
  alpinistas	
  morreram	
  de	
  frio	
  no	
  inverno	
  mais	
  
rigoroso.	
  
21.  Gosto	
  muito	
  de	
  feijão	
  com	
  	
  arroz.	
  
22.  Fiquei	
  contente	
  após	
  o	
  	
  concurso.	
  
23.  As	
  atividades	
  foram	
  realizadas	
  pelos	
  	
   técnicos.	
  
	
  
	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­9  
1.  assunto	
  
2.  falta	
  
3.  direção	
  
4.  posse	
  
5.  companhia	
  
6.  origem	
  
7.  oposição	
  
8.  lugar	
  
9.  especialidade	
  
10.  matéria	
  
11.  meio	
  
12.  tempo	
  
13.  instrumento	
  
14.  modo	
  
15.  causa	
  
16.  finalidade	
  
17.  posição	
  superior	
  
18.  posição	
  inferior	
  
19.  anterioridade	
  
20.  causa	
  
21.  inclusão	
  
22.  posterioridade	
  
23.  agente	
  
  
  
FGV  –  TJ/RJ-­2014  
  
  
  
GABARITO    –  FGV-­TJ/RJ-­2014  
(D)  por  /  agente  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  33	
  
	
  
	
  
  
6	
  	
  PRONOMES	
  RELATIVOS	
  
Os	
  PRONOMES	
  RELATIVOS	
  são	
  termos	
  altamente	
  usados	
  como	
  elemento	
  de	
  COESÃO	
  textual,	
  porque	
  unem	
  
orações,	
  recuperando	
  um	
  antecedente	
  e	
  	
  	
  	
  projetando-­‐o	
  à	
  oração	
  subordinada.	
  Acompanhe	
  o	
  exemplo	
  abaixo.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  34	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
6.1	
  TABELA	
  DOS	
  PRONOMES	
  RELATIVOS	
  
	
  
TABELA  DOS  PRONOMES    RELATIVOS  
VARIÁVEIS   INVARIÁVEIS  
O  (A)  QUAL  –  OS  (AS)   QUAIS   	
  
	
  
QUE  –  QUEM  
ONDE-­  QUANDO  
CUJO  (A)  (S)  
QUANTO  (S)  -­  QUANTAS  
	
  
ATV  -­  10  Una  as  duas  orações,  formando  períodos  compostos  subordinados.  Use  os  PRONOMES  
RELATIVOS  adequados,  respeitando  a  REGÊNCIA  DOS  VERBOS,  como  no      exemplo:  
  
à O  ônibus  comporta  poucos  passageiros.    Nós        estávamos  nesse  ônibus.  [nesse  =  em  +  esse]  
  
  
  
1  -­  O  diretor  promoveu  o  assistente.  Eu  não  simpatizava  com  o  assistente.  [COM  QUEM]      
2  -­  Muitas  vezes  temos  que  desempenhar  funções.  Nós  não  gostamos        dessas  funções.  
3  -­  O  funcionário  foi  condenado  injustamente.  Eu  intercedi  pelo  funcionário  junto  ao  Conselho.      
4  -­  As  provas  são  suficientes.  Nós  dispomos  dessas      provas.  
5  -­  Como  vocês  tratam  os  alunos?  Vocês  lidam  com  esses      alunos.  
O  ônibus  em  que  estávamos  comporta  poucos     passageiros.  
[A  oração  “em  que  estávamos”  é  O.S.ADJ.RESTRITIVA;;  “que”  é  um  PRONOME  RELATIVO;;  a  
PREPOSIÇÃO  “em”  está  sendo  regida  pelo  verbo      ESTAR]  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  35	
  
	
  
	
  
  
GABARITO  –  ATV  -­  10  
  
ATV-­  11  -­  Empregue  o  Pronome  Relativo  adequado.  Atenção  para  a  REGÊNCIA  dos      VERBOS.  
1  -­‐	
  A	
  apresentação	
  de	
  teatro	
  foi	
  das	
  mais	
  longas tenho	
  assistido.	
  
	
  
2  –	
  Esse	
  é	
  o	
  cargo podia	
  aspirar.	
  
	
  
3  -­‐	
  A	
  meta tanto	
  anseias	
  é	
  de	
  difícil	
  obtenção.	
  
4  -­‐	
  Estive	
  em	
  Florianópolis	
  dez	
  dias, passeei	
   e	
  me	
   diverti.	
  
5	
  -­‐	
  O	
  aluno	
  olhou	
  a	
  mesa, estavam	
  os	
  livros	
  de	
  Direito	
  Penal.	
  
6	
  -­‐	
  As	
  alunas expôs	
  sua	
  situação	
  não	
  lhe	
  deram	
  ouvido.	
  
7-­‐	
  A	
  investigação se	
  precedeu	
  apontou	
  os	
   resultados	
  esperados.	
  
8	
  -­‐	
  A	
  cidade chegamos	
  estava	
  em	
  festa.	
  
9	
  -­‐	
  A	
  conclusão cheguei	
  é	
  que	
  o	
  imposto	
  foi	
  indevido.	
  
10	
  –Este	
  é	
  o	
  cargo	
  público aspiro.	
  
11  -­‐	
  Esses	
  são	
  os	
  filmes assisti.	
  
12  -­‐	
  Esta	
  é	
  a	
  autora obra	
  me	
  referi.	
  
13	
  -­‐	
  Esta	
  é	
  a	
  autora obra	
  gosto.	
  
14	
  -­‐	
  Este	
  é	
  o	
  autor tenho	
  simpatia.	
  
	
  
GABARITO  –  ATV-­11  
1.	
  A	
  QUE	
  /	
  À	
  QUAL	
   2.	
  	
  A	
  QUE	
  /	
  AO	
  QUAL	
   3.	
  	
  AQUE	
  /	
  À	
  QUAL	
   4.	
   QUANDO	
   /	
  
DURANTE	
  OS	
  QUAIS	
  
5.	
  SOBRE	
  A	
  QUAL	
  /	
  NA	
  QUAL	
   6.	
  	
  A	
  QUEM	
  
7.	
  A	
  QUE	
  /	
  À	
  QUAL	
   8.	
  	
  AONDE	
  /	
  A	
  QUE	
   9.	
  A	
  QUE	
  /	
  À	
  QUAL	
   10.	
  A	
  QUE	
  /	
  AO	
  QUAL	
   11.	
  	
  A	
  QUE	
  /	
  AOS	
  QUAIS	
   12.	
  	
  A	
  CUJA	
  
13.	
  	
  DE	
  CUJA	
   14.	
  	
  POR	
  QUEM	
   	
  
1.  COM	
  QUEM	
  eu	
  não	
  simpatizava.	
  
2.  DAS	
  QUAIS	
  não	
  gostamos.	
  /	
  DE	
  QUE	
  não	
  gostamos.	
  
3.  O	
  funcionário	
  POR	
  QUEM	
  eu	
  intercedi...fora	
  condenado	
  
injustamente.	
  
4.  As	
  provas	
  DE	
  QUE	
  dispomos	
  são	
  suficientes.	
  /	
  DAS	
  QUAIS	
  
5.  COM	
  QUEM	
  vocês	
  lidam?	
  
Interpretação	
  de	
  Texto	
  e	
  Redação	
  	
  Oficial	
   www.e	
  ne	
  r	
  g	
  ia	
  co	
  nc	
  u	
  r	
  so	
  s	
  .com.br	
  	
  36	
  
	
  
	
  
  
ATV-­‐12	
  Assinale	
  a	
  alternativa	
  em	
  que	
  o	
  pronome	
  relativo	
  “onde”	
  obedece	
  aos	
  princípios	
  da	
  língua	
  culta	
  escrita	
  e

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