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Cólica do lactente Todos os 3 critérios de ROMA abaixo: Um lactente com menos de 5 meses de início e término dos sintomas Períodos recorrentes e prolongados de choro do lactente ou irritabilidade relatados pelos cuidadores, sem causa óbvia e que não podem ser prevenidos ou resolvidos pelos mesmos; Ausência de febre, deficiência de crescimento ou qualquer outra evidência de doença Quadro benigno, orientar para acalmar os pais, transitório! Dor abdominal recorrente Etiologia: A dor abdominal crônica (aquela > 3 meses) pode ter causas orgânicas ou funcionais Clínica: Suspeitar de causa orgânica se sinais e sintomas de alerta presentes Dor que acorda o paciente a noite, perda de peso, vômitos, sangue nas fezes, febre, idade inferior a 6 anos, artralgia/artrite, e dor localizada em flancos ou quadrantes abdominais Ao EF: sensibilidade dolorosa a palpação abdominal, fissuras retais ou visceromegalias Principais pontos clínicos da dor abdominal recorrente “funcional” Início após os 6 anos; localização periumbilical e na linha média preferencialmente; intensa a ponto de impedir outras atividades; duração superior a 2 meses Critéros de Roma para dor abdominal funcional x S do intestino irritável x Enxaqueca abdominal Dor abdominal funcional: 1 dor contínua ou episódica, que não se limita aos eventos fisiológicos (alimentação etc); 2 critérios insuficientes para SII, dispepsia funcional e enxaqueca abdominal; 3 não encontrada outra doença Síndrome do intestino irritável: presença de todos por no mínimo 2 meses: 1 Dor abdominal ≥ 4 dias/mês associado a no mínimo um: à defecação, mudança da frequência de evacuação, mudança do aspecto das fezes;;; 2 não há alívio após evacutação (se houver sugere constipação funcional e não SII) Enxaqueca abdominal: mínimo de 2 episódios com 6 meses de evolução... todos os critérios devem estar presentes: dor paroxística muito intensa por no mínimo 1 hora perifumbilical; 2 – episódios são separados por semanas a meses; 3- dor incapacitante; 4- ; 5- associação de dois dos: anorexia, náusea, vômito, cefaleia, fotofobia, palidez; 6 após avaliação prolongada, os sinais e sintomas não podem ser explicados por outra causa médica Diagnóstico: para dar um diagnóstico funcional só após excluídas causas orgânicas; s/n pedir os exames: hemograma completo, VHS, EAS, coprocultura, e s/n exames de imagem como US de abdome total e/ou vias urinárias. Tratamento: assegurar para a família a benignidade do quadro; evitar o reforço negativo dos sintomas. S/n aumentar ingesta de fibras (se SII), antidepressivo INVAGINAÇÃO INTESTINAL (INTUSSUSCEPÇÃO) É a telescopagem de segmento intestinal no lúmem do intestino adjacente (sendido da peristalse). Geralmente no íleo terminal pelo ceco Sem causa definida no < 01 ano. Normalmente teve um estado gripal Crianças maiores e adultos normalmente tem um ponto de invaginação, normalmente divertículo de meckel ou pólipo Fisiopatologia Compressão vascular do mesentário, edema, isquemia, necrose Localização Íleocecal (80%) Etiologia Idiopática (associada a infecção respiratória) 90% Principal causa de obstrução intestinal no 2° semestre de vida ( no 1° semestre a principal causa de obstrução é hérnia inguinal) Secundária a fatores Divertículo de Meckel Pólipos, linfomas Acima dos 2 anos Quadro clínico Quadro obstrutivo – dor tipo cólica; Vômitos e distensão mais tardios; Massa abdominal móvel (chouriço); Fezes mucosanguinolentas (geleia de morango). Diagnóstico Ultrassonografia Corte transversal – imagem em “alvo” Corte longitudinal – “pseudorrim” TC em criança é radiação em excesso e é difícil de fazer Diagnóstico radiológico Edema de alça Enema opaco sinal da taça Tratamento Sinal de necrose = cirurgia Inicial: Sonda orogástrcica Correção hidroeletrolítica Sinais de sofrimento vascular intestinal (= sinais de irritação peritoneal, piora do HMG, aumento de PCR súbito) Tratamento clínico Padrão ouro: redução com infusão de solução salina aquecida via retal /clister (enema não baritado, soro fisiológico) = em crianças pequenas, no 2° semestre de vida Falha do tratamento, sinais de sofrimento e crianças > 1 ano Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico Redução cuidadosa do segmento invaginado Sinais de necrose = ressecção (enterectomia com anastomose) Imagem de alça sendo engolida Epidemiologia: Doença obstrutiva do lactente jovem, homens 4:1 Etiopatologia: pode estar associado com alguns vírus, e condições clínicas como fibrose cística, Henoch-Shonlein, pólipos e divertículo de Meckel; 90% ocorre na porção ileocólica Manifestações clínicas: dor abdominal de início agudo súbito, com irritação do lacente, que flete as coxas sob o abdome. A dor é paroxística, com aparente bem estar do lactente entre as crises, porém conforme a isquemia da alça intestinal progride surgem outros sinais e sintomas: irritabilidade/letargia, vômitos, diarreia sanguinolenta Com a evolução pode surgir sinais de agravamento, como sinais de colapso circulatório, com pulsos fracos e hipotensão. Exame físico Massa mal definida em salsicha em QSD e FID vazia (sinal de Dance), mais facilmente identificada durante os paroxismos dolorosos. O toque retal evidenciando sangue corrobora a hipótese diagnóstica Diagnóstico: determinado pela anamnese, exame físico e exames complementares. Sendo o exame complementar de escolha a US, com achados de imagem tubular em pseudorrim no corte longitudinal e imagem em alvo no corte transversal. Tratamento: a intussuscepção é uma emergência Redução através de enema ou cirurgia o mais rápido possível Crianças estáveis: redução hidrostática guiada pela USG Crianças instáveis: contra indica a redução hidrostática, com salina ou com contraste. Indicação cirúrgica: falha na redução por enema contrastado (bário ou ar) ou se o exames estiver contraindicado. Ressecção apenas se indícios de necrose de alça. ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO Hipertrofia progressiva da musculatura do piloro; 1:400 Nascidos vivos; Predominância – primogênitos do sexo masculino. Vômito em jato SEM bile EF: ondas peristálticas de Kussmaul; vasculojo ou patinhação Quadro clínico 85% massa palpável (oliva pilórica) Peristaltismo de luta (Kussmaul) Depleção/alcalose (vomitam líquido + Hidrogênio) Como perde sódio com hidrogênio, faz conservação renal de Sódio (combater desidratação), porém manda outras cargas positivas para fora como o potássio alcalose metabólica cursa com hipopotassemia; é uma alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalemica – a perda do potássio não é no vômito, é urinária. Como tenta mandar potássio embora trocando sódio por potássio perde hidrogênio também acidúria paradoxal. Exames complementares: RX simples e contrastado não são essenciais ao diagnóstico, mostram Ultrassonografia: Comprimento do canal pilórico ≥ 17mm Espessura do músculo ≥ 4mm Diâmetro ≥ 14mm Tratamento cirúrgico Piloromiotomia (Fredet-Ramstedt – Weber) APENDICITE AGUDA Processo inflamatório Obstrução da luz do apêndice Mais comum cirurgia de urgência; Pico 10-12 anos criança pequena o óstio do apêndice é largo Tratamento cirúrgico Epidemiologia É a doença abdominal cirúrgica mais frequente da infância!!! 4:1000 crianças 12 aos 18 anos Rara em menores de 5 anos e raríssima em menores de 3 anos Patologia Obstrução do lúmen do apêndice por determinadas condições (material fecal, hiperplasia linfoide, tumores, parasitas, corpos estranhos), elevando assim a pressão intraluminal; provocando redução do retorno venoso e proliferação bacteriana gram negativos entéricos e anaeróbios, com a isquemia arterial há necrose e perfuração. Certos agentes isolados, sem condição obstrutiva estão relacionados como salmonella, shiguella, vírus da caxumba, coxsackie e adenovírus. Assim como fibrose cística devido secreções intestinais espessas. Clínica Apresentação típica em menos da metade dos casos Na infância a maioria dos quadros é “atípico” A principal ferramenta diagnóstica da apendicitena infância é história + exame físico. Inicia-se com dor abdominal pouco localizada, vaga, em região periumbilical, com mal-estar e anorexia, com a progressão da inflamação e distensão gasosa há migração da dor para o QID. A dor localizada é acompanhada por outros sintomas como febre baixa e vômitos poucos episódios evolução entre 24-48 horas, após o risco de perfuração é muito alto Ao exame físico: proteção do local doloroso, lentos movimentos. Posição preferida de decúbito dorsal com a coxa fletida. Inicialmente abdome plano, distendido apenas em doença avançada com perfuração. A peristalse é normal no início e depois reduz, diferencia da gastroenterite aguda em que está aumentada A melhor forma de avaliar a sensibilidade dolorosa abdominal é através da percussão Sinais semiológicos que podem aparecer na palpação Dor no ponto de mc burney Sinal de rovsing Sinal do psoas Sinal do obsturador Vômitos precedendo o início da dor ou episódios reptidos destes e/ou diarreia líquida sugerem GECA, assim como peristalse aumentada Dor abdominal associada a lesões purpúricas com alteração de hmg e sinais de nefrite devem sugerir possibilidade de púrpura de Henoch-shonlein ou SHU. A diverticulite de Meckel promove quadro semelhante e o diagnóstico é possível apenas na laparotomia. Diagnóstico HMG EAS TC USG RX AP: Tratamento Definitivo é a apendicectomia Modificado o momento de realização da mesma Emergência cirúrgica tem se tornado modalidade semieletiva Primeiro internação, correção volêmica e hidroeletrolítica, com analgesia e controle da febre antes da laparotomia. Se apendicite simples não perfurada: adm cefoxitina DU antes da cirurgia (pode ser prrogada por 24h) Apendicite complicada (perfurada ou com abscesso): adm esquema triplo para cobrir anaeróbios (clostridium, bacteroides), gram negativos (e. coli, pseudomonas, klebsiella, enterobacter) e gram positivos: ampicilina + gentamicina + metronidazol/clindamicina, ou ceftriaxone + metronidazol ou ticarcilina/clavulanato + gentamicina por 3 a 5 dias. DIVERTÍCULO DE MECKEL Persistencia do conduto onfalomesentérico 2% da população – sexo masculino 3:1 Bordo antimesentérico do íleo Complicações Obstrução 30% (entrada de alça no conduto) Hemorragia 40% (devido mucosa heterotópica – normalmente gástrica) Diverticulite 20% (infecção) Conduta diagnóstica e terapêutica -Hemorragia digestiva baixa Condutas de estabilização Identificação: Mucosa gástrica: cintilografia 99 m TC Sangramento 99 m TC enxofre Detecção – fluxo > 0,1 mL/min Diverticulite e perfuração - cirurgico Obstrução - cirurgico Tratamento cirúrgico Diverticulectomia Em crianças menores é mais seguro para conter o processo inflamatório e retirar aquele lumem pequeno fazer a ressecção da alça + anastomose. Dor abdominal associada a parasitoses Ênfase em bolo de ascaris Helmintíase Ascaridíase – parasitose mais comum Vive no intestino delgado Não consegue se multiplicar sozinho no hospedeiro? Os ovos mesmo se tiver macho + femea não há multiplicação e autoinfestação, precisa cair no solo. Ingere ovo que libera larva no tubo digestivo ciclo de loss para se tornar adulta em ambiente bem aerado – ascende a arvore brônquica habita intestino delgado – inicia reprodução e libera ovos que caem no solo Ciclo pulmonar LOSS Síndrome de Loeffler: é o acometimento desse ciclo de loss pulmonar = tosse seca, broncoespasmo, infiltrado pulmonar migratório, febre baixa e eosinofilia Apresentação clínica: pode ser assintomático ou Dor abdominal, náuseas e vômitos Cólica biliar/pancreatite (obstrui esfíncter de oddi, ampola de vater) Obstrução intestinal – novelo de áscaris, não é por autoinfestação, ocorre porque foram ingeridos muitos ovos, não depende de autoinfestação A obstrução intestinal ocorre mais frequentemente nas porções finais do intestino delgado, principalmente na válvula ileocecal, formando um bolo. É uma suboclusão, parada de eliminação de fezes... Eliminação de gás presente!!! Imagem em Miolo de Pão na radiografia simples Tratamento 1 albendazol 400mg/dia, em DU 2 mebendazol 100 mg/dia durante 3 dias 3 levamizol 150 mg, em DU Tratamento da suboclusão intestinal 1 suporte: SNG + jejum + hidratação 2 óleo mineral 40ml/dia + piperazina 100mg/kg/dia (diminui a motilidade deste) 3 após eliminação: mebendazol 200mg/dia por 3 dias Referências Intussuscepção http://www.scielo.br/pdf/rb/v38n3/24853.pdf Diagnóstico por imagem AA não traumático http://revista.hupe.uerj.br/audiencia_pdf.asp?aid2=166&nomeArquivo=v8n1a02.pdf Urgencia em cirurgia pediátrica http://revistadepediatriasoperj.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=617&nomeArquivo=v13n2a07.pdf
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