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ASPECTOS IMPORTANTES NA ANESTESIA: Prof. Ms. Vanessa Dias Tipos, Riscos e Fármacos CONCEITO .....Anestesia é uma palavra de origem grega que se origina das expressões AN (privação) e Aísthesis (sensação), significando, semanticamente, perda total ou parcial da sensibilidade, sobretudo da tátil.sensibilidade, sobretudo da tátil. SOBECC, 2013p.201 ..... A anestesia é uma especialidade médica que estuda e proporciona ausência ou alívio da dor e outras sensações ao paciente. BREVE HISTÓRICO .... A anestesia foi uma inovação clínica que revolucionou a cirurgia. A anestesia com éter foi descoberta em Boston na década de 1840. Anos antes em 1831 o clorofórmio havia sido elaborado. Porem somente em 1853 foi largamente aceito pela KEYS, 2006 P.356 elaborado. Porem somente em 1853 foi largamente aceito pela medicina. A anestesia hoje não engloba somente o período intraoperatório, como também os períodos pré e pós- operatórios. PROCEDIMENTO ANESTESICO � Avaliação pré-anestésica; � Planejamento anestésico; � Anestesia propriamente dita; SOBECC, 2013p.201 � Anestesia propriamente dita; � Período de recuperação da anestesia; � Analgesia pós – operatória. AVALIAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA CRITÉRIOS EXAMES Idade > ou igual a 75; DM; Cardiopata; Nefropata; Pneumopata; Uso digitálico; Neoplasia; Doenças SNC e grande Porte Cirúrgico. ECG Idade > ou igual a 75; DM; Cardiopata; Pneumopata; Tabagista; Neoplasia e grande Porte Cirúrgico. RX Tórax Idade > ou igual a 75; DM; Cardiopata; Terapia com diurético; uso Dosagem Bioquímica SOBECC, 2013p.201 Idade > ou igual a 75; DM; Cardiopata; Terapia com diurético; uso digitálico; Uso de Esteróide; Doença do SNC; grande Porte Cirúrgico. Dosagem Bioquímica Neonatos; Idade > ou igual a 75; DM; Cardiopata; Tabagista; Nefropatia; Neoplasia; Uso de Anticoagulante Doença do SNC; grande Porte Cirúrgico. Hemograma Completo Doença Hepática; Coagulopatia; Terapia Anticoagulante; Procedimento vascular; Procedimento Cirúrgico de grande Porte. Coagulograma História duvidosa quanto a possibilidade de gestação Teste de Gravidez Idade > ou igual a 75; Doença Hepática. Transaminases, Fosfatase Alcalina Albumina ORIENTAÇÃO PARA O JEJUM IDADE SÓLIDO LÍQUIDO SEM RESÍDUO 0 – 06 Meses 04 horas 02 horas 06 – 36 Meses 06 horas 03 horas MALAGUTTI, 2013p. 112 � Indicado para Criança e Adulto; 06 – 36 Meses 06 horas 03 horas Maior que 36 Meses 08 horas 03 horas ANESTESIA: ATO LEGAL ...... No Brasil a discriminação das condições mínimas para segurança do paciente e a divisão de responsabilidades entre os SOBECC, 2013p. 201 profissionais que exercem, é especificado na Resolução nº 1802, de 2006, do CFM. OBJETIVOS DA ANESTESIA � Suprimir a sensibilidade dolorosa do paciente durante o ato cirúrgico, mantendo ou não sua consciência; � Promover relaxamento muscular; SOBECC, 2013p. 201 � Promover relaxamento muscular; � Proporcionar condições ideais de atuação para os médicos-cirurgiões. ESCOLHA DA Anestesista Paciente (Opção/ Hemodinâmica) Cirurgião ESCOLHA DA ANESTESIA Procedimento (Porte) Instituição American Society of Anesthesiologists – (ASA) Desde 1963Desde 1963 CLASSE NOMENCLATURA CARACTERÍSTICAS Classe 1 Paciente saudável Sem perturbações orgânicas, fisiológicas e psiquiátricas. Patologia localizada que não produz alteração sistêmica. Classe 2 Paciente com doença sistêmica discreta Sem limitação funcional, ocorrência de afecção leve. Comorbidade como diabetes, HAS e anemias moderadas Extremos de idades (neonatos e idosos). Classe 3 Paciente com doença sistêmica grave Com limitação funcional definida. Sem ameaça constante para a vida (ICC compensada, infarto do miocárdio cicatrizado, DM grave, HAS grave, insuficiência respiratória moderada a grave. Classe 4 Paciente com doença sistêmica impactante Com ameaça constante para a vida (Doença coronariana com angina instável, ICC grave, AVE por crise hipertensiva, aneurisma de aorta. Classe 5 Paciente moribundo Com pouca probabilidade de sobrevida nas 24 horas seguinte, com ou sem cirurgia. A única esperança de sobrevida é a intervenção cirúrgica. Classe 6 Paciente com morte cerebral Morte cerebral declarada. Potencial doador de órgãos e tecidos. Classe E Paciente que requer cirurgia de emergência Acrescenta a letra “E” para qualquer uma das classe que necessite realizar a intervenção cirúrgica em caráter de emergência. Anestesia Geral Anestesia Geral Inalatória Venosa Balanceada Peridural TIPOS DE ANESTESIA Anestesia Combinada ou Balanceada Anestesia Regional Anestesia Regional Raquidiana Peridural Bloqueio de plexos nervosos Balanceada Anestesia Local Anestesia Local Local ..... Compreende um estado inconsciente reversível, obtido por via inalatória e/ ou por via endovenosa, que é caracterizado por amnésia (perda temporária da memória), inconsciência ANESTESIA GERAL amnésia (perda temporária da memória), inconsciência (hipnose), analgesia (ausência de dor), relaxamento muscular e bloqueio dos reflexos autonômicos, que devem ser controlados continuamente, assim como a homeostase das funções vitais. � Anestesia geral inalatória os fármacos são anestésicos voláteis, administrados sob pressão até alcançar concentrações adequadas no cérebro (anestesia, inconsciência e amnésia); ANESTESIA GERAL adequadas no cérebro (anestesia, inconsciência e amnésia); � Anestesia geral intravenosa os fármacos são administrados por acesso venoso até atingir os cinco elementos da boa anestesia: (inconsciência, analgesia, relaxamento muscular, controle dos reflexos autonômicos e amnésia); AS TRÊS FASES DA ANESTESIA GERAL MANUTENÇÃO INDUÇÃO Após indução e consiste em manter o paciente em plano anestésico cirúrgico REVERSÃO Começa com administração do agente anestésico e se prolonga até o início do procedimento cirúrgico Denominada fase de emergência ou do despertar, é a superficialização do estado da anestesia. Termina quando o paciente sai da SO .....É definida como perda reversível da sensibilidade, decorrente da administração de um ou mais agentes anestésicos, a fim de BLOQUEIO REGIONAIS bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo. ...... Também conhecida como raquidiana, intradural e bloqueio subaracnóide. Inicia-se com a injeção de anestésico local no espaço subaracnóideo e se mistura ao liquido cefalorraquidiano RAQUIANESTESIA espaço subaracnóideo e se mistura ao liquido cefalorraquidiano (LCR ou liquor). Ocorre bloqueio reversível das raízes nervosas anteriores e posteriores, levando o indivíduo à perda das atividades autonômicas, sensitivas e motoras. RAQUIANESTESIA BLOQUEIO SUBARACNOIDEO CLASSIFICAÇÃO DROGAS Anestesia Hiperbárica Pesada Bupivacaína 0,5% com glicose Anestesia Isobárica Não pesada Bupivacaína sem glicoseAnestesia Isobárica Não pesada Bupivacaína sem glicose ...... Tanto no bloqueio subaracnóidea na anestesia peridural podem ser usados opiódes, como: morfina, fentanil, sufentanil e clonidina. Propiciam analgesia mesmo após anestesia. ...... Também conhecida como epidural ou extradural. Baseia-se PERIDURAL na aplicação de um anestésico em um espaço virtual, entre o ligamento amarelo e a dura-máter. ..... Fisiologicamente semelhante à anestesia peridural, o BLOQUEIO CAUDAL bloqueio caudal é realizado por punção do hiato sacral e pode ser alternativa ao bloqueio epidural para procedimento cirúrgico. Muito comum na anestesia infantil. ..... Uma grande variedade de nervos pode ser bloqueada eficazmente, por meio da injeção de um anestésicolocal nas PERIFÉRICOS BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS proximidades de um plexo nervoso, como o braquial, o cervical, o lombossacral e o femural. ..... Descrita pela primeira vez por Augusto Bier, em 1908, a anestesia regional intravenosa é frequentemente referida como REGIONAL INTRAVENOSA anestesia regional intravenosa é frequentemente referida como bloqueio de Bier. Indicada para cirurgia de mão e antebraço de curta duração. ..... Bloqueia a condução de impulsos ao longo dos axônios do sistema nervoso periférico, pela obstrução dos canais de sódio LOCAL sistema nervoso periférico, pela obstrução dos canais de sódio da membrana impedindo a despolarização. � Prover oxigênio ao paciente; � Remover gás carbônico/ dióxido de carbono (CO2) ; APARELHO DE ANESTESIA � Fornecer e quantificar o volume dos gases (óxido nitroso, ar comprimido, vapor anestésico); � Manter os parâmetros ventilatórios adequados para o paciente. MONITORIZAÇÃO ECG (Cardiocópio), oxímetro de pulso, PNI e Capnógrafo. Procedimento pequeno e médio porte (dependendo do serviço). MÍNIMA NECESSÁRIA PAM, PVC, Temp., Analisador de Gases e Análise Bispectral para Avaliação de Hipnose (BIS), são utilizadas em cirurgias de grande porte e em situações específicas. ESPECÍFICA Estágio do uso Grupo do fármaco Representantes do grupo Mecanismo de ação Efeito Pré – anestesia Benzodiazepínicos Diazepan Midazolam frequência de abertura de receptores GABA Ansiolítico Hipnótico Produz amnésia COADJUVANTES FÁRMACOS – ANESTÉSICOS E COADJUVANTES Antagonistas de receptores colinérgicos muscarínicos Atropina Hioscina Bloqueio de receptores colinérgicos e muscarínicos Inibe secreções gladulares, broncoespasmo, limita bradicardia e hipotensão Antagonistas de receptores H2 Cimetidina Ranitidina Antagonista H2 de células gástricas Inibe secreção HCL, Proteção contra PNM aspirativa. Estágio do uso Grupo do fármaco Representantes do grupo Mecanismo de ação Efeito Coadministra dos com anestésico Bloqueadores musculares Atracúrio Pancurônio Suxametônio Bloqueio dos receptores colinérgicos e Relaxamento muscular COADJUVANTES FÁRMACOS – ANESTÉSICOS E COADJUVANTES anestésico Suxametônio colinérgicos e nicotínicos na região da placa motora Reversão da anestesia Anti colinesterásico Neostigmina Inibição da acetilcolinesterase na região da placa motora Aumenta a acetilcolina na fenda sináptica da junção neuromuscular e reverte o efeito dos bloqueadores despolarizantes. NOÇÕES BÁSICAS FÁRMACO AÇÃO Sevorane Flurometil (Éter) é um anestésico inalatório; redução da FC e respiratória, broncodilatador potente, ação da FC e respiratória, broncodilatador potente, ação analgésica e hipnótica, oxidação rápida. Proporfol Alquinefol; Rápido rebaixamento da consciência e níveis pressóricos. AVALIAÇÃO SEMIOLÓGICA DAS VIAS AÉREAS � Não é possível visualizar nenhuma parte das cordas vocais pela laringoscopia convencional; � Intubação requer mais de uma tentativa; VIAS AÉREAS DIFÍCEIS � Intubação requer mais de uma tentativa; � Duração superior a 10 minutos para o correto posicionamento do TOT. ÍNDICE DE MALLAMPATI CLASSE VISUALIZAÇÃO I Pilares amigdalianos, palato duro/ mole e úvula II Palato duro/ mole e úvula III Palato duro e mole IV Somente palato duro Obs. teste simples para visualização com abertura da boca IV Somente palato duro GRAU VISUALIZAÇÃO I Toda glote é visível II Apenas a parte posterior da glote é visível III Apenas a epiglote é visível, mas não a glote IV Apenas o palato mole é visível, mas não a epiglote ESCALA DE CORMACK e LEHANE Obs. teste com auxílio da laringoscopia IV Apenas o palato mole é visível, mas não a epiglote MATERIAIS UTILIZADOSMATERIAIS UTILIZADOS OBRIGADO!!!OBRIGADO!!!