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2ª Prova de Perio – Aula 3 Lembrando que o principal fator etiológico das doenças periodontais é o biofilme O que a gente vai tratar inicialmente no tratamento periodontal é voltado para o que conhecemos de biofilme e como o biofilme bacteriano se comporta sobre as superfícies dentárias. Não esquecendo que apesar do biofilme ser um fator etiológico primário das doenças periodontais ele não é um fator exclusivo, ele é um fator necessário, mas a etiologia das doenças periodontais é multifatorial e essa multifatorialidade está na dependência do hospedeiro, sendo que esse hospedeiro tem que ser susceptível Diversos fatores além do biofilme que é necessário para que a doença aconteça tem os fatores inerentes ao hospedeiro para que a doença se expresse de uma forma menor ou maior, em termos de progressão e severidade. A susceptibilidade do hospedeiro se passa tanto por suas características imunológicas, como também por sistêmicas e também por características comportamentais. Um exemplo de fator sistêmico é o diabetes mellitus que torna o hospedeiro mais susceptível a uma doença periodontal mais severa como também o tabagismo que é um fator comportamental que torna também o hospedeiro mais susceptível. Quais são as fases de um tratamento periodontal? Fase preliminar, que se chama fase dos tratamentos de emergência, sendo que ela não é obrigatória para todo paciente porque não é todo paciente que vai aparecer com emergência pra ser resolvida, como um abscesso periodontal ou um trauma. Tendo que resolver aquela situação para depois realmente começar um tratamento Fase 1 da terapia: é a primeira fase do tratamento e é uma fase obrigatória para todos os pacientes periodontais. Fase de reavaliação da fase 1 da terapia Fase cirúrgica e/ou uma fase restauradora Nova orientação da higiene oral Reavaliação final Fase de manutenção Os dois principais pontos da terapia é o controle do biofilme e educação do paciente, que é uma fase crucial e o resultado do tratamento do paciente em longo prazo depende dessa etapa A fase 1 ta voltada para o controle do biofilme e educação do paciente, existem varias etapas que estão inclusas nessa fase, não é só a evidenciação de placa. É o primeiro passo cronológico dos procedimentos que constituem a terapia periodontal. Se trata de uma fase obrigatória, pois todo o paciente vai ter biofilme, uns com mais calculo e outros com menos calculo. Não existe ninguém imune a formação de biofilme. O objetivo da fase 1 é alterar ou eliminar a etiologia microbiana, que é o biofilme, e os fatores contribuintes para as doenças gengivais e periodontais. É exatamente nesses fatores contribuintes para retenção do biofilme que existe uma gama de mecanismos, uma gama de procedimentos que se pode executar na realização desse etapa. Dependendo do livro essa fase irá se chamar de fase 1, ou de procedimentos básicos, ou terapia não-cirurgica, ou terapia inicial, ou tratamento relacionado à causa,ou fase etiotropica da terapia. Vamos priorizar a nomenclatura do Carranza que é a fase 1. Quais são as principais coisas a serem avaliadas na fase 1 da terapia? Resposta tecidual: não se pode operar um tecido inflamado por exemplo, pois irá ter um sangramento gigantesco e uma cicatrização terrível. É necessário tratar o paciente primeiro, esperar até que a inflamação cesse e analisar como o paciente responde (tecido gengival e periodontal), se continua sangrando. Atitude do paciente: também temos que ter em vista a atitude do paciente diante dos cuidados periodontais que vai ser passado para ele, que irá ser orientado para ele. E só sabendo disso que saberemos se o tratamento vai ter sucesso em longo prazo. Etapas: Orientação de higiene bucal: pacientes periodontais precisam de instruções mais detalhadas Raspagem e alisamento radicular: principal procedimento que executamos Eliminação dos fatores de retenção de biofilme dentário: calculo é uma fator de retenção do biofilme. A superfície do calculo é porosa e facilita a retenção e por isso o calculo é um dos principais fatores etiológicos secundários da doença periodontal Pequenos movimentos ortodônticos Contenção provisória Ajuste oclusal Escovas Cabeça pequena, corte reto, extremidade arredondada, náilon, macias e médias, com 3 a 4 fileiras de tufos, substituição com 3 a 4 meses (uma forma de perceber o momento de substituir a escova são os marcadores presentes na escova, as corezinhas que quando começam a perder a cor devem ser substituídas as escovas). Evitar escovas com cerdas irregulares porque elas traumatizam mais a gengiva e terminam não chegando em todas as áreas desejadas por igual Se o paciente perceber algum beneficio de um desenho característico de escova, ele deve usá-la. Quando você percebe uma boa condição de higiene oral do paciente e ele aponta essa boa condição a uma determinada escova e é possível ver que não tem abrasão, nem retração gengival, pode deixar o paciente continuar com a tal escova. As escovas mais indicadas são: Oral-B 30, tendo também a Curaprox ( tem quantidade de cerdas bem maior do que a da Oral-B e o cabo é bom para a pega da escova e a cabeça é menor) Escovas elétrica Destreza limitada Crianças e pessoas que cuidam de pacientes doentes Quando o paciente se sente mais motivado a escovação Já tem evidencias cientificas que elas são tão eficientes quanto as escovas manuais Técnica de escovação Escovação sulcular/vibratória: técnica de Bass/Bass modificada. Na disciplina iremos priorizar a nomenclatura de escovação vibratória Descrição da técnica de Bass: a doença periodontal e a cárie normalmente começa a se desenvolver nas áreas cervicais e interproximais, que é onde se tem o maior acumulo de biofilme, a técnica de escovação é direcionada para essas áreas. A escova deve estar inclinada a 45º com as cerdas voltadas para o ápice e as cerdas tem que ir de forma leve entrar no sulco gengival para que se remova um pouco do biofilme que esta nesse área, tendo a entrada +/- de 1mm das cerdas, ajudando a remover o biofilme subgengival Descrição da técnica de Bass modificada: a escova é posicionada a 45º da mesma forma que a anterior, só que depois que você posiciona as cerdas e faz o movimento antero-posterior vai rotacionar para área interproximal, para tentar alcançar o biofilme dessa aérea interproximal. É de difícil execução. Técnica fones: técnica infantil, a escova posicionada horizontalmente e se faz movimento circulares Técnica de escovação horizontal: é a pior que pode existir, pois ela associada a força é responsável por trauma de escovação (retração gengival e abrasão). Quando o paciente posiciona a escova perpendicular ao longo eixo do dente e faz o movimento Antero-posterior Técnica de Stillman: a escova fica posicionada semelhantemente a tecnica de Bass em termos de angulação, só que as cerdas não são inseridas dentro do sulco, a escova deve estar um pouco sobre a gengiva e um pouco sobre o dente Tecnica de Charters: é preconizada para pacientes com muita retração. A inclinação da escova é ao contrario da de Bass e Stillman, ela fica com as cerdas voltadas para oclusal, tendo uma parte das cerdas sobre a gengiva e outra sobre os dentes e não insere no sulco Recomendação da ADA: pelo menos tenha escovação 2x/dia + fio dental 1x/dia. Sabemos que o grande objetivo disso é a desorganização do biofilme O paciente deve sistematizar a escovação: não esquecer nenhuma área (faces vestibular, lingual, oclusal. Não se esquecendo da língua)A limpeza interproximal tem como o método de higienização mais recomendado o fio dental. É importante motivacionar o paciente a ter o habito de higienizar essa área, em termos de fio dental é difícil, pois requer uma destreza manual. Fio dental e similares (fita) – os dois tem a mesma eficiência, mas se é priorizado para pacientes com os dentes muito juntinhos ou com áreas de apinhamento o uso da fita, pois ela passa com mais facilidade principalmente se for encerada. Os pacientes reclamam de toda vez sangrar ao usar o fio porque não sabem dosar a força. A maioria das doenças dentais e periodontais começa nessa área (interproximal) Limpeza interdental x remoção de alimentos. tendo a limpeza o objetivo de desorganizar o biofilme interdental. Preferência individual Destreza Para pacientes que usam aparelho ortodôntico se orienta a utilização do passa fio Superfloss: fio dental que tem uma parte espumada, recomendadas para pacientes com prótese fixa, com implantes, com aparelho Fio dental acoplado a um plastico: ele não é muito bom pois você tem que trocar o dispositivo a cada área higienizada e a doença periodontal é sitio especifica e posso ta levando bacterias de um sitio para outro. Escovas interdentais ( a medida que o paciente começa a ter perda óssea ele começa a ter um espaço maior interproximalmente, então se faz necessário uso de dispositivos maiores) Tamanho dos espaços interdentais (2mm e 4mm) Alinhamento dental Presença de aparelhos ortodônticos e próteses fixas Superfícies radiculares côncavas e furcas expostas em pacientes periodontais Escova unitufo Áreas de difícil acesso. Limitação de abertura Paciente ortodôntico Área de 3º molar, quando a escova normal não consegue alcançar Lingual de molares e pré-molares Limpadores de língua: movimento de dentro para fora. A língua, as tonsilas, a mucosa jugal funcionam como sitio para bactérias periodonto patogênicas, então tenta se eliminar o maximo possível Controle químico do biofilme Clorexidina e Óleos essenciais (timol, eucaliptol, salicilato de metila entol) Mais efetivos no controle do biofilme e da gengivite Tem também o Triclosan e os compostos quaternários de amônia (ex.:Plax, tem tempo de efetividade reduzido na boca diferente da clorexidina que tem substancialidade). Não tem uma eficiência muito boa no controle do biofilme, tem ação antiinflamatória, a maioria é cloreto de cetilpiridíneo. Clorexidina: é o padrão ouro, mas tem efeitos colaterais como manchamento dos dentes e língua, alteração do paladar, erosão da mucosa. São efeitos reversíveis, com exceção do manchamento dos dentes. Normalmente se prescreve por 14 dias 2x/dia a 0,12%. Indicado para pacientes que não conseguem controlar mecanicamente e para pós-operatório. Óleos essenciais: tem efetividade no controle do biofilme na redução da gengivite menor que a clorexidina, mas não tem tantos efeitos colaterais. Dentifrícios Dobram a eficiência da remoção mecânica Componente de importância: material abrasivo (fosfatos, carbonatos, sílica) Prevenção de cáries: compostos fluoretados Redução da sensibilidade: sais K, Sr, fluoretos Ação antissépticca – Triclosan Clareamento dental – carbamida Anticálculo: pirofosfato, zinco
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