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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO BH
TEORIA GERAL DO PROCESSO
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
PROFESSOR: SEBASTIÃO FRANCISCO DOS SANTOS
ALUNOS: 
NILTON SANTANA – 600742108
ANA MARIA GOMES MARTINI - 600355392
NATHÁLYA EMILLY AGUIAR - 600749903
RAQUEL DUTRA GUIMARÃES - 600746747
WARLEY CAMILO DE MACEDO – 600773816
JOÃO PAULO SILVA - 600722459
2018
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
 
 	Em se tratando da relação ao exercício do poder do Estado, quando dividido e distribuído por vários órgãos segundo critérios funcionais, estabelece um sistema de prós e contratempos, sob o qual difícil se toma o arbítrio e mais facilmente se prospera a liberdade individual. 	A célebre separação de “Poderes” hoje é a base da organização do governo nas democracias ocidentais e postulado fundamental do Estado de Direito. A organização Judiciária é o termo utilizado para como a justiça é hierarquicamente organizada, a fim de melhor estruturar suas instâncias e evitar conflitos, e são atribuídas a cada função específica aos tribunais e instituições a fim de uma concretização dispositiva. É a garantia constitucional do acesso à Justiça para a sociedade.
	A organização Judiciária estabelece normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição. Essas leis são normas sobre a administração da justiça e incumbe-se de indicar quais e quantos são os órgãos jurisdicionais, dispor sobre a superposição de uns a outros e sobre a estrutura de cada um, fixar os requisitos para a investidura e dizer sobre a carreira judiciária, determinar a época para o trabalho forense, dividindo o território nacional em circunscrições para o exercício da função jurisdicional. 
Leis Processuais: disciplinam o exercício da jurisdição, da ação e da exceção pelos sujeitos do processo, ditando formas e procedimentos. Leis; formas de atuação da justiça.
Leis de Organização Judiciária (ou constituição orgânica do Poder Judiciário): estabelecem normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição (forma de administração da justiça). 
A Competência Legislativa: São regras básicas da organização judiciária se encontram na CF. Por ela cada Estado tem competência para legislar sobre sua própria organização judiciária, obedecendo as diretrizes dos arts. 93 a 97. 
	O conteúdo da Organização Judiciária divide-se em: 
Magistratura
	O Estatuto da magistratura possui as regras estruturais da organização judiciária nacional. O art. 93 expresso na Constituição trata-se de seus aspectos e limites, acesso aos tribunais, cursos de aperfeiçoamento, disciplina judiciária e das decisões administrativas dos tribunais e suas entidades. Em falando-se de organização da Justiça local, é só o Estado que legisla e qualquer norma contrária que burle tais competências será inconstitucional perante a nossa sagrada Constituição de 1988. A magistratura nada mais é do que um conjunto de juízes que integram o poder judiciário, tendo assim a magistratura estadual ou federal etc. Conforme a doutrina de Cândido Rangel Dinamarco destaca-se :
Juízes de Direito: 
	É o magistrado de direito (apenas os togados), que integra a magistratura por haver ingressado na carreira de acordo com o ordenamento jurídico, atendendo aos respectivos requisitos de habilitação, proferindo as decisões das demandas nos respectivos graus de jurisdição. Importante lembrar também que excluem os jurados, os arbítrios, os conciliadores e os juízes leigos e vale lembrar também, que no Brasil o Ministério Público não faz parte da magistratura e nem do poder judiciário.
	No Brasil, o disposto no artigo 93, inciso I da Constituição em vigor diz que o cargo inicial será o de juiz substituto, e que seu ingresso deverá ocorrer mediante concurso público de provas e títulos.
	A magistratura é o conjunto de juízes que integram o Poder Judiciário. Existe a magistratura federal e estadual, magistratura trabalhista, magistratura eleitoral e é regulada por leis constitucionais, organizada em carreiras, ou seja, os juízes se iniciam nos cargos inferiores com possibilidades de elevação na profissão, sob tais critérios de promoção determinados. Na justiça dos territórios, é determinada pela Constituição que disponha sobre a organização administrativa e judiciária dos territórios e determina também que os territórios com mais de cem mil habitantes possuam órgãos do judiciário de primeira instância e segunda instância. Em relação ao recrutamento de juízes há alguns relevantes critérios que é discutido por vários doutrinadores, sendo os mais conhecidos:
Cooptação: significa um sistema de escolha de novos magistrados pelos membros do poder judiciário.
Escolha pelo Executivo: Independe da interferência dos demais Poderes do Estado. No Brasil é o sistema adotado na nomeação para o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Superior Tribunal Militar, fazendo-se mediante livre escolha do Presidente da República, com aprovação do Senado (101, § único., 104, § único., 123). Os advogados e membros do Ministério Público que passam a integrar os tribunais estaduais (quinto constitucional - 94), são escolhidos pelo Governador do Estado, em lista tríplice oferecida pelo próprio tribunal. O mesmo sistema é empregado para o ingresso no Tribunal Superior do Trabalho (111, § 1º) e Tribunal Superior Eleitoral (119). 
 Eleição: (Presentes em alguns Estados Americanos).
Concurso Público: Forma escolhida no Brasil, para ingresso nas justiças dos estados, na federal comum e na do trabalho (93, inc. I). Quanto ao acesso aos cargos superiores dentro da carreira da magistratura, as promoções se farão, alternadamente, pelos critérios da antiguidade na entrância imediatamente inferior e do merecimento. Quando o preenchimento segue o segundo critério, o tribunal deve elaborar lista tríplice, da qual é extraído o nome para o preenchimento do cargo, pelo PR, na órbita federal, e pelo presidente do tribunal, nas justiças dos estados (93, inc. II).
	Como a magistratura é organizada em carreira, há uma tensão em relação ao acesso aos cargos superiores. A constituição estabelece que as promoções, inclusive para os tribunais serão alternadamente, de acordo com antigos critérios, sob aspectos inferiores e do merecimento. Com a finalidade de que eventuais erros dos juízes possam ser corrigidos e que consiga atender a natural inconformidade da parte vencida perante julgamentos desfavoráveis, os ordenamentos jurídicos modernos consagram o princípio do “duplo grau de jurisdição”, ou seja, o vencido tem dentro de certos limites a possibilidade de obter uma nova manifestação do Poder Judiciário e para essa efetivação é necessário a existência de órgãos superiores e inferiores a exercer a jurisdição. 
	Muito conhecidas no Brasil como órgãos de primeiro e segundo grau, assim como a Justiça dos Estados, as organizadas e mantidas pela União, todas possuem órgãos superiores e inferiores. Acima de todos órgãos está o Supremo Tribunal Federal, o famoso guardião da Constituição e o Superior Tribunal de Justiça, que possuem a responsabilidade de julgar recursos decorrentes das Justiças que integram o Poder Judiciário brasileiro. 
	Vale ressaltar que entre os juízes e tribunais não existe qualquer hierarquia, o que acontece é que decisões inferiores podem ser revistas pelas superiores, tutelando assim a segurança jurídica. No Brasil, os juízos de primeiro grau de justiça comum são monocráticos, ou seja, julgamento feito por um só juiz e colegiados em órgãos superiores e em tratando-se de julgamento em grau de recurso, em casos de exceção é feito por um juiz só, como por exemplo, embargos infringentes em execuções.
	Devido aos conflitos que surgem em todo território nacional, para as partes, a existência de juízos e tribunais em um só ponto do país, surge a necessidade de dividir, para garantia de que as causas sejam conhecidas e solucionadas pelo Poder Judiciário em local próximo à sua sede, pois o país está divididoem várias seções judiciárias. Portanto, sendo assim, o juiz só é autorizado a exercer a jurisdição nos limites territoriais legalmente previsto, A comarca e a seção judiciária constituem o foro, local onde o juiz exerce a jurisdição. 
	Sobre o trabalho forense, de acordo com o dispositivo constitucional, salienta que a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando nos dias que não houver expediente normal, juízes em plantão permanente. Só pode haver férias forenses no STF e nos Tribunais Superiores à União, pois também não há mais férias forenses nos juízos estaduais de primeiro grau e nem tais férias no tribunal de justiça (janeiro e julho), na justiça federal da primeira instância já não havia férias, a constituição proíbe que elas sejam coletivas.
	Portanto, a Constituição Federal do Poder Judiciário dita as normas gerais, fixando garantias e impondo impedimentos aos magistrados e atribui a sua estrutura judiciária.
Duplo Grau de Jurisdição
 	Visa a correção de eventuais erros dos juízes, satisfazendo a inconformidade natural da parte vencida diante de julgamentos desfavoráveis. Por ele, o vencido tem, dentro de certos limites, a possibilidade de obter uma nova manifestação do Poder Judiciário sobre seu caso. Para que isto seja possível, há necessidade de que existam órgãos superiores e inferiores que exerçam a jurisdição. Tanto as justiças estaduais quanto a federais possuem órgãos superiores e inferiores. 
	Acima de todos eles se encontra o STF e o STJ, cuja função é a de julgar recursos provenientes das justiças que compõem o Poder Judiciário nacional. Devemos nos lembrar que não há hierarquia entre órgãos superiores e inferiores, mas apenas possibilidade de revisão das decisões dos juízos de primeiro grau pelos tribunais, de forma que todo juiz é livre para proferir a sua sentença. Existe, contudo, uma hierarquia administrativa, onde os tribunais, através do Conselho Superior da Magistratura, administram a justiça do estado, provendo cargos, realizando concursos, aplicando penalidades. 
Composição dos Juízos
 	Os juízos de primeiro grau, em regra, são monocráticos, sendo os de segundo, em regra, colegiados. 
 
 Divisão Judiciária
	Os conflitos de interesses interindividuais surgem em todo o território nacional, de forma que é indispensável a divisão da jurisdição da melhor forma possível para que as causas sejam conhecidas e solucionadas pelo Poder Judiciário próximo à sede daqueles que buscam a tutela jurisdicional. Assim, a justiça federal divide o território nacional em tantas seções judiciárias quantos são os estados, e mais uma seção correspondente ao Distrito Federal; e as justiças estaduais dividem as unidades federadas em comarcas. Pelo princípio da aderência territorial, o juiz só exerce a jurisdição nos limites territoriais que lhe são traçados pela lei, cujas leis estaduais de organização judiciária influem decisivamente na competência. À comarca e à seção judiciária, territórios onde o juiz exercerá a jurisdição, dá-se o nome de foro.
Função:
	O juiz de direito tem como principal função decidir litígios de um caso concreto, as quais os interesses das partes podem ser civil ou criminal e envolvem quase sempre questões econômicas. São os legitimados representantes do Estado e interpretam as leias diante de conflitos entre as partes que buscam no Poder Judiciário a solução. Cândido Rangel Dinamarco entende “jurisdição” como atividade exercida pelo juiz. O juiz é um terceiro imparcial, que faz a aplicação do direito objetivo vigente do caso concreto, não pode decidir com bases políticas, filosóficas, economia, etc., mas apenas com base no direito em relação as suas sentenças e que possui prazos para os advogados recorrerem. Já na definitividade da jurisdição, a sentença é definitiva e pacifica os conflitos, solucionando as tensões.
	No Estado Liberal a atuação do juiz era mínima, pois as partes eram dono do processo, a grande importância era a segurança jurídica, prevalecia o princípio da “lei perfeita”, na qual o Estado não poderia interferir, ou seja, o juiz não podia interpretar a lei, era apenas o direito positivo o que está expresso. Atuavam dois princípios, o da escritura e o dispositivo da jurisdição era inerte e o processo coisa das partes. No Estado Social houve diversas transformações, começando com a importância dada à Constituição e a separação do poder passa a ser flexiva, aqui o processo já é coisa do juiz, ele é ativista e protagonista, prevalecendo o princípio da oralidade e o inquisitivo, usando o direito objetivo ao caso concreto. Após várias evoluções chegou-se até a nossa consagrada e democrática Constituição de 1988.
 Carreira
	Vários são os critérios para entrar na magistratura como. É importante lembrar que todo magistrado começa carreira como juiz substituto, após ser aprovado em concursos de provas e títulos e ainda, de acordo com a Constituição, deve ter no mínimo 3 anos de atividade jurídica. A constituição prevê que as atribuições dos juízes sejam determinadas pelo Código de Organização de Divisão Judiciária. Cabe ao juiz substituto atuar não só em situações de ausência do juiz titular, mas também em conjunto, para adquirir experiência. Geralmente um juiz substituto acaba tendo atuação em conjunto com vários outros magistrados dentro de uma circunscrição, que é a divisão territorial de atuação do Poder Judiciário. O juiz deixa de ser substituto quando é promovido, e passa a ser juiz de Direito de primeira entrância. Quando atuam em cidades menores são responsáveis por todos os processos da localidade. Após serem promovidos para juiz de Direito de segunda entrância, que ocorre em cidades de maior porte, atuam com outros juízes, cada um com sua área especializada e função. No terceiro grau da carreira são promovidos a juiz de Direito de entrância especial. Portanto, último degrau, a promoção é para desembargador do Tribunal de justiça. 
	Há também o critério da vitaliciedade, pois serve para proteger a função como julgador, ou seja, quando um juiz atinge dois anos de efetivo exercício no cargo e passa pelo estágio probatório, ele torna-se vitalício e com isso só poderá ser afastado do cargo por uma sentença transitada em julgado. Os critérios mais prestigiados de ingresso na magistratura, a qual são tratadas por diversos doutrinadores, são: 
Eleição pelo voto popular: adotada por diversos países, apresentando a vantagem de permitir ao povo a escolha os seus julgadores da mesma forma que escolhe os seus representantes no Poder Executivo e no Legislativo, mediante o voto direto.
Livre escolha pelo Executivo: o chefe do poder executivo escolhe livremente aquele que por seus méritos ou pelos seus dotes morais e intelectuais, deva integrar a magistratura.
Livre nomeação pelo Poder Judiciário: Os próprios membros do Poder Judiciário escolhem aqueles que devam ingressar na magistratura, apresentando mais inconvenientes do que virtudes, porque tem o defeito de favorecer apenas as pessoas ligadas a desembargadores e ministros de tribunais, também conhecido como critério de cooptação, adotada para as vagas de juízes em alguns tribunais de justiça, como no Estado do Rio de Janeiro em que o acesso se dar por promoção, critérios de antiguidade e merecimento.
Nomeação pelo Poder Executivo com aprovação do Legislativo: A escolha de juízes é feita mediante a conjugação da vontade do chefe do Poder Executivo e da vontade do Senado. A desvantagem é que favorece a composição de tribunais com uma única linha ideológica. Adotado pelo STF.
Nomeação pelo Poder Executivo por indicação do Judiciário ou Legislativo: Apresenta a vantagem de permitir uma conjugação de vontades de mais de um dos poderes, em que a nomeação é feita pelo chefe do Poder Executivo (Presidente da República ou Governador de Estado) mediante proposta formulada pelo Legislativo ou Judiciário. A desvantagem é que o indicado geralmente é alguém ligado ao partido político e quando provém do Poder Judiciário,de alguém ligado aos ministros de tribunais ou desembargadores. É adotada para o preenchimento de vagas nos Tribunais Regionais Federais.
Nomeação pelo Poder Executivo, por indicação do Judiciário, com aprovação do Legislativo: Apresenta a vantagem de permitir a conjugação de vontades de mais de um Poder para a composição dos tribunais. É adotada para a composição do Superior Tribunal de Justiça.
Nomeação pelo Poder Executivo, por indicação de órgãos representativos dos advogados e do Ministério Público, com a participação do Judiciário e do Legislativo: Esse critério é usado para o preenchimento das vagas destinadas ao quinto constitucional, nos tribunais de segundo grau, e ao terço constitucional, nos tribunais superiores, que são preenchidos por advogados e membros do Ministério Público.
Escolha por órgão especializado: A escolha se dá por um órgão composto de pessoas especializadas em assuntos da Justiça, representativa dos 3 poderes e da classe dos advogados, presidido pelo Presidente da República.
Escolha por concurso: Permite o ingresso na justiça de bacharéis em direito e advogados realmente capacitados para a função de julgar, dotados de conhecimento jurídicos indispensáveis ao exercício da judicatura, além de permitir igual oportunidade a todos. Este é o critério adotado para o ingresso no cargo de juiz, em primeira instância de concurso de provas e títulos, para a Justiça Federal e Estadual, trabalhista e militar.
Escolha por sorteio e composição do órgão judiciário competente para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida: É o Tribunal do Júri, integrado por pessoas leigas em direito, aqui o sentido de “juiz não togado” que apenas preside, são julgamentos sociais, não se tratando de jurisdição como atuação da vontade concreta de lei. Sobre as garantias da magistratura (independência política e jurídica dos juízes), enquanto integrantes do Poder judiciário, são asseguradas as que lhes garantem a independência para proferir as suas decisões, que muitas das vezes contrariam interesses de grandes grupos econômicos. Para certas doutrinas, a independência política diz respeito às garantias do juiz para o exercício de suas funções e consiste na vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.
Tribunais de Justiça: 
	O Tribunal de Justiça no sistema jurídico brasileiro, é um órgão colegiado constituído de juízes de segunda instância, denominados desembargadores. 
As Justiças da União: 
	Sobre as seis Justiças a que se refere a Constituição quatro pertencem à União e são por ela organizadas e mantidas, tendo caráter federal e sendo, portanto, a Justiça da União (em contraposição à Justiça dos Estados); trata-se da Justiça Federal (comum), da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral e da Justiça Militar. 
	Todas elas, tanto como as Justiças Estaduais, são sujeitas às regras fundamentais instituídas da Constituição, bem como as contidas na ainda vigente Lei Orgânica da Magistratura Nacional e no esperado Estatuto da Magistratura, sendo que cada qual recebe também, constitucionalmente e mediante lei, a sua regulamentação específica
Organização da Justiça Federal (Comum):
	A Justiça Federal é composta pelos juízos federais de primeiro grau e pelos Tribunais Regionais Federais. O regime específico dessa Justiça é ditado pela Constituição, pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
	 A Justiça Federal (comum) foi assim criada antes da Constituição de 1891. Depois foi extinta (Constituição de 1937) e a Constituição de 1946, sem instituir uma Justiça Federal em primeiro grau de jurisdição, criou-se apenas o Tribunal Federal de Recursos e as causas federais continuaram a ser julgadas, em grau inferior, por juízes estaduais das Capitais dos Estados. Foi só o ato institucional que, dando nova redação ao art. 94 daquela Constituição, restabeleceu em sua plenitude a Justiça Federal, com a criação dos juízos federais inferiores. 
	A Constituição previa a criação de três Tribunais Federais de Recursos (Distrito Federal, São Paulo e Recife), mas somente um chegou a ser criado e a funcionar (Distrito Federal). A Constituição Federal de 1988 ao enumerar os órgãos da Justiça Federal, eliminou o Tribunal Federal de Recursos (que tinha competência sobre todo o território nacional) e instituiu os Tribunais Regionais Federais. 
	Os Tribunais Regionais Federais têm a sede e competência territorial que a lei lhes atribui e sua previsão constitucional corresponde ao intuito de regionalizar os serviços jurisdicionais de segundo grau, na Justiça Federal e têm competência originária e recursal (esta para as causas conhecidas originariamente pelos juízes federais), sendo que as hipóteses indicadas no art. 109 da Constituição abrangem processos civis e criminais. 
	A Justiça Federal de primeiro grau de jurisdição é representada pelos juízos federais, que se localizam em todos os Estados e no Distrito Federal; trata-se de juízos monocráticos ao lado dos quais funciona também o tribunal do júri. Para efeito da Justiça Federal de primeiro grau, o território brasileiro é dividido em seções judiciárias (uma no Distrito Federal e uma correspondendo a cada Estado, com sede na respectiva capital e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. As seções judiciárias são agrupadas em regiões, que são cinco e corresponde a cada um dos Tribunais Regionais Federais.
Organização da Justiça Militar da União:
	São dotados de competência exclusiva penal, o Superior Tribunal Militar e os Conselhos de Justiça Militar. Dispõe sobre a organização dessa justiça, como órgãos da Justiça Militar, a Auditoria de correição e os auditores. 
	O Superior Tribunal Militar, com sede no Distrito Federal e competência sobre todo o território nacional, compõe-se de quinze ministros, todos brasileiros natos ou naturalizados. 
	A nomeação é feita mediante escolha do Presidente da República após aprovação pelo Senado Federal, sendo dez militares e cinco civis. Tem competência originária e recursal, sendo que esta se refere, em princípio, aos processos da competência originária dos conselhos. A jurisdição inferior é dos Conselhos de Justiça Militar (órgãos colegiados), que são de duas categorias: Conselhos Especiais de Justiça, e Conselhos Permanentes de Justiça, nas Auditorias, compostos de um juiz civil vitalício (auditor) e de quatro oficiais.
Organização da Justiça Eleitoral: 
	Compõe-se a Justiça Eleitoral dos seguintes órgãos: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais, juntas eleitorais, juízes eleitorais (de todos, só as Juntas não têm competência penal).O Tribunal Superior Eleitoral, órgão máximo dessa Justiça especial, com sede no Distrito Federal e competência em todo o Brasil, compõe-se de sete membros: três Ministros do Supremo Tribunal Federal, dois do Superior Tribunal de Justiça (uns e outros escolhidos pelos seus respectivos pares) e dois advogados (escolhidos pelo Presidente da República. Tem competência originária e recursal, sendo esta para os recursos de decisões proferidas pelos Tribunais Regionais. 
Organização da Justiça do Trabalho: 
	Constituem fontes de direito positivo a respeito à Constituição a Consolidação das Leis do Trabalho: Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e varas do trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho, órgão de cúpula dessa Justiça especial, tem sede na Capital Federal e competência em todo o território brasileiro, sendo composto de vinte e sete Ministros togados e vitalícios, escolhidos entre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Um quinto de seus componentes vem do Ministério Público do Trabalho e da advocacia e os demais são escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho. Esse Tribunal tem competência originária e competência recursal, funcionando em cinco turmas (de cinco juízes cada), em seções especializadas. Os Tribunais Regionais do Trabalho, também compostos de juízes nomeados pelo Presidenteda República, observada a proporcionalidade da composição do Tribunal Superior do Trabalho. 
	A competência dos Tribunais Regionais do Trabalho é originária e recursal, referindo-se às reclamações trabalhistas julgadas pelas varas do trabalho ou pelos juízes de direito estaduais, no limite de sua competência trabalhista. A divisão judiciária trabalhista é em regiões. A Constituição determina que haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho no Distrito Federal em cada Estado. A Magistratura do Trabalho é organizada em carreira, que tem início no cargo de juiz do trabalho substituto (mediante concurso), sendo este promovido a juiz do trabalho, alternadamente por antiguidade e merecimento. Os juízes do trabalho, pelos mesmos critérios, são promovidos a juiz do Tribunal Regional do Trabalho. Contudo os tribunais são meros representantes do Estado, cada um com suas funções legítimas em cada esfera do direito. 
Superiores Tribunais de Justiça: 
	Abaixo do Supremo Tribunal Federal, encontra-se o Superior Tribunal de Justiça também com sede no Distrito Federal, e possui competência sobre todo o território nacional. Constitui inovação da Constituição de 1988 sobre a estrutura judiciária brasileira e relaciona-se com os sistemas judiciários das chamadas Justiças comuns (Justiça Federal e Justiças Estaduais). È um órgão que exerce a chamada jurisdição comum, na medida em que somente lhe cabem causas regidas pelo direito substancial comum (direito civil, comercial, tributário, administrativo) e não as regidas por ramos jurídico-substanciais especiais (eleitoral, trabalhista, penal militar) .
 Organização, função, carreira, função 
	O Tribunal de Justiça compõe-se de 180 desembargadores e tem como Órgãos Julgadores as Câmaras Isoladas, a Seção Criminal, o Conselho da Magistratura, o Órgão Especial, a que alude o item XI do art. 93, da Constituição da República e, como integrante de sua estrutura administrativa, a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Diferentemente do Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça dispõe de supervisão administrativa e orçamentária sobre a Justiça Federal. Em situações diferentes, tanto quanto o Supremo, julga causas nais quais já hajam exaurido todas as instâncias das Justiças de que provêm. 
	Também dispõe de competência originária, apesar dessa superposição, tanto quanto o Supremo, pela competência que lhe dá, a Constituição Federal e apresenta-o como defensor da lei federal e unificador do direito. Como defensor da lei federal, compete-lhe julgar recursos interpostos contra decisões dos Tribunais de Justiça ou Tribunais Regionais Federais, que contrariem ou neguem vigência a tratado ou lei federal. 
	Como unificador da interpretação do direito, cabe-lhe rever as decisões que derem a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. O Superior Tribunal de Justiça tem competência originária para certas causas constitucionalmente indicadas, competência para julgar outras mediante recurso ordinário e, havendo alguma questão federal como as indicadas logo acima, competência para julgar em grau de recurso especial. Diferentemente do Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça dispõe de supervisão administrativa e orçamentária sobre a Justiça Federal.
	Como defensor da lei federal, compete-lhe julgar recursos interpostos contra decisões dos Tribunais de Justiça ou Tribunais Regionais Federais, que contrariem ou neguem vigência a tratado ou lei federal. Como unificador da interpretação do direito, cabe-lhe rever as decisões que derem a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal, seu processo e julgamento estão disciplinados no Código de Processo Civil e é também competente para a homologação de sentenças estrangeiras. 
	Em relação ao ingresso a Constituição Federal de 1988, que instituiu o Superior Tribunal de Justiça, prevê que se componha de, no mínimo, trinta e três ministros. A composição do Superior Tribunal de Justiça é heterogênea, incluindo uma terça parte de ministros nomeados entre juízes dos Tribunais Regionais Federais, uma terça parte entre desembargadores e uma terça parte entre advogados e membros do Ministério Público. A escolha é feita pelo Presidente da República, a partir de listas elaboradas na forma constitucional, sendo a nomeação feita depois da aprovação pelo Senado Federal. O Superior Tribunal de Justiça funciona em Plenário, seções e turmas, sobre cuja composição e competência dispõe o seu Regimento Interno, com as alterações da emenda regimental. 
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Organização, Função, Carreira):
	É um órgão do Poder Judiciário de Minas Gerais, com sede na capital do Estado (Belo Horizonte) e exerce jurisdição em todo o território estadual em segunda instância. As atribuições jurisdicionais do Tribunal de Justiça estão determinadas na Constituição do Estado de Minas Gerais. Entre essas atribuições, destacam-se a competência originária para julgamento do Vice-Governador, Deputados Estaduais, Procurador-Geral de Justiça e Secretários de Estado, nos crimes comuns; mandado de segurança contra ato do Governador e do Presidente da Assembleia Legislativa e ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual. 
	Como instância de recurso, cabe ainda ao Tribunal de Justiça julgar todos os processos em que o Estado de Minas Gerais ou os municípios sejam partes; causas relativas à família, sucessão, estado e capacidade das pessoas; causas relativas à matéria fiscal e falimentar, contra a Administração Pública, crimes de tóxicos e os de competência do Tribunal do Júri. Em Minas, o Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos: 
Tribunal de Justiça, 
Tribunal de Justiça Militar, 
Turmas Recursais dos Juizados Especiais, 
Juízes de Direito, 
Tribunais do Júri, 
Conselhos e Juízes de Direito do Juízo Militar e Juizados Especiais. 
	Em 1714, foram criadas as primeiras Comarcas de Minas Gerais. Quando um juiz de primeira instância profere uma sentença e uma das partes não está de acordo com a decisão, cabe o recurso em segunda instância. Nesse caso, o julgamento é realizado novamente por colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça do estado. 
	Esta decisão, tomada por meio de votos dos desembargadores, é chamada de acórdão e pode, ou não, manter a primeira sentença. Ao todo são previstos 140 cargos de desembargador no Tribunal de Justiça. Quatro quintos dos desembargadores do Tribunal de Justiça são juízes de carreira, promovidos por antiguidade ou merecimento, enquanto um quinto dos lugares é preenchido por advogados e membros do Ministério Público. 
Supremo Tribunal Federal (organização, função, carreira):
	Muito conhecido como guardião da Constituição, possui sede na Capital da União e tem competência sobre todo o território nacional. O Supremo Tribunal Federal representa o ápice da estrutura judiciária nacional e articula-se quer com a Justiça comum, quer com as especiais. O Supremo é a máxima instância de superposição, em relação a todos os órgãos da jurisdição. 
	Sua função básica é a de manter o respeito à Constituição e sua unidade substancial em todo o país, o que faz através de uma série de mecanismos diferenciados. 
	O Supremo Tribunal Federal constitui-se, no sistema brasileiro, na corte constitucional. Como guarda da Constituição, cabe-lhe julgar: 
a) a ação declaratória de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual perante a Constituição Federal, inclusive por omissão;
b) a arguição de descumprimento de preceito fundamental; 
c) o recurso extraordinário interposto contra decisões que contrariarem dispositivo constitucional, ou declararem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, ou julgarem válida lei ou ato do governo local contestado em face da Constituição ou de lei federal; 
d) o mandado de injunção;
e) o mandado de injunção contra o Presidente da República ou outras altas autoridades federais, para a efetividadedos direitos e liberdades constitucionais etc. 
	O STF é de caráter abertamente normativo, que é a competência para editar súmulas vinculantes. O STF poderá, de ofício ou por STF E STJ, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
	Como verdadeiro tribunal especial para o processo e julgamento de determinadas causas que perante ele se iniciam, transformando-o em órgão - especial - de primeiro e único grau, atribui a Constituição uma competência originária. Ademais, o Supremo funciona como órgão de segundo grau nos casos de recurso ordinário previstos pela Constituição. 
	Trata-se de competência estabelecida segundo critérios políticos, seja para evitar que fiquem privados de toda e qualquer instância recursal o habeas corpus, habeas data, mandados de segurança ou de injunção impetrados diretamente perante Tribunais Superiores e manifesta-se já o Supremo Tribunal como órgão de superposição, uma vez que dá a última palavra sobre causas vindas das diversas Justiças. 
	O Supremo assume a condição de órgão de terceiro e às vezes até quarto grau de jurisdição em relação ao ingresso pois os números de ministros do Supremo são bastante variados, houve diversas mudanças, mas o ato institucional definiu o número para onze que hoje é o que está expresso. O ingresso do STF não se faz por carreira e sim pela nomeação do Presidente da República, e também os ministros devem estar no gozo de seus direitos políticos e ter mais de 35 aos e menos de 60 e serem brasileiros natos, assim nomeados gozam de todas as garantias e impedimentos dirigidos aos juízes togados.
Ministério Público: da União e Estadual (organização, função, carreira)
	O Ministério Público é a instituição destinada à preservação de valores fundamentais do Estado, atribuindo sua defesa à ordem jurídica, dos interesses sociais e o regime democrático, com a pretensão punitiva do Estado e a repressão ao crime, que é um atentado aos valores fundamentais. É um dos mecanismos que realiza a efetivação dos direitos sociais. É configurado no Brasil como instituição autônoma que não integra o Poder Judiciário. Seus membros compõem-se diversos organismos distintos.
 	A Constituição apresenta o Ministério Público da União integrado pela Federal e autônomo é o Ministério Público de cada Estado. A constituição oferece diversas garantias ao Ministério Público.
Ministério Público da União:
	É exercida pelo Procurador Geral da República, nomeado pelo Presidente da República após a aprovação da República, possui uma inovação na carreira com a garantia de 2 anos permitindo uma recondução. O Procurador-Geral da República, sendo chefe do Ministério Público da União, é quem exerce, direta ou indiretamente, a direção geral da Instituição.
	 As carreiras do Ministério Público da União são distintas, segundo os ramos em que se divide a Instituição, a saber: Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
	Tem como função defender a defesa da ordem jurídica, ou seja, deve zelar pela observância e pelo cumprimento da lei; defesa do patrimônio nacional, do patrimônio público e social, do patrimônio cultural, do meio ambiente; dos direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso do povo, defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Faz controle externo da atividade policial. Trata da investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras possibilidades de atuação. Os seus membros têm liberdade de ação tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo. 
	Promove também diversas ações como ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade. Promove representação para intervenção federal nos Estados e Distrito Federal, impetra habeas corpus e mandado de segurança, promove mandado de injunção. Possui assim como os juízes de direito diversas garantias em sua carreira. 
	Contudo, ressalva-se que o Ministério Público possui algumas vedações aos seus membros como: recebimento de honorários ou custas, exercício da advocacia, participação em sociedade comercial, atividade político-partidária. O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União e do Ministério Público Federal. Ele é, também, o procurador-geral Eleitoral. Nomeado pelo presidente da República, após aprovação do Senado Federal, cabe a ele, dentre outras atribuições, nomear o procurador-geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar e dar posse ao Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Território.
 Ministério Público Estadual: 
	Cumprindo a Lei orgânica Federal, a lei orgânica do Ministério Público indica vários órgãos do Parquet estadual. O Ministério Público de Minas Gerais por exemplo, está presente em todo o Estado. A sede da Instituição está localizada em Belo Horizonte e qualquer pessoa pode entrar em contato com o Ministério Público, seja para buscar informações, orientações ou denunciar. 
	Na instituição, a Ouvidoria é o canal permanente de comunicação com os cidadãos, entidades representativas da sociedade civil e órgãos públicos. A finalidade de sua existência se concentra em três pilares: na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, o qual, é nomeado integrantes de carreira pelo Governador do Estado. 
	A Procuradoria-Geral de Justiça é o órgão de administração do Ministério Público, sendo que a administração Superior é formada também pelos Órgãos Colegiados (Colégio de Procuradores de Justiça e Conselho Superior do Ministério Público) e pela Corregedoria-Geral do Ministério Público. O Ministério Público é composto por Promotores e Procuradores de Justiça, que atuam nas funções de execução, em atividades judiciais (perante o Poder Judiciário) e extrajudiciais, nas áreas criminal, cível e especializadas. 
	A Instituição abrange atendimento a todo o Estado de Minas Gerais, nas cidades que sediam comarcas e sempre em paralelismo com o Conselho Nacional de Justiça; o Conselho do Ministério Público não é um órgão de atuação no processo.
	As diferentes carreiras no Ministério Público possuem diferentes cargos, no âmbito Federal os cargos da carreira são, na ordem ascendente, os de procurador da República, procurador regional da República e subprocurador-geral da República (para explicação mais detalhada da organização, nos estaduais e no do Distrito Federal e Territórios (os cargos são de promotor de justiça substituto (chamado de promotor de justiça adjunto no MPDFT – ambos são os promotores que ainda se encontram no estágio probatório. 
	Os cargos da carreira são os de Procurador do Trabalho, Procurador Regional do Trabalho e Subprocurador-Geral do Trabalho; tem como chefe o Procurador-Geral do Trabalho; O Militar, os cargos da carreira são os de Promotor da Justiça Militar, Procurador da Justiça Militar e Subprocurador-Geral da Justiça Militar; o chefe da instituição é o Procurador-Geral da Justiça Militar.
	Existem ainda os Ministérios Públicos nos tribunais de contas, cuja carreira varia de acordo com a respectiva lei; em geral, seus cargos denominam-se procurador de contas e subprocurador-geral de contas. Em todos os casos, os cargos iniciais de cada carreira são necessariamente preenchidos por aprovação em concurso público, de provas e de títulos. Por se tratar de carreira, os cargos seguintes são alcançadospor meio de promoção e o critério da antiguidade e merecimento.
 Defensoria Pública (Organização, Função, Carreira):
	Conhecido como o advogado do povo, o defensor é o profissional contratado pelo governo brasileiro para defender todos os cidadãos que não possuem condições financeiras de arcar com as despesas cobradas por um advogado particular. A institucionalização da defensoria pública constitui séria medida direcionada à realização e descumprimento da promessa constitucional de assistência judiciária aos necessitados. A Constituição se diz mais amplamente de assistência jurídica integral e gratuita e também orientação em sede extrajudicial.
	Às Defensorias Públicas da União, Estados e Distrito Federal incumbem a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. Uma grande relevância é também sua legitimidade ativa para a ação civil pública, com a qual a Defensoria Pública se integra ao sistema da tutela coletiva. É instituição constitucionalmente autônoma e independente, essencial à função jurisdicional do Estado, expressão e instrumento do regime democrático.
	A defensoria não integra a advocacia, pública ou privada, e tem independência funcional no exercício de sua função. Existem, contudo, hipóteses em que a Defensoria Pública atuará independentemente da condição financeira do assistido. Trata-se de funções atípicas, que tomam lugar toda vez que for verificada a hipossuficiência jurídica da parte, como, por exemplo, a defesa dos acusados que não constituíram advogado e nos casos da curatela especial. A Defensoria Pública presta consultoria jurídica, ou seja, fornece informações sobre os direitos e deveres das pessoas que recebem sua assistência. 
	O Brasil é o único que deu tratamento constitucional ao direito de acesso dos insuficientes de recursos à Justiça, e a Defensoria Pública, com sua missão constitucional de garantir os princípios constitucionais de acesso à justiça e igualdade entre as partes, e o direito à efetivação de direitos e liberdades fundamentais. No âmbito estadual, cada Defensoria deverá ter sua própria lei.
	Entre as suas principais funções está a busca pela promoção prioritária da solução extrajudicial dos litígios, por meio da mediação, conciliação e demais técnicas de composição e administração de conflitos, a conscientização e difusão do conhecimento sobre os direitos humanos e cidadania; a promoção da ação penal privada e a subsidiária da ação penal pública; a prestação de assistência jurídica ao apenado; a atuação junto a estabelecimentos policiais, penitenciários e de internação de adolescentes, visando assegurar o exercício dos direitos e garantias individuais.
	Para se tornar defensor, o candidato deve ser necessariamente bacharel em direito e inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Em algumas defensorias há exigência de tempo de exercício de atividade jurídica de no mínimo três anos. Preenchidos esses requisitos, o ingresso na carreira dar-se-à mediante aprovação em concurso público de provas e título.
 
Advocacia (organização, função, carreira): 
	A advocacia é talvez uma das profissões mais antigas de que se tem conhecimento, haja vista que todo o homem é dotado de direitos e obrigações. 
	Dá-se o nome de jurista às pessoas versadas nas ciências jurídicas, como o professor de direito, o jurisconsulto, o juiz, o membro do Ministério Público, o advogado. Se na sociedade antiga já se precisava de advogados, atualmente a necessidade é ainda maior, em face das complexas relações interpessoais que a vida impõe a todos nós. 
	O advogado aparece como integrante da categoria dos juristas, tendo perante a sociedade a sua função específica e participando, ao lado dos demais, do trabalho de promover a observância da ordem jurídica e o acesso dos seus clientes à ordem jurídica justa. 
	A Constituição deu conscientização da estatura da advocacia, pois o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. A denominação advogado é privativa dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, conceitua-se este como o profissional legalmente habilitado a orientar, aconselhar e representar seus clientes, bem como a defender-lhes os direitos e interesses em juízo ou fora dele.
	Dentre os direitos do advogado ressaltam-se os seguintes: exercer com liberdade a profissão, em todo o território nacional; ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca e apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da Ordem; comunicar-se com seus clientes, pessoal é reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; presença de representante da Ordem, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício, da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à Seccional da Ordem; não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala do Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela Ordem, e, na sua falta, em prisão domiciliar.
 	A prisão em flagrante, com as cautelas acima descritas, só pode dar-se em caso de crime inafiançável. Em relação aos seus deveres é regulado pela Ética do advogado. O advogado é uma peça essencial para a administração da justiça e instrumento básico para assegurar a defesa dos interesses das partes em juízo. 
	No Brasil, para ser advogado, é preciso ter o título de graduação como bacharel em Direito, e estar regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A inscrição nos quadros da OAB é obtida mediante prévia aprovação no Exame de Ordem, uma prova instituída por lei. Uma das finalidades da OAB é a de proceder membros habilitando ao exercício da advocacia, para os fins e efeitos de inscrição, a Ordem dos Advogados do Brasil compreende dois quadros, o de advogados e o de estagiários. 
São requisitos comuns para a inscrição em qualquer desses quadros:
 a) capacidade civil; 
b) título de eleitor e quitação com o serviço militar, se brasileiro; 
c) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
 d) idoneidade moral; 
e) prestar compromisso perante o Conselho. 
	Para a inscrição no quadro de estagiários é requisito especial a admissão em estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, durante os últimos do curso jurídico. Assim, o advogado é peça-chave na formação da sociedade atual e no seu regular funcionamento, pois dele depende o funcionamento de uma sociedade mais justa, plural e democrática.
BIBLIOGRAFIA: 
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

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