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Transplante renal Implantação cirúrgica de um rim de um parente doador vivo, de um não parente doador vivo ou de um doador falecido É uma terapia bem estabelecida para o tratamento da DRC terminal e representa uma opção terapêutica considerando custos e melhorias na qualidade de vida dada ao paciente Rejeição e infecção secundária à terapia imunossupressora principais complicações A sobrevida é superior à de pacientes em diálise Tipos de Transplantes: Doador vivo relacionado Doador vivo não relacionado Doador cadáver Compatibilidades : Sistema sanguíneo ABO Histocompatibilidade Tipagem HLA (Antígeno Leucocitário Humano) Cross match (Prova Cruzada) Reatividade Contra Painel (PRA) Pré-transplante Pós-transplante imediato 4 a 6 semanas após a cirurgia Pós-transplante tardio 6 semanas após cirurgia Imunossupressão: Glicocorticóide Ações metabólicas adversas: -Carboidratos: a captação e utilização da glicose e da gliconeogênese = hiperglicemia -Proteínas: catabolismo, do anabolismo -Lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing) Efeitos colaterais: Hiperglicemia Diabetes pós-tx Síndrome de Cushing Hiperlipidemia Obesidade e ganho de peso Síndrome de perda muscular Retenção de sódio e líquido Excreção acelerada de potássio perda de cálcio pela urina Efeitos adversos dos glicocorticóides Aspectos nutricionais no Tx: ↑ peso corpóreo após Tx é um achado frequente Primeiro ano pós-tx ↑ de cerca de 10% no peso corporal (basicamente devido ao aumento de gordura corporal) Hiperfagia e ganho excessivo de peso Estilo de vida mais sedentário Liberação das restrições alimentares Terapia imunossupressora (glicocorticóides) Desnutrição: Embora o ganho excessivo de peso seja comum, a desnutrição está presente em aproximadamente 15 a 20% dos pacientes Causas: Presença de morbidades Insuficiência do enxerto Acidose metabólica Glicocorticóides (catabolismo proteico) Desnutrição x sobrevida do enxerto Também estão associadas ao esquema de imunossupressão: Hipertrigliceridemia azatioprina e esteróides Hipercolesterolemia Ciclosporina e predinisona Sirolimus + ciclosporina e prednisona ↑ Tg e ↑ CT Os mecanismos pelos quais essas drogas alteram o metabolismo de lipídios são diferentes e ainda não completamente entendidos Tratamento nutricional: Necessidades energéticas Pós-transplante imediato (4 a 6 semanas) ou na rejeição aguda 30 a 35Kcal/Kg/dia Pacientes com excesso de peso, nesse período, deverão ser orientados a manter o peso Pós-transplante tardio (após 6 semanas) 25 a 30Kcal/Kg/dia Obesos 20 a 25Kcal/Kg/dia Estresse metabólico, infecção ou febre 35 a 45 Kcal/Kg/dia (prescrição individualizada) Lipídios: Pós-transplante imediato 30 a 35% Hiperlipidemia de longo prazo: ≤ 30% 10% saturada ≥ 10% monoinsaturada 10% poliinsaturada < 300mg de colesterol Dislipidemia resistente: ≤ 25% 7% saturada 10 a 15% monoinsaturada ≥ poliinsaturada < 200mg de colesterol Independente da causa, em vários casos, a hiperlipidemia associada ao tx não é controlada apenas pelas modificações dietéticas Carboidratos: 50 a 60% Fibras: 25 a 30g Proteínas: Pós-tx imediato 1,3 a 1,5g/Kg/dia Mesmo para pacientes que apresentam rejeição aguda, atraso da função do enxerto ou necessidade de diálise A ingestão deverá ser controlada apenas na presença de necrose tubular aguda com sintomas urêmicos Pós-tx tardio 1,0g/Kg/dia (receptores com função renal próxima ao normal) Nefropatia crônica do enxerto 0,6 a 0,8g/Kg/dia (desde que a ingestão de energia seja maior que 25Kcal/Kg/dia e a dose de predinisona 0,2mg/Kg/dia) Na presença de doses mais elevadas de corticóides ingestão normal ou levemente aumentada Sódio: 5g de sal Na presença de hipertensão relacionada à retenção hídrica restrição da recomendação de sódio (<2.000mg/dia)