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ALTERAÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO DIARRÉIA PROF. DR. ROBERTO WAGNER JR. FREIRE DE FREITAS DIARRÉIA - FISIOPATOLOGIA É a eliminação frequente de fezes líquidas ou semilíquidas; Decorre do aumento do peristaltismo – faz a matéria fecal mover-se através do TGI muito rapidamente; O peristaltismo aumentado produz cólicas intestinais e reduz o tempo disponível para absorção da água no intestino grosso. DIARRÉIA - FISIOPATOLOGIA Os três principais problemas associados à diarreia grave: 1. Desidratação; 2. Desequilíbrio eletrolítico; 3. Deficiências vitamínicas. DIARRÉIA - FISIOPATOLOGIA A diarreia pode estar relacionada a: 1. Infecções bacterianas ou virais; 2. Intolerância à lactose; 3. Alergias ou intolerâncias alimentares; 4. Diverticulite; 5. Doença intestinal inflamatória; 6. Colite; 7. Síndrome do cólon irritável; 8. Má absorção ou obstrução intestinal; DIARRÉIA - FISIOPATOLOGIA A diarreia pode estar relacionada a: 9. Adição rápida de fibras à dieta; 10. Consumo de alimentos picantes ou muito temperados; 11. Uso excessivo de laxantes; 12. Efeitos colaterais de fármacos como antibióticos; 13. Fórmulas concentradas de nutrição enteral. 14. A CAUSA MAIS COMUM É A INFECÇÃO BACTERIANA/VIRAL. DIARRÉIA – SINAIS E SINTOMAS Ocorre alteração da textura e frequência da evacuação; Paciente pode eliminar sangue e muco juntamente com as fezes; Apresenta, geralmente tenesmo (urgência e desconforto abdominal); Os ruídos intestinais encontram-se aumentados; A pele ao redor do ânus pode ter escoriações devido o contato com a matéria fecal e produtos do processo digestivo; Pode ocorrer febre; A diarreia infecciosa costuma se apresentar de forma abrupta, com mal-estar generalizado concomitante. DIARRÉIA – ACHADOS DIAGNÓSTICOS Culturas de rotina de amostras de fezes – para diarreias causadas por processos infecciosos bacterianos; Coleta de amostras de fezes para identificação de parasitas – várias amostras podem se fazer necessárias, uma vez que os parasitas não são eliminados em cada evacuação; Colonoscopia; Endoscopia Digestiva. DIARRÉIA – TRATAMENTO CLÍNICO Tratamento para diarreia de curta duração ou considerada leve: 1. Repouso intestinal pela limitação da ingestão de alimentos; 2. Passagem gradativa para uma dieta normal. DIARRÉIA – TRATAMENTO CLÍNICO Tratamento para diarreia persistente e evacuações frequentes: 1. Administração de antidiarreico como, por exemplo, Cloridrato de Difenoxilato com Sulfato de Atropina (LOMOTIL); 2. Combinação de produtos como o Caolin e a Pectina (KAOPECTATE); 3. Reposição líquida e eletrolítica, seja por via oral ou intravenosa; 4. Ajustes dietéticos, os quais podem incluir a eliminação de alimentos que causam diarreia; 5. Nutrição Parenteral Total (NPT), caso a diarreia seja grave e prolongada. DIARRÉIA – TRATAMENTO CLÍNICO IMPORTANTE: 1. A diarreia crônica acarreta a depleção de microrganismos da flora intestinal e permite o crescimento descontrolado de fungos e leveduras. Para recolonizar o cólon, são prescritas cápsulas ou grânulos contendo Lactobacillus acidophilus. Esses agentes são denominados de probióticos! DIARRÉIA – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO – ANAMNESE E EXAME FÍSICO 1. Fazer anamnese e levantamento de informações importantes (antecedentes mórbidos pessoais, hábitos alimentares, antecedentes alérgicos e medicamentos utilizados); 2. Fazer levantamento de medicamentos recentemente prescritos, assim como o uso de laxantes ou enemas; 3. Investigar a ocorrência de constipação recente, porque a diarreia pode ocorrer quando houver uma massa fecal impactada; 4. Observar o estado emocional do paciente, pois a ansiedade afeta a motilidade intestinal. DIARRÉIA – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO – ANAMNESE E EXAME FÍSICO 1. O Enfermeiro pode ter a necessidade de examinar a área anal, verificando a presença de hiperemia ou de outra alteração tissular; 2. Ausculta abdominal para identificar ruídos hidroaéreos; 3. Palpação do abdome em busca de distensão e massas; 4. Coleta de dados basais, incluindo registro diário de peso e a verificação dos sinais vitais. DIARRÉIA – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DIARRÉIA RELACIONADA À INFECÇÃO INTESTINAL, MANIFESTADA PELA EVACUAÇÃO FREQUENTE DE FEZES LÍQUIDAS E CÓLICAS ABDOMINAIS. 1. Estimular o paciente a suspender a alimentação até a crise aguda diminuir; 2. Fornecer líquidos de acordo com a tolerância; 3. Avançar a ingestão oral de acordo com a tolerância, oferecendo, inicialmente, alimentos não irritantes; 4. Orientar o paciente a evitar bebidas cafeinadas e carbonatadas – pois estimulam a motilidade do TGI; 5. Administrar medicamentos antidiarreicos conforme prescrição; 6. Estimular posição conformtável; 7. Não usar canudo, pois aumenta o volume de ar deglutido, aumentando gás e cólicas. DIARRÉIA – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO PARA VOLUME DE LÍQUIDOS DEFICIENTE RELACIONADO À EVACUAÇÃO FREQUENTE DE FEZES AQUOSAS E À INGESTÃO INADEQUADA DE LÍQUIDOS. 1. Avaliar o estado de hidratação por meio do controle da ingestão e do débito, do turgor cutâneo e da umidade das membranas mucosas; 2. Quando a diarreia for grave, oferecer água, líquidos isotônicos e soluções eletrolíticas (ex.: Gatorade), quando permitido; 3. Notificar o débito urinário inferior a 240 mL em quatro horas; 4. Monitorar a quantidade de fezes e sua consistência; 5. Observar a ocorrência de sinais de perda de sódio e potássio (ex.: fraqueza, cãibras ou arritmia cardíaca. DIARRÉIA – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO PARA NUTRIÇÃO DESEQUILIBRADA: MENOS DO QUE AS NECESSIDADES CORPORAIS, RELACIONADO À ANOREXIA OU À MÁ ABSORÇÃO SECUNDÁRIA À PASSAGEM RÁPIDA DAS FEZES ATRAVÉS DO TGI. 1. Notificar o médico quando o paciente não conseguir tolerar a reintrodução da dieta regular; 2. Orientar o paciente a evitar alimentos condimentados, gordurosos e, leite e produtos laticínios quando ele for intolerante à lactose; 3. Pesar o paciente conforme o indicado. DIARRÉIA – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO PARA INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA RELACIONADO AO TRAUMA MECÂNICO E QUÍMICO DO RETO. 1. Ajudar com os cuidados perianais, ou realizar esses cuidados, após cada evacuação. Fornecer lenços de papel umidificados com substância não alcoólica; 2. No caso de hiperemia cutânea da região perianal, aplicar uma pomada que contenha vitamina A e D ou óxido de zinco; 3. Aplicar um hidrogel sobre a lesão se a pele apresentar escoriação ou descamação.
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