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Extração de cafeína proveniente de café solúvel

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CONCLUSÃO
Após muitas tentativas e reagentes desperdiçados foi possível concluir a extração do analito impuro, sendo necessários outros procedimentos para a sua purificação total e a análise de ponto de fusão, para ter a garantia de que o analito se trata mesmo de cafeína. A escolha do solvente orgânico foi um desafio proposto em sala de aula e a seleção do clorofórmio não poderia ter sido mais acertada. O clorofórmio possui três moléculas de cloro e uma de hidrogênio sendo caracterizado pela ausência, ou baixa ocorrência, de regiões eletricamente densas nas moléculas constituintes (assim, com menores momentos dipolares e menores constantes dielétricas), se apresentou portanto, como o melhor solvente orgânico para a extração do nosso analito que em sua maior parte é apolar. Em comparação com outros grupos da turma, esta análise se apresentou satisfatória, tanto pela escolha do solvente orgânico, quanto pelo rendimento, mesmo contendo impurezas. O resultado ficou coerente com o da literatura que diz que no café contém de 1 a 2,5% de cafeína, no caso deste experimento encontramos 5,7% levando a crê que a diferença neste valor se deve as impurezas. No mais, as definições de solvente orgânico, polaridade, extração líquido-líquido e suas interações se tornaram um pouco mais claras. 
REFERÊNCIAS
DICIONARIO de especialidades farmacêuticas: DEF 96/97. Rio de Janeiro: JBM, 1996. 962 p ISBN (Broch.)
 
LIMA, D.R. Café e Saúde: Manual de Farmacologia Clínica, Terapêutica e Toxicologia. Rio de Janeiro: Medsi Editora, 2003. p. 141-149.
 
MEDEIROS, Renata. Segredos do mundo: Conheça os alimentos que mais contém cafeína no mundo. Disponível em: <https://segredosdomundo.r7.com/conheca-os-alimentos-que-mais-contem-cafeina-no-mundo/>. Acesso em: 09 Out 2018.
 
OLIVEIRA, José Eduardo. Extração com Solventes. Disponível em: <http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo/Blog2013/Aula_22_03/Exra%C3%A7%C3%A3o%20por%20solventes%20LIC%202007.pdf>. Acesso em: 09 Out 2018.
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste experimento foram preparadas 3 amostras na tentativa de dar certo, uma vez que a prática não foi testada antes de ser apresentada a turma. Em todas as tentativas foram pesadas 15g da amostra que continha o analito, sendo que as duas primeiras foram guaraná em pó e na última, café solúvel. Após pesagem e procedimentos prático os resultados foram expressos no Quadro 1:
Quadro 1: Memorial dos Cálculos. 
Massa Béquer vazio
156,572g
Massa béquer cheio
159,4243g
Massa Sulfato de sódio
2g
Massa Cafeína impura
0,8515g
% cafeína impura
5,7%
Fonte: A autora.
Estes valores apresentados no Quadro 1 foram resultados da subtração do valor de Sulfato de sódio anidro, do valor do béquer cheio. E posteriormente foi subtraído o resultado do primeiro passo pelo valor do béquer vazio. Com isso foi possível encontrar o valor em gramas de cafeína impura
A porcentagem foi obtida pela consideração de que 15g da amostra era 100% e então a porcentagem de cafeína impura também. pôde ser descoberta. Apesar de ter sido utilizado 3g de Sulfato de sódio anidro, apenas 2g foram considerados nos cálculos uma vez que a amostra foi transferida de um béquer menor para um béquer maior e foi perdido 1g do sulfato nesta transferência. A escolha do solvente clorofórmio se deu devido a sua polaridade e densidade, o que lhe confere a propriedade de extrair substâncias pouco polares de soluções aquosas formando um sistema bifásico que muitas vezes pode emulsionar como foi o caso deste experimento.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais utilizados foram: Pissete, Suporte universal, Argola para suporte universal, Bastão de vidro, Proveta, Placa de aquecimento, Funil, Papel filtro preto, Béquer, Funil de separação, Balança analítica, Espátula, Erlenmeyer, Fita crepe, termômetro, lupa, Capela. As substâncias utilizadas foram: Água deionizada, clorofórmio, sulfato de sódio anidro e carbonato de cálcio. Inicialmente foram pesados 15g da amostra que continha o analito (café solúvel), e 7g de carbonato de cálcio em um Erlenmeyer. Após isto foi adicionado 200mL de água deionizada e a amostra foi levada à fervura por 20 minutos. A filtração por gravidade foi feita logo após os procedimentos anteriores e o filtrado foi para a capela para separação da parte orgânica onde o analito estava presente. Essa separação se deu após serem adicionadas 4 frações de 25mL do solvente clorofórmio.  O filtrado foi acondicionado em béquer onde foi adicionado 3g de sulfato de sódio anidro. O béquer foi identificado e ficou na capela para a evaporação do solvente volátil. Após total evaporação, a amostra seca que se encontrava no béquer foi pesada para análise dos cálculos.
 
INTRODUÇÃO
Grande parte da população ignora as substâncias que estão presentes no café, alegando que este contém apenas ou principalmente cafeína. O café possui apenas 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade. O grão de café possui, também, uma grande variedade de minerais, aminoácidos, lipídeos, açúcares e vitaminas do complexo B (LIMA, 2003). A cafeína é um composto químico de fórmula (C₈H₁₀N₄O₂) classificado como alcaloide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina. É também um fármaco quimioterápico, que pode ser descrita como um pó branco ou cristais aciculares. Comporta-se como uma base fraca, pois seus sais dissociam-se facilmente na água (FARMACOPÉIA, 1996). Atuando sobre o sistema nervoso central, a cafeína age como estimulante, sendo rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal e metabolizada no fígado. A toxicidade e os efeitos adversos tem sido objeto de intensos estudos. A quantidade diária consumida no mundo é cerca de 50mg/pessoa/dia e é oriunda basicamente do consumo de bebidas estimulantes. Usualmente, uma xícara (175mL) de café contém de 85 a 115mg de cafeína (RATES, 1999). Alguns exemplos de produtos que contém cafeína são: chá preto (95 a 200mg em 1 xícara); refrigerante (30 a 35mg em 1 xícara); bebidas energéticas (36mg em 250 mL); chocolate (3 a 30mg em 100g); alguns medicamentos, entre outros.
Este relatório tem como objetivo determinar o teor de cafeína presente em café solúvel, pela extração da mesma com solvente orgânico clorofórmio.
 Palavras Chave: Cafeína, Solvente, Polaridade, Extração líquido-líquido.

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