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Estrutura do Solo GRANULOMETRIA Ano/semestre: 2018.2 Disciplina: Mecânica dos Solos I Curso: Engenharia Civil Professora: Roberta Costa Meira Quirino ESTRUTURA DOS SOLOS O solo é um conjunto de partículas dispostas de forma organizada, seguindo ação de forças naturais. Define-se como Estrutura, o arranjo das partículas que compõem o solo. A estrutura do solo influencia o seu comportamento como material de engenharia. Nos solos grossos (areias e pedregulhos) a massa de cada partícula é grande, não há forças elétricas entre elas, a gravidade é o principal fator agindo na formação de sua estrutura. Mecânica dos Solos ESTRUTURA DOS SOLOS Do ponto de vista da engenharia o comportamento mecânico e hidráulico de um solo, fica definido principalmente por duas características: COMPACIDADE E ORIENTAÇÃO DAS PARTÍCULAS. A orientação das partículas produz, como efeito principal, diferentes permeabilidades do solo, conforme o fluxo seja normal ou paralelo à direção de deposição do material. Mecânica dos Solos ESTRUTURA DOS SOLOS Nos solos finos (siltes e argilas), a massa de cada partícula é muito pequena, quando comparada com as forças intermoleculares existentes. A existência dessas forças de atração faz com que nos solos finos, as partículas não se depositem individualmente, mas sim em grupos, originando estruturas dos tipos: Alveolar (favo de abelha) Atração molecular – solos finos Floculenta Dispõem-se em arcos através das forças elétricas Esqueleto Compostos por grãos finos e grossos - esqueleto Mecânica dos Solos FORMA DOS GRÃOS Nos solos grossos a forma característica é a EQUIDIMENSIONAL, em função da ação dos agentes mecânicos desintegradores. Raramente corresponde à partículas que tenham sofrido ataque químico. A forma equidimensional divide-se em ANGULAR e ARREDONDADA. As formas angulares são típicas das areias residuais e areias vulcânicas. As formas arredondadas são freqüentes nas areias de rios e algumas formações de praias (areias eólicas). ESTRUTURA DOS SOLOS Partículas arredondadas – menor atrito Partículas angulares – maior atrito Mecânica dos Solos TAMANHO DAS PARTÍCULAS Os solos são formados por partículas de diferentes tamanhos, em proporções variadas. O tamanho relativo dos grãos que formam a fase sólida dos solos é chamado TEXTURA. A medida da textura é feita pela análise granulométrica. De acordo com a textura os solos são classificados como GROSSOS E FINOS. São solos grossos os Pedregulhos e as Areias, e são solos finos, os Siltes e as Argilas. Escala Granulométrica:( ABNT 6502/95) Argila silte areia pedregulho 0,002 mm 0,06 mm 2,0 mm 60 mm ESTRUTURA DOS SOLOS Mecânica dos Solos ALGUMAS RELAÇÕES DIMENSIONAIS ENTRE PARTÍCULAS Areia F = 2 mm A=4pR2=0,126 cm2 V=4/3pR3=0,00419 cm3 m=0,00419.2,65=0,0111 g Argila F = 0,002 mm (argila) A=4pR2=1,26.10-7 cm2 V=4/3pR3=4,19.10-12 cm3 m=4,19.10-12.2,65=1,11.10-11 g Mecânica dos Solos IDENTIFICAÇÃO VISUAL E TÁTIL DOS SOLOS Muitas vezes em campo temos a necessidade de uma identificação prévia do solo, sem que o uso do aparato de laboratório esteja disponível. Esta classificação primária é extremamente importante na definição (ou escolha) de ensaios de laboratório mais elaborados e pode ser obtida a partir de alguns testes feitos rapidamente em uma amostra de solo. No processo de identificação tátil visual de um solo utilizam-se freqüentemente os seguintes procedimentos (vide NBR 7250): Mecânica dos Solos IDENTIFICAÇÃO VISUAL E TÁTIL DOS SOLOS • Tato: Esfrega-se uma porção do solo na mão. As areias são ásperas; as argilas parecem com um pó quando secas e com sabão quando úmidas. • Plasticidade: Moldar bolinhas ou cilindros de solo úmido. As argilas são moldáveis enquanto as areias e siltes não são moldáveis. • Resistência do solo seco: As argilas são resistentes a pressão dos dedos enquanto os siltes e areias não são. • Dispersão em água: Misturar uma porção de solo seco com água em uma proveta, agitando-a. As areias depositam-se rapidamente, enquanto que as argilas turvam a suspensão e demoram para sedimentar. • Impregnação: Esfregar uma pequena quantidade de solo úmido na palma de uma das mãos. Colocar a mão embaixo de uma torneira aberta e observar a facilidade com que a palma da mão fica limpa. Solos finos se impregnam e não saem da mão com facilidade. Mecânica dos Solos APLICAÇÕES NA ENGENHARIA Auxilia a “sentir” a textura do solo (que solo é esse) e também será empregada na classificação de solos. Pode ser usada para definir a faixa granulométrica especificada para filtro de um dreno. Pode ser um critério de seleção de materiais de enchimento e aterros de barragens, materiais para sub-base e base de pavimentos e agregados para concreto e misturas asfálticas. A distribuição granulométrica é mais importante para os solos granulares. Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos d10 d30 d60 Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos A distribuição granulométrica do solo é obtida através da análise do material por dois processos: Método do Peneiramento - realizado para partículas com diâmetros equivalentes superiores a 0,074mm (peneira nº200) Método da Sedimentação - procedimento válido para partículas com diâmetros equivalentes inferiores a 0,2mm. OBS: O ensaio de peneiramento não é realizado para partículas com diâmetros inferiores a 0,074mm pela dificuldade em se confeccionar peneiras com aberturas de malha desta ordem de grandeza. Embora existindo no mercado, a peneira 400 (com abertura de malha de 0,045mm) não é regularmente utilizada no ensaio de peneiramento, por ser facilmente danificada e de custo elevado. DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Método do Peneiramento Procedimento feito com o auxílio de peneiras de malhas metálicas, quadradas. É utilizado para solos com diâmetros de partículas maiores que 0,075 mm. Esta limitação é física, função do material usado na fabricação da peneira. Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA (NBR 7181) Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Somatório das massas Eixo X Eixo Y Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Mecânica dos Solos DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Mecânica dos Solos MÉTODO DA SEDIMENTAÇÃO Ensaio realizado com o auxílio do densímetro baseado na lei de Stokes que estabelece: “Supondo uma esfera caindo através de uma massa líquida de extensão infinita, após os primeiros instantes da queda, a esfera atinge uma velocidade constante, que é função do quadrado do diâmetro da esfera”. Relaciona o diâmetro equivalente das partículas (D) com a velocidade de sedimentação (v) em meio líquido de viscosidade (μ) e peso específico () conhecidos. 2. .18 Dws Mecânica dos Solos MÉTODO DA SEDIMENTAÇÃO Como funciona o densímetro? O instrumento mede a densidade dos líquidos, ou seja, a massa dividida pelo volume. Trata-se de um tubo de vidro com uma certa quantidade de chumbo na base. Na parte de cimado tubo há uma escala desenhada. Ao mergulhar o densímetro no líquido, ele afunda até deslocar um volume de fluido cujo peso se iguale ao dele. A superfície do líquido indica a densidade". Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Mecânica dos Solos Determine a porcentagem passante em cada peneira e construa a curva granulométrica para o Ensaio 1. Após verificar a distribuição granulométrica para o Ensaio 2, obtenha sua classificação quanto a uniformidade e também sua graduação (bem ou mal graduado).