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sgc pc mg 2014 investigador lingua portuguesa 01 a 24

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Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 129 
 
Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 
 
Língua Portuguesa 
Professora: Daniela Tatarin 
 
 
Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 2 de 129 
 
Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 
SUMÁRIO 
 
1. Apresentação.......................................................................................................... 03 
 
2. Compreensão e interpretação de textos, tipologia textual..................................... 04 
 
3. Ortografia, acentuação e classes de palavras...................................................... 24 
 
4. Sintaxe da oração e do período............................................................................ 72 
 
5. Sintaxe de concordância e regência.................................................................... 92 
 
6. Crase, Pontuação, Significado das palavras ..........................l.......................... 112 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Apresentação 
 Há 12 anos assumi minha paixão pela Língua Portuguesa. Cursei Letras na Universidade 
Federal do Paraná e me especializei em Construção de texto. Passei por diferentes níveis de 
ensino, de fundamental a superior, e há dois anos tenho me dedicado aos concursos. Poder 
passar adiante conhecimentos para que diferentes pessoas entendam a dinâmica da língua e 
resolvam – com tranquilidade – diferentes provas é algo muito especial e, com certeza, faço com 
carinho e dedicação. 
 
 
 
Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 4 de 129 
 
Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 
1. Compreensão e interpretação de textos, tipologia textual 
 
Teoria 
Compreensão e interpretação de textos 
 É bastante comum ouvirmos relatos de pessoas sobre as dificuldades em questões de 
interpretação de textos. Na verdade, qualquer dificuldade com este assunto pode ser facilmente 
resolvida resolução de exercícios. É a prática a responsável pela eficiência da leitura, mas não 
podemos começar sem antes observarmos alguns conceitos importantes que envolvem os 
diferentes tipos de textos. 
 Um texto se constrói de palavras e ideias. É a formação do que se entende todo que nos 
dá condições de entender a mensagem transmitida. 
 Mas, por que os concursos cobram compreensão e interpretação? Existe diferença entre 
estes dois termos? Para responder a esta pergunta, vamos conhecer os conceitos de 
compreender e interpretar: 
Compreender - Conter em si; Abranger; Alcançar com a inteligência; Perceber; Entender. 
Interpretar - Aclarar, explicar o sentido de. 
Fonte: www.dicionarioinformal.com.br 
 Neste sentido, compreensão e interpretação pressupõem entendimento. Logo, o que se 
espera do candidato é entendimento do que se lê. Em um contexto social de analfabetismo 
funcional (cerca de 18% da população brasileira se encontra nesta condição, segundo o IBGE) é 
esperado que a habilidade de leitura seja cobrada em provas. 
 Para compreender e interpretar adequadamente um texto, é necessário se mostrar um 
leitor autônomo, ou seja, que tenha a capacidade de ler e produzir inferências. Entende-se por 
inferência a capacidade de se deduzir algo a partir do raciocínio. 
 Por isso é importante neste processo a compreensão dos níveis estruturais da língua por 
meio da lógica, além de possuir um vocabulário bastante amplo. 
 
 
Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 5 de 129 
 
Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 Nos textos, as frases apresentam diferentes significados, de acordo com o contexto em 
que estão inseridas. Por isso é de suma importância apreciar o texto através do contexto, de todas 
as partes que o compõem. Isso garante que as informações relevantes sejam apreendidas pelo 
leitor. 
 Não se esqueça de que um texto carrega as marcas de seu autor, afinal, apresenta a visão 
deste em relação à temática escolhida. 
 
Denotação e Conotação 
 As inferências que produzimos a partir da leitura de um texto são baseadas na 
identificação do sentido atribuído às palavras no texto. São duas as possibilidades de uso da 
linguagem no texto, em relação ao sentido: a denotação e a conotação. 
 O sentido denotativo é percebido através do uso de palavras com valor referencial, ou seja, 
quando é tomada no seu sentido usual ou literal, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu 
sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à 
realidade palpável. Veja um exemplo de sentido denotativo: 
Os papéis foram entregues na portaria às 17 horas. 
Papéis – sentido literal, próprio. 
 Já o sentido conotativo é percebido através do uso de palavras com valor figurado, 
remetendo-a a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, 
evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. Veja este exemplo: 
Os papéis foram sorteados, para que nenhum ator se sentisse privilegiado. 
Papéis – sentido figurado (personagens) 
 Nos textos literários, prevalece o uso da linguagem conotativa. Também os provérbios ou 
ditos populares são bons exemplos da linguagem de uso conotativo. Veja este outro exemplo: 
"Quem está na chuva é para se molhar" 
 Analisando este provérbio, chegamos a ideia de que nossas opções abrem espaço às 
consequências, e que devemos aceitá-las ou, pelo menos, correr o risco. 
 
 
Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 6 de 129 
 
Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
 Em síntese, o sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o 
chamado sentido verdadeiro, real. O sentido conotativo das palavras é a atribuição de um sentido 
figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. 
A polissemia 
 Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados. A isso 
chama-se polissemia, que, em geral, é definida como a propriedade que uma palavra possui de 
apresentar diferentes sentidos sem que os mesmos sejam opostos ou excludentes. 
 Por exemplo, a palavra posição. Trata-se de um caso típico de polissemia. Observe os 
exemplos: 
Estou cansado de ficar sentado nesta posição. 
Na posição em que estamos será difícil reverter a opinião do povo. 
Lucas atingiu uma boa posição na empresa. 
 Nas três sentenças, os sentidos da palavra posição são diferentes. 
 
Como Ler e Entender Bem um Texto 
 Há passos que podem ser seguidos a fim de garantir uma interpretação de qualidade. O 
primeiro deles é ler atentamente ao texto. Do início ao fim. Esqueça aquela história de ler em 
partes, tentando encontrar a parte que se encaixa com parte do enunciado da questão 
interpretativa. Essa primeira leitura, esse primeiro contato como texto é muito importante. O 
próximo passo é refazer a leitura, desta vez tomando nota de passagens relevantes e de 
possíveis vocábulos desconhecidos, que possam comprometer a interpretação. Feito isso, pode 
seguir à interpretação de fato, momento em que, de posse do entendimento do texto, gabaritam-
se as questões. 
 Não se esqueça de que embora a interpretação seja subjetiva, há limites – os 
estabelecidos pelo texto. 
 A adequada interpretação de um texto depende, antes de qualquer coisa, do leitor. Todo e 
qualquer conhecimento prévio por parte do leitor facilita a compreensão, não esqueça! 
 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
Algumas dicas para interpretar adequadamente um texto 
 Faça uma primeira leitura, atenta, do início ao fim do texto, tendo noção de conjunto. 
 Faça a segunda leitura, identificando possíveis vocábulos desconhecidos. 
 Tenha sempre ás mãos um bom dicionário. 
 Volte ao texto quantas vezes julgar necessário. 
 Prenda-se ao texto – é o que o autor escreveu e não o que você pensa acerca do assunto. 
 Questões de interpretação envolvem a opção que mais se encaixa no texto. 
 
Tipologia textual 
1. Narração 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, 
envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de 
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de 
narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo 
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, 
etc. 
2. Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. 
A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. 
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há 
relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto 
descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. É 
um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem 
predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
3. Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo 
do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 
3.1 Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre 
assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas 
 
 
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Língua Portuguesa 
expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, 
textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 
3.2 Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, 
além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-
se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante 
em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e 
revistas. 
 
4. Injunção/Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua 
maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do 
futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções 
para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos 
de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
 
OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos consideram também 
que o tipo Predição possui características suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns 
outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal. 
 
5. Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está 
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, 
previsões escatológicas/apocalípticas. 
 
6. Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, 
conversa telefônica, chat, etc. 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
Gêneros textuais 
 
 Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais 
ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito 
parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e 
ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem 
que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu 
estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas 
características. Exemplos: 
 
 Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do 
tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à 
sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos 
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. 
 
 Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar 
informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na 
maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. 
 Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem 
por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. 
 
 Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula 
para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, 
com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as 
instruções. 
 
 
 Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao 
leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
 Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento 
da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. 
 
 Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se 
deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas 
personagens.Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas 
vezes, minuciosamente descritos. 
 
 Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com 
linguagem direta. 
 
 Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter 
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve 
também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a 
imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como 
na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. 
 
 História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em 
pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma 
espécie de conversação. 
 
 Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, 
através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre 
algum acontecimento atual, em sua grande maioria. 
 
 Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser 
estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua 
 
 
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Língua Portuguesa 
composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. 
Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste 
gênero. 
 
 Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, 
tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou 
um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela 
tipologia dialogal. 
 
Gêneros literários: 
 Gênero Narrativo: 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o 
dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma 
variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com 
características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente 
todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem 
responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: 
1) Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo 
ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. 
Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e 
seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero. 
2) Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de 
caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente 
uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. 
Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, 
pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na 
Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. 
3) Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a 
brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, 
de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 
 
 
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Língua Portuguesa 
4) Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações 
rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi 
o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos 
do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve 
personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em 
um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror 
ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no 
expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. 
5) Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens 
principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 
6) Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. 
Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando 
aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV. 
7) Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e 
manifestos descritivos. 
8) Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, 
críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais 
flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e 
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, 
comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas 
empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José 
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke. 
 
 Gênero Dramático: 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador 
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas. 
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retratam, com forte apelo linguístico e 
cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. 
 
 Gênero Lírico: 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre 
corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. 
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva 
da linguagem. 
Fonte: http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html 
 
Alguns exemplos de textos para interpretação: 
Texto 1 
Da realidade 
Mario Quintana 
 
O sumo bem só no ideal perdura 
Ah! Quanta vez a vida nos revela 
Que a saudade da amada criatura 
É bem melhor do que a presença dela. 
 
Texto 2 
 
 Há quem pense que somente em ano de eleição é que se deve discutir política e tudo o 
que mais se associar ao tema. Clássico engano daqueles que se esquecem do dever de todos – 
enquanto cidadãos – de fiscalizar as ações e decisões que emanam do poder público. Isso pelo 
simples fato de sermos nós os responsáveis pelas escolhas destes representantes. 
 Entende-se por poder público o conjunto dos órgãos com autoridadepara realizar os 
trabalhos do Estado. De maneira mais simplista, o poder público é o próprio governo, cujas 
atribuições são legitimadas pela soberania popular. Logo, são vários os motivos que se podem 
listar para exercermos o papel de fiscais do poder público – a grande circulação de dinheiro e a 
responsabilidade necessária para geri-lo; os constantes casos e denúncias de corrupção e as 
necessidades básicas da população, ainda não atendidas (saúde, educação e segurança). Isso 
sem entrar na questão do dever de colaborar com a consolidação da democracia. 
 O cenário apresentado não é muito favorável a uma posição mais relaxada quanto à 
fiscalização. São casos de corrupção, evasão de divisas, o escândalo do mensalão, índices 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
educacionais vergonhosos, filas intermináveis em hospitais públicos, crimes cada vez mais 
ousados. Poderíamos citar muitos outros, expostos diariamente nos jornais. Felizmente, ações 
contrárias a essas práticas começaram a surgir, como, por exemplo, os políticos condenados e 
cumprindo suas penas. Mas é somente o começo. 
 É preciso que as ações fiscalizadoras continuem, bem como as cobranças. Saúde, 
segurança, educação, honestidade. É disso que precisamos. Os recentes episódios de 
manifestações populares, pedindo justiça e o fim da corrupção, foram o primeiro passo. Os 
próximos estão por vir. 
 Reforçar a cidadania a partir de uma postura séria, crítica e politizada é algo que se deve 
propagar, aos quatro cantos do país. Não se pode deixar a fogueira esfriar. Cidadão consciente 
luta por um futuro mais digno, para todos. Já deu uma olhadinha, hoje, no Portal da 
Transparência? 
 
Texto 3 
 
 
 
Questões de concursos sobre compreensão, interpretação e tipologias textuais 
Leia o texto a seguir para responder às questões. 
 
Conversando com os mortos 
 Neste exato instante em que seus olhos passam por estas linhas, está ocorrendo um 
pequeno milagre da tecnologia. Não, não estou falando do computador nem da transmissão de 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
dados pela internet, mas da boa e velha leitura, inventada pela primeira vez cerca de 5.500 anos 
atrás. Para nós, leitores experimentados, ela parece a coisa mais natural do mundo, mas isso não 
passa de uma ilusão. Ler não apenas não é natural como ainda envolve cooptar uma complexa 
rede de processos neurológicos que surgiram para outras finalidades. 
 Acho que dá até para argumentar que a escrita é a mais fundamental criação da 
humanidade. Ela nos permitiu ampliar nossa memória para horizontes antes inimagináveis. Não 
fosse por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo, transmissão e integração de 
conhecimento que logramos obter. Nosso modo de vida provavelmente não diferiria muito daquele 
experimentado por nossos ancestrais do Neolítico. 
 A conclusão é que, de alguma forma, conseguimos adaptar nosso cérebro de primatas 
para lidar com a escrita. Para Stanislas Dehaene (matemático e neurocientista francês), operou 
aqui o fenômeno da reciclagem neuronal, pelo qual processos que surgiram para outras funções 
foram recrutados para a leitura. A coisa funcionou tão bem que nos tornamos capazes de ler com 
proficiência e rapidez, obtendo a façanha de absorver a linguagem através da visão, algo para o 
que nosso corpo e mente não foram desenhados. 
 Antes de continuar, é preciso qualificar um pouco melhor esse "funcionou tão bem". É claro 
que funcionou, tanto que me comunico agora com você, leitor, através desse código especial. 
Mas, se você puxar pela memória, vai se lembrar de que teve de aprender a ler, um processo que, 
na maioria esmagadora dos casos, exigiu instrução formal e vários anos de treinamento até atingir 
a presente eficiência. 
 Enquanto a aquisição da linguagem oral ocorre, esta sim, naturalmente e sem esforço 
(basta jogar uma criança pequena numa comunidade linguística qualquer que ela "ganha" o 
idioma), a escrita/leitura precisa ser ensinada e praticada. 
 As dificuldades não são poucas. Começam nos olhos (só conseguimos ler o que é captado 
pela fóvea) e se estendem por todo o tecido neuronal. Um problema particularmente interessante 
é o da invariância. Como o cérebro faz para concluir que A, a, a, a, a são a mesma letra, apesar 
dos diferentes desenhos? Pior, mesmo quAnDo fazemos uma sopa de fontes e mIsturAmos TuDo, 
continuamos DECIFRANDO A MENSAGEM com pouca perda de velocidade. 
(Adaptado de SCHWARTSMAN, Hélio. Conversando com os mortos. Folha de S. Paulo. 14 jun. 2012.) 
 
 
 
 
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Profª Daniela Tatarin 
Língua Portuguesa 
01 - A partir da leitura do texto, considere as seguintes afirmativas: 
1. A escrita é um recurso tecnológico, um código, e sua invenção redimensionou o conhecimento 
humano. 
2. Na escrita, observa-se o problema da invariância quando um mesmo sinal gráfico é usado para 
representar letras diferentes. 
3. O aprendizado da leitura é análogo ao da oralidade: ambos dependem de instrução formal e 
treinamento. 
4. A escrita não possibilita apenas a ampliação da memória humana, mas também a interligação e 
o compartilhamento de informações. 
Corresponde(m) ao ponto de vista de Schwartsman no texto a(s) afirmativa(s): 
a) 1 apenas. 
b) 2 apenas. 
c) 2 e 3 apenas. 
d) 1 e 4 apenas. 
e) 1, 3 e 4 apenas. 
 
02 - Para a adequada interpretação do texto, é necessário identificar a que informações 
apresentadas previamente correspondem algumas expressões de sentido vago empregadas pelo 
autor. Considere as seguintes correspondências: 
1. "Isso" (linha 3) refere-se à existência de leitores experientes. 
2. "Aqui" (linha 11) refere-se à adaptação do cérebro para o uso da escrita. 
3. "A coisa" (linha 12) refere-se ao fenômeno da reciclagem neuronal. 
4. "Algo" (linha 13) refere-se ao deslocamento de processos de sua função original para 
possibilitar a leitura. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. 
 
 
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Língua Portuguesa 
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
03 - Nas linhas 22 a 24, observa-se no texto uma formatação não convencional, usada pelo autor 
com o propósito de estabelecer, entre a forma e o conteúdo do texto, uma relação de: 
a) descompasso. 
b) alternância. 
c) ambiguidade. 
d) disjunção. 
e) equivalência. 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões seguintes. 
 
Sobre quem gosta de ler 
 
 Quando você vê alguém lendo um livro, presencia uma pessoa às voltas com uma grande 
exigência. A palavra escrita o põe na parede: pede a ele uma interação e manda às favas a 
passividade. A leitura fricciona a percepção; é a fricção de duaspedras – fiat lux! 
 Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor. É como uma barriga grávida, 
num aceleradíssimo tempo de prenhez. 
 A leitura enfia-se no presente, fabrica o que virá. Quem lê é um da Vinci, diagramando os 
recursos recebidos, aplicando cor. E fazendo. 
 A importância primeira do ato de ler é essa negação da passividade, essa incondicional 
exigência de ação. É um ato de otimismo intrínseco. 
 
 
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(Tom Zé (músico). In: Almanaque Brasil. www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-
literatura/7171. Acesso em 11 jul. 2012.) 
 
04 - A partir da leitura do texto “Sobre quem gosta de ler”, identifique as afirmativas a seguir como 
verdadeiras (V) ou falsas (F): 
( ) Para Tom Zé, a leitura é um processo dialógico, em que o texto questiona o leitor e solicita dele 
reações e respostas. 
( ) Segundo o autor, a leitura é um processo em que o leitor interroga o livro em busca de 
respostas a questões formuladas previamente. 
( ) Tom Zé considera a leitura um processo colaborativo, em que o leitor participa da criação do 
universo representado no texto escrito. 
( ) Segundo Tom Zé, a ação e o dinamismo de um leitor podem ser observados a partir de seus 
gestos e movimentos. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
a) V – F – F – V. 
b) F – V – V – F. 
c) V – F – V – F. 
d) F – V – F – V. 
e) V – V – V – V. 
 
05 - Os textos de Hélio Schwartsman e Tom Zé têm um tema em comum: a leitura. Sobre a 
abordagem desse tema pelos dois autores, é correto afirmar: 
a) Os aspectos neurofisiológicos da leitura são abordados em ambos os textos, embora os 
autores adotem pontos de vista diversos. 
b) Os aspectos interativos da leitura são abordados em ambos os textos, sendo sinalizados pelo 
título do texto de Schwartsman e tratados como tema central por Tom Zé. 
 
 
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c) Ambos os autores têm como interlocutores principais as pessoas que não gostam de ler e 
apresentam argumentos para convencê-las da importância da leitura. 
d) Os dois autores focalizam as dificuldades relacionadas ao processo de aprendizagem da 
leitura, tema que tem a mesma relevância em ambos os textos. 
e) A contribuição do leitor na construção do sentido do texto é um tema recorrente nos dois textos, 
com maior ênfase no texto de Schwartsman. 
 
06 - Compare os seguintes trechos extraídos dos textos “Conversando com os mortos” e “Sobre 
quem gosta de ler”: 
 
“Não, não estou falando do computador nem da transmissão de dados pela internet [...]”. 
(Schwartsman) 
 
“Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor”. (Tom Zé) 
 
 
Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negação para: 
a) questionar possíveis inferências que o leitor possa fazer a partir de afirmações anteriores. 
b) retificar afirmações feitas em trechos anteriores dos textos. 
c) dar ênfase aos trechos, destacando sua relevância na exposição do ponto de vista dos autores. 
d) inverter o sentido das frases, já que duas negações equivalem a uma afirmação. 
e) responder questões formuladas pelos próprios autores ao longo dos textos. 
 
07 - Leia a tira abaixo. 
 
 
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(Bill Watterson. Disponível em http://ficcaoenaoficcao.wordpress.com/2012/03/25. Acesso em 26 
ago.2012.) 
Sobre a argumentação de Calvin, considere as seguintes afirmativas: 
1. Ao se dirigir à professora, Calvin faz uma simulação do discurso jurídico, tanto no vocabulário 
quanto na organização dos argumentos. 
2. A argumentação de Calvin está fundada na premissa de que a ignorância é uma condição 
necessária para a felicidade. 
3. Calvin questiona a eficiência da professora quando diz que sua aula é uma tentativa deliberada 
de privá-lo da felicidade. 
4. Ao gritar “Ditadura!” no último quadrinho, Calvin protesta contra o desrespeito à Constituição, 
que lhe garante o direito inalienável à felicidade. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
 
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Leia o texto a seguir para responder às questões seguintes. 
Dez anos de Flip 
 Ao mesmo tempo, poucos eventos culturais despertam reações tão contraditórias quanto a 
Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), desde que, há dez anos, ela fez de Paraty uma das 
capitais mundiais da literatura. Recorrendo à polarização proposta por Umberto Eco décadas 
atrás, há os apocalípticos e os integrados. Para os primeiros, a Flip é um show midiático 
patrocinado pelas grandes corporações da vida editorial, uma prova de como o capitalismo 
compra e corrompe tudo – e podemos encontrar sinais de "apocalipse" até no insuspeito escritor 
Jonathan Franzen (capa da Time como "o romancista da América"). Em sua palestra lembrou que, 
ao chegar a Paraty, encontrou placas enormes com propaganda de um cartão de crédito e, 
sussurrou, conspirador, "isso já diz muita coisa". Os americanos também adoram falar mal do 
dinheiro. 
 Franzen é um realista de carteirinha. Mas outro grande escritor, este de vocação 
nefelibata, o espanhol Enrique Vila-Matas, denuncia com uma certa volúpia a "extinção da 
literatura", entregue hoje ao horror das leis do mercado. Bem, não tomemos ao pé da letra a 
afirmação, uma licença poética transcendente – segundo o clássico gosto ibérico, a realidade é 
uma consequência do desejo, e não o contrário. A ideia apocalíptica pressupõe uma utopia 
poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhará como um diamante 
intocado pelo mundo real. 
 Enquanto isso não acontece, os integrados leem livros, pedem autógrafos, lotam as tendas 
da Flip, bebem cachaça, passeiam pela cidade histórica, conversam fiado, odeiam alguns autores 
e amam outros; há um clima de devoção e um culto das celebridades que faz parte do pacote (a 
diária num hotel de Paraty durante a Flip é uma das mais caras do mundo). 
(Adaptado de TEZZA, Cristovão. Dez anos de Flip. Gazeta do Povo, 30 jul. 2012.) 
 
08 - Em sua apresentação do ponto de vista apocalíptico sobre a literatura, Tezza afirma: “A ideia 
apocalíptica pressupõe uma utopia poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte, 
enfim, brilhará como um diamante intocado pelo mundo real”. Segundo o autor, qual é a crítica à 
Flip feita pelos escritores que assumem a perspectiva apocalíptica? 
 
 
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a) A subordinação da produção literária e de sua divulgação na Flip aos interesses comerciais das 
grandes editoras. 
b) A exposição exagerada dos autores e de suas obras na mídia, o que resulta na banalização da 
produção literária. 
c) O alto custo do evento para os participantes, dificultando o acesso do público realmente 
interessado. 
d) A superficialidade dos leitores, mais interessados em ver e ouvir os escritores do que em ler 
suas obras. 
e) A falta de patrocinadores para o evento, o que colocaria em risco a continuidade da Flip nos 
próximos anos. 
 
09 - Em que alternativa o texto foi sintetizado adequadamente? 
a) As contradições da Flip são explicitadas por alguns escritores, chamados de apocalípticos, que 
adoram falar mal do dinheiro. Um deles é o insuspeito Jonathan Franzen, conhecido como "o 
romancista da América". Mas as diárias de um hotel durante o evento são caríssimas. 
b) A Flip desperta reações contraditórias. Para resolver isso, a organização deveria ter mais 
cuidado na escolha dos patrocinadores, pois o capitalismo compra e corrompe tudo. Quem aponta 
isso é o espanhol Enrique Vila-Matas, segundo o qual as leis de mercado estão destruindo a 
literatura. 
c) O público que frequenta a Flip não está interessado nas polêmicas dos escritores convidados 
para o evento, sejam eles apocalípticos ou integrados, segundo a polarização formulada por 
Umberto Eco. Quer aproveitar a festa: passear, conversar, conseguir autógrafos, tirar o maior 
proveito possível do alto preço pago pela hospedagem. 
d) Segundo Umberto Eco, há os apocalípticos e os integrados. Na Flip, os dois grupos têm 
reações contraditórias: os primeiros falam mal do dinheiro, os outros gastam sem reclamar. Mas 
para ambos o evento pode ser definido como um show para a promoção e divulgação 
internacional de autores e obras de interesse das grandes corporações editoriais. 
e) Desde sua criação, a Flip provoca reações contraditórias: de um lado há os que consideram o 
evento um espetáculo em que predominam os interesses das grandes editoras; de outro os que 
 
 
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Língua Portuguesa 
curtem o evento sem maiores questionamentos. A partir da dicotomia proposta por Umberto Eco, 
os primeiros seriam os apocalípticos e os últimos os integrados. 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 
d b e c b a d a e 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
2. Ortografia, acentuação e classes de palavras 
Teoria 
Ortografia e semântica 
 
Ortografia é o nome dado à parte da gramática que trata da escrita correta das palavras. 
Embora a melhor maneira de aprender ortografia seja o exercício e a leitura constantes, algumas 
regras podem ser úteis. O que segue é considerado, dentre as muitas, as questões que mais 
trazem dúvidas. 
 
Algumas regras práticas 
 
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO: 
intento = intenção 
canto = canção 
exceto = exceção 
junto = junção 
 
Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER: 
deter = detenção 
reter = retenção 
conter = contenção 
manter = manutenção 
 
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR: 
infrator = infração 
trator = tração 
redator = redação 
setor = seção 
 
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO: 
introspectivo = introspecção 
relativo = relação 
ativo = ação 
 
 
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Língua Portuguesa 
intuitivo = intuição 
 
Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R: 
reeducar = reeducação 
importar = importação 
repartir = repartição 
fundir = fundição 
 
Usa-se ç após ditongo quando houver som de s: 
eleição 
traição 
 
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR: 
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso 
defender = defesa, defensivo 
compreender = compreensão 
repreender = repreensão 
expandir = expansão 
fundir = fusão 
 
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR: 
inverter = inversão 
converter = conversão 
perverter = perversão 
divertir = diversão 
 
Usa-se s após ditongo quando houver som de z: 
Creusa 
coisa 
maisena 
 
Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos: 
Luísa 
Heloísa 
Poetisa 
Profetisa 
 
 
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Língua Portuguesa 
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z. 
 
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR: 
concorrer = concurso 
discorrer = discurso 
expelir = expulso, expulsão 
compelir = compulsório 
 
Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR: 
ele pôs 
ele quis 
ele usou 
 
Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE: 
frase 
tese 
crise 
osmose 
Exceções: deslize e gaze. 
 
Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA: 
horrorosa 
gostoso 
Exceção: gozo 
 
Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da 
palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s: 
Teresa = Teresinha 
Casa = casinha 
Mulher = mulherzinha 
Pão = pãozinho 
 
Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da 
palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não 
tiver o radical terminado em s: 
improviso = improvisar 
 
 
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Língua Portuguesa 
análise = analisar 
pesquisa = pesquisar 
terror = aterrorizar 
útil = utilizar 
economia = economizar 
 
As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, 
títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem 
substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: 
Camponês 
Inglês 
Embriaguez 
Limpeza 
 
Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS: 
exceder = excesso, excessivo 
conceder = concessão 
proceder = processo 
 
Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS: 
imprimir = impressão 
deprimir = depressão 
comprimir = compressa 
 
Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS: 
progredir = progresso 
agredir = agressor, agressão, agressivo 
transgredir = transgressão, transgressor 
 
Os verbos terminados em METER terãopalavras derivadas escritas com MISS ou MESS: 
comprometer = compromisso 
prometer = promessa 
intrometer = intromissão 
remeter = remessa 
 
Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR: 
 
 
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Língua Portuguesa 
Viajar = espero que eles viajem 
Encorajar = para que eles se encorajem 
Enferrujar = que não se enferrujem as portas 
 
Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA: 
loja = lojista 
canja = canjica 
sarja = sarjeta 
 
Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani. 
Jiló 
Jiboia 
Jirau 
 
Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO: 
pedágio 
sacrilégio 
prestígio 
relógio 
refúgio 
 
Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM: 
a viagem 
a coragem 
a ferrugem 
Exceções: pajem, lambujem 
 
Palavras iniciadas por ME serão escritas com x: 
Mexerica 
México 
Mexilhão 
Mexer 
Exceção: mecha de cabelos 
 
As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos 
iniciados por ch: 
 
 
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Língua Portuguesa 
Enxada 
Enxerto 
Enxurrada 
Encher – provém de cheio 
Enchumaçar – provém de chumaço 
 
Usa-s x após ditongo: 
ameixa 
caixa 
peixe 
Exceções: recauchutar, guache 
 
Questões de concursos sobre ortografia 
 
1) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a 
seguir. Assinale-a: 
Na cidade carente, os ..................................... resolveram ..................................... seus direitos, 
fazendo um ........................................... assustador. 
a) mendingos; reivindicar; rebuliço 
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço 
c) mindigos; reivindicar, reboliço 
d) mendigos; reivindicar, rebuliço 
e) mendigos; reivindicar, reboliço 
 
2) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra 
entre parênteses: 
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x) 
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç) 
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g) 
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u) 
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i) 
 
3) Foram insuficientes as ............................................... apresentadas, 
................................................ de se esclarecerem os ...................................................... 
 
 
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Língua Portuguesa 
 a) escusas - a fim - mal-entendidos 
b) excusas - afim - mal-entendidos 
c) excusas - a fim - malentendidos 
d) excusas - afim - malentendidos 
e) escusas - afim - mal-entendidos 
 
4) Este meu amigo ................................................ vai ..............................................-se para ter 
direito ao título de eleitor. 
a) extrangeiro - naturalizar 
b) estrangeiro – naturalizar 
c) estrangeiro – naturalisar 
d) estranjeiro – naturalisar 
e) extranjeiro – naturalizar 
 
5) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: 
a) quiseram, essência, impecílio. 
b) pretencioso, aspectos, sossego. 
c) assessores, exceção, incansável. 
d) excessivo, expontâneo, obseção. 
e) obsecado, reinvidicação, repercussão 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 
d b a b c 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria 
Acentuação Gráfica 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
Em Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica - a que recebe a 
maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. Para a utilização de 
acentos gráficos existem regras, que serão nomeadas a seguir. 
Uma observação pertinente: embora já de conhecimento da população, as alterações 
acerca da língua, no que diz respeito à acentuação gráfica, ainda não estão em vigor. Portanto, 
permanecem ainda as regras de acentuação listadas abaixo. E para início de conversa, alguns 
conceitos básicos de fonologia. 
As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas. A sílaba tônica é a mais forte 
da palavra, e só existe uma sílaba tônica em cada palavra. 
 
Guaraná - A sílaba tônica é a última. 
Táxi - A sílaba tônica é a penúltima. 
Própolis - A sílaba tônica é a antepenúltima. 
 
A sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: última, penúltima e 
antepenúltima. Todas as outras são denominadas átonas. É importante frisar que recai acento 
gráfico, se for o caso, apenas na sílaba tônica. Logo, conclui-se que apenas uma das três últimas 
sílabas da palavra poderá receber acento gráfico. 
Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba. Os monossílabos 
podem ser átonos e tônicos. Os tônicos são aqueles que têm força para serem usados sozinhos 
em uma sílaba; os átonos, não. Portanto serão monossílabos tônicos os substantivos, os 
adjetivos, os advérbios, os numerais e os verbos. Quando possuírem duas sílabas, serão 
dissílabas; três sílabas, trissílabas e quatro ou mais sílabas polissílaba. 
 
Regras de Acentuação 
 
Monossílabos Tônicos: Os monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E, 
O, seguidos ou não de s. 
pá, pás, má, más, vá, lá, já. 
pé, pés, mês, rês, Zé, né? 
pó, pós, dó, cós, pô! 
Oxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas, quando 
terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS. 
Corumbá, maracujás, maná, Maringá. 
rapé, massapê, filé, sapé. 
 
 
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Língua Portuguesa 
filó, rondó, mocotó, jiló. 
amém, armazém, também, Belém. 
parabéns, armazéns, nenéns. 
 
Paroxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas, 
quando terminarem em UM, UNS, L, ÊEM, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo crescente (s), N, 
ÔO, I (s), R, Ã (s). 
álbum, factótum, médiuns. 
ágil, flexível, volátil. 
crêem, dêem, lêem, vêem. 
fórceps, bíceps, tríceps. 
tórax, xérox (também pode ser xerox), fênix. 
pônei, vôlei, jóquei. 
órgão, órfãos, sótão. 
ônus, bônus. 
Mário, secretária. 
hífen, pólen, gérmen. 
vôo, côo, entôo. 
táxi, júris. 
fêmur, âmbar, revólver. 
ímã, órfãs. 
 
Há um macete para não se confundir com as terminações das paroxítonas: 
 
PSIUS NÃO RELAXE 
 
Proparoxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as 
proparoxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua 
Portuguesa. 
síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo. 
Os ditongos eu, ei, oi / éu, éi,ói somente receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou 
não de s. 
meu, chapéu, deus, troféus. 
peixe, anéis, rei, réis. 
doido, estóico, foice, destrói. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na palavra, quando surgirem: 
 Formando hiato tônico com a vogal anterior. 
 Sem consoante na mesma sílaba, exceto o s. 
 Sem nasalização (til, NH e ressôo nasal). 
saída, ataúde, miúdo. 
sairmos, balaústre, juiz. 
rainha, ruim, juízes. 
 
Os grupos que, qui, gue, gui devem ser analisados com muito cuidado, pois podem surgir com 
trema, com acento agudo ou sem sinal gráfico algum. 
 
Quando o u for pronunciado atonamente, ou seja, quando as três letras participarem da mesma 
sílaba, sendo o u pronunciado e fraco, deveremos colocar trema sobre ele. 
se-qüên-cia, cin-qüen-ta. 
tran-qüi-lo, qüin-qüê-nio. 
a-güen-tar, en-xá-güem. 
ar-güi-ção, lin-güi-ça. 
 
Acentos Diferenciais 
 
As únicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras são as seguintes: 
ás = carta de baralho, piloto de avião. 
O ás é a carta mais valiosa no pôquer. 
às = contração da preposição a com o artigo ou pronome a. 
Obedeço às regras. 
as = artigo, pronome oblíquo átono ou pronome demonstrativo. 
As garotas aprovadas são as que estão na sala ao lado. Chame-as. 
 
pára = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. 
Ele não pára de conversar 
Ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo. 
Pára com isso! 
para = preposição. 
Estude, para seu próprio bem. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
péla, pélas = bola de borracha, jogo da péla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira 
pessoas do singular do Presente do Indicativo. 
Eu pélo, tu pélas, ele péla. 
pela, pelas = preposição antiga per mais artigo ou pronome. 
Ele fugiu pela porta da diretoria. 
pélo = verbo pelar. 
Eu pélo, tu pélas, ele péla. 
pêlo, pêlos = cabelo, penugem. 
Arrancou-lhe os pêlos do braço. 
pelo, pelos = preposição per mais artigo ou pronome. 
Ele fugiu pelos fundos. 
 
pera = preposição antiga (o mesmo que para). 
pêra = fruto da pereira. 
Comi uma pêra no almoço. 
Observe que pêra só tem acento no singular. 
Comi umas peras no almoço. 
 
pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder. 
Hoje ele pode. 
pôde = terceira pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder. 
Ontem ele pôde. 
 
pólo, pólos = as extremidades de um eixo; espécie de jogo. 
Foi campeão de pólo aquático. 
pôlo, pôlos = espécie de ave. 
Matei dois pôlos ontem. 
por = preposição. 
pôr = verbo. 
Menino, vá pôr uma blusa, antes de sair por aí. 
 
 
 
Questões de concursos sobre acentuação 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
01) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: 
a) Todo ensino deveria ser gratuíto. 
b) Não vês que eu não tenho tempo? 
c) É difícil lidar com pessoas sem caráter. 
d) Saberias dizer o conteúdo da carta? 
e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer. 
 
02) Assinale a alternativa que completa as frases: 
I – Cada qual faz como melhor lhe ….........................................…. . 
II – O que ….................................…. estes frascos? 
III – Nestes momentos os teóricos …........................................…. os conceitos. 
IV – Eles …...............................…. a casa do necessário. 
 
a) convém, contêm, revêem, provêem 
b) convém, contém, revêem, provém 
c) convém, contém, revêm, provém 
d) convêm, contém, revêem, provêem 
e) convêm, contêm, revêem, proveem 
 
03) A frase totalmente correta quanto a grafia e acentuação é: 
a) Trabalhadores reinvindicavam alí a contratação de mão-de-obra sem grande burocracia. 
b) Nessa conjuntura, é difícil explicar porquê a mobilidade da mão-de-obra decresceu. 
c) Assessores especializados procuram pôr no papel todas as variáveis que envolvem o tema. 
d) Pesquizas realizadas recentemente mostram que o êxito do "euro" é questionável. 
e) Até em adjacências de pequenos centros, chega a haver letígio para preenchimento de vagas. 
04) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em: 
a) Eles têm muita coisa a dizer. 
b) Estude os dois primeiros ítens do programa. 
c) Afinal, o que contém este embrulho? 
d) Foi agradável ouvir aquele orador. 
e) Por favor, dêem-lhe uma nova chance. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
GABARITO 
01 02 03 04 
a c c b 
 
Teoria 
Classes de palavras 
 
 São dez as classes de palavras em Língua Portuguesa. Seu estudo é considerado o 
básico na aprendizagem do idioma. Estas classes são divididas em dois grupos: as variáveis e 
invariáveis. As variáveis são aquelas que permitem flexão em gênero (masculino e feminino), 
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Já as invariáveis não permitem 
flexão, sempre se apresentam de uma mesma maneira. Apenas os advérbios podem admitir 
flexão de grau em alguns casos. 
 
As variáveis 
 
Substantivo 
 
Substantivo é tudo o que nomeia as "coisas" em geral. 
Substantivo é tudo o que pode ser visto, pego ou sentido. 
Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo. 
 
Classificação e Formação 
Substantivo Comum 
Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. 
pedra, computador, cachorro, homem, caderno. 
Substantivo Próprio 
Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. 
Daniela, Brasil, Paraná, Jorge, Juvenal 
 
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. 
 
Substantivo Concreto 
 
 
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Língua Portuguesa 
Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em 
nossa imaginação como se existissem por si. 
ar, som, Deus, computador, pedra. 
 
Substantivo Abstrato 
Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou 
sentimentos humanos. 
amor, saudade, amizade, ternura, rancor. 
 
Formação dos substantivos 
 
Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser: 
Substantivo Primitivo 
É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. 
pedra, jornal, gato, homem. 
 
Substantivo Derivado 
É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. 
pedreiro, jornalista, gatarrão, homenzarrão. 
 
SubstantivoSimples 
É simples o substantivo formado por um único radical. 
pedra, pedreiro, jornal, jornalista. 
 
Substantivo Composto 
É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. 
vinagre, pedra-sabão, homem-rã, passatempo. 
Substantivo Coletivo 
É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie. 
lobos - alcatéia, abelha - enxame, aluno – classe, arroz – batelada. 
 
Gêneros uniforme e biforme 
Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou femininos. Quanto às formas, eles podem 
ser: 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
01) Substantivos Biformes: Substantivos biformes são os que apresentam duas formas, uma para 
o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical. 
menino - menina. 
traidor - traidora. 
aluno – aluna 
 
02) Substantivos Heterônimos: Substantivos heterônimos são os que apresentam duas formas, 
uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes. 
homem - mulher. 
bode - cabra. 
boi - vaca. 
 
Substantivos Uniformes 
Substantivos uniformes são os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os 
substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes: 
 
Comum-de-dois gêneros 
Os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: 
Eis alguns exemplos: 
 o / a estudante 
 o / a imigrante 
 o / a acrobata 
 o / a agente 
 o / a intérprete 
 
 
Sobrecomum 
Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros: Eis alguns 
exemplos: 
o cônjuge 
a criança 
o carrasco 
o indivíduo 
o apóstolo 
o monstro 
 
Epiceno 
Os epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos 
animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis 
alguns exemplos: 
a girafa macho/ a girafa fêmea 
a andorinha macho/ a andorinha fêmea 
a águia macho/ a águia fêmea 
a barata macho/ a barata fêmea 
 
 
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Língua Portuguesa 
a cobra macho/ a cobra fêmea o jacaré macho/ o jacaré fêmea 
 
Importante! 
Mudança de gênero com mudança de significado 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles: 
o caixa = o funcionário 
a caixa = o objeto 
 
o capital = dinheiro 
a capital = sede de governo 
 
o coma = sono mórbido 
a coma = cabeleira, juba 
 
o grama = medida de massa 
a grama = a relva, o capim 
 
o guarda = o soldado 
a guarda = vigilância, corporação 
 
o guia = aquele que serve de guia, cicerone 
a guia = documento, formulário; meio-fio 
 
o moral = estado de espírito 
a moral = ética, conclusão 
 
o banana = o molenga. 
a banana = a fruta 
 
Numeral 
 
É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão. 
Dependendo do que o numeral indica, ele pode ser: 
 
Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de seres. 
um, dois, três, quatorze, trinta e três 
 
Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser numa 
determinada série. 
primeiro, segundo, terceiro, vigésimo quinto 
 
Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação de seres. 
dobro, triplo, quádruplo 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração. 
meio, terço, quarto, quinto 
 
Emprego dos Numerais 
 
01) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos, festas, feiras, etc., 
utilizam-se algarismos romanos. A leitura será por ordinal até X; a partir daí (XI, XII ...), por 
cardinal. Se o numeral preceder o substantivo, sempre será lido como ordinal. 
XXXVIII Feira Agropecuária. = Trigésima oitava Feira Agropecuária. 
II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural. 
Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo. 
Papa João XXIII = Papa João vinte e três. 
 
02) Os numerais ordinais acima de 1.999º têm duas leituras possíveis: 
2.000º = O dois milésimo ou O segundo milésimo. 
89.428 = O oitenta e nove milésimo quadringentésimo vigésimo oitavo ou O octogésimo nono 
milésimo quadringentésimo vigésimo oitavo 
 
03) Zero, ambos e ambas também são numerais. 
 
Adjetivo 
 
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, 
estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na 
oração: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo. 
 
Os adjetivos podem ser: 
 
Adjetivo explicativo 
É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que 
não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo 
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, 
fogo e leite. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
Adjetivo restritivo 
É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do 
substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é 
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, 
fogo e leite. 
 
Locução Adjetiva 
 
 Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão formada por 
mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o 
mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: 
de águia = aquilino 
de aluno = discente 
de anjo = angelical 
de ano = anual 
de boi = bovino 
de bronze = brônzeo ou êneo 
de cabelo = capilar 
de cavalo = cavalar, eqüino, eqüídio ou 
hípico 
de chumbo = plúmbeo 
de chuva = pluvial 
de diamante = diamantino ou adamantino 
de elefante = elefantino 
de enxofre = sulfúrico 
de ferro = férreo 
de fígado = figadal ou hepático 
de fogo = ígneo 
de homem = viril ou humano 
de ilha = insular 
de intestino = celíaco ou entérico 
de inverno = hibernal ou invernal 
de lago = lacustre 
de macaco = simiesco, símio ou macacal 
de madeira = lígneo 
de marfim = ebúrneo ou ebóreo 
de mestre = magistral 
de orelha = auricular 
de ouro = áureo 
de ovelha = ovino 
de paixão = passional 
de pâncreas = pancreático 
de pato = anserino 
de peixe = písceo ou ictíaco 
de pombo = columbino 
de porco = suíno ou porcino 
de rio = fluvial 
de serpente = viperino 
de sonho = onírico 
de terra = telúrico, terrestre ou terreno 
de trigo = tritício 
de urso = ursino 
de vaca = vacum 
de velho = senil 
de vento = eólico 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
Flexões do Adjetivo 
 
Gênero e Número 
 
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino e 
feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará 
invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um 
substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo 
adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver 
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Camisas cinza, 
ternos cinza. 
Carros pretos e motos vinho. 
Telhados marrons e paredes musgo. 
Espetáculos grandiosos e comícios monstro. 
 
Adjetivo composto 
 
 Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hífen. Apenas o 
último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma 
masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo 
adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo, a palavra rosa é originalmente 
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se 
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, 
o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. 
Olhos verde-claros. 
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. 
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. 
 
Importante: 
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... 
são sempre invariáveis. 
 
Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados. 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
Graus do Adjetivo 
 A flexão de grau do adjetivo ocorre em duas esferas – a comparativa e a superlativa. 
Observe a tabela a seguir. 
 DE 
SUPERIORIDADE 
Minha blusa é mais bonita que a sua. 
COMPARATIVO DE IGUALDADE Minha blusa é tão bonita quanto a sua. 
 DE INFERIORIDADE Minha blusa é menos bonita que a sua. 
 
 ANALÍTICO Minha blusa é muito bonita. 
 ABSOLUTO 
 SINTÉTICO Minha blusa é bonitíssima. 
SUPERLATIVO 
 DE SUPERIORIDADE Minha blusa é a mais bonita. 
 RELATIVO 
 DE INFERIORIDADE Minha blusa é a menos bonita. 
Superlativos absolutos sintéticos eruditos 
 
Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético apresentam a primitiva forma latina, 
daí serem chamados de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois superlativos 
absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e o erudito, macérrimo. 
 
Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintéticos: 
 
benéfico = beneficentíssimo 
bom = boníssimo ou ótimo 
célebre = celebérrimo 
comum = comuníssimo 
cruel = crudelíssimo 
difícil = dificílimo 
doce = dulcíssimo 
fácil = facílimo 
fiel = fidelíssimo 
frágil = fragílimo 
 
 
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Língua Portuguesa 
frio = friíssimo ou frigidíssimo 
humilde = humílimo 
jovem = juveníssimo 
livre = libérrimo 
magnífico = magnificentíssimo 
magro = macérrimo ou magríssimo 
manso = mansuetíssimo 
mau = péssimo 
nobre = nobilíssimo 
pequeno = mínimo 
pobre = paupérrimo ou pobríssimo 
preguiçoso = pigérrimo 
próspero = prospérrimo 
sábio = sapientíssimos 
agrado = sacratíssimo 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
 
 
 
 
Pronomes 
 
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o 
nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome substituir um substantivo, será 
denominado pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, será denominado 
pronome adjetivo. 
Aqueles garotos estudam bastante; eles serão aprovados no concurso com louvor. 
 
Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles é um 
pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo. 
 
Os pronomes se dividem em seis grupos, apresentados a seguir. 
 
Pronomes Pessoais 
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que 
fala, a com quem se fala e a de quem se fala. Podem ser retos ou oblíquos. 
 Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito 
da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas. 
 Pronomes pessoais do caso oblíquo são os que desempenham a função sintática de 
complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto 
adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). 
 Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não 
são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição. 
 
Pronomes oblíquos átonos 
Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. 
 
Pronomes oblíquos tônicos 
Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, 
nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. 
 
Usos dos Pronomes Pessoais 
Eu, tu / Mim, ti 
 
 
 
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Língua Portuguesa 
 
 
 
 Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de 
complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos 
de preposição. 
Trouxeram aquela encomenda para mim. 
Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições. 
 
Se, si, consigo 
 
 Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na 
voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. 
Quem não se cuida, acaba ficando doente. 
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho. 
Juvenal trouxe consigo os quatro livros solicitados. 
 
Com nós, com vós / Conosco, convosco 
 
 Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qualquer palavra que indique quem 
"somos nós" ou quem "sois vós". 
Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas. 
Ele disse que sairia com nós dois. 
 
Pronomes Oblíquos Átonos 
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes. 
Quando encontrar seu material, traga-o até mim. 
Respeite-me, garoto. 
Levar-te-ei a Brasília assim que puder. 
 
Pronomes de Tratamento 
 São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente. 
Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita 
com a terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando 
falamos da pessoa. 
Vossa Senhoria deveria preocupar-se

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