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Mini-atlas de Patologia pt 1

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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
COLECISTITE CRÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 Na colecistite crônica, a vesícula biliar mostra fibrose da parede, aqui 
melhor notada na serosa. Há infiltrado inflamatório crônico inespecífico 
em todas as camadas, aqui visível na lâmina própria* e na serosa. 
Quando há agudização do processo inflamatório (por exemplo, por nova 
infecção bacteriana), aparece exsudato de fibrina e neutrófilos, que pode 
ser francamente purulento e evoluir para necrose da parede (fala-se em 
gangrena da vesícula). Uma feição característica da colecistite crônica 
são os seios de Rokitansky-Aschoff, prolongamentos do epitélio de 
revestimento que penetram entre os feixes de fibras musculares lisas. 
São achado comum em colecistites crônicas e não devem ser 
confundidos com carcinoma. 
 
* lâmina própria = córion da mucosa. 
Notar que a vesícula biliar não tem submucosa. 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
COLECISTITE AGUDA 
Edema acentuado, congestão, áreas de hemorragia e 
deposição de fibrina; 
 
INFILTRADO: neutrofílico e atinge seu pico entre 3º-5º dia. 
 
REPARAÇÃO: precoce e, os fibroblastos têm atividade 
regenerativa marcante por volta do 9º-10º dia, quando são 
encontrados também, linfócitos, plasmócitos, eosinófilos e 
macrófagos fagocitando pigmentos (bile, hemossiderina e 
lipofuscina). 
 
As reações inflamatórias não são distintivas, consistem nos 
padrões usuais da inflamação aguda (edema, infiltração 
leucocitária, congestão vascular, formação de abcesso franco 
ou necrose gangrenosa). 
 
COMPLICAÇÕES PRINCIPAIS: gangrena (2,5%) e 
perfuração (5-10%) 
 
 
A vesícula biliar é alargada e firme, com uma parede espessa. 
Há secreção de fluido seroso ou serossanguíneo. Há um 
edema proeminente e a superfície externa é um marrom 
avermelhado obscuro. A mucosa está congestionada e 
vermelho acinzentado. A mucosa está intacta ou pode ser 
substituída por necrose quando a colecistite aguda é grave 
 
Vesícula biliar, secção de tecido. Necrose gangrenosa. 
Microabscessos, neutrófilos e detritos celulares 
necróticos. Hematoxilina e eosina; Ampliação original 400x. 
 
 
 
 
 
COLECISTITE ENFISEMATOSA 
 
Edema difuso, focos de hemorragia, múltiplas coleções de 
gás cístico na parede da vesícula biliar. 
 
COLECISTITE GRANULOSA 
 
Vesícula biliar, secção de tecido. Necrose gangrenosa. A 
parede da vesícula biliar exibe microabscessos e detritos 
celulares em meio à necrose fibrinoide. Hematoxilina e 
eosina; Ampliação original 100x. 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
NEUROPATIA INFECCIOSA 
CAUSADA POR: 
 
HANSENÍASE TUBERCULOIDE 
As lesões de Hanseníase Tuberculoide (HT) mostram que os 
histiócitos ou macrófagos diferenciam-se em células 
epitelioides, que, reunidas, formam granulomas com 
maior capacidade de destruir os bacilos. Os granulomas 
superficiais entram em contato íntimo com a epiderme 
produzindo atrofia. A pesquisa de bacilos é quase sempre 
negativa. O laudo definitivo de hanseníase tuberculoide 
também exige a presença de bacilos, e um laudo de 
compatibilidade com HT só será dado quando for 
observada a agressão a filetes nervosos. 
 
Há presença de inflamação granulomatosa situada na 
DERME. 
 
Lesões neurais são mais precoces, assimétricas e 
agressivas. 
 
A inflamação lesa os nervos cutâneos das proximidades, 
axônios e células de Schwann por meio de reação de 
reversão – imunidade exacerbada. 
 
Fibrose no endoneuro e perineuro. 
 
Nervos mais envolvidos: ulnar, tibial posterior e fibular. 
 
Degeneração nervosa -> anestesia da pele e atrofia muscular 
-> propensão à traumas -> úlceras crônicas. 
 
 Inicia com lesões maculoanestésicas (em raquete) 
que desenvolvem formas irregulares com margens 
hiperpigmentadas, endurecidas, elevadas e centros 
pálidos deprimidos. 
 
 Lesões granulomatosas se assemelham a da 
tuberculose e aparecem sobretudo em torno de 
glândulas sudoríparas, vasos, nervos e músculos. 
 
Neste fragmento de pele, chamam a 
atenção granulomas situados na derme, sendo os maiores 
na profundidade. São constituidos de células epitelióides, de 
forma semelhante aos granulomas da tuberculose. Esta é a 
razão do termo hanseníase tuberculóide. Embora aqui não 
estejam demonstrados gigantócitos, eles poderiam estar 
presentes em outros cortes, ou em outros casos. Há uma 
pequena área de necrose caseosa em um granuloma, mas 
ela não é necessária para o diagnóstico. 
 Trata-se, portanto, de uma dermatite crônica 
granulomatosa, o que em si não é específico de nenhuma 
doença. Outras que poderiam apresentar aspecto 
histopatológico semelhante são a sífilis terciária e a 
sarcoidose. O diagnóstico de hanseníase 
tuberculóide baseia-se em dados clínicos de que a lesão 
apresentava alopécia e anestesia (como já visto na 
hanseníase incaracterística). A pesquisa de bacilos de 
Hansen (bacilos álcool-ácido resistentes ou BAAR) pela 
técnica de Ziehl-Neelsen provavelmente resultaria negativa, 
pois a reação granulomatosa é eficiente para destruir os 
bacilos. 
 Notar que há um pequeno cisto epidérmico na parte 
alta da derme. É um achado fortuito sem relação com a 
hanseníase. Esses pequenos cistos revestidos por epitélio 
plano semelhante ao da epiderme são comuns na pele e 
crescem por descamação das células para o interior da 
cavidade. Clinicamente produzem pequenas elevações, 
conhecidas popularmente como cistos sebáceos. Se o cisto 
se rompe na derme, o material queratinizado pode provocar 
uma reação inflamatória de corpo estranho. 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
Granulomas tuberculoides com halo linfocitário na derme 
reticular e que acometem, também, a epiderme 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O acometimento de nervos periféricos é uma das manifestações mais 
comuns da hanseníase. Há preferência por nervos superficiais por 
terem temperatura mais baixa, o que favorece o crescimento bacilar. 
Os nervos afetados, como os nervos ulnar, mediano, facial, auricular 
posterior e sural, apresentam-se endurecidos e espessados. Na 
forma tuberculóide, há granulomas com células epitelióides e 
gigantes, e necrose caseosa, o que pode levar a extensa perda da 
arquitetura do nervo. Há intensa fibrose do epi- e do perinêurio. O 
encontro de bacilos com a coloração de Ziehl é difícil. 
 Paradoxalmente, as lesões da hanseníase virchowiana nos 
nervos são menos destrutivas que as da tuberculóide, por não haver 
necrose caseosa. Apesar da presença de células de Virchow, pode 
haver ainda certa manutenção dos axônios e preservação da 
estrutura. 
 Clinicamente, há predomínio do acometimento sensitivo, com 
hipoestesia e anestesia afetando primeiro as sensibilidades térmica e 
dolorosa. É freqüente que o paciente detecte sua anormalidade ao 
machucar-se sem sentir dor. As sensibilidades táctil e proprioceptiva 
são atingidas mais tardiamente. As paralisias só se instalam quando 
a disfunção sensitiva já estiver avançada. 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
HANSENÍASE VIRCHOWIANNA 
Na hanseníase virchowiana não há formação de granulomas, 
mas infiltração histiocitária difusa. Os bacilos proliferam 
abundantemente dentro de macrófagos, dando-lhes aspecto 
espumoso (células de Virchow). O caráter vacuolado das 
células de Virchow é dado pelos bacilos e por lípides. Há 
disseminação hematogênica dosbacilos. Por isso, as lesões 
cutâneas são aproximadamente simétricas e os grandes 
troncos nervosos são afetados por esta via. 
Há importante correlação entre a temperatura em uma região 
do corpo e susceptibilidade a lesões hansenióticas 
virchowianas. Como a temperatura ideal para proliferação 
bacilar é de 27 a 30ºC, as partes mais frias, ou seja, as mais 
superficiais e distais, são mais acometidas, entre elas os 
testículos. O nervo ulnar na região do cotovelo é 
especialmente vulnerável. Os pequenos nervos cutâneos são 
sempre afetados. 
Microscopicamente, observam-se abundantes bacilos álcool-
ácido resistentes (BAAR) formando globias no interior de 
células de Schwann, macrófagos, fibroblastos do endonêurio, 
células endoteliais e perinêurio. É raro o encontro de bacilos 
no interior de axônios. O maior acometimento ocorre 
inicialmente em células de Schwann que, em microscopia 
eletrônica, mostram os bacilos na forma de bastonetes 
eletrodensos com escassos detalhes de estrutura. É comum 
que, por artefato, os bacilos se destaquem do citoplasma em 
volta. Como são muito ricos em lípides, sua infiltração pela 
resina de inclusão é difícil. A proliferação bacilar destrói as 
células de Schwann, levando a desmielinização segmentar e 
a perda de axônios. Os bacilos liberados no endonêurio 
acometem outras células. 
Paradoxalmente, as lesões da hanseníase virchowiana, 
apesar da infiltração celular difusa, são menos 
destrutivas para o nervo que as da hanseníase tuberculóide, 
por não haver necrose. Na forma tuberculóide há necrose 
caseosa que, associada aos granulomas, provoca grave 
lesão dos fascículos. Na hanseníase virchowiana também 
existe destruição das fibras nervosas, porém mais lenta, por 
ser causada pelo infiltrado inflamatório e não pelo mecanismo 
imunológico presente na forma tuberculóide. 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
Máculas hipocrômicas -> eritema difuso e pigmentação 
ferruginosa -> infiltração difusa ou localizada com formação 
de placas e lesões nodulares (hansenomas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
HERPES ZOSTER 
 Caracteriza-se por erupção vesicular circunscrita à 
um dermátomo, ou seja, o território inervado por uma 
raíz; 
 É quase sempre unilateral; 
 A área atingida tem forma de faixa ou hemicinturão 
(daí o nome: zoster em grego significa cinto); 
 No território do nervo trigêmeo geralmente é afetado 
só um dos segmentos (p.ex., nervo oftálmico); 
 As lesões são acompanhadas de dor, prurido e 
grande desconforto local; 
 A duração dos sintomas é de 1-4 semanas, mas em 
cerca de um quarto dos pacientes a regressão da 
dor é lenta; 
 A neuralgia pós-herpética pode arrastar-se por anos 
e ser extremamente rebelde. 
 
 
 Do ponto de vista anotomo-patológico observa-se no 
gânglio afetado intenso infiltrado linfocitário; 
 Necrose de neurônios e neuronofagia; 
 Proliferação reacional das células satélites; 
 Necrose e trombose de pequenos vasos 
intraganglionares; 
 Como o vírus se estende à medula espinal via raíz 
posterior, o segmento correspondente ao gânglio 
acometido pode mostrar mielite aguda. 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
 
Célula de Tzanck – Multinucleação e balonização celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
NEUROMA TRAUMÁTICO 
(PSEUDONEUROMA OU DE 
AMPUTAÇÃO) 
Um neuroma traumático é o resultado do crescimento de um 
nervo que foi seccionado e que não encontra as estruturas 
anatómicas e, em especial a bainha nervosa, a jusante, pelo 
que, continuando a crescer, forma um 'novelo' com aspecto 
tumoral (mas que nada tem de neoplásico). 
Os neuromas traumáticos são frequentes nos cotos de 
amputação mas podem surgir em qualquer outro local em que 
tenha ocorrido secção nervosa. 
• Pequeno tumor subcutâneo 
• Único ou múltiplo 
• Às vezes doloroso, podendo associar-se à anestesia 
local 
• A lesão é formada por massa bem definida e não 
encapsulada de numerosos axônios e células de 
Schwann embebidas em tecido cicatricial próximo ao 
nervo lesado 
• O tecido neural recém-formado fica disposto de 
maneira desordenada 
 
 
 
No Masson observam-se no fragmento com neuroma áreas 
mais azuladas, que correspondem ao tecido fibroso colágeno 
da cicatriz. No mesmo fragmento, com S-100, os fascículos 
nervosos regenerados aparecem em marrom, devido à 
marcação das células de Schwann. 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
Abaixo, comparamos duas áreas, menos e mais afetada, de 
um segmento do nervo radial em corte transversal. Na área 
menos afetada há preservação da arquitetura fascicular, 
notando-se grandes fascículos individualizados e envolvidos 
por perinêurio. A principal alteração é a diminuição da 
população de axônios mielínicos de grande calibre, restando 
pequenos axônios e axônios amielínicos. Na área mais 
afetada, além das alterações axonais, prevalece perda da 
arquitetura fascicular, com muitos pequenos fascículos não 
envolvidos por perinêurio e orientados em várias direções, em 
meio a denso tecido fibroso cicatricial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
NEUROMA DE MORTON 
Caracteriza-se por uma lesão não neoplásica , com fibrose 
perineural do nervo plantar, com predileção pelo terceiro 
espaço interdigital. 
 
Caracteristicas clínicas: 
 Metatarsalgia 
 Parestesia 
 Dor em queimação, choque elétrico, agulhadas e 
formigamento (duração variável de 3 meses a 12 
anos) 
 Dor referida como angustiante, insuportável e em 
alguns casos, desesperadora. 
 Desencadeada pela marcha ou apoio do pé, em 
desníveis de terreno 
 Sinal de Mulder Positivo 
 
 Patogenia: 
 Teoria Biomecânica: Se produz-se pela dorsiflexão 
excessiva dos dedos 
 Outra teoria adiciona o componente isquêmico 
resultante da compressão generalizada 
 
 
 Histopatologia: 
 Macroscopicamente: o neuroma apresenta um 
alargamento fusiforme do nervo digital plantar em 
sua bifurcação. 
 Microscopicamente: observa-se um afilamento do 
fascículo epineural, entremeado por fibrose 
perineural, associado a grande quantidade de 
colágeno (Corpos de Renaut) e perdas de fibras 
mielinizadas 
 
 
 
 
 
Observa-se espessamento fibroso do perineuro e os nervos 
se encontram imersos em tecido conjuntivo fibrosante. Na 
figura da direita, observa-se um pouco de transformação 
mixoide no endoneuro e fibrose do conjuntivo. 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
NEUROFIBROMA 
Definição. São tumores comuns, constituídos por células de 
Schwann, fibroblastos e células perineuriais. Ocorrem 
esporadicamente como nódulos solitários não associados 
com nenhuma síndrome ou, menos freqüentemente, em 
indivíduos com NF1, como nódulos solitários, múltiplos ou 
numerosos. Neurofibromasmúltiplos são típicos da NF1. 
Para ilustrações das feições radiológicas, macro e 
microscópicas dos neurofibromas, com links para casos, 
ver texto sobre NF1, e banco de imagens (neurofibroma). 
Formas de apresentação: 
A apresentação mais comum do neurofibroma é como nódulo 
cutâneo (neurofibroma cutâneo localizado). 
Menos comumente, como uma massa circunscrita em 
um nervo periférico (neurofibroma intraneural localizado), ou 
como crescimento difuso de um tronco nervoso maior ou de 
vários nervos próximos (neurofibroma plexiforme). 
Ainda menos comum é envolvimento de pele e tecido 
subcutâneo (neurofibroma cutâneo difuso) ou 
comprometimento maciço dos tecidos moles de uma 
determinada área do corpo (gigantismo localizado ou 
elefantíase neuromatosa). 
Neurofibromas ocasionalmente envolvem raízes espinais, 
mas são praticamente desconhecidos em raízes de nervos 
cranianos, mesmo na NF1. 
Clínica. Os neurofibromas apresentam-se como massas 
indolores. Quando múltiplos, são a principal manifestação da 
NF1, associados aos outros estigmas desta (manchas café 
com leite, sardas axilares, etc. ver NF1). 
Anatomia Patológica. Para fotos de exemplos linkadas aos 
respectivos casos, ver NF1. 
Macroscopia. 
Neurofibromas cutâneos são circunscritos e podem ser 
sésseis ou polipóides. Podem ser difusos, envolvendo pele e 
subcutâneo. Os de nervos são fusiformes. Os neurofibromas 
plexiformes são lesões alongadas e multinodulares, que 
envolvem múltiplos troncos nervosos de um plexo (podem 
dar aspecto 'de saco de vermes') ou múltiplos fascículos de 
um grande nervo, como o ciático, tomando aspecto de corda. 
Um paciente com neurofibromas plexiformes muito 
provavelmente é portador de NF1. 
Envolvimento de raízes espinais por neurofibromas é raro fora 
de NF1. Na NF1 são freqüentemente múltiplos. A região mais 
afetada é a cervical. O tumor produz expansão das porções 
intra- e extradurais da raiz, freqüentemente é translúcido e 
brilhante, devido à matriz mucinosa. Podem ser 
assintomáticos. 
Microscopia. 
Neurofibromas e schwannomas correspondem 
histologicamente a grau I na classificação da OMS. O tumor 
é constituído por células de Schwann, fibroblastos e células 
perineuriais. As células tumorais são alongadas e formam 
feixes, mas em geral o arranjo é mais frouxo que nas áreas 
Antoni A dos schwannomas. Ao contrário dos schwannomas, 
no neurofibroma as células permeiam entre, e separam os 
axônios do nervo de origem. Não raro, porém, não é possível 
demonstrar axônios no neurofibroma usando 
imunohistoquímica para neurofilamento (NF). 
Diagnóstico diferencial entre schwannomas e 
neurofibromas: 
Schwannomas devem ser distintos dos neurofibromas do tipo 
intraneural localizado. 
Os schwannomas apresentam-se como massas bem 
delimitadas e excêntricas em relação ao nervo de origem. 
Fascículos remanescentes situam-se na superfície do 
tumor. São circundados por cápsula colágena e tendem a 
formar cistos e sofrer alteração xantomatosa. Outras 
alterações comuns são a hialinização de vasos e depósitos 
de hemossiderina. Pleomorfismo nuclear, hialinização do 
tumor e diminuição da celularidade são mais comuns em 
tumores de longa duração (schwannomas anciãos) ou nos 
tumores muito grandes. 
Já os neurofibromas do tipo intraneural localizado produzem 
expansão simétrica fusiforme do nervo, sua cápsula é 
delicada, têm textura mucóide e são translúcidos ao corte. Os 
axônios do nervo de origem são dispersos por todo o tumor 
ou se concentram na sua parte central. A facilidade em 
identificar axônios é inversamente proporcional ao tamanho 
do tumor. Axônios muito dispersos podem ser de difícil 
identificação, particularmente em cortes transversais. 
Quando mielinizados, os axônios podem ser salientados 
por tricrômico de Masson ou luxol fast blue. Pode-se também 
usar IH para neurofilamento. 
Ao contrário dos schwannomas, que são formados somente 
por células de Schwann, os neurofibromas consistem de 
células de Schwann desorganizadas e dispersas, fibroblastos 
e células do tipo perineurial em uma matriz de fibras 
colágenas e substância mucóide ou mixóide 
(mucopolissacárides) que pode ser positiva para Alcian blue. 
A reatividade para proteína S-100 não é uniforme, visto que 
só ocorre nas células de Schwann. 
Neurofibromas originados em pequenos nervos tendem a 
espalhar-se difusamente aos tecidos vizinhos como a derme 
e tecidos moles, sem haver propriamente uma cápsula. 
Neurofibromas maiores freqüentemente contêm estruturas 
semelhantes a corpúsculos tácteis (corpúsculos de Wagner-
Meissner) e podem conter células melanóticas. Ao contrário 
dos schwannomas, os vasos sanguíneos de neurofibromas 
geralmente não mostram hialinização. 
Tumores com padrões mistos de schwannoma e 
neurofibroma são conhecidos, particularmente na NF1. 
Imunohistoquímica. Neurofibromas são variavelmente 
marcados por S-100. São negativos para EMA, que é positivo 
nos perineuriomas e em perinêurio residual. 
Genética. 
Cerca de 2/3 dos neurofibromas são diplóides e 1/3 
aneuplóides. Ainda não é claro se neurofibromas são mono- 
ou policlonais em virtude de sua heterogeneidade celular. 
Estudos recentes sugerem que neurofibromas associados a 
NF1 são monoclonais. Como os neurofibromas esporádicos 
são histologicamente idênticos aos da NF1, é possível que o 
mesmo seja verdadeiro para estes, mas ainda não há 
confirmação. 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
Pacientes com NF1 têm perda de um dos alelos do gene NF1 
na linhagem germinativa e há deleção ou inativação do alelo 
remanescente nos neurofibromas (confirmando a two-hit 
hypothesis, como nos retinoblastomas). Nos neurofibromas 
esporádicos a situação ainda não está clara. 
O gene NF1 está envolvido na gênese dos tumores malignos 
de bainha de nervo (MPNST). Os neurofibromas 
plexiformes e de grandes troncos nervosos são os principais 
precursores destes tumores altamente agressivos. 
Transformação maligna, porém, é rara nos outros tipos de 
neurofibroma. 
Como os schwannomas, originam-se em células de Schwann. 
São tumores de nervos periféricos e autonômicos, 
habitualmente múltiplos, e fazem parte do quadro da 
neurofibromatose do tipo 1 (abaixo). Neurofibromas solitários 
são raros. 
Macroscopicamente, os neurofibromas (ao contrário dos 
schwannomas) tendem a ser mal delimitados e não 
encapsulados. O exemplo extremo é o neurofibroma 
plexiforme que, em vez de formar nódulo ou massa, espessa 
difusamente um segmento de nervo e suas ramificações (daí 
o termo plexiforme). Os neurofibromas de pele são nódulos 
moles, pedunculados ou sésseis, geralmente múltiplos, com 
diâmetro de 0,5 a vários cm., cobertos por epiderme. 
Microscopicamente, os neurofibromas são constituídos por 
todos os elementos do nervo: células de Schwann (que 
predominam), fibroblastos e axônios. As células são 
caracteristicamente onduladas, e dispostas de forma frouxa 
e mais ou menos paralela em estroma mixóide com fibras 
colágenas. A textura espaçada das células diferencia os 
neurofibromas dos schwannomas, onde feixes compactos 
são a regra. Nos neurofibromas, os axônios do nervo que 
originou o tumor estão presentes entre as células neoplásicas 
(ao contrário dos schwannomas). A malignização de 
neurofibromas é rara. 
 
NEUROFIBROMATOSES, tipos 1 e 2. 
São doenças autossômicas dominantes comuns, com certa 
superposição dos sinais e sintomas, mas geneticamente 
distintas. A tipo 1 era antigamente chamada 
de neurofibromatose de von Recklinghausen e a tipo 
2 de neurofibromatose acústica. 
Neurofibromatose do tipo 1 
A neurofibromatose do tipo 1 é comum (cerca de 1 em cada 
3000 indivíduos). Em metade dos casos há história 
compatível com herança autossômica dominante. A outra 
metade parece decorrerde mutação nova, uma das mais 
freqüentes na espécie humana. O gene foi localizado no 
braço maior do cromossomo 17 e codifica uma proteína 
chamada neurofibromina. Esta regula a atividade de uma 
proteína do grupo ras, que controla crescimento celular. Há 
desde formas frustas a graves. 
As feições clínicas principais da neurofibromatose do tipo 1 
são: 
1. neurofibromas múltiplos, situados em qualquer 
região do corpo. Podem ser cutâneos, subcutâneos 
(ambos podem ser pedunculados) e plexiformes 
(formados por múltiplos ramos nervosos 
espessados e tortuosos). Cerca de 5% dos 
pacientes com neurofibromatose do tipo 1 sofrem 
malignização de neurofibromas plexiformes 
grandes, situados em troncos nervosos do pescoço 
ou extremidades. 
2. lesões pigmentadas da pele, chamadas de manchas 
café-com-leite. Quando o paciente tem 6 ou mais 
máculas com diâmetro maior que 1,5 cm., o 
diagnóstico de neurofibromatose do tipo 1 é 
provável. (Lembrar que os melanócitos, como as 
células de Schwann, são originados da crista 
neural). 
3. hamartomas pigmentados da íris, 
chamados nódulos de Lisch (presentes em 94% dos 
pacientes após idade de 6 anos). São 
assintomáticos, mas ajudam no diagnóstico. 
A neurofibromatose do tipo 1 também se acompanha de 
várias anomalias ósseas e maior tendência a tumores como 
meningiomas, astrocitomas pilocíticos de nervo 
óptico, feocromocitomas, tumor de Wilms, 
rabdomiossarcoma e leucemia mielóide crônica. 
Neurofibromatose do tipo 2 
A neurofibromatose do tipo 2 é associada a outro gene, 
situado no cromossomo 22, que também codifica uma 
proteína (merlina) reguladora do crescimento celular. A 
incidência é bem menor que a do tipo 1 (1 em 40.000 ou 
50.000 indivíduos). 
Clínica. Pacientes com neurofibromatose do tipo 2 
desenvolvem uma série de tumores, principalmente: 
 schwannomas bilaterais do nervo acústico, 
 meningiomas múltiplos 
 gliomas, particularmente ependimomas. 
Pode haver manchas café-com-leite, mas não nódulos de 
Lisch. 
 
Em HE, o tumor é constituído por células alongadas e 
onduladas em disposição frouxa. Não há a arquitetura 
compacta em feixes observada nos schwannomas. 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
As células são fusiformes e onduladas, em meio a matriz 
frouxa e pálida 
 
Tecido fusocelular, com disposição frouxa das células, que 
tomam caráter ondulado 
 
 
 
Neurofibroma plexiforme. Tumor difuso, mal delimitado, 
permeia e engloba estruturas teciduais como glândulas 
sudoríparas, células adiposas, pequenos nervos. 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
SCHWANOMA 
Os schwannomas são tumores benignos de células de 
Schwann que, quando no SNC, incidem em raízes sensitivas. 
A localização largamente mais freqüente é na raíz vestibular 
do VIII par, ou estato-acústico. Portanto, é um tumor do 
ângulo ponto-cerebelar, que causa hipoacusia. Tem 
crescimento lento e não infiltra o cérebro, mas pode causar 
distorção considerável do tronco cerebral. 
 Microscopicamente, o tumor é formado por células 
alongadas, dispostas em feixes que se entrecruzam. Os 
núcleos tendem a arranjar-se paralelamente uns ao lado dos 
outros, aspecto este denominado disposição em paliçadas, 
muito próprio do schwannoma. Os espaços com poucos 
núcleos entre as paliçadas são constituidos apenas pelo 
citoplasma das células de Schwann, e são chamados corpos 
de Verocay. Não há necrose ou mitoses. 
São os principais tumores do sistema nervoso periférico 
(nervos e raízes). 
Origem: em células de Schwann. São benignos, incidem na 
meia idade, mais comumente na 5a década. Denominações 
antigas, ainda utilizadas, são neurinoma e neurilemoma. 
Localização. Os schwannomas de raízes (mais comuns que 
os de nervos) têm grande preferência pelas raízes sensitivas. 
No crânio, ocorrem praticamente apenas no nervo vestíbulo-
coclear (VIIIº par) e, muito mais raramente, na raíz sensitiva 
do trigêmeo. No canal espinal, schwannomas são freqüentes, 
como os meningiomas, sempre em raízes sensitivas 
(dorsais). 
Em nervos, os schwannomas ocorrem em troncos maiores, 
na face flexora dos membros, próximos ao cotovelo, punho e 
joelho e no mediastino posterior. 
Macroscopicamente, os schwannomas são arredondados, 
sólidos, bem delimitados e, como os meningiomas, crescem 
lentamente, comprimindo, nunca invadindo o cérebro ou a 
medula. 
Os schwannomas do VIIIº par (nervo estato-acústico ou 
vestíbulo-coclear) localizam-se no ângulo ponto-cerebelar 
(isto é, na junção entre a ponte, o bulbo e o hemisfério 
cerebelar) e deslocam o tronco e o cerebelo formando uma 
depressão. A maioria destes schwannomas originam-se a 
nível do meato auditivo interno (osso temporal). A dilatação 
deste orifício é um sinal radiológico precoce do tumor. 
Os schwannomas espinais são intradurais e extramedulares. 
Às vezes formam tumores em ampulheta, crescendo dentro e 
fora do canal espinal através de um foramen intervertebral. 
Microscopicamente, schwannomas são constituídos por 
células fusiformes, com núcleos em forma de charuto, 
dispostas compactamente em feixes de várias direções. Em 
corte longitudinal por um feixe, os núcleos de células vizinhas 
podem dispor-se lado a lado, formando paliçadas que se 
repetem de espaço em espaço. Faixas anucleadas entre as 
paliçadas, conhecidas como corpos de Verocay, são 
constituídas apenas por prolongamentos celulares. 
Ausência de axônios. Schwannomas crescem sem infiltrar o 
nervo de origem, que fica na periferia do tumor. Assim, não 
há axônios em schwannomas (comparar com os 
neurofibromas, abaixo). 
Multiplicidade. Schwannomas em não portadores de 
neurofibromatose do tipo 2 são quase sempre únicos, seja em 
raíz, seja em nervo. Na neurofibromatose do tipo 2 são 
comuns schwannomas múltiplos de raízes cranianas e 
espinais, nervos periféricos e simpáticos, isolados ou em 
continuidade com os neurofibromas plexiformes (ver abaixo). 
A ocorrência de schwannoma bilateral nos nervos acústicos é 
um critério diagnóstico absoluto para neurofibromatose do 
tipo 2. 
Malignização. Schwannomas originados em raízes são 
sempre benignos. Os de nervos podem, raramente, malignar-
se (ou ser malignos desde o início), mais freqüentemente em 
casos de neurofibromatose. 
Clínica. Schwannomas do acústico causam surdez 
progressiva, tonturas, vertigens, perda de equilíbrio, ataxia e 
dor retroauricular. Pode haver paresia facial, disfonia e 
disfagia, relacionadas à compressão de nervos próximos. Os 
sintomas duram meses ou anos. Hipertensão intracraniana e 
hidrocefalia, por compressão do IVº ventrículo, são tardias. 
Nos schwannomas espinais há dor radicular, compressão 
medular (paraplegia, anestesia abaixo do nível do tumor) e 
bloqueio liquórico, com hiperproteinorraquia lombar. 
O tratamento é cirúrgico. Nos casos espinais a extirpação é 
geralmente curativa. Nos do acústico, a dificuldade e a 
mortalidade aumentam com o tamanho do tumor. A principal 
complicação é o infarto da ponte por lesão da A. cerebelar 
anterior inferior. Quando não é possível remoção total, o 
tumor recidiva e o prognóstico piora. Não há resposta à 
radioterapia, já que o tumor cresce muito lentamente. Outro 
risco cirúrgico é a lesão do nervo facial, que ocorre em 1/2 a 
2/3 dos casos. 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
 
Os schwannomas são constituídos por células alongadas 
arranjadas em feixes compactos.Tumor constituído por feixes de células neoplásicas 
alongadas. Os núcleos posicionam-se lado a lado formando 
paliçadas. 
 
 
 
 
Schwannoma de raíz espinal mostrando áreas Antoni A 
 
 
Antoni B 
 
Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 
 
Microscopicamente, schwannomas são encapsulados. 
A maioria mostra dois padrões histológicos distintos, referidos 
como Antoni A e Antoni B. 
No tecido Antoni A, as células são fusiformes e 
compactamente arranjadas. Paliçadas criadas pelo 
alinhamento dos núcleos alternam-se com zonas anucleadas, 
róseas e homogêneas ou fibrilares, os corpos de Verocay. 
Estes consistem de prolongamentos citoplasmáticos, 
membranas basais, colágeno e reticulina. 
No tecido Antoni B, as células estão frouxamente 
arranjadas, os prolongamentos não são orientados e os 
núcleos são redondos, em vez de alongados. Por vezes as 
células são estreladas, criando semelhança com um 
astrocitoma. Pode haver abundantes histiócitos 
xantomatosos. As feições imunohistoquímicas e 
ultraestruturais do tecido Antoni B sugerem que resulte de 
processos degenerativos. 
 
Schwannoma espinal. Vasos hialinizados e hemorragias 
antigas com grânulos de hemossiderina são feições comuns 
em schwannomas. 
 
 
Nos chamados schwannomas anciãos há células com 
núcleos grandes, hipercromáticos e bizarros, mas sem 
qualquer significado prognóstico. 
Os schwannomas do VIII tipicamente mostram predomínio de 
tecido Antoni B, têm freqüentes agrupamentos de macrófagos 
xantomatosos e são pobres em corpos de Verocay. Estes 
costumam ser mais comuns nos tumores espinais. Reticulina 
é abundante e distintamente pericelular nos schwannomas. 
Schwannoma celular. Têm celularidade mais alta que os 
schwannomas comuns, atividade mitótica variável e não 
contêm tecido Antoni B. A maioria origina-se ao nível espinal, 
sendo raros no crânio. Não dão metástases, mas há maior 
índice de recidivas (em 8 de 29 casos de uma série). 
Schwannoma melanótico. Tumor macroscopicamente 
pigmentado, que pode simular melanoma metastático. São, 
contudo, bem delimitados e extramedulares como os 
schwannomas comuns. Reticulina pericelular é abundante 
como nos outros schwannomas. Schwannomas melanóticos 
são positivos para S-100 e HMB-45, como melanoma, mas ao 
contrário deste, mostram positividade pericelular para 
laminina e colágeno IV. 
Schwannomas plexiformes. São schwannomas que 
crescem de modo multinodular ou plexiforme. A grande 
maioria origina-se na pele ou subcutâneo e podem ocorrer na 
cabeça, pescoço, tronco ou extremidades. Esses 
tumores estão associados a NF2, não a NF1, e também com 
a schwannomatose em pacientes sem NF2. 
 
 
Seta preta: Antoni A 
Seta azul: Antoni B

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