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015 resumo geral hermeneutica ii Júlio César Brasilero

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HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 1/12 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
“... Apressa e esforça-te a ti mesmo para se apresentar a Deus aprovado como trabalhador sem 
qualquer motivo de vergonha ou desonra e que manuseia corretamente (corta reto) a Palavra da 
verdade... II Tm 2.15” 
1. O que é “Exegese”? 
É o processo metodológico de investigação histórica e literária utilizado para resgatar, na forma mais 
exata possível, a mensagem transmitida pelo autor diretamente ao seu público alvo identificando com 
isto as particularidades históricas e a relevância eterna no texto em questão. 
Através da “tarefa exegética” o estudante da Palavra busca descobrir o que o escritor bíblico escreveu 
em detalhes para uma platéia ou público alvo específico na busca da “intencionalidade” do autor. 
2. Quais as principais questões que a tarefa exegética busca responder? 
� O que o autor ou escritor bíblico disse (contexto básico)? 
� Porque ele disse isto em um dado momento ou ponto do desenvolvimento de suas 
idéias ou explanações (contexto literário)? 
3. O que é “Hermenêutica”? 
A tarefa “Hermenêutica” se refere ao trabalho realizado para a contextualização das mensagens e 
princípios bíblicos identificados para a era contemporânea dos ouvintes e leitores de seu trabalho no 
sentido mais estritamente prático possível. 
Através da hermenêutica os princípios e conceitos bíblicos identificados por meio da investigação 
histórica e literária da tarefa exegética são aplicados na vida da Igreja contemporânea (de nossos 
tempos) utilizando o conhecimento identificado e sistematizado pela tarefa anterior (exegese) e a aplica 
a este contexto totalmente distinto respeitando esta transição histórica. 
4. Segundo Gordon Fee, qual é a chave para a boa exegese? 
“A chave para a boa exegese está na habilidade de elaborar perguntas corretas ao texto com a 
finalidade de se obter a compreensão da intencionalidade do autor.” 
Boas questões exegéticas classificam-se em duas categorias básicas: questões de assunto (o que ele 
disse) e questões de contexto (porquê ele disse). 
5. Qual é a regra áurea do exegeta bíblico (intérprete)? 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 2/12 
Do ponto de vista exegético, um texto jamais deve significar na interpretação do leitor aquilo que jamais 
significou nas mãos de quem o redigiu originalmente. 
6. Qual é o alvo específico da boa interpretação bíblica? 
Chegar ao sentido claro do texto tanto quanto possível. 
7. Em que se caracteriza a “boa” exegese bíblica? 
A boa exegese caracteriza-se pela feliz combinação ou cuidadosa integração de todos os dados e 
informações obtidas em uma apresentação oral ou escrita de forma compreensível, marcada não pela 
originalidade, mas pelo claro entendimento das intenções originais do autor. 
8. Quem é o verdadeiro protagonista da Bíblia Sagrada? Explique sua resposta. 
O protagonista de toda a Bíblia é o próprio Deus, sendo ela a Sua autobiografia. Os homens são Seus 
coadjuvantes deste grande teatro da vida real onde o próprio Deus se expôs ao juízo humano permitindo 
que este a escrevesse de forma que a tornasse inegável, pois sua participação foi ativa. 
9. Explique com suas palavras o que é Revelação Progressiva? 
É o processo de auto – apresentação progressiva da parte de Deus aos homens por meio da 
participação ativa na vida deles. Esta foi a forma adotada por Deus para que o homem pudesse 
conhecer o seu caráter (do próprio Deus), sua personalidade, afinidades, gostos, capacidade, interesses, 
etc. 
10. Onde o processo de Revelação Progressiva atingiu seu ápice? Explique sua resposta. 
Ao rasgar os céus e descer pessoalmente, Deus atingiu o ápice deste processo na pessoa de seu Filho 
Jesus Cristo, tornando – se Deus em carne. Ao assumir a forma e os limites da essência humana, Deus 
permitiu aos homens que O vissem no mais profundo do Seu caráter, e, de fato, Cristo o afirmou 
categoricamente. 
11. Explique a representação gráfica abaixo: 
 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 3/12 
Representa a Palavra de Deus revelada aos homens, que por essência tem relevância eterna falando 
para todas as eras e em todas as culturas. Mas como o caminho utilizado para esta revelação foram as 
palavras humanas, esta (a Palavra de Deus) se encontra condicionada a particularidades históricas de 
sua revelação como: linguagem, época, eventos, tradições e, em alguns casos a história oral que 
precedeu a escrita. O trabalho exegético busca o equilíbrio entre estas duas realidades distintas. 
12. Cite alguns recursos externos que podem ser usados para o trabalho de pesquisa e estudo 
exegético dos textos bíblicos de maior complexidade. 
Alguns exemplos Abaixo (ver na apostila de Introdução à Exegese): 
� Com a busca de originalidade. 
� Com a idéia de que “tudo” foi revelado por Deus na Bíblia. 
� Com os maiúsculos e minúsculos (exegese editorial); 
13. O que é um texto “Descritivo”? 
É o texto que descreve algo, narra um acontecimento sem emitir juízo de valor. O fato de algo ser 
relatado na Bíblia não significa que o mesmo esteja correto ou seja regra vigente. 
14. O que é um texto “Prescritivo”? 
É o texto que prescreve, ou seja, ele legisla, normatiza, traz regras, estabelece prescrições, 
ensinamentos e mandamentos onde vemos nas Escrituras passagens destinadas claramente à instrução 
e doutrinamento. 
15. Como o reconhecimento de que: “...a Bíblia não é um livro obscuro, não é um livro distante, 
confuso e aberto apenas para alguns iluminados do planeta Terra” e também de que “Deus é um Deus 
que se comunica” deve afetar nossa perspectiva no trabalho exegético? 
O reconhecimento de que a Bíblia não é um livro obscuro e distante e que Deus é um Deus que se 
comunica deve nos dar a tranqüilidade e certeza de que, na maioria das vezes, a mensagem da Palavra 
revelada está acessível a todo aquele que a buscar com diligência e temor não exigindo iluminações 
especiais e que o verdadeiro significado da revelação normalmente será encontrado na superfície de 
forma simples. 
16. Explique o conceito de “Dupla Autoria”. 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 4/12 
A reprodução dos textos bíblicos ocorreu com a participação ativa de dois autores simultâneos, sendo o 
primeiro, o Espírito Santo que inspirou (soprou) o desejo de registrar de forma escrita as mensagens que 
o Senhor lhes dava além do próprio texto em questão sem contudo anular a presença humana na 
elaboração dos textos com seus estilos próprios, cultura, conhecimentos adquiridos. É o produto perfeito 
do enlace da mente divina com a humana alinhados num único propósito de revelar aos homens a 
própria pessoa de Deus. 
17. É possível que um texto bíblico tenha mais de um sentido? Sim ou não? Explique sua resposta. 
Sim, é possível. 
Uma revelação apresentada na Palavra (especialmente nos Profetas) poderá possuir uma mensagem 
específica para o povo da época do autor e um significado “ulterior” com cumprimento profético em um 
segundo momento em que o próprio profeta não tinha visão. Isto somente é possível devido à Dupla 
autoria dos textos bíblicos pois os dois sentidos estão vinculados respectivamente aos seus dois autores 
distintos. 
18. O que é o princípio da Analogia das Escrituras? 
É o processo de comparação entre os princípios encontrados em um trabalho exegético com o restante 
da palavra revelada nas Escrituras tendo em vista o pressuposto de que a Bíblia, como Palavra de Deus, 
não se contradiz. 
O melhor intérprete da Bíblia é a própria Bíblia. Se houver a reafirmação da verdade, a interpretação do 
princípio bíblico estará estabelecida. 
19. Façaa distinção entre linguagem Literal, Figurativa ou Figurada e Simbólica: 
� Literal, os escritos que lemos devem ser entendidos exatamente como foram 
redigidos (“ao pé da letra”) como acontecimentos históricos reais (Ex.: Jesus enviou os discípulos para o 
outro lado do mar e subiu ao monte para orar). 
� Figurativa ou figurada, o texto de encontra permeado de figuras de linguagem, 
metáforas, símiles, símbolos, tipos ou alegorias e, por esta razão, não devemos buscar uma 
compreensão literal do texto (Ex.: Jesus disse: Eu sou a porta, aquele que por entrar por mim, entrará, 
sairá e encontrará pastagem). 
� Simbólica, compreende a forma de redação literária caracterizada pelo uso de 
figuras simbólicas para a representação de verdades que se deseja expressar (Ex.: ...viu sair do mar 
uma besta-fera de dez chifres e um dos chifres blasfemava contra do Deus dos céus enquanto crescia 
tornando-se maior e mais poderoso que os outros nove chifres). 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 5/12 
20. O que é o contexto geral de um texto? 
É o conjunto de eventos, fatos, informações, conhecimentos, dados culturais, sociais, políticos, 
religiosos, etc que compõem conjuntamente o cenário ou pano de fundo histórico e literário (background) 
de um texto auxiliando na compreensão de sua mensagem e de seus propósitos originais. 
21. O que é o contexto histórico? 
Diz respeito às circunstâncias gerais históricas do documento (i.e., a cidade, sua geografia, seu povo, 
religião, economia, política, etc.), e, com a ocasião específica do documento, ou seja, porquê foi escrito. 
22. O que é o contexto literário? 
Concerne ao porquê determinada coisa foi dita em um determinado ponto no argumento ou narrativa, ou 
seja, o contexto literário significa que: palavras somente devem fazer sentido dentro de frases. 
Em sua maior parte, as frases na Bíblia somente têm um significado consistente em relação às frases 
anteriores e posteriores. 
23. Quais são os elementos que constituem o contexto literário normal de um texto bíblico? 
 
24. O que é Criticismo Bíblico? 
É a ciência que estuda e investiga os escritos bíblicos buscando discernir e estabelecer julgamento 
adequado sobre estes escritos no que tange à sua origem, palavreado original, estilo literário seus 
propósitos, etc. 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 6/12 
25. Cite algumas “perguntas” que devem ser feitas ao texto durante a Análise Literária no 
levantamento contextual: 
� Quem? Quem é o autor? Quem está falando? Quem é retratado? 
� Para quem? A quem está falando? A quem se dirige? 
� Qual o relacionamento existente ente autor (es) e destinatário(s)? 
� Quando? 
� Onde? Onde foi escrito? Onde estava o autor? Onde viviam / estavam os 
recipientes? 
� Como? Qual o tipo literário? Qual a linguagem utilizada? 
� Porquê? Quais eram as presentes circunstâncias? Que situação histórica 
ocasionou o escrito? 
� Qual era o propósito do autor? 
26. O que é uma “Perícope”? 
São unidades de textos individuais autocontidos de narrativa ou ensino. São caracterizadas por textos 
curtos, porém completos com: introdução, desenvolvimento e conclusão próprios, vinculados ou não com 
as demais perícopes que formam o texto como um todo. Os evangelhos são organizados na forma de 
compilação de inúmeras perícopes. 
27. O que é uma “Metáfora”? 
Figura de linguagem muito utilizada na literatura bíblica e caracterizada pela “comparação não 
expressa”. Nas metáforas as palavras: semelhante ou como não são utilizadas, e o sujeito, coisa ou 
objeto da comparação estão entrelaçados entre si pela exposição da própria figura. Ex.: Eu sou o 
caminho, a verdade e a vida. 
28. O que é uma “Símile”? 
Figura de linguagem também muito utilizada na literatura bíblica neotestamentária e caracterizada pela 
“comparação expressa”. Nas símiles é típico o uso das palavras: semelhante ou como, e o sujeito, coisa 
ou objeto da comparação são mantidos separados entre si. Normalmente na símile a ênfase da 
comparação recai sobre algum ponto específico de similaridade entre as idéias apresentadas, grupos, 
seres ou objetos. Ex.: O reino de céus é semelhante a um homem que compra um campo... 
 
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RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 7/12 
29. O que é uma “Alegoria”? 
É uma “metáfora ampliada” que, por conceito, entrelaça a história relatada e seu significado possuindo 
diversos pontos de comparação não necessariamente concentrados ao redor de um núcleo. Em uma 
alegoria é possível que cada detalhe do objeto de comparação tenha um significado específico 
relacionado a algum outro detalhe do sujeito a quem se aplica a comparação proposta pela alegoria. 
30. O que é uma “Parábola”? 
É uma “símile ampliada” que, por conceito, não entrelaça a história relatada e seu significado possuindo 
normalmente um único ponto central de comparação concentrando as figuras apresentadas ao redor de 
um núcleo. A parábola possui normalmente um único foco e os detalhes são significativos apenas 
quando relacionados com esse núcleo. Funciona quase que como uma antítese das Alegorias. 
Uma parábola verdadeira será pura e simplesmente uma história com começo e fim, possui um enredo e 
de forma geral uma lição, sendo que, como propósito básico elas foram contadas a fim de serem 
compreendidas. A parábola como um todo é a mensagem, contada para dirigir-se aos ouvintes e cativá-
los, afim de fazê-los parar e pensar acerca de suas próprias ações no dia-a-dia. 
31. Cite alguns propósitos básicos das Parábolas neotestamentárias: 
� Conseguem revelar a verdade de forma simples e inteligível. 
� Conseguem gravar mais profundamente na memória das pessoas devido ao 
exemplo prático do qual elas se utilizam. (perpetuidade do ensino). 
� Conseguem trazer à tona o senso moral das pessoas diante de situações reais, ou 
seja, produzir reação. (lembremo-nos de Davi). 
� Conseguem confrontar profundamente aos que se portam como antagônicos ou 
que resistem o óbvio. (todo ser humano tem uma certa medida de senso prático). 
� Conseguem ocultar daqueles que decidem resistir o verdadeiro significado da 
mensagem de Deus. (seu orgulho os destinará para os sentidos mais distantes, improváveis, ou, 
simplesmente reforçará a sua descrença). 
32. Quais são os três níveis contextuais passíveis de estudo nas parábolas neotestamentárias? 
Explique cada um deles. 
 
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RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 8/12 
� Contexto genérico – Informações histórico – culturais que esclareçam 
satisfatoriamente os dados fornecidos na mesma (pesos, moeda, geografia, cultura, expressões 
idiomáticas, questões políticas e/ou religiosas da época, etc); 
� Contexto imediato do relato da parábola – que situação, pergunta, confronto que 
gerou aquela parábola. Normalmente este ponto, quando disponível no texto, esclarece praticamente 
todas as dúvidas referentes à mesma; 
� Contexto literário – o que pretendia o autor (escritor) quando inseriu esta parábola 
em seu trabalho e, especialmente naquele ponto de sua narrativa (conceito da Seletividade dos 
Evangelhos). 
33. O que é a “Alegorização”? 
Método de interpretação que toma fatos relatados em uma determinada narrativa ou unidade de texto e 
aplica um significado contemporâneo a cada um dos elementos que se sobressaem ao texto dando a 
este texto uma significação de total e aparente desvinculo com os propósitos originais do texto. Na 
alegorização o intérprete parte do pressuposto que o verdadeiro significado de um texto jaz abaixo das 
palavras de uma forma não aparente. Nesta metodologia, o autor é freqüentemente “anulado” pelo 
intérprete. 
34. O que é um “Tipo e o Antítipobíblico”? 
O “Tipo” é uma relação representativa que certas pessoas, instituições ou eventos de um período 
histórico mais antigo têm com pessoas, instituições ou eventos respectivamente em uma outra época 
posterior no que tange à história da salvação. 
A prefiguração como: “pessoa, evento típico é caracterizado como o “Tipo” e seu cumprimento profético 
posterior é o “Antítipo”. 
35. O que são as Narrativas? 
As narrativas são histórias que podem ser simples ou complexas, com personagens e tramas 
específicas, e, no caso bíblico, são verídicas. 
Elas nos contam acerca de coisas que aconteceram mostrando-nos Deus operando no dia-a-dia do Seu 
povo, glorificam-no e nos ajudam a compreendê-lo melhor e dar o devido valor a Ele, como também, nos 
dão um quadro de Sua providência e proteção. Por outro lado nos fornecem ilustrações vívidas de 
muitas outras lições que nos são importantes para nossas vidas. (No processo da revelação progressiva 
é, literalmente, Deus “andando e vivendo” no meio dos homens, onde, as narrativas ensinam por meio 
da experiência de outros com Deus). 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 9/12 
36. Dê alguns exemplos do que NÃO são as Narrativas? 
� Não são apenas histórias acerca de pessoas que viveram naquele período, mas, o 
que Deus operou para e por meio daquelas pessoas. 
� Não são alegorias ou histórias cheias de significados ocultos, apesar de nem 
sempre sermos informados de todas as coisas que aconteceram, como, para quê ou porquê 
aconteceram. Com certeza, o essencial estará lá. 
� Elas não respondem a todas as nossas perguntas nem tratam e todos os assuntos 
referentes à vida dos seres humanos ou do próprio Deus. 
� Normalmente são limitadas àquilo que está sendo enfocado naquela narrativa 
específica, e, o estudo honesto do contexto envolvido em muito nos ajudará a compreendê-las. 
37. O que são os Evangelhos? 
São um estilo literário único na história, escrito por testemunhas diretas (Mateus e João) ou indiretas 
(Marcos e Lucas) da vida de Cristo com o propósito de relatar de forma relativamente ordenada fatos 
acerca da vida de Jesus e de seus ensinamentos que culminaram com a sua morte no Calvário e sua 
ressurreição ao terceiro dia. No geral o estilo literário predominante nos Evangelhos é o gênero narrativo. 
Os evangelhos são compilações das histórias e ensinamentos de Cristo que registraram na forma escrita 
os ensinamentos e pregações apostólicas caracterizando-se como a base doutrinária para todo o 
restante da literatura neotestamentária. São organizados de forma mais temática que cronológica por 
meio de perícopes. 
38. O que são os Sinópticos? 
São os evangelhos redigidos por Mateus, Marcos e Lucas que apresentam ao mesmo Jesus Cristo 
histórico, porém com três “óticas” distintas. Seus relatos giram em torno de Jesus de forma semelhante, 
utilizam na maioria das vezes as mesmas fontes de informação, relatam os acontecimentos e ditos de 
Jesus de forma ordenada, porém visam um foco diferente conforme o público alvo de cada um. 
39. Cite alguns dos principais erros que ocorrem na interpretação das narrativas: 
� Alegorização : procurar nas entrelinhas palavras ou mensagens ocultas que 
imaginam existir relegando ao texto outro significado que não o apoiado pelo contexto natural do mesmo. 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 10/12 
� Descontextualização : pela falta do conhecimento dos contextos integrais históricos 
e literários, concentram-se nas narrativas pequenas e individuais e se perdem no emaranhado de suas 
próprias idéias. 
� Seletividade : atenção excessiva a detalhes, escolha de palavras e frases para 
concentrar seu estudo sem prestar a devida atenção ao restante do documento perdendo assim o 
alcance global da passagem. 
� Combinação falsa : a famosa colcha de retalhos na formação de uma pregação ou 
mensagem catando aqui e ali pequenos trechos desconexos a fim de apoiar uma determinada idéia. 
40. Explique o estilo literário adotado por Lucas no Livro de Atos dos Apóstolos. 
É o estilo literário do tipo narrativo conforme os padrões da historiografia helenística (Tucídides 460 – 
400 aC). Possuía teor histórico conservando registros, relatos ou elaborando crônicas do passado 
cronologicamente ordenados, porém tinha como propósito principal apresentar uma agradável leitura, 
utilizada para entreter, encorajar, informar, moralizar e oferecer uma apologética de determinado 
assunto. 
41. O que são “Epístolas”? 
São arautos literários públicos elaborados na forma de cartas com o propósito de divulgar informações 
gerais de interesse da comunidade, exortar ou corrigir desvios ou erros ocorridos. Na maior parte são 
compostas de parágrafos de argumento ou exortação. 
Normalmente as epístolas possuíam teor de aclamação oficial. Eram escritos práticos e podiam ser 
direcionados para uma comunidade inteira ou um segmento da mesma. Boa parte da literatura 
neotestamentária é composta de epístolas destinadas às Igrejas em desenvolvimento para a exortação, 
alerta, encorajamento ou para disciplina específica de pessoas ou situações. (Ex.: Romanos, I e II 
Coríntios, Efésios, Gálatas, Filipenses, Tiago, etc). 
42. O que são “Cartas Verídicas”? 
São correspondências com caráter mais particular e dirigida a pessoas específicas ou grupos seletos os 
quais possuíam maior nível de intimidade com o autor. São caracterizadas pela presença mais constante 
de expressões de afeto e cumplicidade entre estas pessoas. No Novo Testamento, existem exemplos de 
Cartas Verídicas apesar da carga teológica e exortativa de tais cartas como: I e II Timóteo, Tito, Filemon. 
43. Porque as epístolas são consideradas documentos ocasionais? 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 11/12 
Porque são documentos que foram produzidos sob demanda, ou seja, ocasiões específicas de conflito, 
pecados, problemas, dúvidas e necessidades provocaram a intervenção do escritor por meio da 
elaboração de tais cartas que deveriam ser lidas com a Congregação, com caráter normativo e deveriam 
ser até mesmo compartilhadas com outras Igrejas no sentido preventivo do problema. 
44. O que é “teologia de tarefa”? 
É o tipo de ensino teológico normalmente apresentado nas epístolas por ser específico e caracterizado 
pela utilização pragmática dos ensinos teológicos. Nas epístolas encontramos um maior número de 
ensinamento teológico com ênfase prática. Podemos afirmar de forma metafórica que nas epístolas as 
filosofias teológicas são encarnadas na vida humana e podemos vê-la em movimento (em ação). 
45. O que é a literatura “Apocalíptica”? 
Estilo literário surgido ainda no período veterotestamentário nos tempos dos profetas Daniel, Ezequiel, 
Zacarias e partes de Isaías. É uma literatura impressionista caracterizada pela utilização intensa de 
figuras de linguagem e símbolos para apresentar a luta do bem contra o mal. O propósito básico da 
literatura apocalíptica é a exortação e encorajamento em tempos de crise e derrota aparente e seus 
métodos alegóricos serviam para ocultar do conhecimento dos inimigos o verdadeiro teor da 
correspondência contida. 
46. Quais estilos literários distintos são combinados na Apocalíptica de João? 
O Apocalipse neotestamentário é uma combinação harmoniosa de três estilos literários distintos sendo: 
� o apocalíptico com um ambiente fantasioso de anjos, bestas, animais, dragões, 
etc; 
� a profecia com sua característica clara de porta voz de Deus aos homens; 
� a carta ou epistola como documento ocasional elaborado para fins de exortação e 
encorajamento congregacional. 
47. Cite algumas figuras de linguagem ou símbolos utilizados freqüentemente na literatura 
apocalíptica: 
� Formas de fantasiacomo besta com dez chifres, uma mulher vestida do sol, etc; 
� Uso extremado do simbolismo dos números. 
� Representação dos eventos e poderes do ponto de vista fenomenológico. 
 
HERMENÊUTICA 
RESUMO GERAL DA DISCIPLINA 
 
 
 
 
por Julio C Brasileiro 12/12 
48. Qual é a raiz mestra para a interpretação da literatura apocalíptica? 
É a literatura profética vetero-testamentária especialmente conforme encontrada nos livros de Ezequiel, 
Daniel, Zacarias e partes de Isaías onde o assunto núcleo de toda a apocalíptica era o julgamento e a 
salvação futura dos justos de Deus. 
49. Existem bons e maus filtros na elaboração de um trabalho exegético. Cite exemplos de ambos os 
filtros: 
Maus filtros Bons filtros 
Perspectiva Filosófica Dados históricos 
Motivações egoístas Dados geográficos 
Intolerância Dados lingüísticos / literários 
Radicalismo Humildade 
Culturais (contemporâneos) Culturais (contextuais) 
50. Qual o principal recurso exegético externo deve ser utilizado para a elaboração de um estudo 
bíblico sério? Porque? 
O principal recurso exegético externo é a Concordância Bíblica de Palavras. 
Por meio da Concordância bíblica temos oportunidade de “ver” as palavras e expressões bíblicas “se 
movendo” nos textos bíblicos de forma dinâmica e pode nos auxiliar muito na compreensão da 
intencionalidade do autor.

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