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Crescimento de microrganismos por diferentes fontes de contaminação

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INTRODUÇÃO
Os microrganismos são definidos como seres microscópicos individualmente invisíveis a olho nu, e são dotados de maior diversidade biológica, tanto morfológica como fisiológica e ecológica; podendo ser encontrados em praticamente todos os ambientes, dos mais simples aos mais extremos, ainda possuem estruturas bastante organizadas, capazes de crescer e se reproduzir (AVES, 2014).
No entanto, em uma formação de um tipo de comportamento comunitário denominado biofilme, ocorre associação e comunicação entre as bactérias. Sendo uma comunidade complexa e estruturada de microrganismos, envoltos por uma matriz extracelular de polissacarídeos, aderidos entre si a uma superfície ou interface; onde o melhor caminho para o controle baseia-se na prevenção de seu desenvolvimento, ao adotar prática de adequados procedimentos de higiene, com a finalidade de remover resíduos (ESPER, 2011).
O desenvolvimento bacteriano é simples, de forma assexuada e, por isso, muito rápida em condições ambientais favoráveis. Esta situação cria um problema no caso dos agentes bacterianos patogênicos, pois permite uma rápida propagação e infecção do hospedeiro, bem como uma maior facilidade de resistência a agentes anti- bacterianos. O crescimento bacteriano é influenciado por vários fatores ambientais, destacando-se o alimento, a temperatura, a umidade, o pH e o oxigênio, onde cada um destes fatores pode limitar ou, determinar esse crescimento (MENESES; SILVA; VIEIRA, 2008).
De acordo com Nicésio (2007), conforme as bactérias consomem os nutrientes do meio de cultura, elas crescem e se multiplicam, suas células começam a se acumular, ficando visíveis a olho nu; os conjuntos dessas células são chamados de colônias bacterianas, que podem ser diferenciadas pela morfologia. Cada espécie de bactéria produz uma colônia diferente. Algumas bactérias possuem pigmentos quando crescem nos meios de cultura, observado ao tocar uma colônia com a ponta de um swab. O tamanho de uma colônia bacteriana pode variar muito, mas geralmente se considera grande uma colônia maior que 1mm de diâmetro e as menores que 1mm são consideradas pequenas. A colônia das bactérias pode apresentar-se com aspecto circular, irregular, puntiforme, ondulado, achatado, umbilicado, convexo, entre outros. E quanto a densidade, podem ser transparente (pode-se ver através da colônia), opaca (não é possível ver através da colônia) e translúcida (pode-se ver através da colônia apenas com o auxílio de luz), e sua superfície podem ser diferentes (aspecto rugoso, granular, embaçado, cremoso ou brilhante).
Contudo o bem estar da humanidade deve ser preservado, e depende em grande parte da capacidade do homem em controlar a população dos microrganismos, visando prevenir a transmissão de doenças, evitar a decomposição de alimentos e a contaminação da água e do ambiente, que é possível pela ação de agentes físicos e químicos, que possuem propriedades de matar a célula microbiana, ou de impedir a sua reprodução, como por meio da esterelização (temperaturas mais altas são mais eficientes), desinfecção, sanitização, entre outros (MOREIRA, 2013).
Como a técnica de cultura promove a multiplicação de colônias de organismos microbianos e possibilita diferenciar e determinar organismos diferentes, objetivou- se observar o crescimento de microrganismos provenientes de várias fontes de contaminação.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A aula prática foi realizada no Laboratório de Microbiologia dos alimentos da Universidade Federal do Piauí – Campus Ministro Petrônio Portella, no dia 28 de março de 2017. 
MATERIAIS 
Placa de petri com meio de cultura Agar Plate coutry
Estufa
Swabs
Solução salina peptonada
Tubo de ensaio
METODOLOGIA
Pegou-se o Swab, umedeceu-se na solução salina peptonada e passou-se na bancada, após esfregou-se o mesmo na superfície da placa de petri de modo a não danificar o Agar, colocou-se na estufa para que se verificasse crescimento microbiano.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com Vermelho et al (2006) os microrganismos podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes, dos mais simples aos mais extremos, uma vez que possuem estruturas bastante organizadas, capazes de permitir o seu crescimento e reprodução, existindo, portanto, inúmeras fontes de contaminação com os mesmos. Para a manutenção da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos é importante entender a forma de transmissão dos contaminantes. Essa transmissão pode ser por via direta, onde o homem, por maus hábitos higiênicos, contamina o alimento através de suas fezes, secreção nasal, espirros, saliva e etc. A transmissão indireta também envolve material humano, no entanto, os micro-organismos presentes nesses materiais são transportados até o alimento por vetores, como moscas, baratas e ratos. Existe ainda a transmissão ambiental, onde materiais como fezes, urina, pelo e saliva ou ate mesmo o ar, contendo micro-organismos contaminam a superfície onde o alimento será manipulado, ou ainda, quando os micro-organismos já estão instalados na matéria prima, como aqueles presentes no solo ou na água. Uma bancada, como a em estudo, esta sujeita a todas essas formas de transmissão de microrganismos caracterizando-se portanto, como uma importante fonte de contaminação.
No entanto, Bosco; Conde (2013) afirma que a preservação bem como a manutenção da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos bem como do meio em que são produzidos, está intimamente associada também ao conhecimento dos vários tipos de contaminantes. A partir da fonte escolhida para a prática em questão, observou-se, após o período de maturação ao qual foram submetidos os microrganismos contidos nas placas, a formação de 58 colônias, em sua maioria de tamanho pequeno. Todas possuíam formato circular, com bordas irregulares e coloração creme ou branca, como representado no apêndice 01.
Existe uma grande diversidade de organismos microbianos e, segundo Gottardi (2006), o critério morfológico (cor, tamanho, forma, estrutura etc.) permite diferenciar um organismo do outro e pode servir inicialmente de base para medidas de biodiversidade. Por exemplo, as colônias fúngicas podem ser compostas de fungos filamentosos e apresentarem morfologia específica, em função dos chamados micélios aéreos, estruturas de crescimento que se situam acima da superfície de cultivo, ausentes nas colônias de bactérias e como visto, também ausentes na amostra em estudo. As colônias fúngicas também podem ser leveduriformes e apresentarem, normalmente, cores claras, variando do branco ao creme, com aspecto umedecido e brilhante, ao contrario das filamentosas uma vez que estas, em relação à pigmentação, possuem uma extensa lista de apresentações assim como as bactérias.
A análise a partir dos critérios morfológicos das colônias que se estabeleceram na placa de Petri conferi uma amostra indicadora da presença ou não de contaminantes bem como do tipo de tipo de contaminação presente no meio uma vez que permite a distinção entre os micróbios ali presente. Conforme Pinheiro et al (2010) o local de manipulação de alimentos, bem como os utensílios devem passar constantemente por uma avaliação microbiológica para controle da eficiência do procedimento de higienização, evitando-se a contaminação dos alimentos manipulados. A presença de microrganismos na fonte escolhida para estudo alerta para os riscos a qualidade higiênica e sanitária dos produtos que ali serão manipulados podendo haver comprometimentos aos resultados das atividades ali desenvolvidas.
Conforme Aguiar (2006) A presença de microrganismos nesse meio preocupa em decorrência de que podem ser organismos indicadores de contaminação de origem fecal ou da presença de patógenos. Quantos aos fungos, estes são considerados microrganismos que não oferecem risco direto à saúde, apesar de algumas espécies de bolores (fungos filamentosos) serem produtoras de micotoxinas julgadas prejudiciais ao homem. Com relação às leveduras, a ocorrência deespécies patogênicas em alimentos é praticamente desconhecida, sua importância reside muito mais no fato de serem eventuais agentes de deterioração.
A verificação da presença desses microrganismos tem especial importância para quem trabalha em laboratórios de microbiologia e tecnologia de alimentos por questões de segurança e controle de qualidade uma vez que, de acordo com Gava (2002) o valor e a precisão das análises que estão sendo feitas bem como o isolamento correto do microrganismo em estudo são dependentes da ausência de contaminantes externo. No entanto, para o autor, os microrganismos nem sempre são externos vistos que o manuseio inadequado de uma das amostras pode ser responsável pela contaminação das demais como também do meio, sendo assim os organismos detectados na bancada em estudo podem ser consequências de um erro de manipulação das demais amostras do laboratório.
Segundo Anvisa (2005) evita-se a contaminação cruzada dos materiais ou qualquer outro tipo de contaminação, seguindo as regras de biossegurança do laboratório que incluem diversas recomendações como manter o cabelo preso, fazer uso de calça comprida e calçados fechados e do jaleco; evitar se apoiar, sem necessidade, sobre as bancadas; no caso de ferimentos nas mãos não manipular as amostras; fazer antissepsia das mãos antes e após as atividades; fazer a desinfecção da bancada antes e após as atividades práticas; não comer ou beber dentro do laboratório; não tocar a mucosa oral, nasal ou ocular durante as atividades; não pipetar com a boca, utilizar sempre pera ou dispositivos similares; não conversar, tossi ou espirar sobre as amostras e o derramar culturas bacterianas cobrir a área com papel toalha e colocar desinfetante.
CONCLUSÃO
Desta forma, pode-se concluir que as técnicas de cultura são fundamentais, pois promovem a multiplicação de colônias de organismos microbianos e possibilitam diferenciar e determinar organismos diferentes. Assim sendo, o objetivo foi alcançado com a observação do crescimento de microrganismos provenientes de várias fontes de contaminação.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, C et al. Implementação de boas práticas de manipulação em uma creche do município de São Paulo. Cadernos. Centro Universitário S. Camilo, São Paulo, v.12, n.1, p.47-57, jan./mar. 2006.
ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Biossegurança. Rev. Saúde Pública, 2005; 39(6)989-91.
AVES, L. A. Pratica, cultivo de bactérias, análise da presença de microorganismos na superfície das mãos. Instituto federal de educação ciência e tecnologia do maranhão. Zé doca-MA, 2014.
BOSCO, S.M.D, CONDE, S.R. Nutrição e saúde. Lajeado: Univates, 2013.
ESPER, L. M. R. Formação de Biofilmes Microbianos. Universidade Federal Fluminense. 2011. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/simposiomicro/esper.pdf>. Acesso em: 21/04/2017.
GAVA, A. J. Princípios de tecnologia de alimentos. São Paulo: Nobel, 2002.
GOTTARDI, C.P.T. Avaliação das condições higiênico-sanitárias do ambiente de manipulação de produtos fatiados de origem animal de redes de supermercados de Porto Alegre. 2006. 80f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.
MENESES, A.; SILVA, E. A.; VIEIRA, T. C. S. Fatores que Influenciam o Crescimento Bacteriano. Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis. Rio de Janeiro, 2008.
MOREIRA, G. Controle do crescimento microbiano. UNIS-MG, 2013. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABElQAI/controle-crescimento-microbiano>. Acesso em: 21/04/2017.
NICÉSIO, R. G. Interpretação do crescimento bacteriano. 2007. Disponível em: <http://www.biomedicinabrasil.com/2015/11/interpretacao-do-crescimento-bacteriano.html>. Acesso em: 21/04/2017.
PINHEIRO, M.B et al. Análise Microbiológica de Tábuas de manipulação de alimentos de uma instituição de ensino superior em são carlos, SP. Rev. Simbio-Logias, v.3, n.5, Dez/2010.
VERMELHO, A.B et al. Práticas de microbiologia. 1 ed. 2006. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
APÊNDICE
IMAGEM 1: Resultado do crescimento dos microrganismos provenientes da bancada. Teresina, 2017.
Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

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