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48 - Revista Tecnologística - Junho/2006 Multinacional do setor farmacêutico presente noBrasil desde 1954, a Altana Pharma elaborounovo desenho para seus processos a partir de resultados obtidos com a realização de um planejamento estratégico, em 2003. O trabalho possibilitou uma visão mais clara daquilo que vinha sendo percebido pela di- reção da empresa: a necessidade de se criar uma área de Supply Chain Management, pois cada ação relativa à cadeia de abastecimento era executada por um determi- nado departamento, sem que houvesse uma integra- ção das atividades. Foi assim que, em fevereiro de 2004, foi criada a ge- rência de Logística e Suprimentos, dentro do conceito de gestão completa. Uma solução que, sem qualquer no- vo investimento além da contratação de um gerente, vem trazendo resultados expressivos para a Altana Phar- ma Brasil. Nesse mesmo ano, com a consolidação da estrutura de Supply Chain, foi possível rever e reorientar todos os processos, que passaram também a ser controlados por meio de indicadores de desempenho; desenvolver e colo- car em operação o planejamento de demanda; e melho- rar substancialmente o nível de serviço junto aos GESTÃO A Altana Pharma reestrutura sua cadeia de abastecimento adotando modelo de gestão completa, do planejamento da demanda até a distribuição do produto acabado. Desde 2004, com a criação da gerência de Logística e Suprimentos, que viabilizou o novo modelo, a empresa tem registrado excelentes níveis de performance operacional e ganhos financeiros significativos. Com a efetividade do projeto de Supply Chain Management, a empresa registrou, em 2005, uma economia de 1,5 milhão de euros Gestão de processos como estratégia de negócio gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 48 Junho/2006 - Revista Tecnologística - 49 clientes. Este, aliás, é considerado o principal ganho da empresa com a mudança, já que – até a implantação da nova área – ela não estava con- seguindo atender aos pedidos com a eficiência que desejava. Atualmente, a Altana Pharma Brasil possui 364 clientes ativos em todo o País. De sua produção anual, mais de 50 milhões de unidades, 77,64% são comercializados para dis- tribuidores farmacêuticos, sendo o restante do volume pulverizado para a rede de farmácias (10,95%) e dis- tribuidores hospitalares (5,14%), en- tre outros clientes. Portanto, as falhas no processo, conseqüências da falta de integração na cadeia, começavam a afetar os negócios da empresa. “Era um pro- blema de imagem da companhia pe- rante os distribuidores do mercado farmacêutico, que tem uma demanda bastante alta por acuracidade, por entregas no prazo, porque trabalham com estoque bastante reduzido para atender às farmácias. E não conseguir atender aos pedidos com a veloci- dade necessária certamente incorre em falta de produto, o que significa perda de faturamento para o dis- tribuidor e para a própria Altana”, avalia Francisco Simões, gerente de Logística e Suprimentos. Cenário a ser alterado Segundo Simões, dentro do modelo de planejamento estratégico dese- nhado para que a empresa pudesse operar voltada para a gestão de processos, pelo presidente da Altana Pharma Brasil, Luiz Eduardo Violland, a cadeia de abastecimento – um dos elos mais importantes – não estava efetivamente operacional. “Cada uma das atividades do Supply Chain estava dentro de uma área funcional diferen- te”, contextualiza o gerente de Logís- tica e Suprimentos. Para dar uma idéia do que essa con- figuração causava, a compra de supri- mentos, por exemplo, estava subordi- nada à divisão financeira, e a área de planejamento de produção reportava- se à área industrial; contudo, não havia quem respondesse pelas ativi- dades de planejamento de materiais. “Assim, o pessoal de compras recebia as necessidades e colocava os pedidos de acordo com o que o sistema gerava, mas não existia uma otimização desse processo. De outro lado, o pessoal que programava a produção supunha que o material seria entregue na data, só que nem sempre isso ocor- ria, porque esse acompa- nhamento, essa negoci- ação, não era exatamente o foco daquele departa- mento”, justifica Simões. A outra ponta, a dis- tribuição de produto aca- bado, também apresentava problemas por falta de gestão, pois fugia do foco do departamento respon- sável. “Esse processo estava com a área de Administra- ção de Vendas e o pessoal lá não é especialista em logística. En- tão, qualquer discussão que tivesse de ser conduzida com o operador logísti- co acabava sendo um enfoque do tipo ‘nós pedimos e o operador não fez’, mas ninguém perguntava para o ope- rador se ele podia fazer ou quanto cus- tava fazer aquilo que foi pedido”, completa o gerente. Assim, com um enfoque compar- timentado, em que cada área se esforçava para fazer bem suas ativi- dades, a falta de sincronia com- prometia todo o processo. “O pro- blema começava já no planejamen- to de demanda, pois se trabalhava com um número histórico sem uma avaliação crítica, e este ia percor- rendo toda a cadeia, com cada área olhando só a sua parte. Não havia uma visão sistêmica.” Com a criação do departamento de Logística e Suprimentos, liderada por Simões, imediatamente toda a gestão da cadeia, do planejamento da de- manda até a distribuição do produto acabado, ficou sob a sua responsabili- dade. A partir daí, o novo modelo foi delineado. “Ao chegar, assumi tudo para que o departamento pudesse fa- zer o papel de pensar ‘com uma cabeça única’. Foi fácil identificar onde estavam os pontos de rompi- mento e onde precisávamos atuar Fo to s: P au lo R os si A empresa produz anualmente mais de 50 milhões de unidades gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 49 50 - Revista Tecnologística - Junho/2006 mais rapidamente e, com algumas poucas alterações, fazer toda a estru- turação do departamento.” Tudo isso sem a necessidade de um aporte de capital, já que os processos eram to- dos automatizados, suportados por um sistema adequado. “A empresa já tinha o SAP instalado; o que precisei foi apenas fazer algumas otimizações para atender ao novo modelo.” Para o executivo, um ponto impor- tante a ser ressaltado nessa implan- tação, que considera como um dife- rencial para o sucesso obtido, foi o fa- to de seu departamento ficar subordi- nado diretamente à presidência da empresa. “Normalmente, na estrutura das indústrias farmacêuticas, é bem pouco convencional ter uma área de logística e suprimentos com esse grau de autonomia. Isso certamente facili- tou muito o trabalho, abriu muitas portas e derrubou muitas resistências dentro da estrutura como um todo”, declara Simões. Ele avalia que o mais relevante foi a percepção de que o Supply Chain era uma questão estratégica para os negó- cios da Altana Pharma Brasil. “Não foram necessárias muitas negociações, o desafio estava colocado: tínhamos de fazer as coisas acontecerem para vermos os resultados. E estes têm sido bastante positivos.” Desenvolvimento do modelo A implantação do modelo ocorreu de forma integral, abrangendo todas as áreas simultaneamente. “Quando assumi a gerência, no mesmo dia já se deu vida ao departamento de Supply Chain, de maneira que todas as áreas relacionadas à cadeia se desligaram das suas respectivas chefias e pas- saram a se reportar a mim. O modelo foi concebido e implantado todo de uma vez e não por áreas, sendo que os ajustes do processo foram feitos pro- gressivamente”, explica Simões, com- plementando que o desenvolvimento do modelo foi bastante participativo e interativo, contando com o envolvi- mento não só das áreas que passaram a pertencer à estrutura de Logística e Suprimentos, como dos departamentos de Vendas, Marketing e Financeiro. A partir de infor- mações obtidas na primeira reunião do comitê executivo da empresa da qual par-ticipou, Simões pôde estabelecer as priori- dades de ação. A prin- cipal foi em relação ao atendimento aos clientes que, confor- me relato da área comercial, estava aquém das expectativas. “Então, era primordial focar na questão da dis- ponibilidade de produtos, para mudar efetivamente essa imagem.” Outra situação colocada como bastante crítica, desta vez apontada pela área industrial, estava na progra- mação de produção, que era de curtís- simo prazo. “Chegava-se ao ponto de não saberem me dizer o que teria de ser produzido na semana seguinte. Como é possível operar uma fábrica com 300 funcionários, capacidade anual de 70 milhões de embalagens, sem visibilidade do que deverá ser feito no curto prazo? Esses foram, portanto, os dois grandes desafios que deram o norte em termos de prioridade”, lembra o gerente de Lo- gística e Suprimentos. Assim, embora existissem outras necessidades, como otimizar os pro- cessos de planejamento e de supri- mentos e reavaliar a condição de ope- ração de distribuição, a maior parte do tempo de elaboração do modelo foi dedicada a restabelecer a confiança dos clientes em relação ao nível de serviço e ampliar a visibilidade da programação de produção, para que pudesse operar de modo mais linear, uniforme, sem grandes faltas de pro- dutos e reprogramações. “Buscamos manter um grau de flexibilidade de produção para res- ponder rapidamente a uma necessi- dade da área comercial, mas, por ou- tro lado, tínhamos de aumentar a produtividade, evitando os setups de máquina que ocorrem quando se tro- ca a programação a toda hora”, expli- ca Simões. Para isso, informa, foi necessário, num determinado momento, uma pequena elevação do nível de esto- que, antecipando algumas compras de suprimentos, previamente nego- ciadas com a direção da empresa e GESTÃO Uma vantagem foi os processos já serem todos automatizados, suportados por sistemas Um diferencial para o sucesso foi o departamento de supply chain ficar subordinado diretamente à presidência gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 50 51 - Revista Tecnologística - Junho/2006 importante também, porque a empresa tinha uma dúvida: se o modelo, que é terceirizado com a Unidock’s, era o me- lhor ou não e se o valor estava coerente ou não. Foi realizado um estudo de ava- liação e capacitação, que demonstrou que esse serviço está dentro do que real- mente temos como objetivo.” Análise de valor Concluído esse ciclo, a área de Sup- ply Chain Management passou a bus- car novas oportunidades de ganhos, entre as quais a introdução do con- ceito de análise de valor na negociação com fornecedores. “Considero esta uma inovação e que levou a resultados bastante significativos na área de suprimentos. Não tenho conhecimen- to de nenhuma empresa farmacêutica que use essa ferramenta, muito co- mum no setor automobilístico e de au- topeças”, afirma Simões, para quem não cabe mais a discussão sobre o preço de determinado insumo para uma empresa com altos volumes de compra. Ele dá como exemplo o cartu- cho que serve de embalagem para um medicamento: “Consideramos o comportamento de preço do cartão daquele cartucho no mercado nacional e internacional, da tinta de impressão e da mão-de- obra no setor gráfico no Estado de São Paulo. Avaliamos qual é o percentual de participação no custo total do cartão, da tinta e da mão-de-obra den- tro de um cartucho de produtos far- macêuticos e a margem de rentabili- dade esperada por uma indústria do GESTÃO AAltana Pharma é a divisão farmacêutica do grupo Altana AG, fundadoem 1873, com sede na cidade de Konstanz, Alemanha. Com 30 sub- sidiárias na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia, África do Sul e Austrália, a empresa pesquisa, produz e comercializa medicamentos de prescrição, além produtos voltados para tecnologias de diagnóstico por imagem e medicamentos OTC (over the counter), que podem ser vendidos sem prescrição médica. Em 2005, seu faturamento foi de 2,365 bilhões de euros, registrando um crescimento de 12% em relação a 2004. A filial brasileira, fundada em 1954 e a primeira fora da Europa, vendeu 44 milhões de unidades em 2005, gerando um faturamento de R$ 351 mi- lhões. Atualmente, ocupa a 9ª posição no ranking dos maiores laboratórios farmacêuticos do Brasil em unidades (3% de participação no mercado) e a 11ª em faturamento (2,55% de participação de mercado). Com a aquisição da marca Neosaldina, em novembro de 2003, ingressou no mercado de analgésicos, fortalecendo sua Divisão OTC. Com sede administrativa na Capital paulista, em 2002 inaugurou nova unidade industrial, localizada em Jaguariúna (SP), na qual foram investidos US$ 50 milhões. A fábrica, com 34 mil metros quadrados de área construí- da, tem capacidade produtiva para 72 milhões de unidades por ano, e foi projetada de acordo com os mais modernos conceitos de qualidade, uti- lizando recursos, equipamentos e processos de ponta. No armazém, por exemplo, todos os processos são totalmente automatizados e com alto grau de precisão, utilizando dois robôs que fazem as operações de armazena- mento e retirada de matérias-primas, de materiais de embalagem e de pro- dutos acabados. Primeira subsidiária fora da Europa com a área financeira. “Não se trata apenas de aumentar inventário, mas de fazer primeiro um balanceamen- to para que depois tivéssemos um processo de adequação do nível de estoque, tendo aquilo que realmen- te a produção precisava. O estoque estava desbalanceado, porque não havia uma previsão de vendas ajus- tada e, dessa maneira, ficava difícil saber as matérias-primas que deve- riam ser priorizadas.” Metas e avanços Ao final de 2004, as metas inicial- mente propostas como prioritárias foram cumpridas com resultados ple- namente satisfatórios e permanecem em constante avaliação de desempe- nho, já que todos os processos são ba- seados em indicadores de performance (KPIs – Key Performance Indicator). Embora sem revelar quantitati- vamente todos os ganhos, mas confir- mando que os números alcançados contemplaram os objetivos, o gerente de Logística e Suprimentos dá alguns indicativos. “O estoque está dentro do nível esperado. O nível de serviço teve um aumento de 20 pontos percen- tuais; o acerto da previsão de vendas subiu 25 pontos percentuais, sendo este um item no qual estamos traba- lhando para melhorar ainda mais.” Também os custos de distribuição foram avaliados e correspondem ao or- çamento proposto. “Esse é um ponto gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 51 Rodolfo Realce padrão daquele fornecedor. Com isso, consigo determinar qual é o valor da- quele cartucho e elimino as discussões de preço com os fornecedores.” O suporte para esse modelo de ne- gociação está no organograma do de- partamento de Logística e Suprimen- tos, que conta com um analista de va- lor que, segundo o gerente da área, vi- sitou os principais fornecedores e mon- tou todas as planilhas de formação de custo. A ele cabe a tarefa de reunir ar- gumentos para quando um determina- do fornecedor pleiteia um reajuste. “É um tipo de negociação bastante incomum na indústria farmacêutica. Sabemos disso porque vários fornece- dores têm reclamado que ficou mais difícil negociar com a Altana”, brinca Simões, complementando que os ga- nhos obtidos com essa ação têm sido expressivos. “Houve uma freada bem brusca na curva de aumentos dados a fornecedores.” Conseqüência dessa metodologia de análise de valor para as matérias- primas, que evitou aumentos de pre- ços e reduziu custos, e outras ativi- dades comandadas pelo departa- mento: em 2005, a Altana Pharma Brasil teve uma economia de 1,5 mi- lhão de euros. “Utilizando o mesmo conceito, a área de Logística e Suprimentos pas- sou a participar de várias renegocia- ções de contrato de serviços, que con- tribuíram para se chegar a esse mon-tante”, enfatiza o gerente, dando co- mo exemplo a experiência partilhada com o departamento de Recursos Hu- manos, quando este decidiu-se pela troca do fornecedor de refeições para o restaurante da empresa. “Participamos ativamente das negociações e só com esse contrato foi obtida uma econo- mia de mais de 50 mil euros por ano.” Leilão reverso Ainda nesse contexto, foi adota- do o leilão reverso para a contratação de material promocional para o ponto Junho/2006 - Revista Tecnologística - 52 gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 52 de venda, um item que desempenha importante papel no mercado farma- cêutico. “Distribuímos uma amostra do material a ser produzido para as empresas inte- ressadas e quem apresentar o me- nor preço leva o pedido. Isso foi feito com o su- porte de uma em- presa, a Webb, que tem toda a expertise para con- duzir o leilão.” As negocia- ções da Altana Pharma Brasil com licenciado- res (proprietá- rios de patentes) para a comercializa- ção de medicamentos também ganha- ram uma nova dinâmica com o en- volvimento da área de Logística e Suprimentos – há casos em que a em- presa importa o produto acabado e ou- tros em que recebe o princípio ativo e produz em sua planta. “Antes, a negociação ficava mui- to centrada em aspectos merca- dológicos, do tipo qual é o ganho que vamos ter com o produto e qual o potencial de mercado. Agora, es- tamos lidando com uma visão de valor. Ou seja: é isso mesmo que va- le, como é a composição do custo, como se negocia o reajuste? É um su- porte com a perspectiva de supri- mento, como se estivéssemos com- prando qualquer outro produto. En- tendemos que estamos agregando va- lor, porque, no momento que se con- segue reduzir 1% numa negocia- ção dessas, há reflexos diretos na GESTÃO A análise de valor para as matérias-primas trouxe uma economia de 1,5 milhão de euros gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 53 margem do produto. É um ganho para o negócio”, ressalta Simões. Também o lançamento de produ- tos foi favorecido a partir da consoli- dação do Supply Chain Management, destaca o gerente, pois a participação da equipe desde o início do processo permitiu reduzir prazos, garantir os melhores valores e maior eficiência na distribuição, atendendo com mais efi- ciência às necessidades das áreas Comercial e de Marketing. APS Depois de conquistados esses ga- nhos, Francisco Simões declara que, agora, começa uma nova etapa que chama de “refinamento”, cujo pon- to alto está na adoção do sistema Way-RTS, de padrão APS (Advanced Planning & Scheduling), já operan- do na matriz da Altana Pharma na Alemanha. “Trata-se de um MRP (Material Re- quirements Planning) integrado, com visão de capacidade, o que significa que, num mesmo software de plane- jamento avançado, consigo visualizar capacidade de produção e disponibili- dade de materiais ao mesmo tempo”, explica, acrescentando que o sistema permitirá um salto qualitativo no processo de planejamento e progra- mação da produção, pois, no momen- to em que é possível enxergar toda a cadeia, qualquer reprogramação ou otimização será muito mais simples de ser viabilizada. “Ao entrar com uma programação, ao invés de con- sultar dez telas de sistema, com esse software conseguimos ter todas as in- formações com um clique.” Dessa forma, adianta, será possível reduzir ciclos dos processos produ- tivos, reduzir estoque e aumentar consideravelmente a flexibilidade de toda a cadeia e, com isso, reagir mais rapidamente para atender à área co- mercial, por exemplo, na eventuali- dade de uma promoção. “Hoje, esta é uma atividade difícil de realizar porque o processo de produção far- macêutica tem pouca maleabilidade. Estamos querendo quebrar mais este paradigma da indústria e agregar con- ceitos de alta flexibilidade, que um software como esse nos permite.” O sistema entrou em operação no final do ano passado, mas dada sua complexidade de operação, que exi- giu um treinamento intensivo e re- visão de todos os tempos de processo, seu pleno desempenho deverá ocorrer dentro de seis meses. Para Francisco Simões, o mais rele- vante dos resultados proporcionados pelas ações empreendidas por seu de- partamento foi o aumento da credi- bilidade, em diferentes níveis. “Não só junto aos clientes e dentro do próprio negócio, como junto à ma- triz. Os ganhos atingidos trouxeram uma projeção internacional da filial do Brasil. O modelo de análise de va- lor, por exemplo, foi reconhecido pe- lo diretor global de Supply Chain co- mo uma referência para a Altana, em nível mundial.” Tanto é assim que, segundo ele, a fábrica brasileira tem recebido profis- sionais de outras filiais do grupo para conhecer melhor o modelo. Além do que, a gerência de Logística e Supri- mentos da Altana Pharma Brasil foi convidada para apresentar todos os detalhes e resultados desse modelo de negociação durante a reunião interna- cional de Supply Chain do grupo, realizada em abril passado, da qual participaram representantes de todas as fábricas mundiais da Altana. Sonia Monfil Cardona Altana Pharma Brasil: (19) 3847-5580 gestao2.qxd 9/11/2006 11:35 AM Page 54
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