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Cultura da Batata

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CULTURA DA BATATA
(Solanum tuberosum L. subsp. tuberosum) 
Partes principais de uma batateira
Partes principais de uma batateira
Fonte: Associação Brasileira da Batata (2011).
Estolões
Tubérculo
Fonte: Cultivar Hortaliças e Frutas (2004)
Fonte: Cultivar HF (2004)
 Batata Show (2003)
Estádios de desenvolvimento da batata
 I
 II
 III
 IV
1 a 2 sem.
Reserva batata-mãe
4a ou 5a sem. 
Adub. Cobertura
Amontoa
8a ou 10a sem.
Máx. efic. fotossíntese
Máx. abs. nutrientes
Máx. exig. Água
Prob. fitossanitários
12a ou 14a sem.
Ganho de até 1t/ha/dia 
Planta seca e tubérc. maduros
Ciclo: 14-16 semanas
Clima e época de plantio
- Fator limitante: temperatura elevada (noturna)
20ºC (60 noites ou mais) – não há tuberização
- Termoperiodicidade diária: 10ºC
20-25ºC (dia)
10-16ºC (noite)
- Fotoperíodo: sensível ao fotoperíodo
 DL – florescer
 DC – tuberizar
	
Altitude:  1000 m possibilitam plantio ao longo do ano
No centro-sul brasileiro distinguem-se três épocas de plantio:
plantio das águas (setembro a novembro)
plantio da seca (fevereiro a abril)
plantio de inverno (maio a julho).
Épocas de plantio
JAN-FEV-MAR-ABR-MAI-JUN-JUL-AGO-SET-OUT-NOV-DEZ 
SECA
INVERNO
30%
10%
ÁGUAS
60%
CULTIVARES
Atlantic, Asterix, Bintje, Ágata, Ágria, Monalisa, Elvira, mondial
Atlantic
Origem: Estados Unidos
Nº hastes/tub. = 3-4 
Tubérculo: redondo
Película: amarela
Polpa: branca
Resistência: rachaduras (±)
 requeima (±)
Suscetível: coração oco, pinta preta
 murcha bacteriana
 viroses
Asterix
Origem: Holandesa
Nº hastes/tub. = 3-4 
Tubérculo: oval-alongados
Película: rosada
Polpa: amarelo-clara
Resistência: requeima (±)
 virose (PVX) (+)
 esverdecimento (+)
Suscetível: enrolamento-das-folhas 
 
Bintje
Origem: Holandesa
Nº hastes/tub. = 3-4 
Tubérculo: alongados
Película: amarela
Polpa: amarelo-clara
Resistência: rachadura (+)
 coração oco (+)
Suscetível: pinta preta
 requeima
 murcha bacteriana
 viroses
Solo e Adubação
Solo ideal: areno argiloso (textura média), arejados e bem drenados.
pH: 5,0-6,0
 > 6,0: favorece incidência de murcha bacteriana e sarna comum
< 5,0: afeta disponibilidade de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B e Mo).
Calagem
Conforme análise do solo
Baixo teor de cálcio no tubérculo
Maior ocorrência de mancha ferruginosa (chocolate)
Maior suscetibilidade a podridão mole (Erwinia)
 
Recomendação de adubação:
 N – 190 Kg/há
	P – 50 – 500 Kg/há
	K – 150 – 350 Kg/há
Adubação de cobertura: 
 N – 84 - 140 Kg/há
	K – 40 – 100 Kg/há
É realizado somente uma cobertura juntamente com a amontoa.
 Marcha de absorção de nutrientes
K>N>Ca>S>P>Mg
TABELA 4 -
Quantidade de macronutrientes extraída pela planta e exportada do solo por um batatal com produtividade de 30 t/ha de tubérculos
Fonte: Magalhães apud Filgueira (2003)
Nutrientes
Extração (kg/ha), por ton
Teor (%) nos tubérculos
Exportação (kg/ha) pela cultura
N
5,3
60
95,40
P
1,2
80
28,80
K
8,0
61
146,40
Ca
1,5
10
4,50
Mg
0,6
25
4,50
S
0,8
53
12,72
Características do tubérculo
N
P
K
Tamanho
+
0
+
Peso
+
+
+
Susceptibilidade a danos mecânicos
+
-
-
Teor de matéria seca
-
+
-
Teor de amido
-
+
-
Alcalóides
-
?
+
Perdas no armazenamento
+
?
-
TABELA 5 -
Efeito N, P e K sobre as características dos tubérculos de batata
Fonte: Adaptado de Perrenoud (1983)
Nota: + aumenta; - decresce; 0 sem efeito; ? não-determinado
Dormência dos Tubérculos
Tubérculo: caule tuberoso que apresentam gemas que poderão originar novas plantas.
Atividade do ácido abscísico (ABA) e da giberelina (GA3)
 Inibidor Promotor
Período de dormência depende:
- Cultivar
 cv. Bintje: 90-100 dias após a colheita
 cv. Baraka: após 150 dias
- Maturidade do tubérculo na colheita
- Injúrias no tubérculo
- Ambiente de armazenamento
Quebra de dormência
Método físico:
Câmara fria, 4-7ºC, 85% UR, 15-20 dias, retira, coloca presença de luz indireta e 15 dias após pode plantar.
Método químico
Imersão ácido giberélico (5-15 ppm), 15-20 min., retira, coloca presença de luz indireta e 15 dias após pode plantar.
Implantação da Cultura
- Propagação: batata-semente brotada
- Batata-semente: 30-45% custo total de produção
- Propagação vegetativa: acúmulo de fitopatógenos - vírus
 Plantio de gerações sucessivas
 Degenerescência batata-semente
- Batata-semente comercializada por peso
Esp.
(cm)
Tub/ha
20 g
30 g
40 g
50 g
60 g
70 g
80 g
90 g
90x30
37.037
25
37
50
62
74
87
99
111
90x35
31.746
21
32
43
53
64
74
85
95
90x40
27.778
19
28
37
47
56
65
74
83
80x30
41.667
28
42
56
70
84
98
111
125
80x35
35.714
24
36
48
60
72
84
95
107
80x40
31.250
21
31
42
52
63
73
83
94
Fonte: Filgueira (2003)
TABELA 9 -
Gasto com batata-semente para plantio de 1 ha, conforme o peso unitário dos tubérculos e o espaçamento adotado, em caixas de 30 kg
Implantação da cultura
Batata-semente miúda
< nº hastes principais
< quantidade de tubérculos
BATATA-CONSUMO
Batata-semente graúda
> nº de hastes principais
> quantidade de tubérculos
BATATA-SEMENTE
Densidade de plantio
Batata-semente
Hastes principais
Planta completa
35.714 tubérculos (80x35 cm)
178.570 hastes/ha
11-15 hastes/m2 – batata-consumo
22-30 hastes/m2 – batata-semente
Tub-mãe:tub-produzido = 1:15-20
 5 Hastes/tub.
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Plantio
Batata-semente inteira com brotação adequada.
Brotos curtos e coloridos.
Plantas vigorosas e produtivas
Tratos culturais
Amontoa 
- Estimula a tuberização e a produtividade
- Previne esverdecimento
- Protege contra problemas fitossanitários
- Melhora aproveitamento do N e K (cobertura)
- Após adubação cobertura (25-35 dias)
- Seção da leira: trapezoidal, 30 cm altura
Fonte: Filgueira (2000)
Amontoa
Tratos culturais
Irrigação
Maior consumo de água: estádio III
 Final do estádio IV: suspender a irrigação
 Plantio out-inv.: irrigação condiciona a produção
 Sistemas de irrigação: sulcos, aspersão convencional, pivô central, gotejamento, etc.
 
Excesso de irrigação
 	Favorece incidência de requeima, sarna pulverulenta, rizoctoniose, esclerotínia e murcha bacteriana, coração oco e coração preto.
 
Falta de irrigação
 	Embonecamento (formação de batatas laterais), tubérculos rachados, mancha ferruginosa, redução da produção. 
Irrigação de lavoura de batata com pivô central
Irrigação
Falhas de estande pelo apodrecimento da batata-semente provocadas pela irrigação em excesso e solo mal drenado
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Plantas daninhas:
 
Capina
 Mecânica (cultivadores)
 Manual (culturas pouco extensas)
 
Herbicidas
 Alta infestação de plantas daninhas
 Época chuvosa
 Áreas de plantio extensas
Dessecamento da parte aérea
Obrigatório na produção de batata-semente, sob certificação;
 Visa diminuir possibilidade de transferência tardia de vírus da parte aérea para os tubérculos;
 Redução do crescimento excessivo dos tubérculos;
 Maior uniformidade da maturação dos tubérculos;
 Melhora do estado fitossanitário dos tubérculos;
75-80 dias após o plantio;
 Herbicidas de contato;
Efeito esperado: rápida e total secagem de folhas e hastes, sem danos aos tubérculos;
 Colheita: 10-15 dias após a aplicação;
 Batata-consumo
 Afeta a produtividade
 Aproveitar preço elevado
ANOMALIAS FISIOLÓGICAS
Esverdecimento
Causado pela exposição do tubérculo à luz. Prevenção através de amontoa bem feita. Após a colheita a batata consumo deve ser armazenada
em locais mais escuros.
Fonte: Filgueira (2000)
Crescimento secundário (embonecamento)
Fonte: Filgueira (2000)
Variações acentuadas no teor de água do solo
Temperatura elevada
Excesso de N
Mancha ferruginosa (chocolate)
Fonte: Filgueira (2000)
Temperaturas elevadas no solo durante formação do tubérculo
Oscilação hídrica
Deficiência de cálcio
Cavidade interna (coração oco)
Fonte: Filgueira (2000)
Solos de alta fertilidade
Excesso de Nitrogênio
Deficiência de Boro
Irrigações pesadas
Rachadura
Oscilação de água (déficit seguido de excesso)
Adubação nitrogenada excessiva
Requeima
Ataca folha e haste
Cv. Bintje: 30 D.A.P.
Temp. amena (<20ºC)
 UR > 90%
Controle
Cvs. Resistentes: Panda, BRS Elisa, Cristal, Asterix
Aumentar espaçamento
Rotação
Erradicação
Pulverização
PRINCIPAIS DOENÇAS
PRINCIPAIS DOENÇAS
Requeima ou mela (Phytophthora infestans)
Fonte: Filgueira (2000)
Cv. Bintje – suscetível
 Temp. elevada
Controle:
Cvs. Resistentes: Asterix, BRS Elisa e Pérola, Cristal e Panda
Rotação
Pulverização
Pinta preta
Alternaria solani
Pinta preta
Alternaria solani
Fonte: Filgueira (2000)
Murcha das plantas de cima para baixo. Bactéria de solo.
Controle:
Plantar batata-semente sadia
Campo de multiplicação de batata-semente e no armazém: tolerância 0%
Áreas isentas
Rotação de culturas
Controlar irrigação
Limpar e desinfetar: implementos, ferramentas e calçados
Murcha bacteriana (murchadeira)
Ralstonia solanacearum
Murcha bacteriana (murchadeira)
Ralstonia solanacearum
Fonte: Filgueira (2000)
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Pus bacteriano
Tubérculos no campo com sintoma
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Bactéria de solo (Erwinia). Ocasionam escurecimento e podridão de aspecto úmido nas hastes, apodrecimento da batata-mãe.
Controle: 
Plantar batata-semente sadia
Rotação de culturas
Estocar em ambientes arejados, com temperatura baixa
Eliminar tubérculos afetados
Canela preta (podridão mole)
Erwinia carotovora subsp. Atroseptica
Erwinia carotovora subsp. Carotovora
Erwinia chrysanthemi
Canela preta (podridão mole)
Erwinia carotovora subsp. Atroseptica
Erwinia carotovora subsp. Carotovora
Erwinia chrysanthemi
Fonte: Filgueira (2000)
Planta no campo com canela-preta
Tubérculo com podridão mole
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Sarna prateada
Causas:
pH > 6,0
Déficit hídrico
Controle:
Plantio batata-semente sadia
pH < 6,0
Rotação de culturas
Controlar irrigação
Sarna comum
Streptomyces scabies
Fonte: Lopes & Quezado-Soares (1997)
Fonte: Filgueira (2000)
Viroses
 
- Enrolamento
Redução na produção: 60% (diminuição no número e no 
 tamanho dos tubérculos)
 Transmissão: Myzus persicae (pulgão)
Enrolamento
PLRV (“potato leaf roll virus”)
Fonte: Filgueira (2000)
Nematóides
Meloidogyne incognita, M. javanica e M. arenaria
 Rotação de culturas
 Insolação do solo
 Incorporação M.O.
Fonte: Filgueira (2000)
Alguns Fungicidas registrados no MAPA para controle de doenças na cultura da Batata
Nome técnico
Nome comercial
Indicação
Anizaline
Dyrene 480
Pinta-preta
Azoxystrobim
Amistar
Pinta-preta
Captan
Captan SC
Requeima
Chlorothalonil
Bravonil, Dacostar, Daconil
Pinta-preta e requeima
Pencycuron
Monceren
Rizoctoniose
Fludioxonil
Maxim
Rizoctoniose
PRINCIPAIS PRAGAS
Bicho Alfinete (Diabrotica speciosa)
Fonte: Souza (1999)
Bicho arame (Conoderus scalaris)
Fonte: Souza (1999)
Traça da batata (Phthorimaea operculella) 
Fonte: Souza (1999)
Alguns inseticidas registrados no MAPA para controle de pragas na cultura da Batata
Nome técnico
Nome comercial
Indicação
Abamectin
Vertimec 18 CE
Traça-da-batata, mosca minadora
Cadusafos
Rugby 100 G
Larva-alfinete, larva-arame
Carbofuran
Furadan 50 G
Larava-alfinete, larva-arame, pulgões, traça-da-batata
Forato
Granutox 150 G
Larva-alfinete, larva-arame, pulgão
Colheita
Ciclo: 90-115 dias
 Ponto de colheita: 
 
Amarelecimento da parte aérea, seguido do secamento;
Tubérculos desprendem-se facilmente dos estolões;
Apresentam película firme, resistindo à esfoladura provocada pelo atrito.
 
 Batata-semente: desfolha química
 
Colheita manual
 Pequenos produtores;
 Áreas acidentadas situadas em regiões serranas;
 Sulcadores tracionados por animais.
Colheita semimecanizada
 Médios produtores;
 Região de topografia plana ou com ligeira declividade;
 Pequenas colhedeiras mecânicas, acopladas a um trator.
Fonte: Filgueira (2000)
COLHEITA
Fonte: Filgueira (2000)
Colheita mecanizada
Classificação
Grupo (variedade)
Cultivares para uso in natura
Fonte: Ceagesp, 2001
Cultivares para uso industrial
Fonte: Ceagesp, 2001
 
Classe (Calibre)
Fonte: Ceagesp, 2001
Defeitos graves
Fonte: Ceagesp, 2001
Defeitos leves
Fonte: Ceagesp, 2001
Defeitos variáveis
Fonte: Ceagesp, 2001

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