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Noções e Tipos de Federalismo

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1.1 FEDERALISMO
1.1.1 Noções
Federação constitui um tipo de Estado composto que é divisível em partes internas e que não unidas entre si por um vínculo de sociedade. O objetivo é manter intactas as autonomias regionais dos entes federado, tendo como base uma Constituição. Trata-se de um Estado no qual há uma repartição em unidades autônomas, porém não soberanas, havendo relativa descentralização com a reunião de diversas coletividades que formam, inobstante, uma só população.
O Estado federal é formado pela reunião de dois ou mais Estados, mantendo cada um deles a sua autonomia no âmbito interno, mas representados externamente por um governo central, o chamado governo federal ou União. Pressupõe o reconhecimento da existência de forças distintas do poder central que têm sua própria sustentabilidade e reclamam um campo próprio de atuação jurídico-política como, por exemplo, a possibilidade de criar por si mesmos normas jurídicas. Trata-se de uma forma de Estado em que o poder é dividido entre uma ordem jurídica central e várias ordens jurídicas regionais (MOTTA; BARCHET, 2007, p. 419).
O federalismo, por seu turno, não é redutível a uma noção puramente jurídica, devendo ser entendido como uma associação política dentro do próprio Estado, respondendo, entre outras, às seguintes necessidades:
a) Organizar política e racionalmente grandes espaços geográficos, incorporando relações de paridade entre suas distintas unidades (entes federados), em substituição às relações de subordinação típicas dos Estados unitários.
b) Integrar os diversos entes federados, dotados de autonomia, em uma entidade una (União), salvaguardando suas peculiaridades regionais.
c) Dividir o poder para salvaguardar a liberdade e garantir  o desenvolvimento integrado das unidades autônomas.
Assim, federalismo é uma forma de governo, baseada em um certo modo de distribuir e exercer o poder político numa sociedade, sobre um determinado território, que resulta da necessidade de preservar a diversidade de culturas ou da constatação das origens diferenciadas da história e das tradições políticas dos Estados-membros, necessitando, portanto, de um estatuto que garanta a autonomia local.
1.1.2 Surgimento
A Federação norte-americana é oriunda das 13 colônias inglesas que se tornaram independentes e se fundiram, dando origem aos Estados Unidos da América. Com a fusão, formularam a Constituição Federal, impondo a superioridade da União em face dos Estados-membros.
Para ocorrer a unificação, cada Estado-membro ‘abriu mão’ de uma parcela de seu poder repassando-o à União. Assim, esta passou a deter uma esfera de poder e a representar a coletividade dos Estados federados. 
1.1.3 Desenvolvimento
1.1.3.1 Tipologia
O federalismo por agregação é caracterizado pela reunião de vários Estados para a formação de um novo Estado, um Estado Federal.
O federalismo por desagregação, ao contrário, ocorre quando um Estado unitário se descentraliza.
O federalismo dual é caracterizado por uma rígida separação de competências entre o ente central (união) e os entes regionais (estados-membros).
No federalismo cooperativo não há uma separação rígida de competências entre os entes federados, justamente para promover aproximação, cooperação entre a união e os estados-membros.
O federalismo simétrico é caracterizado pela igualdade formal, eis que os estados-membros são rigorosamente iguais em termos de representação no legislativo do Estado federal.
No federalismo assimétrico, por seu turno, há um certo balanceamento das diferenças naturalmente existentes, a partir de fatores socioeconômicos ou mesmo territoriais.
O federalismo orgânico é caracterizado pela prevalência do poder central, eis que os estados-membros são vinculados ao modelo estabelecido para a união. Nele, a lex mater procura disciplinar o modo de gestão dos estados-membros, reduzindo, assim, a autonomia destes.
No federalismo de integração há uma centralização do poder da união, com a imposição aos estados-membros do modelo adotado para o ente central. Nele, há uma tendência de estabelecer um Estado unitário descentralizado e não um verdadeiro Estado federal.
O federalismo de equilíbrio busca estabelecer mecanismos que mantenham o delicado equilíbrio dos entes federados, a partir de políticas de incentivos fiscais, redistribuição de rendas...
1.1.3.2 Características
Rigidez constitucional: o pacto federativo está alicerçado em uma constituição rígida, cujo processo de modificação é mais severo do que o previsto para a alteração das normas infraconstitucionais.
Poder constituinte derivado decorrente: a autonomia conferida aos Estados-membros de uma federação é materializada na prerrogativa conferida a estes de elaborarem suas próprias constituições. Em assim agindo, os princípios estruturantes da constituição federal, pelo princípio da simetria das formas, devem ser observados pelas ordens estaduais.
Indissolubilidade do pacto federativo: característica basilar dos Estados federados é a indissolubilidade do pacto federativo, a inexistência do direito de secessão pelos Estados-membros.
Representação dos Estados-membros: a federação apresenta como um dos seus requisitos a participação da vontade dos Estados-membros na elaboração das normas gerais, base sobre a qual se estruturou o Poder Legislativo bicameral. De um lado tem-se uma casa representativa da vontade popular, de outro lado uma casa representativa da vontade dos entes federados.
Tribunal constitucional: a manutenção do pacto federalista pressupõe a existência de um tribunal constitucional, encarregado de dizer o direito quando houver dúvida acerca das competências de determinado ente federado ou mesmo em caso de violação da forma federativa.
1.2 FEDERALISMO BRASILEIRO
1.2.1 Evolução histórica
O federalismo brasileiro, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, que resultou da fusão das treze ex-colônias inglesas, foi formado a partir da ordem centralizada adotada no Império (Estado Unitário).
A República Federativa foi instaurada no Brasil, provisoriamente, por meio do Decreto n° 1, de 15 de novembro de 1889, baseada nas reivindicações do Manifesto Republicano de 1870, pondo fim ao período imperial no território brasileiro.
Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira Constituição dos Estados Unidos do Brasil que, ao institucionalizar a Federação, seguiu o modelo do federalismo dualista. A Lei Maior, ainda, estabeleceu que o Brasil se compunha de vinte Estados-membros, derivados das províncias, além do Rio de Janeiro, a primeira Capital da República, como Distrito Federal.
Na Primeira República, não houve uma congregação do direito brasileiro. O ponto relevante, em sentido contrário, foi a edição do Código Civil de 1916, instituindo para todo o território nacional um direito substantivo único, enquanto o direito processual ficou ao talante de cada Estado-membro. O governo federal, entretanto, indiretamente controlava-os, restringindo-lhes a autonomia.
No período de 1937 a 1945, tivemos o Governo de Getúlio Vargas, com comandos positivos e inobservância da Constituição vigente, praticamente suprimindo o federalismo, concentrando exacerbadamente os poderes nas mãos do ditador. Com a edição do Decreto-lei n° 1.202/39, substituiu os governadores dos Estados federados por interventores da União.
Como na história uma fase é normalmente antagônica da outra, no Brasil de 1946, com a promulgação de nova Carta Política, tida como social-democrata, o País viveu momentos de euforia, o êxtase da democracia reinava entre a população. Foram previstos constitucionalmente, entre outros, os direitos e garantias individuais, a interferência econômica mínima da União nos Estados-membros, a autonomia dos Municípios e a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas.
Nesse período da redemocratização, os Estados-membros passaram a ter certa autonomia legislativa e política, o mesmo se aplicando aos Municípios, os quais, entretanto, não detinham autonomia financeira. Consagrou-se, na época, a harmonia entreos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Ocorreram quatro eleições para Presidente da República, entre 1945 e 1964, além de inúmeros sufrágios para as casas legislativas federal, estaduais e municipais, onde os cidadãos exerceram alguns dos direitos garantidos constitucionalmente, inerentes a cidadania, escolhendo pelo voto direito os seus representantes.
Retrocesso acorreu com a frente político-militar que, em 9 de abril de 1964, editando atos de  exceção,  fez  drásticas  modificações  na  Constituição.  O  principal impacto para o federalismo foi a União sugar a autonomia dos Estados federados, se beneficiando com a centralização do poder político na pessoa do Presidente da República.
Em se tratando de cooperação e ajuda da União aos Estados-membros, só ocorria em casos de extrema urgência e de relevante penúria.
Os Atos Institucionais se sucederam, filtrando a autonomia do Poder Legislativo, culminando com a edição de uma nova Constituição em 1967, profundamente modificada em 1969, quando ficou estabelecida uma maior amplitude de competências e atribuições legislativas à União. Ademais, o STF recebeu a competência de solucionar litígios entre os Estados federados e a União.
O regime militar vedou qualquer forma de crescimento do federalismo, podando o seu desenvolvimento e restringindo a competência dos Estados federados.
Nesse período, o federalismo foi apenas formalmente aplicado, não passava de uma ficção, pois o poder político-econômico estava centralizado na esfera federal. Surgiu, então, um moderno tipo de federalismo, o federalismo integrativo.
Superada essa fase de penumbra, o federalismo trilha por um período neutro, que se intercala entre o início da década de 80 e a promulgação da Constituição de 1988.
O que ocorreu no Brasil é que o federalismo, paulatinamente, estruturou-se e se reergueu. Baseada em ideias e argumentos fortes, com intensa participação popular, em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã, assim declarada pelo então Presidente do Congresso Nacional, o Deputado Ulisses Guimarães.
A Carta Magna atual consagrou a união indissolúvel dos Estados-membros, base do federalismo, acrescentando o Municipalismo, com ampla descentralização   das competências. Difere assim das outras Constituições, evidenciando três esferas de poder: a ordem nacional, representada pela União; a ordem regional, os Estados; e a ordem locais, os Municípios. Foi implantado, assim, um federalismo real e efetivo no Brasil.
Com efeito, a Constituição atual disseminou competências e poderes entre os entes políticos (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), todos dotados de autonomia política, administrativa e tributária. Os Municípios adquiriram a qualidade de entes federados que não possuíam.
No sistema constitucional vigente, a União vem a ser o governo comum ou geral, a cujo cargo ficou confiada, no interesse de toda a coletividade, certa ordem de negócios, da mais alta monta e de difícil ou impossível gestão pelos Estados-membros isoladamente, com vantagem para estes e para a federação como um todo (relações exteriores, exército, armada, guerra, comércio marítimo, internacional, dívida pública nacional...).
A Constituição é rígida, dispondo o artigo 60 sobre a tramitação das Emendas Constitucionais, espécie normativa que materializa o poder constituinte reformador.
Já o artigo 25 da Carta Política combinado com o artigo 11, caput,dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, conferiu aos Estados-membros o poder de auto-organização por meio de Constituições Estaduais, limitado esse pela observância dos princípios consagrados na Lei Maior.
A Lei Maior brasileira consagrou a indissolubilidade do pacto federativo no caput do artigo 1º, alocando-o ainda como um dos motivos para a intervenção federal no inciso I do artigo 34.
O Senado Federal é o órgão de representação dos Estados-membros no Congresso Nacional, daí decorrendo a formação paritária de tal colegiado, cabendo a cada unidade federada a eleição de três senadores.
A Carta Magna consagrou o Supremo Tribunal Federal como o guardião da Constituição, sendo-lhe reservado o poder de declarar a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade das normas quer pelo controle concentrado quer pelo controle difuso.
Assim, pela nova ordem implantada, vários Estados instituíram-se no solo  nacional, a pátria não se cindiu, consta deles todos, é uma só e continua como tal. O mesmo território, um só país, todo ele uma nação só, a livre terra de livres irmãos da canção nacional, o Brasil todo inteiro, conquistado ao índio, disputado ao invasor francês, ao holandês em gloriosas pugnas, desvinculado da antiga metrópole e arrebatado à monarquia por esforço comum dos brasileiros, sem distinções bairristas e em inteira união de sentimentos e identidade de aspirações.
1.2.2 Posição constitucional dos entes federados
A organização político-administrativa do Estado brasileiro é federal. A Federação foi formalizada no Brasil junto com a República, em 1889. As províncias do Império foram transformadas nos Estados da República, ganhando autonomia.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
A República Federativa do Brasil, assim, é o Estado brasileiro, pessoa jurídica reconhecida internacionalmente, dotada de soberania.
Na forma do art. 18 da Constituição, a organização político-administrativa do Estado brasileiro compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A nova ordem constitucional, assim, estabeleceu o municipalismo, existindo três ordens no Brasil e não duas, como no caso dos Estados federais.
São entes, portanto, da federação brasileira a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.
1.2.3 lndissolubilidade do pacto federativo
O pacto federativo brasileiro é indissolúvel (cláusula pétrea). Em outras palavras, não se admite às unidades federadas o direito de secessão.
A indissolubilidade da Federação brasileira, assim, encontra amparo no caput do artigo 1° da Lei Maior e vem garantida, ainda, pelo inciso I do artigo 34 desta, que elenca como um dos motivos para a intervenção federal a tentativa de quebra de tal indissolubilidade.
Isso não significa que há hierarquia entre os Entes federados, mas sim partilha de competências. No âmbito federativo, todos os entes são autônomos. Se soberania é poder de fato, absoluto, de decidir em última instância, autonomia é poder de direito, de agir conforme as regras preestabelecidas. A autonomia política de que goza a União, assim como os demais Entes federados, implica em auto-organização, autolegislação, autogoverno e auto-administração.
a) Auto-organização entendida como a capacidade de estabelecer sua própria organização, o modus operandi.
b) Autolegislação compreendida como a competência de legislar.
c) Autogoverno como a capacidade de escolher seus representantes políticos.
d) Auto-administração como a competência de administrar os recursos disponíveis.
1.2.4 União
A União não se confunde com a República Federativa do Brasil. Enquanto esta é dotada de soberania, abrangendo todos os Entes federados; aquela é pessoa jurídica de direito público interno, dotada de autonomia e do poder de agir dentro dos limites traçados pela Constituição.
No âmbito organizacional do Brasil, a União apresenta uma dupla face:
a) Entidade federativa dotada de autonomia política: Sob tal enfoque, a União atua no âmbito interno, como uma pessoa jurídica de direito público integrante da Federação, exercendo a parcela de competência que lhe é deferida pela Lei Maior.
b) Orgão de representação da República Federativa do Brasil: Quando exerce desse papel, a União atua no âmbito externo, na forma do art. 21, incs. I e II da Constituição, mantendo relações com Estados estrangeiros, declarando guerra e celebrando a paz, enfim, representando o Estado brasileiro perante a comunidade internacional, de forma soberana.
Brasília é a Capital Federal (§ 1º do art. 18 da Constituição).
1.2.4.1 Autonomia
Pelo atributo da auto-organização,é da competência da União estabelecer sua própria organização, observando os princípios e diretrizes traçadas na Constituição.
A capacidade de autolegislação confere à União vasta competência legislativa, podendo dispor livremente sobre os temas expressamente elencados na Constituição.
O autogoverno permite à União ter representantes políticos próprios, eleitos pelo voto popular, na forma da Constituição.
Quanto à auto-administração concede à União a prerrogativa de dispor de um corpo administrativo próprio, formado pelos servidores públicos, os quais tem o encargo de manter em funcionamento a chamada Administração Pública Federal.
1.2.5 Estados-membros (Estados Federados)
1.2.5.1. Auto-organização
Os Estados, que compõem a federação brasileira, conforme já visto, gozam de autonomia, a qual importa em auto-organização. Assim, cada Estado é regido por Constituição própria, fruto do poder constituinte derivado que lhe é assegurado, bem como pelas leis que adotar.
A auto-organização é, portanto, um poder limitado e delimitado pela Constituição da República, que fixa em parte a estruturação estadual.
Esses limites ao poder constituinte derivado são:
a) Princípios constitucionais sensíveis: são expressamente indicados na Constituição como impeditivos da atuação dos Estados-membros, cuja violação autoriza a intervenção federal para assegurar a prevalência da ordem constitucional (Art. 34, inc. VII, alíneas “a” a “e” da Lei Maior).
b) Princípios constitucionais extensíveis (paralelismo, simetria): São as regras de organização da União, obrigatoriamente estendidas aos Estados.
c) Princípios constitucionais estabelecidos: limitam a autonomia dos Estados-membros na organização de suas respectivas estruturas. Podem ser expressos e implícitos.
Expressos: são limitações que constam da Constituição. Exemplo: Art. 19, incs. I a III da Lei Maior.
Implícitos: são limitações decorrentes dos princípios adotados pela Constituição. Exemplo: norma que atribua ao Poder Legislativo Estadual funções típicas de um regime parlamentarista (aprovar os nomes do secretariado estadual) será inconstitucional, uma vez que contrasta com o regime político presidencialista adotado pelo Brasil.
1.2.5.2 Autolegislação
Cada Estado pode elaborar suas próprias leis, observados os limites e as competências fixadas pela Constituição da República.
1.2.5.3 Autogoverno
Cada Estado exerce livremente o próprio governo, inclusive e especialmente quanto aos seus Poderes, além de escolher os próprios representantes políticos, observando o modelo federal e respeitando o sistema constitucional da separação dos Poderes e o regime presidencialista de governo.
1.2.5.3.1 Criação de novos Estados
Na forma do § 3º do art. 18 da Constituição, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais. Para tanto, dois requisitos são constitucionalmente previstos:
a) Aprovação da população diretamente interessada, mediante plebiscito. Como população interessada, entende-se aquela residente na área do novo estado.
b) Lei complementar, do Congresso Nacional.
1.2.5.3.2 Poder Legislativo Estadual (art. 27 da Constituição)
O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo exercido pelas Assembleias Legislativas, que, por sua vez, são integradas pelos Deputados Estaduais.
1.2.5.3.3 Poder Executivo Estadual (art. 28 da Lei Maior)
A eleição do Governador e Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente.
1.2.5.3.4 Poder Judiciário Estadual (Art. 125 da Carta Política)
É composto pelo Tribunal de Justiça do Estado e pelos Juízes estaduais, alguns deles dispondo, ainda, de Justiça Militar Estadual.
1.2.5.4 Auto-administração
Poderá cada Estado administrar, sem interferência externa, os serviços que lhe são próprios, organizando-os, mantendo-os e prestando-os por meio de corpo próprio de servidores públicos.
1.2.6 Municípios
1.2.6.1 Auto-organização
Os Municípios também compõem a federação brasileira, embora não tenham, de fato, representação na elaboração da vontade geral (Senado Federal, no caso dos Estados-membros). Dessa forma, como se verifica no art. 18 da Lei Maior, tais Entes integram a ordem administrativa e política, tendo reconhecida a sua autonomia, dentro dos limites e respeitados os princípios constitucionais.
Na forma do art. 29 da Constituição da República os Municípios reger-se-ão pelas leis orgânicas que adotarem, aprovadas por dois terços dos membros das Câmaras Municipais, que as promulgarão, atendidos os princípios das Cartas Magnas Federal e Estadual respectiva.
1.2.6.2 Autolegislação
É facultado a cada Município elaborar sua própria legislação, não podendo, destarte, inobservar os limites e as competências fixadas pela Constituição.
Inúmeros temas podem ser destacados como de competência municipal, dada a prevalência do interesse imediato da comunidade local, por exemplo:
a) Normas específicas de trânsito, como lei versando acerca do rodízio para evitar excesso de veículos nas vias urbanas em certo período.
b) Zoneamento e ocupação do solo urbano.
c) Horário de funcionamento do comércio local.
	
	na forma da Súmula 419 do STF, por não se tratar de assunto de interesse predominantemente local, a fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.
d) Estabelecimento de uma guarda municipal para proteção de seus bens, serviços e instalações (Art. 144, § 8º da Constituição).
1.2.6.3 Autogoverno
Cada Município pode, ainda, organizar-se livremente, inclusive e especialmente quanto aos respectivos Poderes Legislativo (Câmara Municipal) e Executivo, devendo escolher diretamente seus representantes, observando o modelo federal/estadual e respeitando o sistema constitucional da separação dos Poderes, além do regime presidencialista de governo.
1.2.6.3.1 Criação de Municípios (§ 4º do art. 18 da Constituição)
A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
1.2.6.3.2 Poder Legislativo Municipal
O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo exercido pelas Câmaras Municipais, compostas por Vereadores eleitos pelo voto direto, secreto e universal, para mandato de quatro anos, gozando de imunidade quanto a suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município, na forma do art. 29, inc. VIII da Constituição.
1.2.6.3.3 Poder Executivo Municipal
É exercido pelo Prefeito, eleito em conjunto com o Vice-Prefeito do Município, para mandato de quatro anos.
1.2.6.4 Auto-administração
Incumbe a cada Município a administração dos serviços que lhe são próprios, por meio de corpo próprio de servidores públicos, observando os princípios fundamentais estabelecidos para a Administração Pública em geral, nos arts. 37 a 41 da Constituição.
1.2.7 Distrito Federal (Art. 32 da Constituição)
1.2.7.1 Natureza jurídica
O Distrito Federal possui natureza jurídica de entidade federativa, dotado de autonomia política, atribuições e receitas próprias.
1.2.7.2 Auto-organização
a) É reconhecido como ente integrante da Federação, embora não se enquadre nem como Estado-Membro nem como Município.
b) Reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, sendo aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios da Constituição.
c) É vedada sua divisão em Municípios.
d) A eleição do Governador e do Vice-Governador será em dois turnos, enquanto a dos DeputadosDistritais ocorrerá em turno único, coincidindo com a dos Governadores e Deputados Estaduais.
e) O número de Deputados Distritais corresponderá ao triplo da representação do Distrito Federal na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
f) O mandato dos Deputados Distritais será de quatro anos, aplicando-lhes as regras da Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
g) O subsídio dos Deputados Distritais será fixado por lei de iniciativa da Câmara Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
h) Compete à Câmara Legislativa dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
1.2.7.3 Autolegislação
a) Observados os dispositivos constitucionais pertinentes, o Distrito Federal pode editar livremente as normas que regerão os temas em relação aos quais tem competência para legislar.
b) A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo do Distrito Federal.
c) Lei Federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiro militar.
1.2.7.4 Autogoverno
O Poder Legislativo distrital é exercido pela Câmara Legislativa, composta de Deputados Distritais.
O Poder Executivo distrital é atribuição do Governador do Distrito Federal, auxiliado pelos Secretários Distritais.
O Poder Judiciário distrital é da responsabilidade do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
	
	compete à União manter o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros do Distrito Federal (Art. 21, incs. XIII e XIV da Lei Maior).
1.2.7.5 Auto-administração
Incumbe ao Distrito Federal a administração dos serviços que lhe são inerentes, por meio de corpo próprio de servidores públicos, observando os princípios fundamentais estabelecidos para a Administração Pública em geral, nos arts. 37 a 41 da Constituição.
1.2.8 Territórios (Art. 33 da Constituição)
1.2.8.1 Natureza jurídica
Os territórios são meras divisões administrativas da União, podendo ser divididos, redivididos ou reunidos por esta. No plano político, os territórios são estados embrionários, ainda estão em fase de formação. Não são considerados entes federativos.
1.2.8.2 Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem (§ 2º do art. 18 da Constituição)
Os territórios integram a União e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem, serão regulados em lei complementar.
Não há, na Constituição atual, critérios para que se afira estar ou não o território em condições de se tornar Estado. Por analogia, contudo, poder-se-ia aplicar o critério fixado pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias à Constituição de 1946, art. 9º: igualar as rendas do território às do Estado de menor arrecadação.
1.2.8.3 Organização Administrativa e Judiciária
A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios, que poderão ser divididos em Municípios. As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do TCU.
1.2.8.4 Governo
Os territórios não têm autonomia política, pois são dirigidos por um governador nomeado pelo Presidente da República, após prévia aprovação do Senado, por voto secreto e com arguição pública.
1.2.8.5 Poder Legislativo
a) Território com até 100.000 habitantes: os territórios que tiverem uma população de até cem mil habitantes não terão órgão legislativo próprio. O Congresso Nacional votará os projetos de lei a eles referentes.
b) Território com mais de 100.000 habitantes: os territórios com população excedente de cem mil habitantes disporão de Câmara Territorial que exercerá a competência legislativa nos termos da lei, remanescendo, todavia, a competência do Congresso Nacional sobre sua organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública (art. 48, inc. lX, c/c art. 61, § 1°, inc. II, alínea “b”).
c) Representação dos Territórios: os territórios não têm representação política (não elegem Senadores para representá-los). Todavia, os eleitores de cada território elegem quatro deputados à Câmara Federal.
1.2.9 Regiões Metropolitanas (Art. 25, § 3º da Constituição)
São entidades administrativas instituídas pelos Estados, mediante lei complementar, abrangendo diversos Municípios, com continuidade urbana em torno de um pólo comum, visando a integração, a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Exemplo: abastecimento de água, rede de esgoto, transporte coletivo...
1.2.10 Regiões de Desenvolvimento (Art. 43 da Constituição)
São entidades administrativas instituídas pela União, mediante lei complementar, envolvendo áreas de diversos Estados situadas em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando o desenvolvimento comum e a redução das desigualdades regionais, mediante a composição de organismos regionais e a concessão de diversos incentivos. Exemplo: Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM.
1.3 COMPETÊNCIAS
Competência é a esfera delimitada de atribuições de uma entidade federativa. Em uma Federação, a repartição de competências é processada no próprio texto constitucional entre os entes federados, no caso brasileiro a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
A importância pode ser sintetizada na aplicação do princípio geral da repartição de competências, a predominância dos interesses. Assim, se for dominante o interesse nacional, a competência deve sar atribuída à União, se preponderar o interesse regional, a competência deve ser deferida aos Estados; se maior relevância tiver o interesse local, a competência deve ser conferida aos Municípios.
1.3.1 Espécies de competência e modos de repartição
Quanto à  natureza, as competências podem ser materiais, legislativas e tributárias.
a) Competência material: determina campos de atuação político-administrativa, de exercício das funções governamentais não-legiferantes.
b) Competência legislativa: é a prerrogativa de legislar sobre determinados temas.
c) Competência tributária: é a capacidade de prover os meios financeiros adequados à realização dos fins de cada ente federado. É a competência de tributar os contribuintes.
Quanto à  forma, as competências podem ser expressas, residuais e implícitas.
a) Competências expressas ou enumeradas: são as atribuições expressamente conferidas aos entes federados.
b) Competências residuais ou remanescentes: são as atribuições não especificamente atribuídas a nenhuma entidade federativa. Representam o eventual resíduo após a enumeração das competências de todos os integrantes da Federação.
c) Competências implícitas, resultantes, inerentes ou decorrentes: são as que derivam da própria natureza de cada ente federado, embora não textualmente previstas na Constituição. Se de âmbito geral pertencem à União, se de âmbito regional aos Estados e se de âmbito local aos Municípios.
Quanto à  extensão, as competências podem ser exclusivas, privativas, comuns, concorrentes, suplementares e supletivas.
a) Competências exclusivas: são atribuídas a uma única entidade federada, sem a possibilidade de delegação a outrem nem competência suplementar.
b) Competências privativas: são conferidas a um único ente federado, porém é admitida a delegação a outrem.
c) Competências comuns, cumulativas ou paralelas: são destinadas a todas as entidades federadas, consideradas no mesmo nível hierárquico.
d) Competências concorrentes: são atribuídas ao ente central, que pode estabelecer as normas gerais sobre determinados temas, cabendo aos Estados desdobrar tais dispositivos gerais de acordo com as peculiaridades regionais.
e) Competências suplementares:constituem desdobramento da competência concorrente, sendo conferidas aos Estados-membros que podem estabelecer dispositivos específicos sobe as normas gerais editadas pelo ente central.
f) Competência supletiva: também desdobrada da competência concorrente, confere aos Estados o poder de exercer de forma plena as atribuições conferidas ao ente central, enquanto este não editar as respectivas normas gerais. Umas vez editada a legislação federal, as normas gerais constantes da lei estadual perdem a eficácia no que lhe for contrário.
Quanto à  origem, as competências podem ser ordinárias e delegadas.
a) Competências ordinárias: são conferidas no próprio texto da Constituição às entidades federadas.
b) Competências delegadas: são atribuídas por um ente federado a outro, na forma e nos limites estabelecidos na Lei Maior.
As competências tributária podem ser exclusivas, comuns e residual.
a) As competências tributárias exclusivas são inerentes à cada Ente federado.
b) As competências comuns dos Entes Federados, em matéria tributária, abrangem a instituição de taxas e de contribuições de melhoria.
c) A competência tributária residual cabe à União.
1.3.2 Competências constitucionais dos Entes federados
1.3.2.1 Competências comuns e concorrentes dos Entes Federadas
a) Competências materiais comuns:
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23 da Constituição).
União, Estados e Municípios (art. 30, incs. VI, VII e IX da Constituição).
b) Competências legislativas concorrentes da União, dos Estados e do Distrito Federal (Art. 24 da Constituição): normas gerais são editadas pela União.
Competência suplementar: desdobramento pelos Estados e o Distrito Federal das normas gerais editadas pela União.
Competência supletiva: faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal de legislarem plenamente enquanto a União não editar as normas gerais.
c) Competência tributária comum: os Entes Federados, em matéria tributária, detêm competência comum para instituir taxas e contribuições de melhoria. Quanto às contribuições sociais, sua instituição é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios, aquela para custear a Previdência social, estes para cobertura de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores, cobrada exclusivamente deles (§ 1º do art. 149 da Constituição).
1.3.2.2 Competências da União
a) Materiais exclusivas (Art. 21 da Constituição).
b) Legislativas privativas (Art. 22 da Constituição).
c) Tributárias exclusivas (Arts. 147, 148, 149, 153, incs. I a VII, 154, inc. II da Constituição).
d) Tributária residual (Art. 154, inc. I da Constituição).
1.3.2.3 Competências dos Estados-membros:
a) Material exclusiva (§§ 2º e 3º do art. 25 da Lei Maior).
b) Residual (§ 1º do art. 25 da Lei Maior).
c) Tributária exclusiva (Art. 155, incs. I a III da Lei Maior).
1.3.2.4. Competência dos Municípios
a) Material exclusiva (Arts. 30, incs. III, IV, V, VIII da Constituição).
b) Legislativa exclusiva (Art. 30, inc. I da Constituição).
c) Legislativa suplementar (Art. 30, inc. II da Carta Política).
d) Tributária exclusiva (Arts. 149-A e 156, incs. I a III da Carta Política).
1.3.2.5 Competências do Distrito Federal
O Distrito Federal possui as mesmas competências legislativas, materiais e tributárias reservadas aos Estados e Municípios.
Cada ente federativo possui competências próprias, delimitadas pela própria Constituição. É importante observar, porém, a existência de duas esferas de competências: a competência material ou administrativa e a competência legislativa.
1.3.2.6 Critérios de repartição de competências adotados no Brasil
A Constituição adotou dois critérios para a repartição de competências: o horizontal e o vertical.
Pelo critério horizontal: fez a distribuição autônoma do poder político no território nacional, base do Estado Federal. São as competências exclusivas, privativas e comuns dos entes federados.
Pelo critério vertical: adotou a técnica da prelavência do interesse, conferindo à legislação federal uma prevalência em relação à dos demais Entes federados. São as competências concorrentes, suplementares e supletivas.
1.3.2.6.1 Critério horizontal
Pelo critério horizontal, a União tem competências internacionais (Art. 21, incs. I a IV), políticas(Art. 21, incs. V e XVII), financeiras e monetárias (Art. 21, incs. VII e VIII), administrativas(Art. 21, incs. VI, XIII a XVI, XIX, XXII e XXIV), matéria urbanística (Art. 21, incs. IX, XX e XXI),econômicas (Art. 21, incs. IX, segunda parte, e XXV), prestação de serviços (Art. 21, incs. X a XII e XXIII), sociais (Art. 21, incs. IX, segunda parte, e XVIII), legislativas (Arts. 22 e 24).
Os Estados têm competências material (§§ 2º e 3º do art. 25 da Lei Maior), residual (§ 1º do art. 25 da Lei Maior).
Já os Municípios têm competências material (Arts. 30, incs. III, IV, V, VIII da Constituição),legislativa (Art. 30, incs. I e II da Constituição).
1.3.2.6.2 Critério vertical
Pelo critério vertical, há as competências concorrente (Art. 24, incs. I a XVI), conferidas à União, aosEstados e ao Distrito Federal. São competências legislativas, dispondo a Lei Maior que as normas gerais editadas pela União devem ser observadas pelos Estados e o Distrito Federal, que poderão, entretanto, legislar sobre normas específicas, para atender suas peculiaridades.
Em relação aos Municípios, podem legislar sobre assuntos de interesse local, entretanto, em se tratando de temas em que haja legislação federal e estadual em vigor, poderão somente suplementá-la (Art. 30, inc. II). 
SÍNTESE DA UNIDADE
Por ter como principal objetivo a compreensão da estrutura organizacional da Federação brasileira e da partição de competência entre os Entes que a compõem, nesta unidade foram apresentadas as principais características da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios, os demais órgãos existentes na Federação brasileira (Territórios, Regiões Metropolitanas e Regiões de Desenvolvimento), além da partição de competências entre os Entes federados.
A partir do entendimento da matéria em estudo, você, caro (a) aluno(a), deve ser capaz de entender a organização do Estado brasileiro, bem como identificar as competências conferidas a cada um dos Entes federados que o compõem.

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