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APOSTILA_ECONOMIA-2015

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1 
 
 
 
 
Universidade Mogi das Cruzes 
Campus Vila Lobos 
 
 
 
 
ECONOMIA 
 
 
 
 
 
 
Profa. Rosana Zenezi Moreira 
rosanazm@uol.com.br 
rosanazm@umc.br 
 
 
 
 
“Quem não lê não pensa, quem não pensa será para sempre um servo.” 
(Paulo Francis) 
 
 
"Dá-se muita atenção ao custo de se realizar algo e, nenhuma ao custo de não realizá-lo." 
(Philip Kotler) 
 
 
"Um homem sábio criará mais oportunidades do que as que ele encontra." 
(Francis Bacon – Filósofo inglês) 
 
 
Diane Coyle, em Sexo, Drogas e Economia, livro que retrata a Economia sob um ponto de 
vista diferenciado, afirma que (...) qualquer um que deseja que o mundo seja um lugar 
melhor deve conseguir pensar como um economista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2015 
 
 
2 
 
Disciplina – Economia 
Carga Horária – 68 horas 
 
Ementa 
Disciplina instrumental que introduz o estudo de economia, a evolução do pensamento econômico e sua 
relevância como estratégia para o desenvolvimento. Apresentam em linhas gerais os fundamentos de micro 
e macroeconomia, as principais teorias econômicas, agregados econômicos, economia monetária, inflação, 
modelos econômicos, finanças públicas, distribuição de renda, oferta e demanda, analisando os principais 
impactos no ambiente organizacional. 
 
Objetivo 
Ampliar os conhecimentos sobre os conceitos básicos da economia em paralelo aos aspectos correlatos à 
gestão empresarial, seus feitos nos mercados internos e externos, no ambiente produtivo e, suas 
conseqüências. Capacitar para a realização de uma análise crítica da situação atual. Inserir no mercado 
competitivo, nas estratégias de planejamento e ação de maneira objetiva, realista e globalizada. Alertar para 
a necessidade real de crescimento com respeito ao meio ambiente. 
 
Bibliografia Básica 
 
RASMUSSEN, Uwe Waldemar. Economia para não Economistas. São Paulo: Saraiva, 2006. Disponível em: 
http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502087843?q=rasmussen 
 
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D. Economia. 19. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 
Disponível em: http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788580551051 
 
Bibliografia Complementar 
 
CABRAL & YONEYAMA, Arnoldo Souza e Takashi. Microeconomia: uma visão integrada para 
empreendedores. São Paulo: Saraiva, 2008. Disponível em: 
http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502088931/pages/47304318 
 
FRANK, Robert et al. Princípios de Economia. 4. ed. São Paulo: McGraw Hill e Bookman, 2012. 
http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580550979/pages/59752490 
 
MONTELLA, Maura. Micro e Macroeconomia: Uma abordagem coneitual e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 
2012. Disponível em: http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522474462/pages/55900327 
 
PINHO, Diva B. et al (org.) Manual de Economia. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. Disponível em: 
http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502135062/pages/51472694 
 
VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de. Fundamentos de Economia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
Disponível em: http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502089013 
 
Bibliografia Extra Sugerida (eBooks) 
 
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. Coleção: Os economistas. São Paulo: Best Seller, 
1999. Disponível em: http://introducaoaeconomia.files.wordpress.com/2010/03/dicionario-de-economia-
sandroni.pdf 
 
BESANKO, D. et al. A Economia da Estratégia. 5. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2010. (By D. Besanko, D. 
Dranove, M. Shanley, S. Schaefer). Disponível em: 
https://books.google.com.br/books?id=4ChMaQK0J8wC&printsec=frontcover&dq=economia+da+estrat%C3
%A9gia&hl=en&sa=X&ei=mL31VNWDF8K1sASIz4KgCQ&ved=0CB0Q6AEwAA#v=onepage&q=economia%
20da%20estrat%C3%A9gia&f=false 
 
JOHNSON, Spencer M.D. Quem mexeu no meu queijo? Uma maneira fantástica de lidar com as mudanças 
em seu trabalho e em sua vida. Disponível em: http://www.secth.com.br/imagens/editor/e-
book/quemmexeu_no_meu_queijo.pdf 
 
 
3 
 
Biblioteca Virtual (Como Acessar) 
http://www.umc.br/biblioteca/1069/biblioteca-virtual 
 
Minha Biblioteca: é uma biblioteca virtual formada pela reunião das quatro principais editoras de 
livros acadêmicos no Brasil: Atlas, Saraiva, Grupo Gen (Santos, Forense, Atlas, Roca, Guanabara 
Koogan, LTC, EPU, Forense, Método, AC Farmacêutica) e Grupo A (McGraw-Hill Brasil, ArtMed, 
Bookman, Pensa, Tekne, Artes Médicas). 
 
Como Acessar: ALUNO: via Portal do Aluno, Biblioteca, Biblioteca Virtual: 
http://aluno.umc.br/index.php 
 
 
MÓDULOS 
 
Módulo I – CIÊNCIA ECONÔMICA 
Ciência em Economia 
Micro e Macroeconomia 
Tipos de Bens 
Teoria da Oferta e Demanda 
CPP – Curva de Possibilidade de Produção 
Custo de Oportunidade 
Inflação 
Perguntas e Textos de Apoio 
 
Módulo II – MERCADO 
Os dez Princípios 
Tipos de Mercado 
Concorrência 
Perguntas e Textos de Apoio 
 
Módulo III - ECONOMIA INDUSTRIAL 
Economia Empresarial e Industrial 
Tributação 
Estabilidade Econômica 
Taxas de Juros 
Políticas Econômicas 
Elasticidades e Externalidades 
Perguntas e Textos de Apoio 
 
Módulo IV – ECONOMIA E MEIO AMBIENTE 
Crescimento e Desenvolvimento 
Economia Ambiental 
Sustentabilidade 
Globalização 
Os 8 ODM 
Perguntas e Textos de Apoio 
 
Anexo I - Como são formados os principais índices de inflação 
 
Anexo II - Definições Econômicas Importantes 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
MÓDULO I – CIENCIA ECONÔMICA e PRINCIPAIS CONCEITOS 
 
Ciência = Conhecimento. É a aquisição de conhecimento por meio da utilização de método científico. A 
ciência é um acúmulo de conhecimento. 
Ciência � Conhecimento � Método Científico � Desenvolvimento. 
 
1.1 Ciência Econômica 
 
Economia é a Ciência que estuda a atividade produtiva, portanto, tem foco no uso mais eficiente dos 
recursos materiais escassos para a produção de bens. Estuda as combinações na alocação dos fatores de 
produção - terra, capital, trabalho, tecnologia. (SANDRONI, 2001) 
 
Fenomenologia: Estudo dos fenômenos. 
 
Fenomeno: É qualquer modificação observável e passível de repetição (replicável). 
Ex.: chuva, fenômeno natural; Inflação, fenômeno econômico. 
 
Se a economia estuda a produção de bens com o uso mais eficiente de recursos escassos, os estudos 
econômicos podem ser: 
 
• Microeconomia – Tem por objeto a unidade de produção (empresa), a unidade de consumo 
(família), apresenta uma visão microscópica; 
• Macroeconomia – Tem por objeto a atividade econômica de toda a sociedade, ou seja, os 
fenômenos econômicos são vistos pela ótica telescópica. 
 
A bifurcação da Ciência Econômica nesses dois grandes ramos, isto é, a macroeconomia e a 
microeconomia, data dos primórdios da década de 1930. (VASCONCELOS et al., 2011). 
 
1.1.1 Microeconomia 
 
Microeconomia é o ramo da Economia que estuda o comportamento das unidades econômicas individuais 
(nomeadamente as empresas e as famílias/consumidores) consideradas quer isoladamente, quer nas suas 
relações mútuas. (MENDES, 2009). 
 
Vasconcelos et al. (2011) diz que a microeconomia é voltada ao estudo do comportamento das unidades de 
consumo representadas pelos indivíduos e/ou famílias (estas desde que caracterizadas por um orçamento 
único), ao estudo das empresas, suas respectivas produções e, custos e ao estudo da produção e preços 
dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. 
 
A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação dos preços no mercado, 
cujo preço é obtido pela interação do conjunto de consumidores e empresas que fabricam bens e serviços. 
Trata da formação dos preços nos mercados competitivos (oligopólios) ou nãocompetitivos (monopólios). 
 
1.1.2 Macroeconomia 
 
A Macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, ou dos agregados econômicos: a 
produção total de bens e serviços do mercado, o crescimento do produto, as taxas de inflação e 
desemprego, balança de pagamentos e taxa de câmbio, bem como das flutuações de curto prazo, que 
constituem o ciclo de negócios, dentre outros fenômenos econômicos, como o estoque de dinheiro em 
circulação, a balança comercial, variações nos preços e salários, exportação e importação, etc. 
 
Em resumo, a macroeconomia estuda os agregados econômicos como a produção, o consumo e a renda 
da população como um todo. 
 
1.1.3 Agentes Econômicos 
 
Os agentes econômicos são os produtores de bens e serviços, que têm funções econômicas diferentes em 
termos de produção, consumo, investimento e, estabelecem entre si diversas relações econômicas. São 
todos os indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que, através das suas decisões e ações, 
tomadas racionalmente, intervêm em qualquer circuito econômico. Apesar de terem funções diferenciadas 
de produção, consumo ou investimento, estabelecem entre si relações econômicas essenciais. Por isso, um 
agente econômico pode ser um indivíduo, uma família, uma empresa, um país, um banco central ou 
 
5 
 
qualquer outro tipo de decisor econômico. São habitualmente referidos cinco grupos de agentes 
económicos, que normalmente têm de resolver problemas que consistem:: 
 
• Famílias: Problemas de otimização, ou seja, de maximização da utilidade (qualidade de vida), 
porque tomam decisões sobre o consumo de bens, serviços e, de poupança mediante os 
rendimentos auferidos; 
• Empresas de atividades não financeiras: Problemas de maximização do lucro, porque tomam 
decisões sobre investimentos, produção de bens, prestação de serviços e, a oferta de trabalho; 
• Instituições financeiras: Problemas de taxas de juros, flutuação da inflação e, oferta de crédito, 
porque suas principais atividades são a captação de poupanças e, a concessão de empréstimos 
para aplicações produtivas; 
• Governo: Problemas de maximização do bem-estar da população e equilíbrio da economia, porque 
toma decisões de consumo, investimentos e de política econômica. Tem a função de administração 
pública, de coleta de impostos e, de gestão da segurança nacional e, das demandas sociais; 
• Exterior: Problemas de crises, que abalam as relações exteriores, políticas de protecionismo, 
desvalorizações cambiais, etc. 
 
Desde a escola marginalista que os agentes são denominados de homo economicus, o que significa que 
os agentes são perfeitamente racionais para tomar suas decisões. 
 
Os agentes econômicos nacionais, em conjunto com as instituições financeiras, fazem parte de uma 
Economia Fechada. O agente Exterior estabelece relações econômicas intensas com os agentes nacionais, 
num quadro de Economia Aberta. 
 
A Contabilidade Nacional mede as relações que estes cinco conjuntos de entidades estabelecem entre si. 
 
1.1.4 Economia x Escassez 
 
Economia é uma Ciência Social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens (produtos e 
serviços). Deste consumo tem-se que os problemas econômicos surgem por causa de conflitos entre os 
recursos disponíveis e as necessidades humanas de uma sociedade, que não conseguem atender todas as 
demandas. 
 
Esses comportamentos são estudados através de novos conceitos, novas teorias que foram sendo criadas 
para compreender os novos modelos. Este é o caso do Neuroeconomics ou Neuroeconomia, que busca 
desvendar a cabeça do investidor. Assim, como a Psicologia Econômica busca compreender o impacto das 
emoções na tomada de decisões financeiras, pois as decisões econômicas são limitadas pelas emoções 
das pessoas. Os paralelos são feitos, principalmente entre as emoções e os investimentos, mas as 
proporções de ambos passam pela propensão a consumir e poupar, pois incidem no nível de investimentos 
dispostos a serem realizados. 
 
1.1.4.1 Diferença entre Necessidade x Desejo 
 
Dentro da teoria Econômica há a seguinte definição relacionada às demandas de mercado e fixação de 
política de preços, de produtos, de comunicação, força de vendas, objetivos e metas (foco na criação de 
valor e satisfação do cliente, para transformar ideias em negócios): 
 
• Necessidades: tudo o que é necessário para a manutenção da nossa vida: comida, bebida, sexo, 
abrigo, sono, etc; 
• Desejos: tudo aquilo que queremos, mas não é necessário à manutenção da nossa vida. 
 
Não só a Economia, mas outras disciplinas estudam estes conceitos, como Marketing, Sociologia na 
Administração (mudança de paradigma, de modelo ou padrão de pensamento), Planejamento Estratégico, 
para poder classificar as prioridades em relação aos produtos a serem comercializados. 
 
“De necessidades do comprador, para desejos do comprador: à medida que a renda aumenta, os 
consumidores tornam-se mais seletivos em suas escolhas de mercadorias. Para prever as reações dos 
compradores a diversas características, estilos e outros atributos, as empresas devem recorrer à pesquisa 
de marketing” (KOTLER, 2000, p. 122). 
 
Abraham Maslow estudou as necessidades humanas e determinou uma classificação para elas, 
considerando a prioridade que as pessoas tendem a lhes atribuir. Assim, foi criada a célebre pirâmide: 
 
6 
 
 
Teoria da Motivação Humana = Pirâmide de Maslow: 
• Necessidades fisiológicas (base da pirâmide) 
• Necessidade de segurança 
• Necessidade de auto-estima 
• Necessidade de Status (posição) 
• Necessidade de auto-realização.(pico da pirâmide) 
 
A u t o - r e a l iz a ç ã o
S ta tu s
A u t o - e s t im a
S e g u r a n ç a
N e c e s s id a d e s F is io ló g i c a s
 
 
Após esta Teoria da Motivação Humana de Abraham Maslow, que afirma que todo o ser humano possui 
necessidades comuns que motivam o seu comportamento, vieram outras teorias. 
 
O modelo de Necessidades Humanas Básicas (NHB) da enfermeira Vanda Horta, por exemplo, transliterado 
da teoria de Maslow, diz que as NHBs estão latentes e surgem com maior ou menor intensidade, 
dependendo do desequilíbrio instalado no indivíduo: 
 
“Estado de tensões, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos 
fenônemos vitais”. (HORTA,1979) 
 
O modelo desta teorista, embora usado quase exclusivamente no espaço hospitalar, refere-se ao 
atendimento de necessidades fisiológicas e biopsicossociais, pois pretendem atender também às 
necessidades institucionais e às necessidades da medicina, tais como: 
 
Necessidades Psicobiológicas 
� Oxigenação 
� Hidratação 
� Nutrição 
� Eliminação 
� Sono e repouso 
� Exercícios e atividades físicas 
� Sexualidade 
� Abrigo 
� Mecânica corporal 
� Integridade cutâneo-mucosa 
� Integridade física 
� Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento 
celular, vascular 
� Locomoção 
� Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa 
� Ambiente 
� Terapêutica 
 
7 
 
 
Necessidades Psicossociais 
� Segurança 
� Amor 
� Liberdade 
� Comunicação 
� Criatividade 
� Aprendizagem (educação à saúde) 
� Gregária 
� Recreação 
� Lazer 
� Espaço 
� Orientação no tempo e espaço 
� Aceitação 
� Auto-realização 
� Auto-estima 
� Participação 
� Auto-imagem 
� Atenção 
� Necessidades psicoespirituais: Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida. 
 
1.2 Teoria Econômica e um Pouco de História 
 
Segundo Rasmusssem (2010), os pensadores econômicos são divididos em três classes, com base nas 
teorias econômicas vigentes no século XXI: 
 
• Economistas Clássicos, Neoclássicos e Monetaristas (liderados pelos Keynesianos) � Anglo 
Saxões; 
• Economistas Neoclássicos da teoria econômica de mercados (lideradospelos Schumpeterianos) � 
Germânicos; 
• Economistas Clássicos do Capitalismo de Estado (liderados pelos marxistas) � Comunistas. 
 
A Economia não é considerada uma ciência exata, pois não existe uma única base de pensamento. Os 
Keynesianos criticam os Schumpeterianos e, os dois em conjunto rejeitam qualquer teoria marxista. 
 
No século XX foi compreendido que o capitalismo selvagem e o marxismo já morreram, foram teoricamente 
superados. Após a Perestroika (reconstrução econômica, glasnost, transparência, políticas adotadas por 
Gorbatchev, 1985-1991, na Rússia) a União socialista se desintegrou, o muro de Berlim caiu e os dogmas 
do capitalismo de Estado entraram em colapso (capitalismo de Estado, conceito que explica o uso 
equivocado de bens públicos pelo Estado em benefício próprio – o Estado mais forte que a sociedade). 
 
Modernamente tem-se a Economia de mercado, Economia de livre mercado ou sistema de livre iniciativa 
quando os agentes econômicos agem de forma livre, com pouca ou nenhuma intervenção dos governos. É, 
portanto, um mercado onde as ações econômicas e individuais respeitam a transferência de dinheiro, bens 
e serviços voluntariamente. Contudo, o cumprimento de contratos voluntários é obrigatório. A propriedade 
privada é protegida pela lei e ninguém pode ser forçado a trabalhar para terceiros. Na Economia de 
mercado a maior parte da produção econômica é gerada pela iniciativa privada. A indústria, comércio e 
prestação de serviços são controlados por cidadãos particulares, ou seja, são empresas do setor privado 
que detêm a maior parcela dos meios de produção 
 
De outro lado tem-se a Economia de Estado, Economia Planificada, Economia Centralizada, ou Economia 
Centralmente Planejada onde a produção econômica é dirigida pelo Estado, que tem o papel de 
regulamentação e fiscalização da economia, além de atender setores prioritários como: energia, segurança, 
educação, saúde, entre outros. 
 
Resumindo, nos países denominados de capitalistas, predomina uma economia de mercado e, no seu 
oposto, nos países socialistas predomina uma economia primariamente estatal. 
 
Até 2014 só existem duas economias totalmente planificadas no mundo: Cuba e Coreia do Norte. 
 
Perguntas de Partida 
O que move o mundo são as perguntas - não as respostas! 
 
8 
 
1. Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar? 
2. Porque a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção? 
3. Por que estudar economia quando o lazer é mais atraente? 
 
Responda com seu conhecimento empírico sobre a teoria econômica e, mais adiante, após ter o 
conhecimento técnico/teórico, compare as respostas – antes e depois! 
 
1.2.1 John Maynard Keynes (1883-1946) 
 
Considerado o mais célebre economista da primeira metade do século XX, pioneiro da macroeconomia. 
Seus estudos sobre o emprego e o ciclo econômico e, as políticas por ele sugeridas conduziram a um novo 
relacionamento de intervenção, entre o Estado e o conjunto das atividades econômicas de um país. Ele 
mostrou, por exemplo, que o nível de emprego numa economia capitalista depende da demanda efetiva, ou 
seja, da proporção da renda que é gasta em consumo e investimento. Na análise keynesiana o 
desemprego, por exemplo, é resultado de uma demanda insuficiente de bens e serviços e, só pode ser 
resolvido por meio de investimentos – o fator dinâmico na economia, capaz de assegurar o pleno emprego e 
influenciar a demanda. Na análise keynesiana, as crises econômicas foram atribuídas a variações nas 
propensões a investir e consumir e, ao aumento da preferência pela liquidez. 
 
A economia pode encontrar seu nível de equilíbrio com uma alta taxa de desemprego e, assim permanecer, 
a menos que o governo intervenha com uma política adequada de investimentos e incentivos que 
sustentem a demanda efetiva, mantendo altos níveis de renda e emprego, de modo que, a cada elevação 
da renda, o consumo e o investimento também cresçam. 
 
Muitas dessas ideias foram propostas antes da crise de 29, mas só foram reunidas num corpo teórico 
consistente em “A Teoria Geral”, em 1936. O impacto do livro entre intelectuais foi enorme. Apesar de 
algumas das principais teses já terem sido antecipadas por Gunnar Myrdal e Michael Kalecki, a obra de 
John Maynard Keynes oferecia aos economistas soluções concretas para os problemas de conjuntura. O 
impacto político também foi grande, mas retardado, pois apenas no pós-guerra a receita keynesiana foi 
cuidadosamente aplicada pelos países capitalistas. O pleno emprego tornou-se um objetivo explícito e, os 
instrumentos de política econômica do Estado foram postos em ação. Em 1944, Keynes representou a 
Inglaterra na Conferencia Monetária de Bretton Woods, que criou o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na 
ocasião, propôs o abandono do padrão-ouro e a estabilização internacional da moeda. Em 1946, Keynes 
tornou-se presidente do FMI, mas o apego dos EUA ao padrão-ouro tornou impraticável a aplicação das 
medidas por ele preconizadas. 
 
1.3 O Valor de um Bem 
 
• O preço de um bem é sua relação de troca pelo dinheiro, isto é, a quantidade de reais necessários 
para obter-se em troca uma unidade do bem. 
 
1.4 Tipos de Bens 
 
Conforme o tipo de bem há consequências econômicas, como segue: 
 
• Bens de Capital ou Bens de Produção – são bens utilizados para a fabricação de outros bens. Ex. 
máquinas. equipamentos e instalações; 
• Bens de Consumo – destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas e 
desejos. Ex. matéria prima, como coco, cana de açúcar, leite ou bens como o shampoo, o açúcar 
para adoçar o café; 
• Bens Intermediários – são bens transformados ou agregados na produção de outros bens, são 
consumidos na produção de outros bens. Ex. alumínio, para fabricar latas, borracha, para fabricar 
pneus. O açúcar destinado a uma fábrica de balas não será mais um bem de consumo alimentício e 
sim, um bem de consumo intermediário, pois será utilizado para a produção de doces; 
• Bem Substituto ou Sucedâneo – é um bem que pode ser consumido em substituição a outro, pois 
exercem basicamente a mesma função. Ex. margarina e manteiga; 
• Bens Complementares – são bens que devem ser consumidos com outros bens. Isto significa que, 
se os bens A e B forem complementares, um aumento no consumo do bem A resulta num aumento 
do consumo do bem B. Ex. Sorvete e cobertura, leite e chocolate, café com leite, pão com 
manteiga, impressora e cartucho de tinta, arroz e feijão, churrasco e cerveja, queijo e goiabada, etc; 
• Bens de Luxo – são bens de alto custo, consumidos por pequenas parcelas da população. Também 
são considerados objetos de desejo. Ex. carro BMW. 
 
9 
 
 
O conceito de bens substitutos é valioso para os economistas, pois permite a previsão do comportamento 
do consumidor frente a alterações no mercado. Sabe-se que um aumento de preços de um bem leva a uma 
maior demanda por seus bens substitutos; na escolha entre dois bens substitutos, o consumidor prefere 
consumir o mais barato. 
 
Quanto aos bens complementares, a produção de leite achocolatado, por exemplo, pode ter seu preço 
influenciado pelo aumento de um dos insumos complementares. Assim, se o leite aumentou de preço, mas 
não o chocolate, na produção de achocolatados haverá um maior custo de produção, o que impactará o 
preço final para o consumidor. 
 
Perguntas sobre o Módulo I – 1ª. Parte 
1 - O que são os agentes econômicos? 
2 - Quais são os meios de produção? 
3 – Para o economista Keynes, o desemprego é resultado de que? 
4 – O que é Investimento para Keynes? 
5 – Leia o texto abaixo e faça uma associação com o texto do item 1.2.1 de John Maynard Keynes. 
 
Como a crise mundial dos EUA afeta o Brasil? 
http://guiadodinheiro.powerminas.com/como-a-crise-mundial-afeta-o-brasil 
 
A crise financeira que começouhá mais de dois anos nos Estados Unidos como uma crise no pagamento 
de hipotecas se alastrou pela economia e contaminou o sistema mundial. Banco atrás de banco por lá 
apresentou perdas bilionárias, outros chegaram a quebrar. Na Europa também há vítimas. E no Brasil? Por 
aqui, a crise não afeta ninguém diretamente – os bancos dizem não possuir papéis ligados às hipotecas–, 
mas atinge vários setores por causa da forte contração de crédito. 
 
As quebras e os problemas enfrentados por bancos até então considerados importantes e sólidos geraram 
o que se chama de “crise de confiança”. Num mundo de incertezas, o dinheiro pára de circular – quem 
possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra 
quem forneça. Isso fez cair e encarecer o crédito disponível. E numa economia globalizada, a falta de 
dinheiro em outro continente afeta empresas no mundo todo. 
 
A crise financeira começou com a concessão de créditos de alto risco no setor imobiliário 
 
Com a circulação de dinheiro congelada e o consumo comprometido, o resultado esperado é a contração 
das economias, uma vez que empresas, pessoas físicas e governos passam a encontrar dificuldade em 
financiarem seus projetos. Justamente para injetar liquidez (dinheiro nos mercados) os Bancos Centrais 
fazem leilões de moeda e criam linhas especiais de bilhões de dólares. 
 
No Brasil, é exatamente esse o principal efeito da crise: a dificuldade em se obter dinheiro. Grandes 
empresas que dependem de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos 
disponíveis, afinal, os bancos têm medo de emprestar em um contexto de crise. Por consequência, com a 
dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por 
sua vez gerariam empregos e renda ao país. Até mesmo os bancos começam a sofrer com a dificuldade de 
captar recursos no exterior, o que deve fazer os empréstimos ficarem mais caros e, mais difíceis também 
para as pessoas físicas. Por conta disso, as instituições de médio e pequeno porte já tiveram ajuda do 
governo brasileiro. Para reduzir os efeitos da crise internacional, o Banco Central (BC) anunciou mudanças 
nos depósitos compulsórios das instituições financeiras, um dos instrumentos usados para controlar a 
quantidade de dinheiro que circula na economia. 
 
Escassez de dinheiro em circulação dificulta investimentos de governos e empresas 
 
Por meio do depósito compulsório, o órgão obriga os bancos a depositar em uma conta no próprio BC parte 
dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Assim, quando reduz 
o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. 
 
Ainda na esteira da contração do crédito, outra consequência da crise nos EUA é haver alguma 
desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Isso porque o consumo das famílias e o 
investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos, 
cresceram justamente pela farta oferta de crédito. Com menos dinheiro, gasta-se menos, produz-se menos 
e o crescimento é menor. Também serão afetadas as exportações do país, que devem cair porque os 
 
10 
 
países compradores estão se desaquecendo e possuem menos dinheiro para comprar e, menos população 
com capacidade de consumir. Por isso, o governo anunciou linhas especiais de financiamento para os 
exportadores. Além disso, tem injetado milhões de reais por meio do alívio dos compulsórios. Por meio do 
depósito compulsório, o Banco Central obriga os bancos a depositar em uma conta no próprio BC parte dos 
recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. 
 
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) também já declarou que o banco de 
fomento conta com dinheiro suficiente até a primeira metade de 2009 para fazer face à escassez de crédito 
internacional. Por fim, pesa a alta do dólar, em momento de crise, a cotação sobe porque a moeda 
americana, considerada um investimento seguro, tem mais procura. E o dólar mais caro encarece os 
importados, o que pressiona a inflação e reduz o poder de compra. Para segurar o câmbio, o BC tem feito 
uma série de leilões de dólares. Com mais oferta de dinheiro, menos a demanda pressiona a cotação. 
 
1.5 Fatores de Produção x Problema de Escassez 
 
Os fatores de produção ou meios de produção são elementos indispensáveis ao processo produtivo de 
bens e serviços: Terra, capital, trabalho e tecnologia. Estes elementos entram na atividade produtiva e, são 
escassos, por isso, a Economia estuda as melhores combinações de alocação desses fatores. 
 
Há três questões econômicas básicas decorrentes do problema de escassez: 
I. O que e quanto produzir? 
II. Como produzir? 
III. Para quem produzir? 
 
A sociedade não dispõe de recursos produtivos em quantidade suficiente para produzir tudo o que a 
população deseja. Assim, é que toda sociedade, qualquer que seja sua organização política, se defronta 
com as três questões econômicas básicas decorrentes do problema de escassez: 
 
I. O que e quanto produzir? 
 
Já não se pode produzir a quantidade desejada pela sociedade dos mais diversos tipos de bens e serviços. 
A sociedade deve escolher entre as várias alternativas, quais bens e serviços serão produzidos e em que 
quantidade. Assim, leva as empresas a pensarem sempre nas perguntas abaixo em suas estratégias 
econômicas: 
 
• Devemos produzir mais automóveis do que roupas? 
• Mais roupas e menos alimentos? 
• Quanto de roupas e quanto de alimentos? 
 
II. Como produzir? 
 
Em segundo lugar, a sociedade tem que decidir a maneira pela qual o conjunto de bens escolhido será 
produzido. Normalmente os bens podem ser obtidos mediante diferentes combinações de recursos e 
técnicas. Nesse sentido, deve-se optar pela técnica que resume o menor custo por unidade de produto a ser 
obtido. 
 
III. Para quem produzir? 
 
Uma vez decidido que bens produzir e como produzi-los, a sociedade tem de tomar uma terceira decisão 
fundamental: quem irá receber estes bens e serviços? Sabemos que a produção total de bens e serviços 
deverá ser distribuída entre os diferentes indivíduos que compõem a sociedade. De que maneira esta 
distribuição ocorrerá? Será que as pessoas receberão a mesma quantidade de bens e serviços? Ou será 
que a distribuição de bens e serviços será feita segundo a contribuição de cada um à produção? Ou a cada 
um segundo a sua necessidade (equidade)? Ou desejos? 
 
1.5.1 Curva de Possibilidade de Produção (CPP) 
 
A CPP demonstra a capacidade máxima de produção da sociedade, supondo o pleno emprego dos fatores 
de produção. 
 
 
11 
 
É o conceito teórico que demonstra o problema da escassez de recursos. Devido a essa escassez, a 
produção total de um país tem limite máximo que se denomina produto do pleno emprego dos fatores de 
produção. 
 
A análise das ilimitadas necessidades humanas e da escassez de recursos empreendida até aqui conduz à 
conclusão de que a Economia é uma ciência ligada ao problema de escolha. Esse fato pode ser 
exemplificado através da utilização de gráficos e de exemplos aritméticos. Para fins de simplificação, 
discutiremos o dilema da opção e suas possíveis soluções aplicadas a um empreendimento agrícola. 
Posteriormente, a questão da escolha será abordada no âmbito de todo o Sistema Econômico. 
 
Três hipóteses básicas são necessárias para que possamos desenvolver o modelo da “Curva de 
Possibilidades de Produção”: 
 
• Existência de uma quantidade fixa de recursos; 
• Existência de pleno emprego dos recursos disponíveis; 
• A tecnologia permanece constante. 
 
MODELO: Uma Fazenda e sua Fronteira de Possibilidades de Produção 
 
Todo modelo é construído a partir de um conjunto de hipóteses cuja estrutura, determinadapor esse 
conjunto, permanece válida na medida em que o conjunto de suposições o seja. Assim, consideremos 
inicialmente uma fazenda com uma determinada extensão de terra, um conjunto de instalações, máquinas e 
equipamentos e um número fixo de trabalhadores. Consideremos ainda que o proprietário dessa fazenda 
possua qualificações técnicas que lhe permitem dedicar-se a qualquer tipo de atividade agrícola. Ao decidir 
o que e como produzir, o fazendeiro estará decidindo a maneira por qual seus recursos produtivos serão 
distribuídos entre as várias combinações de bens possíveis. Quanta terra será destinada à pastagem? E à 
produção de soja? Será conveniente utilizar parte da área destinada à lavoura de soja e parte para o plantio 
de milho? Por que não introduzir também a cultura de arroz? De que modo os empregados serão utilizados 
nas várias atividades? 
 
Como a análise simultânea de tais problemas é bastante complicada, a análise será simplificada, supondo 
que essa fazenda só produza dois tipos de bens: milho e soja. 
 
Se o fazendeiro utilizar toda a terra para cultivar milho, não haverá área disponível para o plantio de soja. 
Por outro lado, se ele quiser se dedicar somente à cultura de soja, utilizando-se de toda a sua propriedade 
para este fim, não poderá plantar milho. 
 
Estamos diante de duas opções extremas. Existirão claro, soluções alternativas intermediárias, com a 
utilização de parte das terras para o plantio de soja, ficando a fração restante para a cultura do milho. As 
várias possibilidades de produção podem ser ilustradas através de um exemplo numérico. Tomemos, então, 
o seguinte quadro: 
 
ALTERNATIVA SOJA (Kg) MILHO (Kg) 
A 0 8.000 
B 1.000 7.500 
C 2.000 6.500 
D 3.000 5.000 
E 4.000 3.000 
F 5.000 0 
 
Suponhamos, então, que o fazendeiro decida utilizar toda a sua propriedade (e demais recursos) no cultivo 
de milho. Neste caso será possível produzir no máximo 8.000 quilos de milho (alternativa A) e, nenhuma 
quantidade de soja. No outro extremo, imaginemos que todos os recursos sejam investidos em soja. Neste 
caso, o volume máximo a ser produzido seria de 5.000 quilos, enquanto que a produção de milho seria zero 
(alternativa F). O quadro nos fornece uma escala numérica com algumas possibilidades intermediárias (B – 
C – D – E), que refletem a disposição do produtor de optar pela produção conjunta de ambos os bens. 
 
Devemos observar que na hipótese de plena utilização da terra, aumentos na produção de soja ocorrerão 
somente mediante utilização das áreas destinadas à cultura do milho. Logo, se reduz a produção de milho 
em benefício da lavoura de soja. Com a representação gráfica, fica clara a escala de possibilidades de 
produção entre o milho e a soja. 
 
 
12 
 
 
 
O ponto A indica uma situação em que toda terra está sendo utilizada na produção de milho. Neste caso, a 
produção de soja é zero. O ponto F indica o outro extremo, ou seja, quando a terra é usada exclusivamente 
para plantar soja; logo a produção de milho é nula. Os pontos B – C – D – E indicam possíveis 
combinações intermediárias ao alcance do produtor na hipótese da terra estar sendo plenamente utilizada. 
 
Podemos agora unir os pontos de A até F. A linha resultante denomina-se “Curva de possibilidades de 
Produção” (ou Fronteira de possibilidades de Produção) e nos mostra todas as combinações possíveis 
entre milho e soja que podem ser estabelecidas, quando todos os recursos disponíveis estão sendo 
utilizados. 
 
 
 
 
 
1.5.2 Custo de Oportunidade 
 
Acabamos de verificar que, se a fazenda estiver usando eficientemente seus recursos (o que indica uma 
situação de pleno emprego desses recursos), um aumento na produção de soja somente ocorrerá mediante 
diminuição na produção de milho. Assim, o custo de um produto poderá ser expresso em termos da 
quantidade sacrificada do outro. 
 
“Custo de Oportunidade” é a expressão utilizada para exprimir os custos no que se refere às alternativas 
sacrificadas. Ainda de acordo com o nosso exemplo, se estivermos no ponto C da curva (6.500 Kg milho e 
2.000 Kg de soja) e quisermos passar para o ponto D, aumentando a produção de soja para 3.000 Kg, este 
aumento só será possível mediante o sacrifício de 1.500 Kg de milho. O custo de oportunidade desses 
1.000 Kg adicionais de soja será dado pelos 1.500 Kg de milho a serem sacrificados. 
 
Seguindo a linha de raciocínio, o “Custo de Oportunidade” de se aumentar a produção de soja de 3.000 Kg 
para 4.000 Kg (passagem do ponto D para o ponto E da curva de possibilidades de produção) será de 2.000 
Kg de milho. 
 
Qualquer que seja o movimento ao longo da curva de possibilidades de produção ficará claro que haverá 
uma “troca” entre soja e milho. Essa troca é conhecida em economia como “custo de oportunidade” e é 
definido como sendo o valor da próxima melhor alternativa que deve ser sacrificada quando uma escolha é 
feita. 
 
Cabe, aqui, fazer uma análise um pouco mais aprofundada a respeito desse importante conceito na teoria 
econômica. Aprendemos desde muito cedo que as pessoas têm que fazer escolhas porque existe a 
escassez. Devido às nossas ilimitadas necessidades em face dos limitados recursos existentes algumas 
dessas necessidades não serão satisfeitas. Devemos então, fazer escolhas. 
 
O maior valor da oportunidade ou alternativa não escolhida vem a ser o que chamamos de “custo de 
oportunidade”. Toda vez que fazemos uma escolha incorremos em um custo de oportunidade. Aliamos 
assim, a escolha de qual é o produto a ser produzido, com a escassez de mercado desse mesmo produto, 
para assim, termos o maior retorno financeiro possível na transação. 
A
B
C
D
E
F
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
M
ilh
o
 
KG
Soja Kg
Alternativas de Produção
Milho (kg)
 
13 
 
 
Reparem como estamos usando as forças de mercado e aprendizado de escassez para escolhermos os 
bens ou serviços que produziremos para atender esta voraz necessidade humana pelo consumo, 
produzindo decisões de melhor retorno para a empresa. 
 
Vimos que com a curva de possibilidades de produção temos a noção clara da limitação não somente de 
uma fazenda, como também de toda a cadeia produtiva mundial. É com este conhecimento que as 
empresas de bens e serviços se movem. Aliados ao conhecimento da escassez vêm os custos de 
oportunidade com maior e melhor clareza para a tomada de decisão para a empresa. 
 
 
Resumo e Exemplos de Custos de Oportunidade 
 
Todos os recursos ou fatores de produção têm custos de oportunidade associados a eles. Um fazendeiro, 
por exemplo, ao decidir plantar batata, faz empiricamente (intuitivamente) uma análise do custo de 
oportunidade de suas terras e do que ele poderia estar ganhando com plantios alternativos à batata. O 
comerciante que decide investir seu capital em uma mercearia também compara os possíveis lucros do 
capital investido na mercearia com os rendimentos que esse mesmo capital poderia lhe dar numa aplicação 
financeira. Assim, os juros de uma aplicação financeira correspondem ao custo de oportunidade do capital 
investido na mercearia. O investimento da mercearia só será compensatório se houver a expectativa de que 
ele gere lucros superiores ao custo de oportunidade do capital, ou seja, aos juros pagos pelo mercado. 
 
Com a CPP podemos estabelecer os níveis de produção, de forma a trazer o melhor retorno para o 
investimento realizado. � Custo de oportunidade. 
 
Custo de Oportunidade é a expressão utilizada para exprimir os custos no que se refere às alternativas 
sacrificadas. 
 
O maior valor da oportunidade ou alternativa não escolhida vem a ser o que chamamos de “custo de 
oportunidade”. Toda vez que fazemos uma escolha incorremos em um custo de oportunidade. Aliamos 
assim, a escolha de qual é o produto a serproduzido, com a escassez de mercado desse mesmo produto, 
para assim, termos o maior retorno financeiro possível na transação. 
 
“O custo exato é uma utopia” e, “custo de oportunidade é o custo por não tomar uma determinada 
alternativa de ação”. Para Iudícibus (2011), o Custo Oportunidade: é o valor do benefício que se deixa de 
receber, quando em um processo de decisão, se opta por determinado investimento em detrimento de 
outro, sendo os benefícios das alternativas rejeitadas o custo oportunidade da alternativa escolhida. 
 
CUSTO DE OPORTUNIDADE OU CUSTO ALTERNATIVO. Conceito de Alfred Marshall, cujo conceito diz 
que, os custos não devem ser considerados absolutos, mas igual a uma segunda melhor oportunidade de 
benefícios não aproveitados. Representa o benefício que foi desprezado ao escolher uma determinada 
alternativa em função de outras. Ou seja, quando a decisão para as possibilidades de utilização de A excluir 
a escolha de um melhor B, podem-se considerar os benefícios não aproveitados decorrentes de B, como 
custos de oportunidade (opportunity costs). 
 
Ex.: O custo para produzir milho (A) sacrificando-se uma parte de soja (B), considera-se custo de 
oportunidade a parte sacrificada de soja (B), pois, naquele momento (ceteris paribus), a melhor opção de 
retorno encontrada no mercado é para a produção de milho (sacrifícios). 
 
Para Santos (s.d.), o conceito de custo de oportunidade é utilizado nas decisões de preço, pois, apesar da 
decisão poder ser orientada por diversas abordagens, qualquer que seja o modelo de decisão, o gestor 
deveria incorporar este conceito na avaliação das alternativas de preços de produção, como uma 
informação relevante no processo decisório. Outro exemplo pode ser citado, como o de um técnico 
especializado que tenha um negócio próprio, ele deve computar no custo deste empreendimento o salário, 
valorizado a preço de mercado, que estaria recebendo caso estivesse trabalhando como empregado numa 
determinada organização, pois este seria o uso alternativo de sua mão de obra. 
 
O custo de oportunidade está sempre associado ao valor de mercado dos bens e serviços utilizados nas 
alternativas. Como por exemplo, se determinada empresa montadora de automóveis possui em seu estoque 
um lote de aço comprado há trinta dias e,- outro lote comprado no dia anterior por um valor de mercado 
superior, todo o estoque de aço deve ser valorizado ao preço de mercado atual, pois este representa o 
custo de oportunidade deste recurso. 
 
 
14 
 
1.6 Demanda ou Procura 
 
Demanda é toda escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. 
 
Quantidade demandada entende-se por um ponto específico da curva relacionando um preço a uma 
quantidade. 
 
1.6.1 Lei da Demanda 
 
A quantidade procurada relacionada ao preço Po é Qo. Caso o preço aumente para P1 haverá uma 
diminuição na quantidade demandada e não na demanda = as alterações da quantidade demandada 
ocorreram ao longo da própria curva (P = preço; Q = quantidade, curva decrescente). 
 
A simples análise da realidade nos diz que a quantidade que um indivíduo demandará de um bem, num 
momento determinado do tempo, dependerá de seu preço. Quanto maior o preço de um bem, menor será a 
quantidade que cada indivíduo estará disposto a comprar. Alternativamente, quanto menor o preço, maior 
será o número de unidades demandadas. Logicamente, para cada indivíduo, a demanda de qualquer bem, 
por exemplo, o número de laranjas na semana - não dependerá apenas do preço das laranjas, e sim de 
uma série de fatores, dentre os quais se destacam os gostos ou preferências, a renda disponível e o preço 
de outros bens relacionados com as laranjas, como, por exemplo, as maçãs. 
 
Para simplificar, suponhamos que todos esses fatores, excetuando o preço das laranjas, permaneçam 
constantes. Neste caso, obtemos o que se denomina em economia de Curva de Demanda Individual, isto é, 
a relação existente entre o preço das laranjas e sua quantidade demandada, por parte de um indivíduo, 
durante um período de tempo determinado. Se somarmos para cada preço as quantidades de laranjas que 
cada um dos indivíduos estaria disposto a comprar, obtemos a Curva de Demanda de Mercado de laranjas. 
 
. A curva de demanda de mercado mostra a relação entre a quantidade demandada de um bem por todos 
os indivíduos e seu preço, mantendo constantes outros fatores (gosto, renda, preço de bens relacionados). 
 
O quadro abaixo representa a relação existente entre os preços de venda das laranjas e a quantidade em 
quilos demandada pelos consumidores numa semana. 
 
Tabela de Demanda de Laranjas 
Preço por quilo (reais) Quantidade Demandada 
(milhares de quilos por semana) 
A - 10,00 20 
B - 7,00 50 
C - 4,00 80 
D - 2,00 110 
E - 1,00 130 
 
Assim, se o preço for R$ 10,00 serão demandados 20 kg na semana; se o preço for R$ 7,00 o número de 
quilos de laranjas demandadas na semana será 50. A tabela de demanda e, em termos gráficos, a curva de 
demanda oferecem informações sobre a quantidade de laranjas que os consumidores poderiam adquirir a 
diferentes preços. 
 
. A tabela e a curva decrescente de demanda mostram que quanto maior o preço de um bem, menor a 
quantidade desse bem que os consumidores estariam dispostos a comprar. Paralelamente, quanto mais 
baixo o preço do bem, mais unidades serão demandadas. 
 
Existem duas razões que explicam o aumento do preço das laranjas e a diminuição da quantidade 
demandada por todos os consumidores. Por um lado, quando aumenta o preço das laranjas, alguns 
consumidores deixam de comprá-las, substituindo por outros bens - por exemplo, as maçãs. Outros 
consumidores reduzem a quantidade do produto, porque, no caso, as laranjas encareceram em relação a 
outros bens e porque a elevação do preço reduziu o poder aquisitivo de sua renda. Isso fará com que o 
consumidor compre menos de todos os outros bens e, em particular, daquele que estamos considerando. 
 
1.6.2 Deslocamento da Curva de Demanda 
 
Para cada preço há certa quantidade de laranjas que os indivíduos estão dispostos a comprar, uma vez que 
compram mais à medida que se reduz o preço. A curva de demanda do mercado é descendente da 
 
15 
 
esquerda para a direita, ou seja, tem inclinação negativa e refere-se à demanda do mercado como um 
todo.. 
 
 
Esta curva descreve a procura total do produto, dados os seus diferentes níveis de preços. 
 
Se a curva de demanda da firma for uma linha horizontal, estaria se referindo a apenas uma firma. Isto 
porque ela reflete a procura do seu produto somente. Como a firma é incapaz de alterar o preço corrente do 
mercado, a demanda de seu produto é perfeitamente elástica e, a curva de demanda é horizontal. 
 
1.6.3 Exceção à Lei da Demanda 
 
O bem de Giffen ou Paradoxo de Giffen é uma situação pouco provável na prática, pois ocorre quando há 
uma relação direta entre P e Q PROCURADA do bem (curva de demanda + inclinada). 
 
EX.: Suponhamos que o consumo de um bem é alto, pois tem a preferência dos consumidores e, ocorre a 
queda em seu preço. Com o aumento do poder aquisitivo do consumidor (poder de compra), o consumidor 
se cansa deste produto, reduz o seu consumo e passa a demandar outros, ou seja, a queda de preços 
levou à queda no consumo, o que contraria a Lei da Demanda. 
 
Relação Matemática 
 
Qx = f(P) quantidade procurada de um bem/serviço, num dado período de tempo, depende do preço do 
bem/serviço 
 
1.6.4 Efeito Substituição e Efeito Renda 
 
Se o preço de um bem aumenta, ceteris paribus, seu consumo cai, porque aumenta o consumo de bens 
substitutos (fósforos/isqueiros). 
 
Se o preço de um bem aumenta, ceteris paribus (Y = renda do consumidor e preços de outros bens 
constantes), o consumidor perde poder aquisitivo (porque a Y é a mesma e o P é maior), então diminui ademanda por esse bem (produto/serviço). 
 
Isso ocorre porque, o salário monetário não mudou, mas o salário real sim, porque o poder de compra foi 
corroído. (este é o poder da inflação) 
 
1.6.5 A Demanda Individual e a Demanda de Mercado 
 
A demanda de mercado é a soma de todas as demandas individuais, que são a quantidade demandada a 
cada preço por cada um dos compradores. Por isso, a curva de demanda de um mercado é determinada 
somando-se horizontalmente as curvas individuais de demanda. 
 
1.6.6 Elasticidade da Demanda 
 
Para a lei da demanda, coeteris paribus, a quantidade demandada de um bem diminui quando o seu preço 
aumenta. Graficamente, então, a demanda é quase sempre negativamente inclinada no plano preço e 
quantidade. As únicas duas exceções são os casos extremos de Demanda Perfeitamente Inelástica e 
Demanda Perfeitamente Elástica, quando uma variação qualquer no preço resulta, respectivamente, numa 
 
16 
 
variação zero ou infinita da quantidade demandada. (Economia aplicada para gestores, cadernos IESF, de 
Álvaro Almeida) 
 
Elasticidade: basicamente usa-se o termo elástico aos fatores que têm disponibilidade de se alterarem, 
como na relação de preços e quantidades. Inelástico, se a relação não se alterar, ou seja, para aumentos 
nos preços, não há mudança na quantidade comprada. Ex: medicamentos de alto custo, produtos de luxo. 
 
1.7 Oferta 
 
Oferta é a quantidade que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. 
Depende de vários fatores, como de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de 
produção, das preferências dos empresários e da tecnologia. 
 
Ex. Um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na oferta, onde se mantém os preços 
dos bens ofertados (coeteris paribus = salários iguais, mesmo parque industrial, etc) e, por outro lado, isso 
faz com que haja menor demanda. 
 
1.7.1 Lei da Oferta ou Lei Geral da Oferta 
 
Do mesmo modo que a demanda, a oferta de um bem real depende de um conjunto de fatores. São eles: a 
tecnologia, os preços de fatores produtivos (terra, capital, trabalho etc.) e o preço do bem que se deseja 
oferecer. Se permanecerem constantes todos os fatores citados, menos o preço do bem que se oferece, 
obteremos a relação existente entre o preço de um bem, por exemplo, as laranjas, e a quantidade de 
laranjas que um agricultor desejaria oferecer por preço, por unidade de tempo. 
 
• A relação numérica entre o preço das laranjas e a quantidade oferecida é a tabela de oferta. A 
expressão gráfica dessa relação é conhecida como Curva de Oferta Individual. Se somarmos para 
cada preço a quantidade de laranjas que cada um dos agricultores estaria disposto a oferecer, 
obtemos a Curva de Oferta de Mercado de "laranjas"; 
• A Curva de Oferta de Mercado mostra a relação entre a quantidade de um bem oferecida por todos 
os produtores e seu preço, mantendo constantes os outros fatores (tecnologia, preço de fatores 
produtivos, etc), ou seja, na condição coeteris paribus. 
 
1.7.2 Deslocamento das Curvas de Oferta 
 
A relação numérica e gráfica entre o preço das laranjas e a quantidade oferecida é mostrada, 
respectivamente, na tabela e na curva de oferta. Como se pode observar, ao aumentar o preço das laranjas 
- por exemplo, ao passar de R$ 1,00 para R$ 2,00 - a quantidade oferecida incrementa-se, passando de 10 
para 40 kg por semana. 
 
 
Tabela de Oferta de Laranjas 
Preço por quilo (reais) Quantidade Ofertada 
(milhares de quilos por semana) 
F - 10,00 150 
G - 7,00 120 
H - 4,00 80 
I - 2,00 40 
J - 1,00 20 
 
 
 
Curva de Oferta de Laranjas 
 
 
17 
 
 
 
 
A cada preço os agricultores estão dispostos a oferecer uma quantidade de laranjas. Conforme aumenta o 
preço, os agricultores aumentam a oferta de laranjas, pois os lucros obtidos serão maiores. Tal como 
destacamos ao falar da demanda, a oferta não pode ser considerada uma quantidade fixa, mas apenas uma 
relação entre a quantidade oferecida e o preço, o qual dita a quantidade no mercado. 
 
. A tabela e a curva crescente de oferta mostram como a quantidade oferecida aumenta junto com o preço, 
refletindo o comportamento dos produtores. 
 
1.8 Ponto de Equilíbrio ou Equilíbrio do Mercado 
 
Quando colocamos em contato os consumidores e, produtores com seus relativos planos de consumo e 
produção, isto é, com suas respectivas curvas de demanda e oferta em um mercado particular, podemos 
analisar como acontece a interação entre ambos os agentes. 
 
Isoladamente, nem a curva de demanda, nem a curva de oferta poderiam nos dizer até onde podem chegar 
os preços ou em que medida os planos dos consumidores e dos produtores são compatíveis. Para isso, 
devemos realizar um estudo conjunto de ambas as curvas e proceder por tentativa e erro, analisando para 
cada preço a possível compatibilidade entre a quantidade vendida e a demandada. 
 
O quadro e a curva abaixo mostram como um preço arbitrário não consegue fazer coincidir os planos de 
oferta e demanda. Apenas quando o quilo das laranjas é de R$ 4,00, a quantidade que os consumidores 
planejam demandar coincide com a quantidade que os produtores planejam oferecer. Em outras palavras, 
só no ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta coincidem os planos de demandantes e 
ofertantes. Ademais, somente a um preço se dá essa coincidência de planos. É o chamado preço de 
equilíbrio, e a quantidade oferecida e demandada (comprada e vendida) denominas e quantidade de 
equilíbrio. Costuma-se também dizer que o preço de equilíbrio zera o mercado, ou seja, na situação de 
equilíbrio igualam-se as quantidades oferecidas e demandadas. 
 
Quando o preço é maior que o de equilíbrio, por exemplo, R$ 7,00 por quilo de laranja, a quantidade que os 
produtores desejam oferecer (120 kg) excede à quantidade que os demandantes desejam adquirir (50 kg), 
ou seja, provoca um excesso de oferta. E, devido à pressão da mercadoria excedente, que não é vendida, a 
concorrência entre os vendedores fará o preço descer até a situação de equilíbrio. Ao contrário, se o preço 
é menor que o de equilíbrio, por exemplo, R$ 2,00 por quilo de laranja, a quantidade que o demandante 
deseja adquirir (110 kg) é maior que a oferecida pelos produtores (40 kg), isto é, há excesso de demanda. 
Nesse caso, os compradores que não obtiveram a quantidade desejada do produto pressionarão a 
elevação de preços até ele cair e assim, adquirir a quantidade desejada. 
 
. O preço de equilíbrio é aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores e dos 
ofertantes ou produtores. 
 
Tabela de Equilíbrio do Mercado 
Preço por quilo 
(reais) 
Quantidade Demandada 
(1.OOO/quilo) 
Quantidade 
Ofertada 
(1.OOO/quilo) 
Situação do Mercado 
 
 
18 
 
10,00 20 150 Excedente ou excesso de oferta 
7,00 50 120 Excedente ou excesso de oferta 
4,00 80 80 Equilíbrio de mercado 
2,00 110 40 Escassez ou excesso de demanda 
1,00 130 20 Escassez ou excesso de demanda 
 
 
 
 
 
Este equilíbrio tem lugar para o preço igual a R$ 4,OO/kg. Para um preço maior, a quantidade oferecida 
excede à demandada, e os excedentes fazem com que o preço diminua. Em troca, para qualquer preço 
inferior ao de equilíbrio, a quantidade demandada supera a oferecida, e os demandantes insatisfeitos fazem 
subir o preço até a situação de equilíbrio. 
 
CETERIS PARIBUS: É um conceito econômico para fazer uma análise de mercado da influência de um 
fator sobre o outro, onde as demais variáveis se mantêm inalteradas. Ou cada variável afeta separadamente 
as decisões do consumidor/ofertante. É utilizada em razão da complexidade da análise onde existe um 
número indeterminado de variáveis de influência remota que podem, eventualmente, desconectar a 
observação do resultado.EQUIDADE: Está associada a uma distribuição justa dos recursos na sociedade. Por outro lado, uma 
política que tenha como meta a equidade entre indivíduos ou regiões dará tratamento diferente aos 
mesmos, visando desta forma, uma convergência dos menos favorecidos primeiro para depois ir em direção 
aos mais favorecidos. 
 
1.9 Inflação 
 
Inflação é o aumento generalizado de preços. (SANDRONI, 1999, p. 301).É um fenômeno monetário 
(observável e replicável). 
 
Inflação é o aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do poder 
aquisitivo da moeda. É um fenômeno monetário e, isso coloca uma questão básica: se é a expansão da 
oferta de moeda que tem efeito inflacionário ou se ela ocorre como resposta à maior demanda de moeda 
provocada pela inflação. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. 
 
A inflação pode ser dividida em: 
 
1.9.1 Inflação de Demanda (fatores monetários) 
 
É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação 
da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos. 
 
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em 
instrumentos que provoquem a redução da procura agregada. 
 
1.9.2 Inflação de Custos (fatores estruturais, choques de custos alteram a oferta) 
 
19 
 
 
É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento 
dos custos ocorre uma retração da produção (diminui a oferta de bens), fazendo com que os preços de 
mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos 
salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente (porque há repasse desse aumento 
para os preços dos produtos); o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos 
custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de 
mercado, pois algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção. 
 
A inflação, normalmente, pode resultar de fatores estruturais (inflação de custos), monetários (inflação de 
demanda) ou de uma combinação de fatores. Entretanto, independentemente da causa inicial do processo 
de elevação dos preços, a inflação adquire autonomia suficiente para se autoalimentar por meio de reações 
em cadeia (a elevação de um preço “puxando” a elevação de vários outros). Desse modo, configura-se a 
chamada espiral inflacionária. 
 
A escola monetarista atribui papel decisivo às expectativas inflacionárias como impulsionadoras das 
elevações da taxa de juros, das maiores demandas salariais, dos reajustes sistemáticos da taxa cambial e, 
por extensão, como fator explicativo da autonomia relativa do processo inflacionário. Tudo surgiria 
espontaneamente em função do comportamento racional dos agentes dentro de mercados competitivos. 
 
Os estruturalistas, por sua vez, explicam a inflação pelo fato de que as demandas salariais deixam de ser 
uma questão exclusivamente econômica; elas adquirem caráter sociopolítico, envolvendo sindicatos, 
empresas e o governo, o que contribui para generalizar a prática da fixação dos preços em função dos 
aumentos de custos, em detrimento do rigor impessoal dos mercados competitivos. Dessas duas posições 
originam-se modelos diferenciados para o processo inflacionário. 
 
Perguntas sobre o Módulo I – 2ª. Parte 
 
1 – Defina Economia. 
 
2 - Os fatores de produção são limitados e podem ser combinados de formas diferentes, conforme o local e 
situação histórica. Leia os textos abaixo e os relacione aos fatores correspondentes: 
I. “icloud, novo serviço criado pela Apple promete consolidar de vez a era da computação livre de discos 
rígidos – é a chamada era da computação na nuvem -, que aumenta ainda mais a influencia da 
empresa sobre seus clientes” (Revista IstoÉ, pág.112, de 15/06/2011) 
II. “Os pequenos negócios estão ganhando força. O cenário economico aquecido propiciou o avanço 
para o Microempreendedor Individual – MEI. Hoje eles são reconhecidos, possuem CNPJ, podem 
criar empregos e, pegar empréstimos, ou seja, buscar crédito em bancos ao comprovar renda” 
(Revista Gestão&Negócios, pág.28, set/2011) 
III. “O Brasil vive um momento inverso ao dos EUA, pois a taxa de desemprego geral de junho de 2011 
foi de 6,2%, segundo o IBGE, enquanto dos EUA foi de 9,1%, de acordo com o United States 
Department of Labor. No Brasil a taxa de desemprego entre as mulheres é de 7,6%, contra 5% dos 
homens. A situação dos jovens é desesperadora, pois 42,1% dos desempregados no país têm menos 
de 24 anos, portanto ficam à disposição da criminalidade. Por outro lado temos que, o desemprego 
brasileiro cai principalmente graças à geração de empregos braçais de baixa remuneração” (por Luiz 
Guilherme Brom, in Revista Gestão&Negócios, pág.27, set/2011) 
IV. “No Brasil, o etanol é feito principalmente da cana-de-açúcar, mas também pode ser produzido a partir 
de grãos - como trigo, cevada e milho (caso dos EUA). Até mesmo batatas podem servir de matéria-
prima. O problema relacionado ao uso do etanol como combustível em larga escala acarreta duas 
questões relacionadas a: 
• Não há tanta energia no etanol quanto há na gasolina; 
• Para criar quantidades significativas de energia a partir de grãos, o espaço disponível para o cultivo 
de alimentos comestíveis se esgotaria. 
Aliado a essas questões há também o problema de que para plantar os fazendeiros utilizam 
equipamentos abastecidos por combustível fóssil, para colher, processar e transportar o combustível 
também (o etanol não pode ser transportado em tubulações subterrâneas porque ele capta impurezas 
que podem ser prejudiciais” (Boletim UOL – Como funciona o etanol, acesso em 10/10/2011) 
 
I - III - 
II - IV - 
 
3 - Defina os tipos de bens abaixo: 
a) Máquina ______________________________________________________________________ 
 
20 
 
b) Arroz e feijão ____________________________________________________________ 
c) Carne e frango ___________________________________________________________ 
d) Shampoo ________________________________________________________________ 
 
4. O conceito de escassez aplica-se tanto a um milionário como a um pobre sem abrigo por que: 
A) Ambos têm os mesmos direitos protegidos pela constituição. 
B) O dia de ambos tem apenas 24 horas. 
C) Ambos são consumidores. 
D) Ambos têm de trabalhar para sobreviver. 
 
5 – Os elementos que interferem na demanda do bem são: 
I. Preço do bem 
II. Preço dos outros bens 
III. Renda do consumidor 
IV. Gosto ou preferência do individuo 
 
a) ( ) As alternativas I e II estão corretas; 
b) ( ) As alternativa I, II e III estão corretas. 
c) ( ) As alternativas III e IV estão corretas. 
d) ( ) Somente a alternativa IV está correta. 
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas. 
 
6 – Porque surgem os problemas econômicos? 
 
7 – “O ritmo forte da atividade econômica, alimentado pelo crédito e pela elevação da renda dos 
trabalhadores favorece a _____________” – Fonte: Estadão – 26/09/10. 
a) Aumento da dívida pública 
b) Expansão do consumo 
c) Oscilação cambial 
d) A retração da taxa de juros 
e) A diminuição do poder aquisitivo do trabalhador 
 
8 – Conceitue e dê exemplos: 
a) Fatores de Produção b) Custo de Oportunidade c) Ceteris Paribus 
 
9 – Qual a definição para os seguintes eventos econômicos: 
Inflação, desinflação, deflação, recessão e depressão? 
 
10 – Leia o artigo abaixo de José Eustáquio Diniz Alves (CEPAL/CELADE, 2010) e responda: 
http://www.ecodebate.com.br/2010/03/01/crescimento-economico-e-reducao-da-pobreza-na-america-latina-
artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/ 
 
DIMINUIÇÃO DA POBREZA NA AMERICA LATINAOs dados estatísticos das três últimas décadas mostram de forma contundente que existe uma forte relação 
entre o crescimento econômico e a redução da pobreza na América Latina. o passado histórico de exclusão 
social e, a crise econômica jogaram quase metade da população latinoamericana na pobreza. 
 
A década de 1990 foi um pouco melhor e houve recuperação da renda e redução da pobreza até o ano 
2000. Em 1994 a renda per capita voltou ao patamar de 1980 (época do plano real). Mas, em 2002 a 
incidência de pobreza começou a subir e chegou a 44,3%. Em 2008 caiu para 33,2. 
 
Durante 25 anos (1980 a 2004), o percentual de pobreza ficou acima de 40% e parecia que nunca iria cair 
abaixo deste patamar. Porém, num período de 7 anos (2002-2008) a população em situação de pobreza 
teve a sua maior queda histórica no continente. O que é digno de comemoração, se bem que ter um terço 
da população em condições de vulnerabilidade ainda coloca um desafio enorme para a América Latina 
obter maior bem-estar e justiça social. 
 
Os dados sugerem que o crescimento econômico sustentado teve um papel importante na redução da 
pobreza. Mas, evidentemente, outros fatores também contribuíram e, atuaram em conjunto para a 
população do continente avançar nos indicadores de bem-estar e para atravessar a porta de saída da 
“armadilha da pobreza”. Tomemos apenas um indicador demográfico. 
 
21 
 
 
A razão de dependência demográfica total (população de 15-64 anos dividida pela soma da população de 0-
14 anos e 65 anos e mais, multiplicada por cem) era de 78 pessoas em 1980. Este número veio caindo e 
deve atingir o patamar mais baixo entre 2025 e 2030. Em seguida, apresenta uma tendência de subida em 
função do processo de envelhecimento populacional, mas mesmo assim, a razão de dependência 
demográfica será de 60 pessoas dependentes para cada 100 em idade ativa em 2050, contra o número de 
78 em 1980. Menor razão de dependência significa maior capacidade de poupança e, de investimento por 
parte das famílias (microeconômica) e do Estado (macroeconômica). 
 
Portanto, os dados mostram que as condições demográficas já estavam ajudando ao crescimento 
econômico e, à redução da pobreza desde meados dos anos 1970. Porém, a crise da dívida externa que 
atingiu o continente nos anos 80 jogou milhões de trabalhadores no desemprego e no sub-emprego. Além 
de ter provocado uma queda geral dos níveis de rendimento da população. Na década de 1990 o 
crescimento econômico ficou positivo, mas com baixo dinamismo, baixa mobilidade social e alto 
desemprego e sub-emprego. Assim, somente após o ano de 2002, quando as condições da economia 
internacional ajudaram e a América Latina implementou uma série de medidas econômicas e sociais, foi que 
se pode aproveitar as condições favoráveis da estrutura etária. 
 
O que permitiu a redução da pobreza na América Latina nos últimos anos foi a combinação de crescimento 
econômico com a redução da razão de dependência demográfica, provocada pela queda das taxas de 
fecundidade. A menor carga demográfica implica em maior renda per capita por família, maior capacidade 
de poupança e consumo e maior oferta de mão-de-obra para a economia. Com menos filhos (especialmente 
aqueles menores de idade) as mulheres podem dar mais atenção ao estudo, ao emprego e às suas 
carreiras, tendo como compensação maiores salários e, rendimentos em retorno à maior experiência e, ao 
maior capital humano aplicado. Assim, o aumento das taxas de atividade feminina no mercado de trabalho é 
consequência e, resultado deste processo conjunto de transformações econômicas e demográficas. 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA + ASCENÇÃO DA CLASSE MÉDIA 
 
A mudança na estrutura etária provocada pela transição demográfica (menor fecundidade e maior 
esperança de vida) constitui uma verdadeira janela de oportunidade para a superação das condições de 
vulnerabilidade social no continente. Maior número de adultos trabalhando (ou aposentados e cobertos pelo 
sistema de proteção social) contribui para o crescimento da “classe média”, pois ocorre um aumento da 
renda familiar total, em um contexto de redução do número de dependentes na família. No Brasil, os dados 
do IBGE mostram que o tamanho médio das famílias nas unidades domiciliares caiu de 5 pessoas em 1970 
para 3,3 pessoas em 2008. A razão de dependência de crianças (de 0 a 14 anos) na América Latina e 
Caribe caiu pela metade, passando de 80 para 40 crianças entre 1970 e 2010. Portanto, as condições 
demográficas têm sido favoráveis ao crescimento econômico e, à mobilidade social ascendente. 
 
Porém, a América Latina ainda é a região com maiores desigualdades sociais do mundo e, possui um terço 
da sua população em condições de vulnerabilidade. Para que a região possa continuar crescendo 
economicamente e, reduzindo a pobreza precisa colocar como meta a obtenção do pleno emprego e a 
criação de trabalhos decentes, especialmente para os jovens e as mulheres, que são os mais afetados pelo 
desemprego e o sub-desemprego. Também precisa avançar na sustentabilidade ambiental, pois o 
crescimento a qualquer custo pode trazer danos futuros irreversíveis à natureza. 
 
A crise econômica de 2009 provocou uma forte queda na renda per capita na América Latina e Caribe. 
Felizmente, as políticas de proteção social implementadas nos últimos anos na região serviram de “colchões 
amortecedores” e, o impacto da recessão sobre a pobreza não foi tão forte, como na década de 1980. As 
previsões apontam para uma recuperação positiva a partir do ano de 2010. As atuais perspectivas são boas 
no sentido de retomada da economia. 
 
Referência: 
 
CEPAL/CELADE. Informe de América Latina sobre los progresos y las perspectivas de la implementación 
del Programa de Acción de la Conferencia Internacional sobre la Población y el Desarrollo 1994-2009, 
Versión preliminar, Santiago, octubre de 2009. Disponible em: 
<http://www.eclac.org/celade/agenda/5/37065/Inf_preliminarCIPD+15AL.pdf>. 
 
ECLAC / CEPAL 
www.eclac.org 
 
LIVROS: 
 
22 
 
Panorama Social de América Latina 2014 
 
ESTATÍSTICAS LATAM 
www.cepal.org/es 
 
PERGUNTAS SOBRE O TEXTO: Dimuição da Pobreza na América Latina 
 
1. Qual é o resultado do crescimento econômico sustentado? 
2. O que é Razão de Dependência Demográfica (RDD)? 
3. O que é preciso para a América Latina continuar crescendo economicamente? 
4. Inclua mais uma opção/ação que pode ser feita para corroborar com a pergunta 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II – MERCADO 
 
Mercado é toda instituição social na qual, bens e serviços, assim como os fatores produtivos são trocados 
livremente. 
 
 
23 
 
Alguns mercados são lugares reais onde as pessoas vão comprar bens, como, por exemplo, o CEAGESP 
em São Paulo, e os mercados centrais de frutas e verduras que existem na maioria das cidades � Fluxos 
reais. 
 
A bolsa de valores (BM&F) - isto é, o mercado de valores - é um bom exemplo de como funciona a 
economia capitalista ou economia de mercado. É o local onde se reúnem muitos indivíduos para realizar 
operações financeiras (comprar e vender ações e outros títulos). A ação conjunta dos agentes determina as 
cotações, isto é, os preços � Fluxos monetários. 
 
O essencial de todo mercado é que os compradores e vendedores de qualquer bem ou serviço entram 
livremente em contato para comercializá-lo. Sempre que isso ocorre, podemos dizer que estamos diante de 
um mercado. 
 
2.1 A Mão Invisível do Mercado 
 
Conceito desenvolvido por Adam Smith em seu livro “A Riqueza das Nações” (SANDRONI, 1999, pp. 365-
366), que significa uma coordenação invisível que assegura a consistência dos planos individuais numasociedade onde predomina um sistema de mercado. De acordo com Smith, um indivíduo que busca apenas 
seu próprio interesse é na verdade conduzido por uma mão invisível a obter um resultado que não estava 
originalmente em seus planos. Esse resultado obtido corresponderia ao interesse da sociedade. 
 
A concepção de Smith, embora tenha correspondência na realidade, não significa que o mercado funcione 
tão bem assim conduzido pela mão invisível. 
 
As crises, as distorções e desigualdades na distribuição da renda, a existência de desemprego crônico e 
elevado significam que a mão invisível nem sempre proporciona a harmonia entre os interesses individuais 
e os da sociedade. 
 
2.2 Mercado: Vantagens e Desvantagens 
 
No capitalismo a forma de organização do mercado tem suas vantagens e desvantagens (HEILBRONER & 
THUROW, 2001, pp. 194-195), pois o mercado tem pontos fracos e áreas ineficientes peculiares à sua 
natureza institucional. O remédio exige um tipo de intervenção política, quando o mecanismo econômico 
autorregulador não funciona: 
 
• Regulamentação; 
• Tributação; 
• Subsídios. 
 
Assim, essa intervenção governamental pode reparar as falhas individuais do mercado e, fortalecer a 
operação do sistema como um todo. 
 
As vantagens do mercado, segundo os autores são basicamente duas: 
 
O mercado estimula os indivíduos a aplicar energias, habilidades, ambições e disposição a correr riscos nas 
atividades econômicas da vida. Isso dá ao sistema um alto grau de flexibilidade, vitalidade, inventividade e 
tendência às mudanças. Apesar de todas as suas falhas, as economias de mercado exibiram um 
crescimento espantoso e, a fonte desse crescimento será em última instância está nas atividades dos 
agentes do mercado. No mundo de hoje, não se conseguiu fazer nenhum outro sistema funcionar. Todos os 
países de alta renda usam as economias de mercado como o mecanismo básico para produzir bem-estar 
econômico 
 
Nas economias modernas, os sistemas econômicos tendem a utilizar um mix entre os dois sistemas, pois há 
a questão social de redistribuição de riqueza. Por isso, algumas formas de estrutura de mercado são ilegais, 
como veremos a seguir. 
 
 
2.3 O Mercado e a Concorrência 
 
A concorrência está associada, normalmente, à ideia de rivalidade ou oposição entre dois ou mais sujeitos 
para conseguir um objetivo. Em Economia, essa concepção foi complementada por outra que considera a 
 
24 
 
concorrência um mecanismo da organização de mercados, isto é, uma forma de determinar os preços e as 
quantidades de equilíbrio. 
 
2.4 Tipos de Mercados pelo tipo de Ofertantes 
 
Como vimos acima, o mercado é uma forma de intercâmbio na qual se realizam compras e vendas de bens 
e serviços, pondo em contato compradores e vendedores (M.Books, cap. 10). 
 
Quando falamos em ofertantes, ou seja, produtores, devemos analisar os diferentes tipos de mercado em 
que estão inseridos, como segue: 
 
a) Concorrência Perfeita: Muitos compradores ante muitos vendedores; 
b) Concorrência Imperfeita: São os mercados nos quais os produtores são suficientemente grandes 
para ter efeito sobre a alteração dos preços. Não aceitam os preços exógenos (fora do mercado). 
Dentro desse tipo de mercado, destacam-se os monopólios e os oligopólios. Quanto mais elevado 
for o número de participantes, mais competitivo será o mercado: 
 
• Oligopólio: Número reduzido de vendedores ante muitos compradores; 
• Monopólio: Um só vendedor ante muitos compradores. 
 
 
 
 
O mercado em concorrência perfeita é aquele no qual existem muitos compradores e vendedores, de forma 
que nenhum comprador ou vendedor individual exerce influência sobre o preço. Para o mercado ser 
chamado de perfeitamente competitivo deve cumprir simultaneamente as quatro regras, a seguir: 
 
• Existência de elevado número de ofertantes e demandantes, que implica que a decisão individual 
de cada um deles exercerá pouca influência sobre o mercado global; 
• Homogeneidade do produto, que supõe não existir diferença entre os produtos; 
• Transparência do mercado, que requer que todos os participantes tenham pleno conhecimento das 
condições gerais em que opera o mercado; 
• Liberdade de entrada e saída de empresas, de forma imediata, porque, por exemplo, se uma 
empresa produz calçados e não obtém lucros, poderá mudar de atividade e começar a produzir 
bens mais lucrativos. 
 
O preço que se determina no equilíbrio de um mercado concorrencial não dará às emprsesas em geral, os 
mesmos lucros, pois podem até ter uma mesma tecnologia, mas a curto prazo, porém as instalações fixas 
das diferentes empresas serão diferentes, de forma que os custos e os lucros também serão. 
 
2.5 A Concorrência Perfeita e a Eficiência Econômica 
 
Nos mercados de concorrência perfeita, as empresas que buscam os maiores lucros, devem recorrer ao 
máximo à tecnologia, ou seja, incorporar os últimos avanços em tecnologias produtivas. Portanto, a 
concorrência perfeita procura maiores lucros por meio da maior eficiência, do melhor aproveitamento 
(resultados) dos fatores produtivos e da modernização tecnológica. (M.BOOKS, cap. 10 p. 150-160) 
 
No mundo real, não é frequente acontecer a concorrência perfeita, por isso, o monopólio aparece como seu 
extremo. O empresário concorrencial toma o preço como dado e adapta seu comportamento às condições 
de mercado. O empresário monopolista, pelo contrário, desempenha um papel determinante no processo de 
fixação de preço de mercado, pois tem capacidade de decidir seu valor. A curva de demanda do 
 
25 
 
monopolista é a curva de demanda do mercado, pois mostra as compras dos consumidores e os diferentes 
níveis de preços. Tem inclinação negativa, pois reflete o fato de que a quantidade que o mercado está 
disposto a absorver aumenta ao diminuir seu preço. Por isso, o monopolista só decide produzir certo 
volume se conseguir um determinado preço, uma vez que, para aumentar o volume de venda, deverá 
diminuir o preço. Assim, o consumidor pode ser prejudicado se tiver de pagar um preço superior, mas que 
dará mais lucros ao monopolista. 
 
 
2.6 O Mercado Oligopolista 
 
Este tipo de organização de mercado está entre o a concorrência perfeita e os monopólios, porque tem um 
número reduzido de vendedores (ofertantes), diante de uma grande quantidade de compradores, de forma 
que os vendedores podem exercer algum tipo de controle sobre os preços. 
 
Uma das características básicas desse tipo de mercado é a interdependência mútua, pois as empresas 
determinam seus preços com base em estimativas de suas funções de demanda, levando em conta a 
reação de seus rivais, onde o normal será uma elevada dose de incerteza. Para isso, existem diversas 
possibilidades: 
 
1) Adivinhar as ações dos rivais; 
2) Pôr-se de acordo sobre os preços e competir só na base da publicidade; 
3) Formar um cartel, isto é, em vez de competir, cooperar e repartir o mercado. 
 
Por isso, ocorrem acordos entre as empresas oligopolistas e, as guerras de preços têm mostrado uma 
conveniência de realizar acordos, tácitos (não há documento formal) ou expressos (por escrito), para fixar 
os preços e/ou repartir os mercados. Por esta razão o oligopólio moderno caracteriza-se por certa rigidez 
nos preços, que facilita, dentre outras coisas, a elaboração de pactos. 
 
O cartel é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para 
estabelecer um preço comum e/ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros e, pode ajudar na guerra 
dos preços. 
 
2.7 Exemplos de Estruturas de Mercados no Brasil 
 
MONOPÓLIO: Forma de organização de mercado, nas economias capitalistas, em que uma empresa 
domina a oferta de determinado produto ou serviço que não tem substituto ou uma empresa é capaz de 
influenciar os preços de mercado,

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