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HIPERPLASIA ENDOMETRIAL NEOPLASIA ENDOMETRIAL INTRA-EPITELIAL aspectos clínicos e ETIOLOGIA Se apresentam mais comumente no período peri-menopausal, como sangramento anormal Estímulo estrogênico prolongado Condições que promovem hiperplasia: Menopausa Ovário policístico Tumor de células da granulosa do ovário Função cortical ovariana excessiva Terapia prolongada por estrógeno Patogênese Inativação do gene supressor de tumor PTEN (deleção ou inativação) Fosfatase com especificidade lipídica e proteica Na ausência de PTEN as células endometriais ficam mais sensíveis ao estímulo estrogênico – proliferação Classificação Simples: alterações na arquitetura glandular, dilatações císticas Sem atipias Com atipias (8% de risco de evolução para ca) Complexa: aumento do número e tamanho das glândulas, com fenômeno “back-to-back” (aglomerados de glândulas) Sem atipias Com atipias (23 a 48% de risco de progressão) Pode haver áreas de metaplasia escamosa CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO GENERALIDADES É um câncer do trato genital feminino muito freqüente (7% dos carcinomas invasivos das mulheres) Mais freqüente em mulheres pós-menopausa, causando hemorragia anormal Pico de incidência: 55 – 65 anos Cerca de 23% das mulheres com hiperplasias atípicas podem desenvolver o adenocarcinoma Generalidades Relacionados a estados de hiperestrogenismo Fatores de risco: Obesidade Diabetes Hipertensão Infertilidade (ciclos anovulatórios) TRH, ACO e tumores funcionantes do estroma ovariano Patogenia Tipo endometrióide (maioria do tipo I): Inativação do PTEN – hiperplasia atípica (lesão pré-neoplásica) Hiperplasia – eventos mutagênicos – adenocarcinoma (melhor prognóstico) Tipo seroso (maioria do tipo II): Mutações do p53 Atrofia endometrial associada ( incidência em faixa etária uma década mais tarde – pior pois indica que a via carcinogênica foi independente do estrógeno) Morfologia Tipo endometrióide: Cerca de 80% das neoplasias epiteliais Massas polipóides, restritas ao endométrio ou invadindo o miométrio Glândulas semelhantes ao endométrio normal Adenocarcinomas bem e moderadamente diferenciados Pode haver diferenciação escamosa, mucinosa e secretora (ciliada) Tipo seroso papilífero: Cerca de 20% das neoplasias epiteliais Projeções papilares Atipias citológicas evidentes Neoplasias pouco diferenciadas (alto grau) Disseminação Tumores polipóides localizados ou tumores difusos envolvendo toda a superfíice endometrial Disseminação mais comum é invasão do miométrio e extensão direta por contiguidade, metástase linfonodal regional e tardiamente hematogênica para pulmão, fígado, ossos. Em alguns tipos (seroso) o envoIvimento extenso de peritônio sugere via de disseminação tubária ou linfática Microscopia do (adeno)carcinoma de endométrio Cerca de 85% são adenocarcinomas que se parecem com o endométrio normal O sistema de graduação se baseia em um sistema de 3 graus que leva em consideração o grau de formação de glândulas em relação aos blocos sólidos e anaplasia e mitoses É frequente o encontro de diferenciação escamosa focal ESTADIAMENTO Stage I. Carcinoma is confined to the corpus uteri itself. Stage II. Carcinoma has involved the corpus and the cervix. Stage III. Carcinoma has extended outside the uterus but not outside the true pelvis. Stage IV. Carcinoma has extended outside the true pelvis or has obviously involved the mucosa of the bladder or the rectum. Cases in various stages can also be subgrouped with reference to the three grades described above: G1. Well-differentiated adenocarcinoma G2. Differentiated adenocarcinoma with partly solid (less than 50%) areas G3. Predominantly solid or entirely undifferentiated carcinoma. Serous and clear cell carcinomas are automatically classified as grade 3. LEIOMIOMAS TUMOR MAIS FREQUENTE EM MULHERES Nódulos geralmente múltiplos do miométrio, branco-acinzentados, firmes, fasciculados, capsulados Localização: Submucoso (hemorragias) Intramural Subseroso Podem apresentar áreas amolecidas amarelo-esverdeadas/avermelhadas (degeneração vermelha) Ninhos de fibras musculares lisas com arranjo desordenado Sem atipias Baixo índice mitótico PATOLOGIA DO MIOMÉTRIO LEIOMIOSSARCOMAS Mais raro, com pico de incidência aos 40 a 60 anos, sobrevida em 5 na de 40% com extensa disseminação cavitária e à distância Nódulos únicos, macios, carnosos, lamelares, com disseminação hematogênica Microscopia: Necrose zonal Mais de 5 mitoses por 10 CGA Atipia e pleomorfismo celular TUMORES DO ESTROMA ENDOMETRIAL Sarcoma estromal endometrial Adenossarcoma – estroma maligno e componente epitelial benigno Tumores estromais benignos e maligno Carcinossarcoma (tumor mülleriano misto maligno) Componentes estromal e epitelial malignos. Podem conter cartilagem, gordura e músculo esquelético Mais freqüente em mulheres idosas Tem prognóstico extremamente pobre (25% em 5 anos) SANGRAMENTOS UTERINOS ANORMAIS GENERALIDADES Maioria relacionados a estados hiperestrogênicos (lembrar, além das causas exógenas, das endógenas): Ovários policísticos Tumores do estroma ovariano secretores Distúrbios endócrinos (tireóide, supra-renal, hipófise, diabetes, obesidade) Principais causas: Endometrite aguda/crônica * (não relacionado a estrógeno) Hemorragia uterina disfuncional Pólipos endometriais Hiperplasias endometriais Carcinoma endometrial
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