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RESUMO FINAL PRINCIPIOS TC E TC DE ABDOME

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RESUMO FINAL PRINCIPIOS TC E TC DE ABDOME
FELIPE BRANCO CABAU
A TC é um método revolucionário, pois tem como principal fator a formação de imagens através de cortes, deixando de lado o problema de sobreposição de estruturas
A TC é composta, basicamente de:
Uma ampola de raio-x que gira 360º 
Detectores que irão receber as informações do X
O gantry, que é a unidade de varredura
E a unidade de computação e apresentação da imagem obtida
O exame de TC é baseado no coeficiente de atenuação das estruturas a serem observadas, medidos em uma unidade chamda de UNIDADE HOUNSFIELD (UH)
Cada tecido e parte do corpo possui sua unidade
As diferenças de densidade de cada estrutura proporcionam as imagens
Hiperdensas
Isodensas
Hipodensas
Água – 0 a 20 UH
Estruturas solidas – Mais de 40 UH
Gás - - 1000 UH
Gordura 
Gás e gordura possuem valores de UH negativos!
Como o olho humano não pode distinguir milhares de coeficientes existentes nas imagens de TC, usamos um artificio tecnológico chamado de JANELA para visualizar somente os valores em uma certa faixa
O método de janelar a imagem é a alteração dos tons da imagem da TC para aumentar a possibilidade de detectar pequenas diferenças e condições patológicas
Vantagens e Desvantagens da TC
Vantagens
Obtenção de imagem sem superposição
Capacidade de captar diferenças mínimas de densidade tissular
Capacidade de detectar diferenças de densidade entre os tecidos (coeficiente de atenuação)
Processar imagens em diversos tempos (armazenamento de dados)
Método não invasivo
Guiar procedimentos invasivos
Desvantagens
Maior quantidade de radiação ionizante
Contraste iodade
Artefatos do aparelho ou da técnica
Método mais oneroso
A dosagem máxima de exposição a radiação permitida por pessoa é de 0.5 rem/ano
A dose máximo que trabalhadores podem receber são 5 rem/ano
Preparo para a realização da TC
Jejum de, no mínimo, 4h
Fatores de risco para reação adversa ao contraste:
Pacientes atopicos/asma
Pacientes com insuficiência renal
Quando o paciente é alérgico:
Preparo
Evitar efeito histamínico
Usar corticosteroide ou anti-histaminico + protetor gástrico
Risco de nefrotoxicidade do contraste:
Pacientes idosos
Uso de drogas nefrotóxicas
Nefrectomia (paciente com rim único)
Os pacientes que possuem clearance de creatinina menor que 60:
Hidratar bem o paciente
Se clearance menor que 30, o uso de contraste é CONTRAINDICADO
Só realiza a TC após sessão de diálise (no mesmo dia)
Pacientes com DM
Se fazem uso de metformina há um risco de causar acidose láctica pelo contraste
Suspender a metformina por 48h após a administração do contraste
TOMOGRAFIA DO ABDOME:
Quais as indicações da TC de adome?
Para o estudo do fígado:
Cirrose hepática
Carcinoma fibrolamelar
Hemangioma
Hiperplasia nodular focal
Esteatose hepática
Metástases
Cistos
Abscessos
Síndrome de budd-chiari
Trauma
Para o estudo das vias biliares:
Colangiocarcinoma
Aerobilia
Carcinoma de vesícula biliar
Anomalia das vias biliares
Para o estudo do baço
Hemangioma
Cistos e pseudocistos
Poliesplenia/autoesplenia/baço errante
Linfoma
Infarto
Trauma
Para o estudo do pâncreas:
Pancreatite
Adenocarcinoma
Lesões císticas
Síndrome carcinoide
Trauma
Para o estudo dos rins
Litíase
Complicações de pielonefrite
Lesões císticas
Lesões solidas
Anomalias retais
Trauma
Para o estudo das adrenais
Mielolipoma
Adenoma
Feocromocitoma
FÍGADO:
A TC é ótima para a avaliação hepática
Visualiza lesões focais e doenças difusas
Ajuda no estadiamento de algumas doenças
Lesoes focais:
Tumores benignos
Abscessos
Metástaste única
Lesões múltiplas:
Metástases
Múltiplos abscessos
Lesões difusas:
Esteatose
Cirrose hepática
O uso de contraste venoso para o estudo do fígado é importante para o diagnóstico de lesões focais
O uso do contraste permite o estudo dinâmico do fígado, baseado em fases
Temos as seguintes fases:
Fase sem contraste
Fase de contraste arterial
Fase de contraste portal
Fase tardia de contraste
É de importante uso, ainda mais no caso de dx de carcinoma hepatocelular
Cisto hepático:
Podem ser simples, complexos, únicos ou múltiplos
Se há mais de 10 cistos, é uma doença policística autossômica dominante
Geralmente são assintomáticos, e cursam com icterícia por compressão
Na TC aparece como: 
Lesão hipodensa com parede finas, sem nódulos sólidos, SEM REALCE PELO MEIO DE CONTRASTE
O dx diferencial é com:
Cistos hidaticos
Hamartomas biliares, biliomas
Metástases císticas
Hemangioma Hepático:
É um tumor primário, o mais comum do fígado
Em 50% dos casos são múltiplos
Mais comum em homens
Geralmente são assintomáticos
Na TC é visto como:
Lesão arredondada, REALCE AO CONTRASTE DE FORMA GLOBULAR, PROGRESSIVO E CENTRIPETO com tendência a HOMOGENEIZAÇÃO EM FASES TARDIAS DE CONTRASTE
Metástases hepáticas:
Lesões focais malignas mais comuns do fígado
É relativamente incomum no fígado cirrótico (nesse caso, o CHC é mais comum)
O fígado é o segundo sitio mais comum de metástase
Colorretal
Estomago
Pâncreas
Mama
Pulmão
Podem ser solitárias ou múltiplas
O aspecto na TC depende da lesão primária
Os achados clínicos são: 
Hepatomegalia
Ascite
Icterícia
Perda de peso
Elevação das transaminases
Os achados na TC são:
Lesão hipodensa
REALCE PELO CONTRASTE de maneira heterogênea e periférica
Podem estar presentes calcificações, hemorragias ou necrose
Cirrose Hepática:
A cirrose hepática é a fibrose + transformação nodular + distorção arquitetural do fígado
Causada por hepatites virais crônicas e alcoolismo
Achados de imagem na TC:
Fígado reduzido de volume
Contornos hepático irregulares
Heterogeneidade difusa do parênquima hepático
Fibrose + hipertrofia do caudado + lobo esquerdo e diminuição do direito
Suas complicações são:
CHC
Colaterais portossistemicas
Ascite
Esplenomegalia
Esteatose Hepática:
Relacionada a DM, obesidade, abuso de álcool, corticoides, QTP e NPT
2 tipos: Difusa e focal
Areas especificas de ocorrência de esteatose:
Ligamento falciforme
Aspecto dorsal do segmento 4
Fossa da vesícula biliar
Achados na TC sem contraste:
Hipoatenuação (queda difusa ou focal dos coeficientes de atenuação)
Comparar sempre o fígado que o baço (fígado deve maior em UH)
Trauma hepático:
O lobo direito é o mais acometido em traumas
Podem ocorrer:
Lacerações
Hematomas intraparenquimatosos ou subcapsular
Lesões vasculares ou de vias biliares
O papel da TC é o de identificar e quantificar a lesão e avaliar se há lesões associadas
Achados da TC
Laceração – faixa hipodensa irregular, linear ou ramificada
Hematoma intraparenquimatoso – área hipoatenuante mal definida parenquimatosa, com áreas espontaneamente densas de permeio
Hematoma subcapsular – espontaneamente denso na fase aguda, com forma BICONVEXA
VIAS BILIARES
Devemos lembrar que a TC não é o melhor método para avaliação da vesícula biliar, mas das vias biliares sim
No estudo do colangiocarcinoma é muito importante o uso do contraste venoso
PÂNCREAS:
Na TC podemos identificar lesões inflamatórios e neoplásicas
Lesões inflamatórias:
Pancreatite e complicações
Lesões neoplascias:
Adenocarcinoma e seu estadiamento
Podemos realizar um estudo dinâmico do pâncreas com o uso do contraste venoso, analisando quando o contraste está na fase pancreática
O uso do contraste neutro (agua) é importante pois causa uma distencao no duodeno
Doenças inflamatórias – Pancreatite aguda
Achados da TC:
Borramento da gordura peripancreatica
Aumento da glândula
Reducao da densidade do parênquima
A TC é indicada nos casos de pancreatite aguda para:
Classifica-la de acordo com os critérios de Balthazar
Avaliar suas complicações após 48h de evolução
Criterios de Balthazar:
Balthazar A (0)– pâncreas normal
Balthazar B (1) – aumento focal e difuso do pâncreas
Balthazar C (2) – alterações pancreáticas associadas a inflamação peripancreatica
Balhazar D (3) - coleção liquida em apenas uma localização
Balthazar E (4) - duasou mais coleções e/ou presença de gas dentro ou adjacente ao pâncreas
Quando houver uma impregnação menor que 30 UH, com comprometimento de mais de 50% do parênquima, há uma PANCRETITE AGUA NECROTIZANTE
Complicações:
Coleções liquidas
Necrose liquefativa do parênquima pancreático (fundamental o uso do contraste para observar isso)
Necrose infectada (há presença de gas
Pseudocisto
Pancreatite crônica
Quadro clinico:
Dor epigástrica
Perda de peso
Sinais de deficiência pancreática exócrina e endócrina (DM, ma absorção, esteatorreia)
Achados na TC:
Dilatação irregular do ducto pancreático principal
Calcificações parenquimatosas e ductais difusas
Atrofia de parênquima
Adenocarcinoma 
Massa pancreática HIPOCAPTANTE DE CONTRASTE
Linfonodomegalias
Invasão tumoral perivascular
BAÇO:
Infarto esplênico
Quadro clinico:
Dor abdominal em hipocôndrio esquerdo
Febre e calafrios
Achados na TC COM CONTRASTE
Área hipodensa em cunha, periférica
Preservação do realce do contraste nas áreas não afetadas
Trauma esplênico:
TC é o método de escolha para o dx de trauma esplênico
Achados na TC COM CONTRASTE:
Hematomas intraparenquimatosos são vistos como lesões hipodensas
Lacerações são vistas como linhas hipodensas únicas ou múltiplas
Hemoperitonio é visto como presença de fluido periesplenico
TRATO GASTROINTESTINAL
Apendicite Aguda:
A TC é o exame inicial em casos duvidosos ou para avaliação mais detalhada de complicações
Achados na TC
Apendice maior que 0.6cm
Espessamento parietal + realce após contraste
Borramento da gordura periapendicular
Coleções liquidas intraperitoneais
Sinais de perfuração
Diverticulite Aguda:
O sigmoide é o mais afetado
Quadro clinico:
Dor abdominal em fossa ilíaca esquerda (mais comum)
Febre
Massa abdominal palpável
Náuseas 
Diarreia ou constipação
Achados na TC
Divertículos presentes
Espessamento parietal e seguimentar
Borramento da gordura pericolica
achados de complicações: gas extraluminal, fistulas e coleções liquidas pericolicas
Obstrução Intestinal:
O objetivo da TC nas obstruções intestinais são:
Assegurar o tratamento adequado
Determinar a causa
Determinar a localização e o ponto de obstrução
Sinais de sofrimento de alca intestinal
Achados da TC
Dilatação das alcas intestinais
Níveis hidroaéreos
Zona de transição entre segmento dilatado e normal
Torção dos vasos mesentéricos
Sinais de obstrução maligna: lesão expansiva, espessamento parietal irregular (na ausência desses achados malignos, suspeitar de aderências)
Sinais de sofrimento de alca na TC
Borramento do mesentério
Realce intestinal reduzido ou ausente
Espessamento parietal
Liquido livre na cavidade
Pneumoperitoneo
Doenças Inflamatórias Intestinais:
Doença de Chron:
Atinge qualquer segmento do TGI
Lesoes salteadas
Retocolite Ulcerativa
Doença exclusiva do colon
Progressão continua de distal para proximal
Achados da EnteroTC:
Avalição da parede intestinal 
Extensão da doença extra intestinal
Alterações na gordura mesentérica
Linfonodos
Vascularização mesentérica
Adenocarcinoma de Colon
CA colorretal cursa com:
Alteração do habito intestinal (diarreia ou constipação)
Enterorragia
Obstrução ou massa retal palpável
Diagnostico é feito por colonoscopia + bx
TC é usada para:
Planejamento cirúrgico
Avaliar extensão do tumor regional
Avaliar linfonodos
Avaliar metástases
Achados da TC
Lesão expansiva com DENSIDADE DE PARTES MOLES
Espessamento parietal segmentar
Estenose luminal
As complicações são: perfuração, obstrução e formação de fistulas
É comum dar mtx para fígado, pulmão, adrenais e ossos
RINS
Quando investigamos CALCULOS renais, a TC deve ser realizada SEM CONTRASTE
O uso do contraste será útil para diferencias lesões solidas de císticas
O uso do contraste divide a TC em fases, de acordo com o contraste
Fase sem contraste
Fase vascular
Fase cortical (cortiço-medular)
Fase nefrográfica
Fase excretora
Lesões Cisticas:
Lesoes císticas simples:
Possuem um valor menor de 20 UH 
Não se impregnam pelo contraste
Lesoes císticas complexas:
Possuem vegetações
Possuem septações com ou sem impregnação pelo contraste
Nódulo solido mural
Lesões sólidas:
Pensar no carcinoma de células renais
Ao estudo doppler é muito vascularizado
Geralmente no pré-contraste fica com 25 UH e no pos contraste 50 UH
Pielonefrite
No caso da pielonefrite, a TC é solicitada nos seguintes casos:
Quando o paciente não responde a terapia
Quando há uma apresentação clinica atípica
Paciente com riscos
A TC tem a função de avaliar as complicações da pielonefrite
Existe uma técnica para realizar a TC nos pacientes com pielonefrite
Fase sem contraste:
Colimação 4-8mm
100-150mL de contraste a 2-3mL/s
Aquisição 50-90s após o contraste
Aquisição tardia: obstrução urinaria, nefrograma tardio ou persistente, defeitos do preenchimento, abscesso
Achados na TC:
Aumento da atenuação: hemorragia
Diminuicao da atenuação: edema
Áreas cuneiformes hipoatenuantes (precoce)
Areas hiperatenuantes (tardia)
Hipoatenuacao arrendondada (infecção via hematogenica)
Abscesso na TC: capsula espessa; irregular; mal definida; halo periférico pos contraste
Abscesso renal
Adenoma de Adrenal
Os adenomas não funcionantes são achados acidentalmente
Já os funcionantes cursam com Sindrome de Cushing; hiperaldosteronismo e hiperandrogenismo
Há a presença de gordura intracitoplasmática
TC é um bom método para detecção
Achados na TC:
Nódulo hipodenso, pequeno (< 4cm), homogêneo, bem delimitado, atenuação < 10 UH
EM SUMA:
TC É O METODO QUE AVALIA AS DIFERENCAS DE DENSIDADE E REFORMATA EM MULTIPLOS PLANOS
FUNDAMENTAL AO ESTUDO DAS ESTRUTURAS ABDOMINAIS
O USO DO CONTRASTE FACILITA O ESTUDO DOS ORGAOS ABDOMINAIS E A DIFERENCIACAO DE LESOES SOLIDAS DE CISTICAS
E NECESSARIO O PREPARO ADEQUADO, PRINCIPALMENTE DIANTE DO USO DE CONTRASTE
SE NA FASE ARTERIAL O NODULO SE IMPREGNA PELO CONTRASTE, SUSPEITAR DE MALIGNIDADE
WASH-OUT – QUANDO O NODULO FICA MAIS HIPODENSO QUE AS ESTRUTURAS EM VOLTA
QUANDO O NODULO HEPATICO CUMPRE OS CRITERIO DE CHC NA TC, NÃO E NECESSARIA A BX
INFECCAO PELO VHB FAZ COM QUE OCORRE CIRROSE SEM QUE HAJA UMA HEPATOPATIA CRONICA
SE O FIGADO TIVER MENOS UH QUE O BACO – ESTEATOSE
PADRAO OUTRO PARA O ESTUDO DE VIAS BILIARES NÃO E A TC E A COLANGIORRESSONANCIA
COLONOSCOPIA E CONTRAINDICADA NA SUSPEITA DE DIVERTICULITE AGUDA, REALIZA-SE TC

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