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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso: ENGENHARIA CÍVIL OSCILADOR MASSA-MOLA RIO DE JANEIRO 02/05/2014 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso: ENGENHARIA CÍVIL Relatório de Física referente à aula prática em laboratório, ministrada pelo Dr. ODAIR DA SILVA XAVIER, sobre Oscilador Massa-Mola, comportamento estático e dinâmico e Lei de Hooke. 3º Período – Engenharia Civil LEONARDO VALENTE RODRIGUES VITOR ISLAND Rio de janeiro, 02 de maio de 2014. Leonardo Valente Rodrigues Página 3 Vitor Island Sumário 1. Introdução ................................................................................................................................. 4 1.1 Objetivos..................................................................................................................... 4 1.2 Fundamentos Teóricos ............................................................................................... 4 1.3 Descrições do Experimento ........................................................................................ 7 1.4 Materiais utilizados .................................................................................................... 8 2. Método de trabalho .................................................................................................................. 9 3. Resultados ............................................................................................................................... 10 4. Conclusão ................................................................................................................................ 12 5. Referencias Bibliográficas ....................................................................................................... 12 6. ANEXOS ................................................................................................................................... 13 Leonardo Valente Rodrigues Página 4 Vitor Island 1. Introdução No dia 02 de maio de 2014, sob a orientação do Doutor Odair da Silva Xavier, realizamos no laboratório da Universidade Estácio de Sá no Campus Sulacap – RJ, o terceira experimento de física experimental II. 1.1 Objetivos Verificar que o comportamento estático de uma mola, para pequenas deformações, é corretamente descrito pela Lei de Hooke, e que o período de oscilação de um sistema massa-mola é independente da amplitude, para pequenas oscilações. Medir grandezas físicas diretas e, a partir de gráficos, determinar outras grandezas. Analisar o comportamento estático e dinâmico de um sistema massa- mola suspenso. 1.2 Fundamentos Teóricos Seja um sistema em situação de equilíbrio estável. Quando esse sistema é levemente afastado dessa situação e liberado, passa a executar um movimento periódico ou oscilatório, em torno da posição de equilíbrio, chamado de Movimento Harmônico Simples (MHS), se não existirem forças dissipativas. O oscilador massa-mola é constituído de um corpo de massa m ligado a uma mola de constante elástica k, presa a uma parede. O corpo executa MHS sobre uma superfície horizontal sem atrito. Veja a figura (1.21). Quando a mola é comprimida (ou esticada) e liberada, o corpo passa a executar um movimento unidimensional de vai-e-vem dirigido pela força restauradora exercida pela mola: ⃗ ⃗ Leonardo Valente Rodrigues Página 5 Vitor Island onde ⃗ a deformação unidimensional da mola. O sinal negativo indica que a força é sempre contrária à deformação, isto é:se x > 0 , então, F < 0; e se x < 0, então, F > 0. Daí, portanto, o nome de força restauradora, aquela que age no sentido de restaurar o estado de equilíbrio estável original. A equação (1.21) é válida apenas para pequenas deformações da mola (Lei de Hooke). Figura (1.21): Oscilador massa-mola sobre uma superfície horizontal sem atrito. O corpo executa Movimento Harmônico Simples. A força restauradora atua na direção do movimento, porém no sentido de levar o corpo de massa m para a posição de equilíbrio (x0). (a) Mola esticada (∆x > 0), força para a esquerda (F < 0). (b) Mola comprimida (∆x < 0), força para a direita (F > 0). Em geral, pode-se escrever a seguinte expressão para a força: F = - k (x – x0), ou seja, x > x0 → F < 0 e x < x0 → F > 0. De acordo com a segunda lei de Newton, na ausência de forças dissipativas, ⃗ ⃗ então, a equação de movimento para o corpo no oscilador massa-mola é dada pela equação diferencial: cuja solução é do tipo: x(t) = A cos(ωt + δ) , onde ω = √ é a frequência angular da oscilação, A é a amplitude da oscilação, e a constante de fase δ depende das condições iniciais do movimento. Note-se que a solução apresentada é válida no limite da Lei de Hooke, isto é, pequenas deformações da mola, e consequentemente, pequenas amplitudes de oscilação. Leonardo Valente Rodrigues Página 6 Vitor Island Ultrapassado esse limite, a equação (1.21) teria outra forma, assim como a solução da equação diferencial (1.23), que deveria ter uma dependência da amplitude da oscilação. A frequência angular ω está relacionada com a frequência f e o período T da oscilação através das relações: √ √ Quando o sistema massa-mola é posto a oscilar na vertical, o peso da própria mola deforma- a, mesmo na ausência do corpo de massa m. A força peso sobre a mola deve, portanto, ser adicionado ao lado esquerdo da equação de movimento (1.22), o que pode resultar em uma solução diferente da apresentada. Entretanto, a experiência mostra que, para pequenas deformações da mola, e pequenas massas, o sistema massa-mola na vertical apresenta movimento oscilatório. Enfim, a massa da mola modifica a expressão para o período, equação (1.24)? A resposta é não. Basta desconsiderar a deformação inicial da mola causada por seu próprio peso e também pela massa do corpo suspenso. Veja a figura (1.31). Considere que o eixo X está na vertical, com sentido positivo para cima de x = 0 (a posição de equilíbrio do sistema massa-mola). Nessa posição, a mola está esticada de uma quantidade ∆l, de modo que a força exercida pela mola equilibra o peso do corpo, isto é, k∆l = mg. Veja a figura (1.31.b). Quando o corpo está a uma distância x acima da posição de equilíbrio, a deformação da mola é (∆l – x). Logo, a força exercida pela mola sobre o corpo é k(∆l – x), no sentido vertical de baixo para cima. Como o peso do corpo é uma força vertical de cima para baixo, a força resultante é dada por: Fresultante = k(∆l – x) – mg = k∆l – kx – mg = mg – kx – mg = – kx , e tem o sentido de cima para baixo. Veja a figura (1.31.c). De maneira análoga mostra-se que a força resultante, quando o corpo está abaixo da posição de equilíbrio, é uma força vertical de baixo para cima. Isto significa que a força resultante é dada pela equação (1.21): uma força restauradora de módulo igual a kx. Finalmente, o período de um sistema massa-mola que oscila na vertical também é dado pela equação (1.24), respeitadas as condições de validade da Lei de Hooke. Leonardo Valente Rodrigues Página 7 Vitor Island 1.3 Descrições do Experimento O equipamento utilizado nesse experimento é uma mola suspensa, à qual são penduradase acrescentadas em sequência, massas de valor crescente. O aumento na quantidade de massa suspensa pela mola é acompanhado do aumento no comprimento da mola. Na segunda parte do experimento, a mesma mola suspende massas de valores crescentes. Esses diferentes sistemas massa-mola são postos a oscilar com pequenas amplitudes, a fim de observar como o período varia com a massa. Figura (1.31): Oscilador massa-mola vertical. (a) Mola de comprimento l suspensa na vertical. (b) O peso do corpo deforma a mola de uma quantidade ∆l, de modo que ocorre o equilíbrio entre a força restauradora da mola e o peso, na posição x = 0. (c) A mola exerce para cima uma força k(∆l – x) = k∆l – kx = mg – kx. Portanto, a força resultante é mg – kx – mg = – kx, ou seja, uma força para baixo de módulo igual a kx. Leonardo Valente Rodrigues Página 8 Vitor Island 1.4 Materiais utilizados 1. Mola; (Figura 1.41 – A) 2. Suporte vertical e horizontal; (Figura 1.42) 3. Suporte para massas; (Figura 1.41 – B) 4. Massas de 50 g e 25 g; (Figura 1.41 – C) 5. Régua milimetrada; (Figura 1.42) 6. Cronômetro; (Figura 1.43) A) B) C) Figura (1.41):(A)Mola de comprimento 57mm.(B) Suporte para massas.(C) Três massas de 50g e uma de 25g. Figura (1.43): Cronômetro Figura (1.42): Suporte vertical e horizontal e Régua milimetrada. Leonardo Valente Rodrigues Página 9 Vitor Island 2. Método de trabalho Inicialmente verificamos o nível do equipamento e ajustamos (Conforme imagem 2.1). Identificou-se a mola a ser estudada e pendurou-a no gancho C do suporte, e colocou-se o suporte de massas. Foram realizadas as medições da mola e do suporte e adicionou-se uma massa de 50g no suporte, deixou-a na posição de equilíbrio com a régua milimetrada foi realizada a medição da deformação da mola (Este mesmo processo foi realizado com todas as massas e anotado na tabela 1). Em seguida, deu-se um pequeno impulso na mola, para que o sistema oscilasse. Observaram-se a cada dez oscilações, o intervalo de tempo gasto pelo sistema massa-mola. Repetiu-se este procedimento cinco vezes para encontrar a media dos intervalos de tempo. Foi realizado este mesmo procedimento colocando-se massas de 50,0g, 75,0g; 100,0g; 125,0g; 150,0g e 175,0g no suporte. Para medir o intervalo de tempo do sistema massa-mola, acionou-se um cronômetro na contagem zero e travou-se na contagem dez. Dividiu-se o intervalo de tempo por dez, obtendo- se o período T de oscilações do sistema massa-mola. Anotou-se o resultado na tabela 2. Figura (2.1): Suporte vertical e horizontal, com o nível ajustado. Leonardo Valente Rodrigues Página 10 Vitor Island 3. Resultados TABELA 1 – Medidas da força aplicada e da deformação da mola g=980,665 cm/s² 9,80665 m/s² Massas 50,0g 75,0g 100,0g 125,0g 150,0g 175,0g (kg) 0,05 0,075 0,1 0,125 0,150 0,175 F( Newton ) 0,490 0,735 0,981 1,226 1,471 1,716 x( metros ) 0,018 0,026 0,035 0,043 0,052 0,060 TABELA 2 – Medida do tempo de 10 (dez) oscilações Massa (grama) 50,0g 75,0g 100,0g 125,0g 150,0g 175,0g t( segundos ) 3,67s 3,91s 4,11s 2,29s 4,80s 5,11s Leonardo Valente Rodrigues Página 11 Vitor Island TABELA 2.1 – Média do tempo Massa 50g 75g 100g 125g 150g 175g T1 3,6s 3,82s 4,15s 4,31s 4,85s 5,18s T2 3,62s 3,97s 4,10s 4,25s 4,75s 5,06s T3 3,75s 3,97s 4,0s 4,34s 4,85s 5,09s T4 3,84s 3,87s 4,09s 4,22s 4,78s 5,10s T5 3,55s 3,92s 4,19s 4,31s 4,78s 5,13s Tmedia 3,67s 3,91s 4,11s 4,29s 4,80s 5,11s TABELA 3 – Período médios de oscilação e massa suspensa T (segundos) 0,37 0,39 0,41 0,43 0,48 0,51 M( kg ) 0,05 0,075 0,1 0,125 0,150 0,175 Leonardo Valente Rodrigues Página 12 Vitor Island 4. Conclusão Concluímos que o período de oscilação irá depender da massa do corpo suspenso e da constante elástica da mola que o sustenta. Experimentalmente, verifica-se que quanto maior for a massa do corpo suspenso, mais lentamente a mola oscilará. Com relação aos dados obtidos nos experimentos podemos concluir que estes são aceitáveis, embora no experimento de oscilação da mola exista um erro maior devido a imprecisões humanas, principalmente, na medida do período que afeta diretamente no resultado final. Os resultados não foram satisfatórios de acordo com a teórica, dando uma margem de erro muito grande. 5. Referencias Bibliográficas 1. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola.php 2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Hooke 3. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Yearl. Fundamentos de física, v.2. Rio de Janeiro: LTC, 7º edição. Leonardo Valente Rodrigues Página 13 Vitor Island 6. ANEXOS Questão 1 – A partir da tabela 1 faça o gráfico F versus x em Excel Questão 2 - Calcule a constante elástica da mola, a partir do gráfico. Explique claramente o procedimento adotado, e indique no gráfico os pontos lidos. Como a equação da reta é igual a então K será seu coeficiente angular. Logo, K =28,981. Ou encontrá-lo através da fórmula F = K * X ke = ___28,981 N/m___ Leonardo Valente Rodrigues Página 14 Vitor Island Questão 3 – A partir da tabela 2 complete a tabela 3, e faça o gráfico T versus m em Excel. Questão 4 Calcule o coeficiente angular da reta. Indique no gráfico os pontos lidos. Coeficiente angular = 11,56m . Equação da reta: ; Logo, coeficiente angular é 11,56. Leonardo Valente Rodrigues Página 15 Vitor Island Questão 5 – Calcule o erro percentual do coeficiente angular calculando com relação ao valor teórico esperado. Mostre analiticamente e detalhadamente o procedimento adotado. Massa (Kg) 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 Coeficiente angular esperado 0 9,6 8 7,2 20,4 12,8 Coeficiente angular a partir da equação da reta 0 11,56 11,56 11,56 11,56 11,56 Erro percentual 0 20,42% 44,50% 60,56% -43,33% -9,69% Média do erro percentual 35,70% Questão 6 – Calcule, a partir do gráfico, o valor da constante elástica da mola. Mostre analiticamente e detalhadamente o procedimento adotado, e indique no gráfico o ponto lido. T (s) 3,67 3,91 4,11 4,29 4,80 5,12 Massa (Kg) 0,05 0,075 0,1 0,125 0,15 0,175 K 0,150,19 0,23 0,27 0,26 0,26 K calculado através da formula √ Leonardo Valente Rodrigues Página 16 Vitor Island Questão 7 – Calcule o erro percentual, considerando como referencia o valor da constante elástica da mola (ke) obtida estaticamente. Mostre o procedimento com clareza K estático: ; K "dinâmico": Conforme os resultados obtidos feitos a partir do cálculo das variáveis de força e deformação K "estático" = 28,981 N/m; Conforme os resultados obtidos feitos a partir do cálculo das variáveis de Massa período K "dinâmico" = 11,56. Comparando os valores encontrados o erro percentual encontrado foi de 150,7%.
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