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Administração Contemporânea Professor: Júlio Costa Email: juliocosta.ufpe@gmail.com Aula 17 – Processo empresarial: a organização formal, tipos de empresa, estrutura e processos de departamentalização, parte 2 (10/05/17) Estrutura Organizacional Prof.: Júlio Costa • A partir dos elementos da estrutura formal, as organizações assumem diferentes formatos de acordo com: • Influência da tecnologia e do ambiente; • Fatores circunstanciais; • Tecnologia => é o processo de conversão usado para transformar insumos em produtos ou serviços • Tecnologia unitária ou em pequena quantidade: produto “sob medida”; • Tecnologia de produção em massa: linhas de montagem; • Tecnologia de processo contínuo: trabalha de forma ininterrupta; • Ambiente => tudo que circunda a organização • “Estável”: permanece “constante”; • Instável: incertezas e mudanças bruscas. Estrutura Organizacional Prof.: Júlio Costa Influências do Ambiente • Organizações Mecanicistas • Atividades estruturadas de modo previsível, regras e normas, procedimentos preestabelecidos; • Organizações Orgânicas • Organizações “fluidas” e flexíveis, dinâmicas, caráter inovativo; “Cada unidade organizacional opera em um ambiente distinto e responde a ele desenvolvendo atributos únicos” • Diferenciação: nível de subdivisão de uma organização em pequenas unidades; • Integração: grau de colaboração coordenada entre as subunidades da organização; • O tamanho da organização também influencia sua configuração. Estrutura Organizacional Prof.: Júlio Costa Ciclo de vida das Organizações • Nascimento => ingresso no mercado, frágil, grande dependência do “leite materno” $$$; • Juventude => crescimento e expansão dos recursos organizacionais de forma abrupta, ainda frágil; • Maturidade => crescimento gradual e alguma estabilidade, mais segurança; • Declínio => queda dos negócios, falência. Administração Contemporânea Prof.: Júlio Costa Quais as principais configurações que as organizações assumem? Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Funcional (em forma de U) • Baseado na departamentalização funcional • Membros e unidades organizacionais se agrupam em departamentos como marketing, vendas, produção; • Necessária muita coordenação entre os setores; • Integração e coordenação passam a ser responsabilidade dos diretores e gerentes de alto escalão; • NENHUMA DAS ÁREAS FUNICONAIS VIVE SEM AS OUTRAS! • Vantagem da especialização dos integrantes e da grande coordenação e integração entre os setores; • ATENÇÃO: pode privilegiar determinadas funções; • Quanto maior a organização mais difícil o controle! • Mais comum em empresas pequenas. Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Funcional (em forma de U) Presidente Vice- presidente Operações Gerente de Fábrica Supervisor de turnos Vice- presidente de Marketing Gerente Regional de Vendas Gerente Distrital de Vendas Vice- presidente de Finanças Gerente Financeiro Supervisor de Contabilidade Vice- presidente de RH Gerente de RH Supervisor de RH de fábrica Vice- presidente de P&D Diretor científico Gerente de laboratório Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Conglomerada (em forma de H) • Adotada em empresas criadas para gerir outras não relacionadas • Grupo de diferentes empresas com atividades distintas; • Holding*! • Mais comum a departamentalização por produto; • Cada integrante da holding atua de forma independente; • Alta complexidade associada ao controle dos negócios • Difícil comparar e integrar diferentes negócios; • Administração complexa; • Pouco usual • Maioria das empresas migram para a configuração divisional. *Holding é uma empresa cuja principal atividade é gerir outras empresas por deter o controle acionário das mesmas. Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Conglomerada (em forma de H) Diretor Geral Semicondutores Telecomunicações Equipamentos Informática Mídia Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Divisional (em forma de M) • Arranjo baseado em negócios múltiplos • Áreas de operação se relacionam num ambiente organizacional maior; • Estratégia de diversificação estruturada; • Cada divisão tem um responsável com razoável autonomia; • Divisões se coordenam entre si • Vantagem: compartilhamento de recursos; • Objetivo básico: “paradoxo” • Competição e cooperação entre os negócios; • Empresas dinâmicas e competitivas; • Utilizada por grandes corporações. Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Divisional (em forma de M) Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Matricial • Arranjo baseado em dois processos de departamentalização que se sobrepõem • Base é um conjunto de departamentos funcionais; • Departamentos temporários sobrepostos aos tradicionais; • Comum em administração de projetos; • Colaborador é simultaneamente membros de um departamento funcional e de uma equipe de projeto • Estrutura de comando múltipla: gerentes funcionais x gerentes de projeto; • Situações mais propícias ao arranjo matricial • Pressão do ambiente externo; • Processamento de grande quantidade de informações; • Compartilhamento de recursos escassos; Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Matricial • Vantagens • Maior flexibilidade: equipes criadas, redefinidas e desfeitas conforme a necessidade; • Motivação e comprometimento dos membros; • Desenvolvimento das competências dos colaboradores; • Aumenta a cooperação entre os departamentos; • Propicia a descentralização; • Desvantagens • Subordinação múltipla de um mesmo colaborador; • Falta de coordenação potencial: desordem no uso dos recursos; • Equipes disfuncionais => lentidão no processo decisório; • Maior tempo para a coordenação de projetos multifuncionais. Configurações Organizacionais Prof.: Júlio Costa Configuração Matricial Estrutura Organizacional Prof.: Júlio Costa Como representar graficamente essa configuração? Organograma Prof.: Júlio Costa “Representação gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma instituição, especificando seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre eles.” • Muitas empresas não dão a devida importância a essa representação • Ter um organograma não é sinônimo de uma empresa organizada; • Objetiva uma rápida visualização de como a empresa está organizada; • Devem refletir a estrutura real da empresa • Caso contrário podem distorcer a compreensão da estrutura, do funcionamento da empresa e da relação entre os órgãos. Organograma Prof.: Júlio Costa Princípios básicos para elaboração do organograma • Simplicidade • Apresentar apenas os elementos essenciais à compreensão da estrutura organizacional; • Não são representadas serviços externos, apenas os setores da própria empresa; • Mais informações => maior necessidade de atualização; • Padronização • TODOS os elementos estruturais devem ter o mesmo significado; • Uniformidade e coerência dos elementos; • Atualização • Tem de ser mudados sempre que as circunstâncias exigirem; • Retratam a estrutura da empresa num dado momento; • Não são “camisas de força” que impedirão a mudança estrutural necessária. Organograma Prof.: Júlio Costa Componentes do organograma • Linhas • Representam as relações de autoridade, assessoria ou fiscalização; • Retângulos • Representam os órgãos e cargos que compõem a estrutura; • NÃO representam as pessoas • Organogramas que contam com o nomedo responsável pelo setor podem sofrer constantes atualizações; • Posição dos retângulos • Órgãos de maior hierarquia ficam acima e ligados por linhas; • Órgãos de assessoria são representados a partir da linha do órgão hierárquico ao qual está subordinado; • Órgãos colegiados* (comitês) ficam soltos nos níveis superiores *há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo Organograma Prof.: Júlio Costa Organograma Prof.: Júlio Costa Organograma Prof.: Júlio Costa Organograma não clássicos Organograma circular Níveis superiores no centro DIRAD DEAPA DIAPA DICOP DISEC DEORG DIRPO DIDEM DIASP DIVON DERAN DIPED DIMAM DIVAP DEAV DIAVG ASSET ASSIR Coordenação Autoridade de Linha Organograma Empresa Pública Funcionograma Prof.: Júlio Costa “Organogramas em que se incluem as principais responsabilidades de cada órgão dentro do retângulo que o representa.” IMPORTANTE: DESCRIÇÃO CONCISA! Diretoria Comercial - Elaborar, recomendar e executar a política comercial; - Aprovar os preços dos produtos; - Aprovar os contratos de venda. Gerência de Vendas - Elaborar e executar os planos de vendas; - Controlar os resultados; - Gerir a equipe de vendas. Gerência de Vendas - Identificar oportunidades de mercado; - Analisar a demanda; - Definir a publicidade. Administração Contemporânea Prof.: Júlio Costa Qual a diferença entre os principais tipos de organização do ponto de vista legal? Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Quanto ao porte/enquadramento Porte da Empresa/Enquadramento Faturamento anual Micro Empreendedor Individual - MEI Até R$ 60.000,00 Micro Empresa Até R$ 360.000,00 Empresa de Pequeno Porte – EPP Até 3.600.000,00 Normal Por opção ou com faturamento superior a R$ 3.600.000,00 Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Empresário Individual • Não há sociedade (outros sócios) ou contrato social; • Nome empresarial é composto pelo nome civil do proprietário (completo ou abreviado); • Não há separação jurídica entre patrimônio pessoal e o da empresa • Proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial com todos os seus bens e de seu cônjuge (se casado em regime de comunhão de bens) • Empresa também responde pelas dívidas pessoais do proprietário; • Responsabilidade ilimitada. Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Micro Empresário Individual - MEI • Não há sociedade (outros sócios) ou contrato social; • Autônomo que pode ter até um funcionário e faturamento anual máximo de R$ 60.000,00; • Não há separação jurídica entre patrimônio pessoal e o da empresa • Proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial com todos os seus bens e de seu cônjuge (se casado em regime de comunhão de bens) • Entidade jurídica surgida apenas para legalizar trabalhadores independentes informais • Viabiliza seu acesso a direitos previdenciários: auxílio doença, auxílio maternidade, aposentadoria, entre outros. Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI • Criada em julho de 2010 • Resolver a problemática dos “sócios fantasmas”; • Não há sociedade (outros sócios) => titular • Ato Constitutivo => segue regras da sociedade limitada; • Capital mínimo de 100 salários mínimos; • Nome empresarial é composto por firma ou denominação acrescido do gênero da atividade e da sigla EIRELI; • Há separação jurídica entre patrimônio pessoal e o da empresa (personalidade jurídica) • Proprietário responde de forma limitada (capital integralizado) pelas dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial; • Responsabilidade limitada DO TITULAR. Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Sociedade de Responsabilidade Limitada - LTDA • Tipo mais comum de sociedade no Brasil; • Há sociedade (outros sócios): pelo menos 2 sócios • Contrato social=> estipula as quotas de cada integrante da sociedade; • Não há capital mínimo a ser integralizado; • Nome empresarial é composto por firma ou denominação acrescido do gênero da atividade e da sigla LTDA; • Há separação jurídica entre patrimônio pessoal dos sócios e o da empresa (personalidade jurídica) • Proprietários respondem de forma limitada (capital integralizado ou a integralizar) pelas dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial; • Responsabilidade limitada dos sócios. Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Sociedade Anônima - SA • Menos de 2% das empresas do Brasil; • Opção para grandes empresas com número alto de sócios (acionistas) • Estatuto social=> estipula regras que vão reger juridicamente a participação dos acionistas; • Capital social é dividido em ações livremente negociáveis em bolsas de valores; • Nome empresarial é composto por denominação acrescido do gênero da atividade e da sigla SA ou Cia; • Há separação jurídica entre patrimônio pessoal dos acionistas e o da companhia (personalidade jurídica) • Acionistas respondem de forma limitada (valor da ação integralizado ou a integralizar); • Alto custo de manutenção devido a contratação de auditorias e publicação das demonstrações contábeis. Categoria Jurídica das Organizações Prof.: Júlio Costa Associação sem fins lucrativos • Entidade de direito privado dotada de personalidade jurídica; • Caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização de atividades sem finalidade lucrativa • Representação de categoria profissional (sindicatos); • Instituições religiosas; • Clubes e associações; • Objetivos sociais (ONGs) • Nome empresarial é composto por denominação da associação; • Regida por Estatuto Social • Ata de Assembleia de Constituição: define as funções dos participantes que conduzirão a entidade e a representarão • Presidente, diretor, tesoureiro...; • Está registrada no CNPJ. Administração Contemporânea Até nosso próximo encontro! Prof.: Júlio Costa Professor: Júlio Costa Email: juliocosta.ufpe@gmail.com Aula 18 – Do planejamento a estratégia competitiva. (12/05/17)
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