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1 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 2 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 3 Olá, Amigo (a)! Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para Concursos. Nesta aula, exploraremos as questões cobradas em concursos anteriores referentes ao tema DST e HIV. Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de fácil entendimento, abordando a teoria da maneira como os assuntos são cobrados pelos concursos de Enfermagem. Desejamos uma ótima aula e muita disciplina . Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra Profª. Sthephanie Abreu www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 4 HIV/AIDS No Brasil, a Aids foi identificada pela primeira vez em 1982, quando do diagnóstico em pacientes homo ou bissexuais. Um caso foi reconhecido retrospectivamente, no Estado de São Paulo, como tendo ocorrido em 1980. Importantes mudanças em seu perfil epidemiológico vêm ocorrendo: • Em sua primeira fase, de 1980 a 1986, caracterizava-se pela transmissão homo/bissexual masculino, de escolaridade elevada; • Em seguida, de 1987 a 1991, caracterizava-se pela transmissão sanguínea e pela participação de usuários de drogas injetáveis – UDI, dando início nessa fase a um processo mais ou menos simultâneo de pauperização e interiorização da epidemia; • Nos últimos anos, de 1992 até os dias atuais, um grande aumento de casos por exposição heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior importância o número de casos em mulheres (feminização da epidemia); • Hoje, a principal via de transmissão em crescimento é a heterossexual. O HIV (agente etiológico) é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília Lentivirinae. O HIV utiliza para multiplicar-se uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcro RNA viral para uma cópia DNA, integrando-se ao genoma do hospedeiro. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1, o HIV-1, cursa com um amplo espectro de apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em indivíduos não tratados, estima- se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença esteja em torno de dez anos. Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar muitos anos, com a média de 6 anos). 3. Fase sintomática inicial ou precoce. 4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado adequadamente). Em síntese: FASES DA INFECÇÃO PELO HIV Primeiras semanas da Infecção, até sococonverção AGUDA LT-CD4 + transitório, carga viral Interação – células de defesa e Mutação do vírus ASSINTOMÁTICA O exame físico normal, exceto pela linfadenopatia, pode persistir Redução dos Linfócitos T CD4 SINTOMÁTICA INICIAL Podem ficar < 200mm³ Infecções oportunistas AIDS Neurotoxoplasmos e Neurocriptococose Citomegalovirose; Pneumocistose Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 5 Meu amigo (a), agora vamos estudar cada fase da infecção pelo HIV de forma detalhada! INFECÇÃO AGUDA A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o individuo torna-se altamente infectante. Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda – SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e plantares. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou Síndrome de Guillan-Barre. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser diagnosticada. A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 5 a 30 dias. LATÊNCIA CLÍNICA E FASE SINTOMÁTICA Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV se torne positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 meses. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 6 Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm3, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser observadas. À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes- zoster. Nesse período, já é possívelencontrar diminuição na contagem de linfócitos T (LT-CD4+), situada entre 200 e 300 células/mm3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (HIV/AIDS) O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovírus. As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. Analisando-se a escolaridade como variável indicadora de condição socioeconômica dos casos de aids, observa-se que a epidemia de aids no Brasil se iniciou na população de maior condição socioeconômica, em indivíduos de mais de oito anos de escolaridade, mas hoje, como o maior número de casos se encontra em indivíduos com menor escolaridade, tem sido denominada de pauperização1. A pauperização é o crescimento da epidemia da aids entre pessoas de menor escolaridade e renda. Por outro lado, a juvenização é o crescimento da AIDS entre os jovens e adolescentes. As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sanguínea e vertical. Além dessas três formas, mais frequentes, pode ocorrer também a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em profissionais de saúde. A transmissão sexual é a principal forma de transmissão do HIV no Brasil e no Mundo, sendo a transmissão heterossexual considerada pela OMS, como a mais frequente do ponto de vista global. Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV numa relação heterossexual são: • Alta viremia (durante a fase da infecção primária e na imunodeficiência avançada). • Relação anal receptiva; • Relação sexual durante a menstruação; 1 Compreensão da Pandemia da AIDS nos últimos 25 anos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 7 • Presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. Os preservativos, masculinos ou femininos, são as únicas barreiras comprovadamente efetivas contra o HIV e outras DST, quando usados de forma correta. Os estudos demonstram que o uso do preservativo masculino pode reduzir o risco de transmissão do HIV e de outras DST em até 95%. A transmissão, por meio da transfusão de sangue e derivados, tem apresentado importância decrescente nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle de qualidade do sangue utilizado, como é o caso do Brasil. O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta alta probabilidade de transmissão sanguínea do HIV. Esse tipo de transmissão vem crescendo em várias partes do mundo, como Ásia, América Latina e Caribe. No Brasil, essa transmissão vem aumentando nas áreas da rota do tráfico de drogas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde se ferem acidentalmente com instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue de acidentes portadores do HIV. Estima-se que o risco médio de contrair o HIV, após uma exposição percutânea ao sangue contaminado, seja de aproximadamente 0,03%, aumentando esse risco para aproximadamente 0,1% no caso de exposição de mucosas. O profissional de saúde acidentado com risco de infecção pelo HIV, deverá ser encaminhado nas primeiras horas (idealmente dentro de 1 a 2 horas), após o acidente, para a quimioprofilaxia com antirretrovirais. A duração da quimioprofilaxia é de 4 semanas. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada de 24 a 36 horas após o acidente. O produto espermicida à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais amplamente utilizado no Brasil e no mundo. Entretanto, o uso de alguns métodos contraceptivos contendo N-9 podem aumentar o risco de transmissão sexual do HIV e outras DST. Isso foi demonstrado em um ensaio clinico que observou risco acrescido entre usuárias/os desse produto. A razão desse risco acrescido reside no fato de o N-9 provocar lesões (fissuras/microfissuras) na mucosa vaginal e retal, dependendo da frequência de uso e do volume aplicado. A recepção de órgãos ou sêmen de doadores testados não são fatores de risco associados aos mecanismos de transmissão do HIV, pois foram feitos os testes necessários para garantir que os doadores não estivessem infectados com o HIV. Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor, entretanto, os indivíduos com infecção muito recente (“infecção aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior concentração do HIV no sangue (carga viral) e nas secreções sexuais, transmitindo com maior facilidade o vírus. Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro grupos: a) testes de detecção de anticorpos; b) testes de detecção de antígenos; c) testes de amplificação do genoma do vírus; e d) técnicas de cultura viral. As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são as baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 8 As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são utilizadas em situações específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos indeterminados, acompanhamento laboratorial de pacientes e mensuração da carga viral para controle de tratamento. Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de indivíduos infectados, numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: • ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade e especificidade. • Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica. • Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do resultado reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem um elevado custo. • Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde (UBS). Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e podem ser realizados no momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do dedo). A utilização desses testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o aconselhamentopré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do resultado do mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade principalmente em locais de difícil acesso e em situações em que é necessário o conhecimento imediato do estado sorológico. É importante enfatizar que, além do cuidado na coleta e execução dos testes, é fundamental que o processo de aconselhamento antes e depois do teste seja feito de forma cuidadosa, para que o resultado seja corretamente interpretado, tanto pelo profissional de saúde como pelo paciente, gerando atitudes que visem a promoção da saúde nos indivíduos testados. Pontos Importantes: Aconselhamento pré e pós-testes para detecção do HIV; Investigação de tuberculose em pacientes soropositivos; Aconselhamento para MENOR das situações de risco para transmissão; Vacinação dos pacientes soropositivos, salvo suas exceções; Início precoce da terapia antirretroviral (TARV); Profilaxia da transmissão vertical do HIV. Em pacientes portadores de HIV, a tuberculose (TB) deve ser pesquisada em todas as consultas, mediante o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e deve ser investigada. A prova tuberculínica (PT) é importante para o diagnóstico da infecção latente da tuberculose (ILTB) e constitui um marcador de risco para o desenvolvimento de tuberculose ativa, devendo ser realizada em todas Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 9 as pessoas vivendo com HIV e que sejam assintomáticas para tuberculose. Caso a PT seja menor que 5 mm, recomenda-se que seja repetida anualmente. Uma das medidas que deve ser sistematicamente realizada na atenção da pessoa vivendo com HIV destaca-se o aconselhamento do paciente a reduzir as situações de risco relacionadas a exposições sexuais desprotegidos, inclusive práticas orais. Adultos e adolescentes que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. À medida que aumenta a imunodepressão, eleva-se também o risco relacionado à administração de vacinas de agentes vivos, bem como se reduz a possibilidade de resposta imunológica consistente. Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ < 200 células/mm3), até que um grau satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o uso de terapia antirretroviral, o que proporciona melhora na resposta vacinal e redução do risco de complicações pós-vacinais. A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com imunodeficiência deve ser condicionada a análise individual de risco-benefício e não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. Fonte: Brasil, 2013, p. 22, disponível em: http://goo.gl/5pc89q. A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), melhorando a qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a infecção pelo HIV. Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou outros sintomas relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos assintomáticos com contagem de linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 celulas/mm3. Além do impacto clínico favorável, o início mais precoce da TARV vem sendo demonstrado como ferramenta importante na redução da transmissão do HIV. Todavia, deve-se considerar a importância da adesão e o risco de efeitos adversos no longo prazo. No dia 01/12/2013, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da terapia antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença2. A oferta com antirretrovirais é uma medida 2 Ministério da Saúde estende tratamento para todos com HIV, disponível em: http://goo.gl/ji2sCV. Parâmetros imunológicos para imunizações com vacinas de bactérias ou vírus vivos em pacientes infectados pelo HIV com mais de 13 anos de idade Contagem de LT-CD4+ (percentual) Recomendação para uso de vacinas com agentes vivos atenuados > 350 células/mm3 (> 20%) Indicar o uso 200-350 células/mm3 (15-19%) Avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico para a tomada de decisão < 200 células/mm3 (< 15%) Não vacinar Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 10 inovadora, com impacto na saúde individual porque garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas pelo HIV e reduz a transmissão do vírus. Isso porque a pessoa em tratamento com antirretrovirais, ao diminuir a carga viral, reduz a propagação do HIV. Assim, evidências de benefícios clínicos e de prevenção da transmissão do HIV providas por estudos intervencionistas e observacionais, somadas a disponibilidade de opções terapêuticas progressivamente mais cômodas e bem toleradas, justificam o estabelecimento de novos critérios para o início do tratamento antirretroviral, que incluem a recomendação de início mais precoce. Nesse sentido, o Ministério da Saúde publicou no dia 02/12/2013 o protocolo de TAV (disponível em: http://goo.gl/5pc89q) a seguir: Além das recomendações descritas no quadro acima, o Ministério da Saúde atualmente estimula o início imediato de TARV para todas as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da PVHA. Em indivíduos assintomáticos, independentemente da contagem de LT-CD4+, a TARV poderá ser iniciada desde que a pessoa que vive com HIV seja esclarecida sobre benefícios e riscos, além de fortemente motivada e preparada para o tratamento, respeitando-se a autonomia do indivíduo. Deve-se enfatizar que a TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. Em nenhuma situação deverá haver qualquer tipo de coerção para início da TARV. A utilização de terapia antirretroviral não elimina a possibilidade de transmissão sexual do HIV. Além disso, há fatores que podem aumentar a possibilidade de transmissão, como a presença de doenças sexualmente transmissíveis. Recomenda-se estimular início imediato da terapia antirretroviral (TARV) para todas as (PVHA), independentemente da contagem de LT-CD4+, na perspectiva de redução da transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da pessoa vivendo com aids (PVHA). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 11 Devido à sua potência de inibição da replicação viral, menor risco de resistência viral a curto prazo e maior segurança dos antirretrovirais, a terapia antirretroviral (TARV), que é o tratamento do HIV/aids, deve ser administrada a todas as gestantes infectadas pelo HIV, com associação de três antirretrovirais, independentemente da situação virológica, clínica ou imunológica. A indicação de TARV na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da transmissão vertical (prevenir a transmissão da doença para o filho) ou tratamento da infecção pelo HIV (tratamento da gestante devido agravamento da doença ou indicação clínica). TRATAMENTODA INFECÇÃO PELO HIV NA GESTAÇÃO Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave da infecção do HIV têm indicação de tratamento, independentemente da gravidez e em qualquer idade gestacional. Portanto, gestantes sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD4+ ≤ 350 céls/mm3 apresentam critérios de início de tratamento, conforme recomendado para adultos que vivem com HIV, devendo iniciá-lo com o objetivo de tratar a doença ou reduzir o risco de progressão. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou redução de 33% no número total de novas infecções ao HIV desde 2001 e 52% de redução de novas infecções em crianças desde 2001 a nível global. O protocolo de tratamento do HIV foi alterado, no dia 01/12/2013. O Ministério da Saúde ampliou a terapia antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença. “Está estudando? Deixe o celular no silencioso. CONCENTRE-SE! ” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 12 Concurseiro (a), para ajudá-lo a fixar, ainda mais, o conteúdo, assista no site deste curso a videoaula sobre o tratamento e profilaxia do HIV/AIDS. Apesar desses avanços, houve aumento no índice de novas infecções na Europa oriental e Ásia central de 13% desde 2006, enquanto que no Oriente Médio e o norte da África o mesmo índice duplicou. Em muitos casos, a estagnação do progresso se deve à falta de acesso a serviços essenciais relacionados com o HIV. Com frequência, populações-chave, como homens que fazem sexo com homens (HSH), usuários de drogas, transgêneros e profissionais do sexo, não podem acessar serviços vitais. A aids na África ainda é um problema alarmante. OUTRAS DST’s As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte. O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação curativa, mas também uma ação preventiva da transmissão e do surgimento de outras complicações. Ao agendar a consulta para outro dia, pode ocorrer o desaparecimento dos sintomas desestimulando a busca por tratamento. Como consequência, a infecção pode evoluir para formas crônicas graves e se mantém a transmissão. A espera em longas filas, o agendamento para nova data, a falta de medicamentos e a discriminação e/ou falta de confidencialidade são fatores que induzem à busca de resolução fora do sistema formal de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento de pacientes com DST tem os seguintes objetivos: interromper a cadeia de transmissão da forma mais efetiva e imediata possível, evitar as complicações advindas das DST assim como a transmissão do HIV, a regressão imediata dos sintomas. Neste sentido, o manual traz orientações de como o profissional de saúde deve proceder diante de determinadas situações. Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de abordagem sindrômica, que se baseia em fluxogramas de conduta para um conjunto de doenças: úlcera genital (sífilis, cancro mole, donovanose, papiloma vírus e herpes genital) corrimento uretral (clamídia e gonorreia), corrimento vaginal e cervicite (clamídia, gonorreia, vaginose bacteriana, candidíase e tricomoníase) e dor pélvica. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 13 GONORREIA E CLAMÍDIA Clamídia e gonorreia (corrimento uretral) são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter sintoma algum. Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Vejamos abaixo os esquemas de tratamento dessas doenças: Para aprofundamento desse assunto, recomendo a leitura do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: atenção integral as pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST) 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2015/58357/pcdt_ist_01_04_2016_web_pdf_1 0099.pdf Infelizmente, apesar de a abordagem sindrômica ser uma das principais ações do Enfermeiro na Atenção Básica, esse assunto é pouco cobrado em prova. CLAMÍDIA GONORRÉIA Azitromicina 1 g, VO, em dose única; ou Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, durante 7 dias (contraindicado para gestantes, nutrizes e crianças menores de 10 anos); ou Eritromicina (estearato/estolato) 500 mg, VO, de 6/6 horas, durante 7 dias. Ciprofloxacina 500 mg, VO, dose única (contraindicado em menores de 18 anos e em gestantes/nutrizes); ou Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única; ou Cefixima 400 mg, VO, dose única; ou Ofloxacina 400 mg, VO, dose única (contraindicado em menores de 18 anos e em gestantes/nutrizes). AGENTES ETIOLÓGICOS TRANSMISSÃO COMPLICAÇÕES SINAIS E SINTOMAS •Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis •Relação sexual sem preservativo; •Durante o parto. • Infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas. •Sensação de ardor e esquentamento ao urinar podendo causar corrimento ou pus. Dor nos testículos (homens) e sangramento fora da época e aumento da menstruação (mulheres). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 14 SÍFILIS A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamentodurante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis. A sífilis é uma doença infecciosa de transmissão sexual ou materno-fetal, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência clínica de menor ou maior tempo de duração. A prevenção da sífilis congênita pode ser feita com medidas simples, de baixo custo e altamente eficazes, traduzidas no diagnóstico da sífilis materna e no tratamento adequado da mãe e de seu(s) parceiro(s) sexual(is), resultando no tratamento simultâneo do concepto. A ocorrência de casos de sífilis congênita revela falhas graves no sistema de saúde. A sífilis congênita é considerada, portanto, um indicador para avaliação da qualidade da assistência à gestante. Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem Recente < 1 ano; Tardia > 1 ano Sem sinais e sintomas. Diagnóstico apenas por exames Lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa Lesões cutâneo‐ mucosas, 6 a 8 sem. após o cancro duro. Sinais e sintomas aparecem ± 3 a 12 anos LATENTE PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA com base endurecida, fundo liso, brilhante e pouca secreção serosa Febre, faringite, perda de peso e cabelo etc. Lesões cutâneo- mucosas, neurológicas, cardíacas e articulares Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 15 complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. As alterações patológicas ocasionadas pela sífilis, observadas na mulher grávida, são as mesmas que ocorrem naquela não grávida. SÍFILIS CONGÊNITA O diagnóstico - estabelecido pela associação de critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são exames qualitativos e quantitativos, sendo utilizados para o diagnóstico e o seguimento pós-terapêutico da sífilis. O VDRL deve ser solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes no pré-natal (na primeira consulta e no terceiro trimestre) e na internação para o parto, abortamento ou qualquer outra intercorrência durante a gestação. Todos os portadores de DST ou pessoas que se expuseram a risco de adquirir uma DST e para qualquer pessoa sempre que se suspeitar do diagnóstico de sífilis, em qualquer uma de suas fases, deve se solicitar o teste. O VDRL tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro (sífilis primária), ou em torno de 50 dias do contágio, e sofre uma elevação ao longo do tempo; via de regra, a titulação está mais elevada na fase secundária da doença. CRANCO MOLE E DONOVANOSE A transmissão para o feto pode ocorrer em qualquer estágio da gestação; A apresentação assintomática é mais frequente; Até 40% das gestações que cursam com sífilis resultam em morte do concepto; O objetivo maior é identificar e tratar as gestantes com sífilis e seu(s) parceiro(s), a fim de se evitar a transmissão para o feto. Lembrando: Surge até o 2º ano. Sintomas como ↓ peso, hepatomegalia e osteocondrite; Anemia, trombocitopenia, leucocitose ou leucopenia. PRECOCE Surge após o 2º ano. Sintomas como: “Lâmina de Sabre”, articulações de Clutton, fronte “olímpica”, nariz “ em sela”. Outros sintomas: mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez neurológica e dificuldade no aprendizado. TARDIA CRANCO MOLE • Provocada p/ bactéria Haemophilus ducreyi. • É a causa mais comum de úlceras genitais em todo o mundo. Úlceras dolorosas, irregulares, contornos eritemato-edematosos, fundo irregular, odor fétido DONOVANOSE • Causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. • Surgem lesões nos órgãos genitais que lentamente se transforma em feridas ou úlceras indolores (sangram facilmente, bem definidas) ou caroço vermelho. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 16 LINFOGRANULONA VENÉREO E HPV O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes, 12 são de alto risco e podem provocar câncer (são oncogênicos) - principalmente no colo do útero e do ânus, e outros podem causar verrugas genitais. O HPV pode ser classificado em tipos de baixo e de alto risco de desenvolver câncer. Existem 12 tipos identificados como de alto risco (HPV tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) que têm probabilidade maior de persistir e estarem associados a lesões pré-cancerígenas. O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo mundo (cerca de 70%). Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar. Os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade. Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente. A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é atualizado e ampliado mensalmente. Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste curso Completo de Enfermagem para Concursos. As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - estude por elas para ser aprovado (a). LINFOGRANULOMA VENÉREO • Infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, atinge os genitais e os gânglios da virilha. • Caracterizada p/ envolvimento do sistema linfático, tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite. HPV (CONDILOMA ACUMINADO) • Causada p/ Papilomavírus humano (HPV). Normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 17 região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na bocae na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por todas as mulheres. A Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR) da criança é uma doença rara, mas potencialmente ameaçadora da vida e que atinge o trato respiratório com predileção pela laringe e traqueia. É o tumor benigno epitelial da via respiratória que mais frequentemente afeta a laringe, podendo estender-se a todo o trato respiratório. Um dos principais sinais e sintomas é a rouquidão e obstrução das vias respiratórias. Uma criança pode desenvolver a PRR se a mãe estiver infectada com HPV e passar a infecção para a criança durante o parto normal. HERPES Dentre os herpes vírus conhecidos, seis afetam os seres humanos: (1) o herpes simples do tipo 1 (HSV- 1), que habitualmente provoca úlceras nos lábios; (2) herpes simples tipo 2 (HSV-2) ou herpes genital; (3) varicela-zoster; (4) vírus Epstein-Barr; (5) citomegalovírus (CMV); e (6) vírus linfotrópico B humano. O HSV-2 parece constituir a causa de cerca de 80% das lesões genitais e perineais; o HSV-1 pode ser responsável por cerca de 20%. Herpes genital é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero). Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. O Herpes Simples é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual (inclusive oro- genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, transformam-se em pequenas ulceras, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor. A aula é importante, mantenha a concentração! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 18 O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de membranas mucosas e pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). Determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das mucosas. Herpes Simples Recorrente: a maioria das pessoas infectadas pelo HIV são coinfectadas com um ou ambos os tipos de vírus herpes simples (HSV 1 e 2), sendo mais comum a recorrência do que a infecção primária. Embora o HSV-1 seja responsável por lesões orolabiais, e o HSV-2, por lesões genitais, os dois tipos podem causar infecção em qualquer sítio. A sintomatologia clássica pode manifestar-se independentemente do estágio da doença pelo HIV. Todavia, a apresentação clínica dos quadros de recorrência é geralmente atípica, ao comparar-se aos quadros em indivíduos imunocompetentes. Herpes Zoster: a maioria dos adultos foi previamente infectada pelo vírus varicela zoster, e, de modo similar ao HSV, pacientes com doença pelo HIV desenvolvem pelo menos algum episódio de herpes zoster. O quadro inicia com dor radicular intensa, rash localizado ou segmentar, comprometendo um a três dermátomos, seguido de surgimento de maculopápulas dolorosas, que evoluem para vesículas com conteúdo infectante, e para crostas, havendo lesões concomitantes com todas essas fases. Pode também apresentar-se com disseminação cutânea extensa. TRICOMONÍASE O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado, que provoca uma vaginite comum e, em geral, sexualmente transmissível, sendo, com frequência, denominada “trico”. A tricomoníase pode ser transmitida por um portador assintomático que abriga o microrganismo no trato urogenital. Pode aumentar o risco de contrair o HIV a partir de um parceiro infectado e desempenhar um papel no desenvolvimento de neoplasia cervical, infecções pós-operatórias, resultados adversos da gravidez, doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade. As manifestações clínicas consistem em secreção vaginal, que é rala (algumas vezes espumosa), de coloração amarelada a amarelo-esverdeada, de odor fétido e muito irritativa. Em consequência, pode surgir uma vulvite acompanhante, com sensação de queimação e prurido vulvovaginais. CANDIDÍASE A candidíase vulvovaginal é uma infecção fúngica ou por leveduras, causada por cepas de Cândida. A Cândida albicans é responsável pela maioria dos casos, porém outras cepas também podem estar implicadas, como Cândida glabrata. Muitas mulheres com um ecossistema vaginal saudável abrigam Cândida, porém são assintomáticas. Determinadas condições favorecem a mudança de um estado assintomático para a colonização com sintomas. Por exemplo, o uso de antibióticos diminui as bactérias, alterando, dessa maneira, os microrganismos protetores naturais que estão habitualmente presentes na vagina. Embora possam ocorrer infecções a qualquer momento, elas são observadas mais comumente durante a gravidez ou na presença de uma condição sistêmica, como diabetes mellitus ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), ou Planeje seus estudos, mantenha o Foco! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 19 quando as pacientes estão tomando determinados medicamentos, como corticosteroides ou contraceptivos orais. As manifestações clínicas consistem em secreção vaginal que provoca prurido (coceira e irritação subsequente). A secreção pode ser aquosa ou espessa, porém exibe uma aparência esbranquiçada, semelhante a um queijo cottage. Em geral, os sintomas são mais intensos exatamente antes da menstruação e podem ser menos responsivos ao tratamento durante a gravidez. VAGINOSE BACTERIANA A vaginose bacteriana é causada por um crescimento excessivo de bactérias anaeróbicas e Gardnerella vaginalis, que ocorre normalmente na vagina e na ausência de lactobacilos. Os fatores de risco incluem o uso de duchas após a menstruação, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A vaginose bacteriana pode ocorrer durante todo o ciclo menstrual e não provoca desconforto local nem dor. Mais de 50% das pacientes com vaginose bacteriana não percebem nenhum sinal. A secreção, quando percebida, é mais densa do que o normal e apresenta uma coloração branco-acinzentada a branco- amarelada. Caracteriza-se por um odor semelhante a peixe, que é particularmente percebido após uma relação sexual ou durante a menstruação, devido a um aumento do pH vaginal.A vaginose bacteriana não é habitualmente considerada uma condição grave, embora possa estar associada a trabalho de parto prematuro, ruptura prematura das membranas, endometrite e infecção recorrente do trato urinário. Candidíase vulvovaginal não se trata exclusivamente de uma DST, porque pode surgir por outros motivos que levem a queda da resistência do organismo, como a presença de diabetes, gravidez, obesidade, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores ou quimio/radioterapia, hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local, contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou desodorantes íntimos) e alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção pelo HIV, ou seja, a relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses microrganismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília – DF, 2015. Definição • Infecção da vulva e vagina - ocorre quando o meio torna-se favorável para seu desenvolvimento. Ag. Etiológico • Candida albicans (fungo comensal da microbiota vaginal) Sinais e Sintomas • Corrimento branco, grumoso, inodoro, com aspecto caseoso; • Prurido vulvovaginal, ardor ou dor à micção; • Hiperemia vulvar, edema, fissuras e macerações; Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 20 A aula não acabou, a sua luta continua. Não pare de estudar!” •Desequilíbrio da microbiota vaginal - ↑ bactérias anaeróbias + ausência ou ↓ dos lactobacilos acidófilos. Definição •Gardnerela vaginalis; Haemophilus; Bacteroides sp; Mobiluncus sp; Ag. Etiológico •Fétido, + após o coito e menstruação; •Branco-acinzentado, fluido ou cremoso; •Prurido, dispareunia e irritação branda. Sinais e Sintomas A G EN TE S ET IO LÓ G IC O S - D ST S Gonorreia Clamídia Sífilis Cancro Mole Donovanose Linfogramuloma Venéreo Candidíase Tricomoníase Vaginose Bacteriana DST Neisseria Gonorrhoeae Chlamydia trachomatis Treponema pallidum Haemophilus ducreyi Klebsiella granulomatis Chlamydia trachomatis (L1, L2 e L3) Candida albicans Trichomonas vaginalis Gardnerela vaginalis; Haemophilus; Bacteroides sp; Mobiluncus sp AGENTE ETIOLÓGICO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 21 QUESTÕES COMENTADAS NOBRE AMIGO (A), AGORA VAMOS FOCAR OS ESTUDOS NAS QUESTÕES ABAIXO A FIM DE POTENCIALIZARMOS OS SEUS CONHECIMENTOS! 1. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Em relação à fase aguda da infecção causada pelo HIV, assinale a alternativa correta. a) Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. b) Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas. c) Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. d) As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à mononucleose. e) A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por resposta imune suprimida. COMENTÁRIOS: Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar algumas semanas). 3. Fase sintomática inicial ou precoce. 4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado adequadamente). Infecção Aguda A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o indivíduo torna-se altamente infectante. Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda – SRA) incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, regiões palmares e plantares. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22 manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser diagnosticada. A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. Latência clínica e fase sintomática Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia leves podem estar presentes. Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm3, os episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser observadas. À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes- zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 células/mm3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao subsequente desenvolvimento depneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida O aparecimento de infecções oportunistas é neoplasias e definidor da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovirus. A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV se torne positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 meses. O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 5 a 30 dias. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 23 As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. Após exposição inicial do conteúdo, vamos analisar cada item da questão: Item A. INCORRETO. Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. Essa alternativa se refere à fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. Item B. INCORRETO. Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos oportunistas. Fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. Item C. INCORRETO. Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. Fase de latência. Item D. CORRETO. As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à mononucleose. Fase aguda. Item E. INCORRETO. A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por resposta imune suprimida. Fase sintomática. 2. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) O diagnóstico do HIV ainda suscita nas pessoas muitas questões e desafios de natureza psicológica, social, cultural e econômica. Assinale a alternativa que representa um fator dificultador na adesão ao tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS. a) O suporte familiar, social, afetivo, bem como a percepção por parte da pessoa de que esse apoio é suficiente. b) Complexidade do regime terapêutico, que inclui o número de doses e de comprimidos que precisam ser ingeridos diariamente. c) Escolaridade alta, habilidades cognitivas suficientes para lidar com as dificuldades e as exigências do tratamento. d) Aceitação da soropositividade, pois tomar os remédios significa reconhecer que a condição de infecção pelo HIV é uma realidade. e) Relação satisfatória do usuário com o médico e com os demais profissionais da equipe de saúde, incluindo seu nível de satisfação com os serviços prestados. COMENTÁRIOS: A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), melhorando a qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a infecção pelo HIV. Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou outros sintomas relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos assintomáticos com contagem de linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 células/mm3. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 24 A terapia antiretroviral é uma terapia combinada, ou seja, um processo de associação de fármacos sejam eles da mesma classe, a exemplo, três inibidores de transcriptase reversa; ou de classes diferentes, como: dois inibidores de transcriptase reversa e um inibidor de protease. A difícil adesão ao tratamento está relacionada com o número de medicações associados, quando isto é somado a terapêutica a longo prazo, a administração em duas a três doses ao dia, com um grande número de comprimidos ou cápsulas (frequentemente 20-25 unidades por dia), interferindo no regime alimentar e hábitos de vida das pessoas. 3. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Em relação às pessoas em uso da terapia anti-retroviral (TARV), algumas alterações anatômicas passaram a ser descritas no final dos anos 90. Em especial, uma alteração caracterizada por alterações de gordura corporal, que denomina-se: a) atrofias. b) gonadotrofias. c) lipodistrofia. d) adenodistrofias. e) hipertrofias. COMENTÁRIOS: A partir de 1998, uma série de alterações anatômicas e metabólicas passaram a ser descritas nos pacientes portadores de HIV/Aids, particularmente naqueles em uso da terapia anti-retroviral de alta eficácia (HAART). Estas alterações foram descritas de maneira genérica como lipodistrofia e/ou síndrome lipodistrófica. As alterações anatômicas compreendem uma lipoatrofia na região da face, membros superiores e inferiores e uma proeminência das veias superficiais associado ou não a um acúmulo de gorduras na região do abdômen, região cervical (gibas) e nas mamas. A lipodistrofia é uma alteração na distribuição de gordura do organismo com concentração de gordura na barriga, costas, pescoço e nuca (giba) e perda de gordura nos braços, pernas, nádegas e face. Além disso, está se chegando a um consenso de que a lipodistrofia é a mistura de várias modificações também no funcionamento do organismo (alterações metabólicas), como o aumento do colesterol e dos triglicérides, elevando o risco de problemas cardíacos e resistência à insulina, o que pode causar a diabetes. Algumas pessoas sentem dores no corpo, em especial nos músculos, por causa do aumento do ácido lático. 4. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os testes para diagnóstico da infecção por HIV, leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta. Logo o gabarito da questão é a letra B. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 25 I - O teste rápido permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos. Pode ser realizado no momento da consulta. II - O Teste de Elisa tem custo elevado, sendo um exame confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado positivo no Teste Western Blot. Esse teste permite a procura de fragmentos do HIV. III. O Teste Elisa é o mais realizado para diagnosticar a doença. Esse teste permite a identificação de anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o Imunoblot. IV - O teste rápido é um exame imunocromatográfico, treponêmico, de uso único para detecção de anticorpos específicos para HIV em até 10 minutos. Estão corretas as frases: a) I e II, apenas. b) I, II, III e IV. c) I e III, apenas. d) III e IV, apenas. COMENTÁRIOS: Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro grupos: a) testes de detecção de anticorpos; b) testes de detecção de antígenos; c)testes de amplificação do genoma do vírus; d) técnicas de cultura viral. As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são as baseadas na detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são utilizadas em situações específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos indeterminados, acompanhamento laboratorial de pacientes e mensuração da carga viral para controle de tratamento. Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de indivíduos infectados, numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: • ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem de anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade e especificidade. • Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica. • Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do resultado reagente na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem um elevado custo. • Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde (UBS). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 26 Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e podem ser realizados no momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do dedo). A utilização desses testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o aconselhamento pré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do resultado do mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade principalmente em locais de difícil acesso e em situações em que é necessário o conhecimento imediato do estado sorológico. Pois apenas os itens I e III estão corretos. 5. (Prefeitura de Ronda Alta-RS/ ASSCON-PP/2014) HIV em inglês é a sigla do Vírus da Imunodeficiência Humana que é causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), vírus que ataca as células responsáveis por defender nosso organismo de doenças. O tratamento da AIDS se dá por uso de antiretrovirais, considerando as alternativas abaixo assinale a que não se enquadra neste grupo: a) Zidovudina. b) Tenofovir. c) Oseltamivir. d) Estavudina. COMENTÁRIOS: Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da aids, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids. Vejamos abaixo as classes de medicamentos antirretrovirais: Classes de medicamentos antirretrovirais Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina. Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. Ex: a Enfuvirtida. Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. Ex: o Raltegravir. Inibidores do CCR5 - atua de forma diferente dos demais antirretrovirais, pois age fora da célula, bloqueando a entrada do vírus HIV no linfócito TCD4. A principal vantagem é ser ativo contra o vírus resistente às demais classes de antirretrovirais , além de ser mais tolerado e seguro (ex.: maraviroc). Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 27 DROGAS ANTIRETROVIRAIS A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três antirretrovirais, sendo dois ITRN/ITRNt associados a um ITRNN ou IP/r. O tratamento é complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas, ou seja, aderir ao tratamento. Por isso, é fundamental manter o diálogo com os profissionais de saúde, compreender todo o esquema de tratamento e nunca ficar com dúvidas. O medicamento que não se enquadra no grupo dos antirretrovirais é Oseltamivir*. Oseltamivir*: É um composto antiviral que reduz a multiplicação do vírus da gripe, influenza A e B, no organismo, incluindo do vírus Influenza A H1N1. 6. (EBSERH HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) São consideradas doenças sexualmente transmissíveis: a) Cancro mole, herpes, sífilis, lúpus e HIV. b) Lúpus, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. c) Lúpus, hepatite C, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. d) Cancro mole, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. e) Cancro mole, lúpus, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 1ª linha Se contraindicado Se contraindicado 2 ITRN: TDF (tenofovir) + 3TC (lamiduvina) 1 ITRNN: EFV (efavirenz) Substituir o TDF por: 1º AZT (zidovudina) ou 2º ABC (abacavir) ou 3º ddl (didanosina). Substituir por NVP (nevirapina) 2ª linha EFV e NVP impossibilitados – substituídos por inibidor de protease (IP/r): Preferencialmente o lopinavir/ritonavir (LPV/r). 1º ATV/r (atanazavir/ritonavir), 2º FPV/r (fosamprenavir/ritonavir). Para melhor compreensão sobre o tratamento do HIV, assista à videoaula sobre o tema neste curso completo de enfermagem. Portanto, o gabarito da questão é a letra C. Alternativas ao LPV/r Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 28 COMENTÁRIOS: Essa questão é tranquila e vamos resolvê-la por eliminação! Sabemos que o Lúpus é uma doença autoimune rara, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico em que a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. É mais frequente nas mulheres do que nos homens. Observe que a alternativa D é a única que não cita o Lúpus. 7. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013) Sintomas como presença de feridas na região genital (uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não por ínguas nas virilhas podem ser diagnóstico de: a) sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. b) sifílis, cancro mole, gonorreia ou clamídia. c) infecção pelo papilomavírus humano (HPV), herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. d) tricimoníase, gonorreia ou clamídia. e) sífilis, cancro mole, herpes genital ou infecção pelo papilomavírus humano (HPV). COMENTÁRIOS: Vejamos cada uma das doenças isoladamente para melhor compreensão do conteúdo: Sífilis – é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. Cancro mole – também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é “cavalo”. Doença transmitida sexualmente, provocada pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil. Doença muito contagiosa que tem como período de incubação de 3 a 5 dias podendo chegar a 14 dias, e é a causa mais comum de úlceras genitais em todo o mundo. Herpes genital – é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas ou úlceras. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero). Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam Portanto, o gabarito da questão é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 29 principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. Donovanose – também chamado de Granuloma Inguinal ou Granuloma Venéreo, doença causada pela bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, provavelmente por contato direto com lesões, durante a atividade sexual. Surgem lesões nos órgãos genitais que lentamente se transforma em feridas ou úlceras indolores ou caroço vermelho. Afeta a pele e mucosas da genitália, ânus e virilha. Linfogranuloma venéreo – é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma doença bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do sistema linfático, tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite. A evolução clínica apresenta-se em 3 fases: primeira, no local de penetração do agente etiológico ocorre o aparecimento de papulas, vesícula (úlceras), pústula ou erosão fugaz e indolor, no homem, acomete o sulco balonoprepucial, o prepúcio ou meato uretral; na mulher, acomete fúrcula cervical, clitóris, pequenos e grandes lábios; na segunda fase: caracteriza-se por adenite inguinal, geralmente unilateral, firme e pouco dolorosa (bubão), que pode ser acompanhada de febre e mal-estar; na terceira fase -quando há drenagem de material purulento por vários orifícios no bubão, com ou sem sangue, que, ao involuir, deixa cicatrizes retraídas ou queloides. Gonorreia – também conhecida como blenorragia, infecta principalmente o canal uretral, nos homens, normalmente sintomáticos. Tem como agente etiológico a Neisseria Gonorrhoea e apresenta evoluções clínicas diferentes. Quando não tratada a gonorreia pode atingir outros órgãos, no homem, podem chegar aos testículos e o epidídimo acarretando ou não em infertilidade; nas mulheres, pode chegar ao útero, às trompas e aos ovários e provocar um processo. Clamídia – doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência no mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto. A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, são parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual e dor no baixo ventre. HPV (Condiloma acuminado) – conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Tricomoníase – é uma protozoose causada pelo Trichomonas vaginalis, que desencadeia uma ampla variedade de manifestações clínicas, podendo estar associada à transmissão do vírus da imunodeficiência humana, câncer cervical, infertilidade, entre outros. A via primária de transmissão é pelo contato sexual. Apresenta formas diferentes de afecção, sendo normalmente assintomática no homem. Porém quando sintomática apresenta: queimação após a micção ou ejaculação, coceira na uretra, corrimento leve uretral. Na Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 30 mulher apresenta: desconforto na relação sexual, coceira na parte interna das coxas, corrimento vaginal, prurido vaginal, odor e coceira na vulva ou inchaço dos lábios. Vamos analisar os itens da questão, destacando em vermelho os erros presentes nas alternativas: Item A. CORRETO. Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. Item B. INCORRETO. Sífílis, cancro mole, gonorreia ou clamídia. Item C. INCORRETO. Infecção pelo papiloma vírus humano (HPV), herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. Item D. INCORRETO. tricimoníase, gonorreia ou clamídia. Item E. INCORRETO. Sífilis, cancro mole, herpes genital ou infecção pelo papilomavírus humano (HPV). 8. (Prefeitura de Pinhais-PR/FAFIPA/2014) Na Abordagem Sindrômica, o atendimento do paciente com DST visa curar as infecções possíveis, cessar os sintomas, colaborando para evitar as complicações advindas da (s) DST além de a) orientar sobre o uso de anticoncepcionais hormonais b) interromper a cadeia de transmissão da doença c) identificar os principais agentes etiológicos envolvidos na doença d) orientar que pode ser mantida relação sexual com o parceiro/a durante o tratamento. COMENTÁRIOS: Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento de
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