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Aula DST e HIV-Romulo Passos

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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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Olá, Amigo (a)! 
 
Daremos início a mais uma aula do Curso Completo de Enfermagem para Concursos. 
Nesta aula, exploraremos as questões cobradas em concursos anteriores referentes ao tema 
DST e HIV. 
Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de fácil 
entendimento, abordando a teoria da maneira como os assuntos são cobrados pelos concursos de 
Enfermagem. 
 
Desejamos uma ótima aula e muita disciplina . 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profª. Raiane Bezerra 
Profª. Sthephanie Abreu 
 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 4 
HIV/AIDS 
 
No Brasil, a Aids foi identificada pela primeira vez em 1982, quando do diagnóstico em pacientes homo 
ou bissexuais. Um caso foi reconhecido retrospectivamente, no Estado de São Paulo, como tendo ocorrido em 
1980. Importantes mudanças em seu perfil epidemiológico vêm ocorrendo: 
 
• Em sua primeira fase, de 1980 a 1986, caracterizava-se pela transmissão homo/bissexual masculino, 
de escolaridade elevada; 
• Em seguida, de 1987 a 1991, caracterizava-se pela transmissão sanguínea e pela participação de 
usuários de drogas injetáveis – UDI, dando início nessa fase a um processo mais ou menos 
simultâneo de pauperização e interiorização da epidemia; 
• Nos últimos anos, de 1992 até os dias atuais, um grande aumento de casos por exposição 
heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior importância o número de casos em 
mulheres (feminização da epidemia); 
• Hoje, a principal via de transmissão em crescimento é a heterossexual. 
 
O HIV (agente etiológico) é um retrovírus com genoma RNA, da família Retroviridae e subfamília 
Lentivirinae. O HIV utiliza para multiplicar-se uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela 
transcro RNA viral para uma cópia DNA, integrando-se ao genoma do hospedeiro. 
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1, o HIV-1, cursa com um amplo espectro de 
apresentações clínicas, desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em indivíduos não tratados, estima-
se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença esteja em torno de dez anos. 
Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 
1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 
2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar muitos anos, com a média 
de 6 anos). 
3. Fase sintomática inicial ou precoce. 
4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado 
adequadamente). 
 
Em síntese: 
FASES DA INFECÇÃO PELO HIV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiras 
semanas da 
Infecção, até 
sococonverção 
AGUDA 
LT-CD4 + 
transitório, 
 
carga viral 
Interação – 
células de 
defesa e 
Mutação do 
vírus 
ASSINTOMÁTICA 
O exame físico 
normal, exceto 
pela 
linfadenopatia, 
pode persistir 
Redução dos 
Linfócitos T CD4 
SINTOMÁTICA INICIAL 
Podem ficar 
< 200mm³ 
Infecções 
oportunistas 
AIDS 
Neurotoxoplasmos e 
Neurocriptococose 
Citomegalovirose; 
Pneumocistose 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 5 
Meu amigo (a), agora vamos estudar cada fase da infecção pelo HIV de forma detalhada! 
 
 INFECÇÃO AGUDA 
A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos 
anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa 
fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o 
individuo torna-se altamente infectante. 
Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda – SRA) 
incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese 
e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, 
occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns 
pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três 
dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, 
pernas, regiões palmares e plantares. 
Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar 
presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as 
manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite 
periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou Síndrome de Guillan-Barre. 
A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. 
Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções 
virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser 
diagnosticada. 
A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o 
diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. 
 
 
 
 
 
 
 
O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 5 a 30 
dias. 
 
 LATÊNCIA CLÍNICA E FASE SINTOMÁTICA 
Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode 
persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu 
diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. 
Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora 
sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia 
leves podem estar presentes. 
A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre a 
aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV se torne 
positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 
meses. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 6 
Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm3, os 
episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo 
tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das 
infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser 
observadas. 
À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese 
noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, 
sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-
zoster. Nesse período, já é possívelencontrar diminuição na contagem de linfócitos T (LT-CD4+), situada 
entre 200 e 300 células/mm3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. 
A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao 
subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem 
indeterminada, bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. 
 
 SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (HIV/AIDS) 
O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, 
tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovírus. 
As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em 
mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das 
vezes. 
Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a 
certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem 
estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. 
Analisando-se a escolaridade como variável indicadora de condição socioeconômica dos casos de aids, 
observa-se que a epidemia de aids no Brasil se iniciou na população de maior condição socioeconômica, em 
indivíduos de mais de oito anos de escolaridade, mas hoje, como o maior número de casos se encontra em 
indivíduos com menor escolaridade, tem sido denominada de pauperização1. 
A pauperização é o crescimento da epidemia da aids entre pessoas de menor escolaridade e renda. Por 
outro lado, a juvenização é o crescimento da AIDS entre os jovens e adolescentes. 
As principais formas de transmissão do HIV são: sexual, sanguínea e vertical. Além dessas três formas, 
mais frequentes, pode ocorrer também a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em 
profissionais de saúde. 
A transmissão sexual é a principal forma de transmissão do HIV no Brasil e no Mundo, sendo a 
transmissão heterossexual considerada pela OMS, como a mais frequente do ponto de vista global. 
Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV numa relação heterossexual são: 
• Alta viremia (durante a fase da infecção primária e na imunodeficiência avançada). 
• Relação anal receptiva; 
• Relação sexual durante a menstruação; 
 
1
 Compreensão da Pandemia da AIDS nos últimos 25 anos. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 7 
• Presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. 
Os preservativos, masculinos ou femininos, são as únicas barreiras comprovadamente efetivas contra o 
HIV e outras DST, quando usados de forma correta. Os estudos demonstram que o uso do preservativo 
masculino pode reduzir o risco de transmissão do HIV e de outras DST em até 95%. 
A transmissão, por meio da transfusão de sangue e derivados, tem apresentado importância 
decrescente nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle de qualidade do sangue 
utilizado, como é o caso do Brasil. 
O uso de drogas injetáveis, associado ao compartilhamento de seringas e agulhas, apresenta alta 
probabilidade de transmissão sanguínea do HIV. Esse tipo de transmissão vem crescendo em várias partes do 
mundo, como Ásia, América Latina e Caribe. No Brasil, essa transmissão vem aumentando nas áreas da rota do 
tráfico de drogas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde se ferem acidentalmente com 
instrumentos perfurocortantes contaminados com sangue de acidentes portadores do HIV. 
Estima-se que o risco médio de contrair o HIV, após uma exposição percutânea ao sangue contaminado, 
seja de aproximadamente 0,03%, aumentando esse risco para aproximadamente 0,1% no caso de exposição 
de mucosas. 
O profissional de saúde acidentado com risco de infecção pelo HIV, deverá ser encaminhado nas 
primeiras horas (idealmente dentro de 1 a 2 horas), após o acidente, para a quimioprofilaxia com 
antirretrovirais. A duração da quimioprofilaxia é de 4 semanas. Estudos em animais sugerem que a 
quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada de 24 a 36 horas após o acidente. 
O produto espermicida à base de nonoxinol-9 (N-9) a 2% é o mais amplamente utilizado no Brasil e no 
mundo. Entretanto, o uso de alguns métodos contraceptivos contendo N-9 podem aumentar o risco de 
transmissão sexual do HIV e outras DST. Isso foi demonstrado em um ensaio clinico que observou risco 
acrescido entre usuárias/os desse produto. A razão desse risco acrescido reside no fato de o N-9 provocar 
lesões (fissuras/microfissuras) na mucosa vaginal e retal, dependendo da frequência de uso e do volume 
aplicado. 
A recepção de órgãos ou sêmen de doadores testados não são fatores de risco associados aos 
mecanismos de transmissão do HIV, pois foram feitos os testes necessários para garantir que os doadores não 
estivessem infectados com o HIV. 
Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor, entretanto, os indivíduos 
com infecção muito recente (“infecção aguda”) ou imunossupressão avançada tem maior concentração do 
HIV no sangue (carga viral) e nas secreções sexuais, transmitindo com maior facilidade o vírus. 
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro grupos: a) 
testes de detecção de anticorpos; b) testes de detecção de antígenos; c) testes de amplificação do genoma do 
vírus; e d) técnicas de cultura viral. 
As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são as baseadas na 
detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. 
Essas técnicas apresentam excelentes resultados. Além de serem menos dispendiosas, são de escolha 
para toda e qualquer triagem inicial. Detectam a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o 
próprio vírus. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 8 
 As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são utilizadas em situações 
específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos indeterminados, acompanhamento laboratorial 
de pacientes e mensuração da carga viral para controle de tratamento. 
Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de indivíduos infectados, 
numa média de 6 a 12 semanas após a infecção. 
Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: 
• ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem de 
anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e elevada 
sensibilidade e especificidade. 
• Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica. 
• Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do resultado reagente na 
etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos demais testes 
sorológicos, tem um elevado custo. 
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de 
fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de 
saúde (UBS). 
Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e podem ser realizados no 
momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do 
dedo). A utilização desses testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o 
aconselhamentopré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do resultado do 
mesmo. Trata-se de uma estratégia de grande efetividade principalmente em locais de difícil acesso e em 
situações em que é necessário o conhecimento imediato do estado sorológico. 
É importante enfatizar que, além do cuidado na coleta e execução dos testes, é fundamental que o 
processo de aconselhamento antes e depois do teste seja feito de forma cuidadosa, para que o resultado seja 
corretamente interpretado, tanto pelo profissional de saúde como pelo paciente, gerando atitudes que visem 
a promoção da saúde nos indivíduos testados. 
 
Pontos Importantes: 
 Aconselhamento pré e pós-testes para detecção do HIV; 
 Investigação de tuberculose em pacientes soropositivos; 
 Aconselhamento para MENOR das situações de risco para transmissão; 
 Vacinação dos pacientes soropositivos, salvo suas exceções; 
 Início precoce da terapia antirretroviral (TARV); 
 Profilaxia da transmissão vertical do HIV. 
 
Em pacientes portadores de HIV, a tuberculose (TB) deve ser pesquisada em todas as consultas, 
mediante o questionamento sobre a presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento e/ou 
sudorese noturna. A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e deve ser investigada. 
A prova tuberculínica (PT) é importante para o diagnóstico da infecção latente da tuberculose (ILTB) e 
constitui um marcador de risco para o desenvolvimento de tuberculose ativa, devendo ser realizada em todas 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 9 
as pessoas vivendo com HIV e que sejam assintomáticas para tuberculose. Caso a PT seja menor que 5 mm, 
recomenda-se que seja repetida anualmente. 
Uma das medidas que deve ser sistematicamente realizada na atenção da pessoa vivendo com HIV 
destaca-se o aconselhamento do paciente a reduzir as situações de risco relacionadas a exposições sexuais 
desprotegidos, inclusive práticas orais. 
Adultos e adolescentes que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, 
desde que não apresentem deficiência imunológica importante. À medida que aumenta a imunodepressão, 
eleva-se também o risco relacionado à administração de vacinas de agentes vivos, bem como se reduz a 
possibilidade de resposta imunológica consistente. 
Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com 
imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ < 200 células/mm3), até que um grau satisfatório de 
reconstituição imune seja obtido com o uso de terapia antirretroviral, o que proporciona melhora na 
resposta vacinal e redução do risco de complicações pós-vacinais. 
 A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre 
amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com imunodeficiência deve ser condicionada a análise individual 
de risco-benefício e não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Brasil, 2013, p. 22, disponível em: http://goo.gl/5pc89q. 
A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade das 
pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), melhorando a qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a 
infecção pelo HIV. 
Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou outros sintomas 
relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos assintomáticos com contagem de 
linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 celulas/mm3. 
Além do impacto clínico favorável, o início mais precoce da TARV vem sendo demonstrado como 
ferramenta importante na redução da transmissão do HIV. Todavia, deve-se considerar a importância da 
adesão e o risco de efeitos adversos no longo prazo. 
No dia 01/12/2013, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da terapia antirretroviral (TARV) para 
todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, mesmo os portadores de HIV que não apresentem 
comprometimento do sistema imunológico, terão acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids 
pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral 
aos pacientes soropositivos, independente do estágio da doença2. A oferta com antirretrovirais é uma medida 
 
2 Ministério da Saúde estende tratamento para todos com HIV, disponível em: http://goo.gl/ji2sCV. 
Parâmetros imunológicos para imunizações com vacinas de bactérias ou vírus vivos em pacientes infectados 
pelo HIV com mais de 13 anos de idade 
Contagem de LT-CD4+ (percentual) Recomendação para uso de vacinas com agentes vivos atenuados 
> 350 células/mm3 (> 20%) Indicar o uso 
200-350 células/mm3 (15-19%) 
Avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico para a tomada de 
decisão 
< 200 células/mm3 (< 15%) Não vacinar 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 10 
inovadora, com impacto na saúde individual porque garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas 
infectadas pelo HIV e reduz a transmissão do vírus. Isso porque a pessoa em tratamento com antirretrovirais, 
ao diminuir a carga viral, reduz a propagação do HIV. 
Assim, evidências de benefícios clínicos e de prevenção da transmissão do HIV providas por estudos 
intervencionistas e observacionais, somadas a disponibilidade de opções terapêuticas progressivamente mais 
cômodas e bem toleradas, justificam o estabelecimento de novos critérios para o início do tratamento 
antirretroviral, que incluem a recomendação de início mais precoce. Nesse sentido, o Ministério da Saúde 
publicou no dia 02/12/2013 o protocolo de TAV (disponível em: http://goo.gl/5pc89q) a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além das recomendações descritas no quadro acima, o Ministério da Saúde atualmente estimula o início 
imediato de TARV para todas as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), na perspectiva de redução da 
transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da PVHA. 
 
 
 
 
 
 
Em indivíduos assintomáticos, independentemente da contagem de LT-CD4+, a TARV poderá ser 
iniciada desde que a pessoa que vive com HIV seja esclarecida sobre benefícios e riscos, além de fortemente 
motivada e preparada para o tratamento, respeitando-se a autonomia do indivíduo. 
Deve-se enfatizar que a TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. Em nenhuma situação 
deverá haver qualquer tipo de coerção para início da TARV. A utilização de terapia antirretroviral não elimina a 
possibilidade de transmissão sexual do HIV. Além disso, há fatores que podem aumentar a possibilidade de 
transmissão, como a presença de doenças sexualmente transmissíveis. 
 Recomenda-se estimular início imediato da terapia antirretroviral (TARV) para todas as 
(PVHA), independentemente da contagem de LT-CD4+, na perspectiva de redução da 
transmissibilidade do HIV, considerando a motivação da pessoa vivendo com aids (PVHA). 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 11 
Devido à sua potência de inibição da replicação viral, menor risco de resistência viral a curto prazo e 
maior segurança dos antirretrovirais, a terapia antirretroviral (TARV), que é o tratamento do HIV/aids, deve ser 
administrada a todas as gestantes infectadas pelo HIV, com associação de três antirretrovirais, 
independentemente da situação virológica, clínica ou imunológica. 
A indicação de TARV na gestação pode ter dois objetivos: profilaxia da transmissão vertical (prevenir a 
transmissão da doença para o filho) ou tratamento da infecção pelo HIV (tratamento da gestante devido 
agravamento da doença ou indicação clínica). 
 
 TRATAMENTODA INFECÇÃO PELO HIV NA GESTAÇÃO 
Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave da infecção do HIV têm indicação 
de tratamento, independentemente da gravidez e em qualquer idade gestacional. Portanto, gestantes 
sintomáticas ou assintomáticas com contagem de LT-CD4+ ≤ 350 céls/mm3 apresentam critérios de início de 
tratamento, conforme recomendado para adultos que vivem com HIV, devendo iniciá-lo com o objetivo de 
tratar a doença ou reduzir o risco de progressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) observou redução de 33% no 
número total de novas infecções ao HIV desde 2001 e 52% de redução de novas infecções em crianças desde 
2001 a nível global. 
 
 O protocolo de tratamento do HIV foi alterado, no dia 01/12/2013. O Ministério da Saúde 
ampliou a terapia antirretroviral (TARV) para todos os adultos com testes positivos de HIV, ou seja, 
mesmo os portadores de HIV que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, terão 
acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Atualmente, além do Brasil, apenas 
França e Estados Unidos ofertam medicamento antirretroviral aos pacientes soropositivos, 
independente do estágio da doença. 
“Está estudando? Deixe o celular no silencioso. CONCENTRE-SE! ” 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 12 
Concurseiro (a), para ajudá-lo a fixar, ainda mais, o conteúdo, assista no site deste 
curso a videoaula sobre o tratamento e profilaxia do HIV/AIDS. 
 
Apesar desses avanços, houve aumento no índice de novas infecções na Europa oriental e Ásia central 
de 13% desde 2006, enquanto que no Oriente Médio e o norte da África o mesmo índice duplicou. 
Em muitos casos, a estagnação do progresso se deve à falta de acesso a serviços essenciais relacionados 
com o HIV. Com frequência, populações-chave, como homens que fazem sexo com homens (HSH), usuários de 
drogas, transgêneros e profissionais do sexo, não podem acessar serviços vitais. A aids na África ainda é um 
problema alarmante. 
 
OUTRAS DST’s 
 
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem 
o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, 
corrimentos, bolhas ou verrugas. 
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se 
fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde 
periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para 
complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte. 
O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação curativa, mas também uma ação 
preventiva da transmissão e do surgimento de outras complicações. Ao agendar a consulta para outro dia, 
pode ocorrer o desaparecimento dos sintomas desestimulando a busca por tratamento. Como consequência, a 
infecção pode evoluir para formas crônicas graves e se mantém a transmissão. A espera em longas filas, o 
agendamento para nova data, a falta de medicamentos e a discriminação e/ou falta de confidencialidade são 
fatores que induzem à busca de resolução fora do sistema formal de saúde. 
Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento de pacientes com DST tem os seguintes objetivos: 
interromper a cadeia de transmissão da forma mais efetiva e imediata possível, evitar as complicações 
advindas das DST assim como a transmissão do HIV, a regressão imediata dos sintomas. Neste sentido, o 
manual traz orientações de como o profissional de saúde deve proceder diante de determinadas situações. 
Para propiciar o diagnóstico precoce e tratamento imediato, propõe-se o uso de abordagem sindrômica, 
que se baseia em fluxogramas de conduta para um conjunto de doenças: úlcera genital (sífilis, cancro mole, 
donovanose, papiloma vírus e herpes genital) corrimento uretral (clamídia e gonorreia), corrimento vaginal e 
cervicite (clamídia, gonorreia, vaginose bacteriana, candidíase e tricomoníase) e dor pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 13 
 GONORREIA E CLAMÍDIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clamídia e gonorreia (corrimento uretral) são infecções causadas por bactérias que podem atingir os 
órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, 
podendo causar graves problemas à saúde. A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal 
anal), a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade para 
ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. 
Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, 
sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é 
muito comum estar doente e não ter sintoma algum. 
Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar 
corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a 
doença sem saber. 
 
Vejamos abaixo os esquemas de tratamento dessas doenças: 
 
Para aprofundamento desse assunto, recomendo a leitura do Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas: atenção integral as pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST) 2016. Disponível em: 
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2015/58357/pcdt_ist_01_04_2016_web_pdf_1
0099.pdf 
Infelizmente, apesar de a abordagem sindrômica ser uma das principais ações do Enfermeiro na Atenção 
Básica, esse assunto é pouco cobrado em prova. 
 
CLAMÍDIA GONORRÉIA 
 Azitromicina 1 g, VO, em dose única; ou 
 Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, 
durante 7 dias (contraindicado para 
gestantes, nutrizes e crianças menores de 10 
anos); ou 
 Eritromicina (estearato/estolato) 500 mg, VO, 
de 6/6 horas, durante 7 dias. 
 Ciprofloxacina 500 mg, VO, dose única 
(contraindicado em menores de 18 anos e em 
gestantes/nutrizes); ou 
 Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única; ou 
 Cefixima 400 mg, VO, dose única; ou 
 Ofloxacina 400 mg, VO, dose única (contraindicado 
em menores de 18 anos e em gestantes/nutrizes). 
AGENTES 
ETIOLÓGICOS 
TRANSMISSÃO 
COMPLICAÇÕES 
SINAIS E SINTOMAS 
•Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis 
•Relação sexual sem preservativo; 
•Durante o parto. 
• Infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas 
trompas. 
•Sensação de ardor e esquentamento ao urinar podendo causar corrimento ou pus. Dor nos 
testículos (homens) e sangramento fora da época e aumento da menstruação (mulheres). 
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 SÍFILIS 
A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em 
três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais 
contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da 
doença. 
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as 
gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. 
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém 
infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o 
parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamentodurante a gravidez são 
meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis. 
A sífilis é uma doença infecciosa de transmissão sexual ou materno-fetal, sistêmica, de evolução crônica, 
sujeita a surtos de agudização e períodos de latência clínica de menor ou maior tempo de duração. A 
prevenção da sífilis congênita pode ser feita com medidas simples, de baixo custo e altamente eficazes, 
traduzidas no diagnóstico da sífilis materna e no tratamento adequado da mãe e de seu(s) parceiro(s) 
sexual(is), resultando no tratamento simultâneo do concepto. A ocorrência de casos de sífilis congênita revela 
falhas graves no sistema de saúde. 
A sífilis congênita é considerada, portanto, um indicador para avaliação da qualidade da assistência à 
gestante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas 
(ínguas), que surgem entre 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas e as ínguas 
não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem 
desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um 
certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. 
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia 
de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem 
Recente < 1 
ano; Tardia > 1 
ano 
Sem sinais e 
sintomas. 
Diagnóstico 
apenas por 
exames 
 
Lesão erosada 
ou ulcerada, 
geralmente 
única, pouco 
dolorosa 
 
Lesões cutâneo‐
mucosas, 6 a 8 
sem. após o 
cancro duro. 
 
Sinais e 
sintomas 
aparecem ± 3 a 
12 anos 
LATENTE PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA 
com base 
endurecida, 
fundo liso, 
brilhante e 
pouca secreção 
serosa 
 
Febre, faringite, 
perda de peso e 
cabelo etc. 
 
Lesões cutâneo-
mucosas, 
neurológicas, 
cardíacas e 
articulares 
 
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 15 
complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, 
levar à morte. 
As alterações patológicas ocasionadas pela sífilis, observadas na mulher grávida, são as mesmas que 
ocorrem naquela não grávida. 
 
 
 
 
 
 
 
 SÍFILIS CONGÊNITA 
 
O diagnóstico - estabelecido pela associação de critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são exames qualitativos e 
quantitativos, sendo utilizados para o diagnóstico e o seguimento pós-terapêutico da sífilis. 
O VDRL deve ser solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes no pré-natal (na primeira 
consulta e no terceiro trimestre) e na internação para o parto, abortamento ou qualquer outra intercorrência 
durante a gestação. Todos os portadores de DST ou pessoas que se expuseram a risco de adquirir uma DST e 
para qualquer pessoa sempre que se suspeitar do diagnóstico de sífilis, em qualquer uma de suas fases, deve 
se solicitar o teste. 
 O VDRL tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro (sífilis 
primária), ou em torno de 50 dias do contágio, e sofre uma elevação ao longo do tempo; via de regra, a 
titulação está mais elevada na fase secundária da doença. 
 
 CRANCO MOLE E DONOVANOSE 
 
 
 
 
 
 A transmissão para o feto pode ocorrer em qualquer estágio da gestação; 
 A apresentação assintomática é mais frequente; 
 Até 40% das gestações que cursam com sífilis resultam em morte do concepto; 
 O objetivo maior é identificar e tratar as gestantes com sífilis e seu(s) parceiro(s), a fim de se 
evitar a transmissão para o feto. 
Lembrando: 
Surge até o 2º ano. Sintomas como ↓ 
peso, hepatomegalia e osteocondrite; 
Anemia, trombocitopenia, leucocitose 
ou leucopenia. 
PRECOCE 
Surge após o 2º ano. Sintomas como: 
“Lâmina de Sabre”, articulações de 
Clutton, fronte “olímpica”, nariz “ 
em sela”. 
Outros sintomas: mandíbula curta, 
arco palatino elevado, surdez 
neurológica e dificuldade no 
aprendizado. 
TARDIA 
CRANCO MOLE 
• Provocada p/ bactéria Haemophilus ducreyi. 
• É a causa mais comum de úlceras genitais em todo o mundo. Úlceras dolorosas, 
irregulares, contornos eritemato-edematosos, fundo irregular, odor fétido 
 
DONOVANOSE 
• Causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. 
• Surgem lesões nos órgãos genitais que lentamente se transforma em feridas ou 
úlceras indolores (sangram facilmente, bem definidas) ou caroço vermelho. 
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 LINFOGRANULONA VENÉREO E HPV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo 
de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). 
Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, 
dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes, 12 são de alto risco e podem provocar câncer (são 
oncogênicos) - principalmente no colo do útero e do ânus, e outros podem causar verrugas genitais. 
O HPV pode ser classificado em tipos de baixo e de alto risco de desenvolver câncer. Existem 12 tipos 
identificados como de alto risco (HPV tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) que têm 
probabilidade maior de persistir e estarem associados a lesões pré-cancerígenas. O HPV de tipos 16 e 18 
causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo mundo (cerca de 70%). Eles também são 
responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos 
de câncer vulvar. Os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) 
e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade. 
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis 
pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas 
periodicamente. 
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na 
cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, 
Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, faça 
isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é atualizado e 
ampliado mensalmente. 
 
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As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em 
vídeo) - estude por elas para ser aprovado (a). 
 
 
LINFOGRANULOMA 
VENÉREO 
• Infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, atinge os genitais e os 
gânglios da virilha. 
• Caracterizada p/ envolvimento do sistema linfático, tendo como processos básicos a 
trombolinfangite e perilinfangite. 
HPV 
(CONDILOMA 
ACUMINADO) 
• Causada p/ Papilomavírus humano (HPV). Normalmente causa verrugas de tamanhos 
variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. 
Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo 
do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. 
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região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na bocae na garganta. Tanto o homem 
quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. 
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não 
precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. 
O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do 
útero e deve ser feita de rotina por todas as mulheres. 
A Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR) da criança é uma doença rara, mas potencialmente 
ameaçadora da vida e que atinge o trato respiratório com predileção pela laringe e traqueia. É o tumor 
benigno epitelial da via respiratória que mais frequentemente afeta a laringe, podendo estender-se a todo o 
trato respiratório. Um dos principais sinais e sintomas é a rouquidão e obstrução das vias respiratórias. Uma 
criança pode desenvolver a PRR se a mãe estiver infectada com HPV e passar a infecção para a criança 
durante o parto normal. 
 
 
 
 
 
 
 HERPES 
 Dentre os herpes vírus conhecidos, seis afetam os seres humanos: (1) o herpes simples do tipo 1 (HSV-
1), que habitualmente provoca úlceras nos lábios; (2) herpes simples tipo 2 (HSV-2) ou herpes genital; (3) 
varicela-zoster; (4) vírus Epstein-Barr; (5) citomegalovírus (CMV); e (6) vírus linfotrópico B humano. O HSV-2 
parece constituir a causa de cerca de 80% das lesões genitais e perineais; o HSV-1 pode ser responsável por 
cerca de 20%. 
Herpes genital é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus 
sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois 
que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, 
cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e 
menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, 
vagina, colo do útero). 
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem 
formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas 
como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam 
principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode 
reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. 
O Herpes Simples é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual (inclusive oro-
genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou objetos contaminados. 
Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, transformam-se em pequenas 
ulceras, precedidas de sintomas de ardência, prurido e dor. 
A aula é importante, mantenha a concentração! 
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O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de membranas mucosas e pele, ao redor da 
cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital). Determina quadros variáveis benignos ou 
graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às 
infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da 
pele ou das mucosas. 
Herpes Simples Recorrente: a maioria das pessoas infectadas pelo HIV são coinfectadas com um ou 
ambos os tipos de vírus herpes simples (HSV 1 e 2), sendo mais comum a recorrência do que a infecção 
primária. Embora o HSV-1 seja responsável por lesões orolabiais, e o HSV-2, por lesões genitais, os dois tipos 
podem causar infecção em qualquer sítio. A sintomatologia clássica pode manifestar-se independentemente 
do estágio da doença pelo HIV. Todavia, a apresentação clínica dos quadros de recorrência é geralmente 
atípica, ao comparar-se aos quadros em indivíduos imunocompetentes. 
Herpes Zoster: a maioria dos adultos foi previamente infectada pelo vírus varicela zoster, e, de modo 
similar ao HSV, pacientes com doença pelo HIV desenvolvem pelo menos algum episódio de herpes zoster. O 
quadro inicia com dor radicular intensa, rash localizado ou segmentar, comprometendo um a três 
dermátomos, seguido de surgimento de maculopápulas dolorosas, que evoluem para vesículas com conteúdo 
infectante, e para crostas, havendo lesões concomitantes com todas essas fases. Pode também apresentar-se 
com disseminação cutânea extensa. 
 
 
 TRICOMONÍASE 
O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado, que provoca uma vaginite comum e, em geral, 
sexualmente transmissível, sendo, com frequência, denominada “trico”. A tricomoníase pode ser transmitida 
por um portador assintomático que abriga o microrganismo no trato urogenital. Pode aumentar o risco de 
contrair o HIV a partir de um parceiro infectado e desempenhar um papel no desenvolvimento de neoplasia 
cervical, infecções pós-operatórias, resultados adversos da gravidez, doença inflamatória pélvica (DIP) e 
infertilidade. 
As manifestações clínicas consistem em secreção vaginal, que é rala (algumas vezes espumosa), de 
coloração amarelada a amarelo-esverdeada, de odor fétido e muito irritativa. Em consequência, pode surgir 
uma vulvite acompanhante, com sensação de queimação e prurido vulvovaginais. 
 
 CANDIDÍASE 
A candidíase vulvovaginal é uma infecção fúngica ou por leveduras, causada por cepas de Cândida. A 
Cândida albicans é responsável pela maioria dos casos, porém outras cepas também podem estar implicadas, 
como Cândida glabrata. Muitas mulheres com um ecossistema vaginal saudável abrigam Cândida, porém são 
assintomáticas. Determinadas condições favorecem a mudança de um estado assintomático para a 
colonização com sintomas. Por exemplo, o uso de antibióticos diminui as bactérias, alterando, dessa maneira, 
os microrganismos protetores naturais que estão habitualmente presentes na vagina. Embora possam ocorrer 
infecções a qualquer momento, elas são observadas mais comumente durante a gravidez ou na presença de 
uma condição sistêmica, como diabetes mellitus ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), ou 
Planeje seus estudos, mantenha o Foco! 
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quando as pacientes estão tomando determinados medicamentos, como corticosteroides ou contraceptivos 
orais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As manifestações clínicas consistem em secreção vaginal que provoca prurido (coceira e irritação 
subsequente). A secreção pode ser aquosa ou espessa, porém exibe uma aparência esbranquiçada, 
semelhante a um queijo cottage. Em geral, os sintomas são mais intensos exatamente antes da menstruação e 
podem ser menos responsivos ao tratamento durante a gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VAGINOSE BACTERIANA 
A vaginose bacteriana é causada por um crescimento excessivo de bactérias anaeróbicas e Gardnerella 
vaginalis, que ocorre normalmente na vagina e na ausência de lactobacilos. Os fatores de risco incluem o uso 
de duchas após a menstruação, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais e outras doenças sexualmente 
transmissíveis (DST). 
A vaginose bacteriana pode ocorrer durante todo o ciclo menstrual e não provoca desconforto local 
nem dor. Mais de 50% das pacientes com vaginose bacteriana não percebem nenhum sinal. A secreção, 
quando percebida, é mais densa do que o normal e apresenta uma coloração branco-acinzentada a branco-
amarelada. Caracteriza-se por um odor semelhante a peixe, que é particularmente percebido após uma 
relação sexual ou durante a menstruação, devido a um aumento do pH vaginal.A vaginose bacteriana não é 
habitualmente considerada uma condição grave, embora possa estar associada a trabalho de parto 
prematuro, ruptura prematura das membranas, endometrite e infecção recorrente do trato urinário. 
Candidíase vulvovaginal não se trata exclusivamente de uma DST, porque pode surgir por 
outros motivos que levem a queda da resistência do organismo, como a presença de diabetes, 
gravidez, obesidade, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos, corticoides, imunossupressores 
ou quimio/radioterapia, hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local, 
contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou 
desodorantes íntimos) e alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção 
pelo HIV, ou seja, a relação sexual não é a principal forma de transmissão, visto que esses 
microrganismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres assintomáticas. 
Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília –
DF, 2015. 
 
Definição 
• Infecção da vulva e 
vagina - ocorre quando 
o meio torna-se 
favorável para seu 
desenvolvimento. 
Ag. Etiológico 
• Candida albicans 
(fungo comensal da 
microbiota vaginal) 
Sinais e Sintomas 
• Corrimento branco, 
grumoso, inodoro, com 
aspecto caseoso; 
• Prurido vulvovaginal, 
ardor ou dor à micção; 
• Hiperemia vulvar, edema, 
fissuras e macerações; 
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A aula não acabou, a sua luta continua. Não pare de estudar!” 
 
 
 
 
 
 
 
•Desequilíbrio da 
microbiota vaginal - 
↑ bactérias 
anaeróbias + 
ausência ou ↓ dos 
lactobacilos 
acidófilos. 
Definição 
•Gardnerela 
vaginalis; 
Haemophilus; 
Bacteroides sp; 
Mobiluncus sp; 
Ag. Etiológico •Fétido, + após o coito e 
menstruação; 
•Branco-acinzentado, 
fluido ou cremoso; 
•Prurido, dispareunia e 
irritação branda. 
Sinais e Sintomas 
A
G
EN
TE
S 
ET
IO
LÓ
G
IC
O
S 
- 
D
ST
S 
 
Gonorreia 
Clamídia 
Sífilis 
Cancro Mole 
Donovanose 
Linfogramuloma Venéreo 
Candidíase 
Tricomoníase 
Vaginose Bacteriana 
DST 
Neisseria Gonorrhoeae 
Chlamydia trachomatis 
 
Treponema pallidum 
 
Haemophilus ducreyi 
 
Klebsiella granulomatis 
 
Chlamydia trachomatis (L1, L2 e L3) 
 
Candida albicans 
 
Trichomonas vaginalis 
 
Gardnerela vaginalis; Haemophilus; Bacteroides sp; 
Mobiluncus sp 
AGENTE ETIOLÓGICO 
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QUESTÕES COMENTADAS 
NOBRE AMIGO (A), AGORA VAMOS FOCAR OS ESTUDOS NAS QUESTÕES ABAIXO A FIM DE 
POTENCIALIZARMOS OS SEUS CONHECIMENTOS! 
 
1. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Em relação à fase aguda da infecção causada pelo HIV, assinale a alternativa 
correta. 
a) Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, 
neoplasias intraepiteliais anal e cervical. 
b) Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e sintomas de processos 
oportunistas. 
c) Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. 
d) As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que se assemelha à 
mononucleose. 
e) A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto por resposta imune 
suprimida. 
COMENTÁRIOS: 
Em regra, as fases da infecção pelo vírus do HIV-1 são as seguintes: 
1. Infecção aguda (duração de aproximadamente 4 meses). 
2. Fase assintomática, também conhecida como latência clínica (pode durar algumas semanas). 
3. Fase sintomática inicial ou precoce. 
4. Aids (doença instalada, acorre aproximadamente após 10 anos, caso não seja tratado 
adequadamente). 
 
 Infecção Aguda 
A infecção aguda é definida como as primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos 
anticorpos anti-HIV (soroconversão), que costuma ocorrer em torno da quarta semana após a infecção. Nessa 
fase, bilhões de partículas virais são produzidas diariamente, a viremia plasmática alcança níveis elevados e o 
indivíduo torna-se altamente infectante. 
Os principais achados clínicos da fase aguda do HIV-1 (denominada Síndrome Retroviral Aguda – SRA) 
incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese 
e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, 
occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Alguns 
pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente inferior a três dias), 
afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se disseminar para braços, pernas, 
regiões palmares e plantares. 
Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar 
presentes. Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as 
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manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite asséptica, neurite 
periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillan-Barre. 
A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. 
Os sinais e sintomas que caracterizam a SRA, por serem muito semelhantes aos de outras infecções 
virais, são habitualmente atribuídos a outra etiologia e a infecção pelo HIV comumente deixa de ser 
diagnosticada. 
A sorologia para a infecção pelo HIV é geralmente negativa nessa fase (janela imunológica), mas o 
diagnóstico pode ser realizado com a utilização de métodos moleculares para a detecção de RNA do HIV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Latência clínica e fase sintomática 
Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode 
persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu 
diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. 
Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora 
sem repercussão clínica na maioria dos casos. Além disso, anemia (normocrômica e normocítica) e leucopenia 
leves podem estar presentes. 
Enquanto a contagem de linfócitos T-CD4 + (LT-CD4+) permanece acima de 350 células/mm3, os 
episódios infecciosos mais frequentes são geralmente bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo 
tuberculose, incluindo a forma pulmonar cavitária. Com a progressão da infecção, apresentações atípicas das 
infecções, resposta tardia a antibioticoterapia e/ou reativação de infecções antigas começam a ser observadas. 
À medida que a infecção progride, os sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese 
noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, 
sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além de herpes-
zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 
células/mm3. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. 
A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao 
subsequente desenvolvimento depneumonia por P. jirovecii. Diarreia crônica e febre de origem indeterminada, 
bem como leucoplasia oral pilosa, também são preditores de evolução para aids. 
 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
O aparecimento de infecções oportunistas é neoplasias e definidor da Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose 
pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptococica e retinite por citomegalovirus. 
 A janela imunológica, também chamada de janela biológica, é o tempo compreendido entre 
a aquisição da infecção e a soroconversão. O tempo decorrido para que a sorologia anti-HIV se torne 
positiva é de 6 a 12 semanas após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente 2 
meses. O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas, na fase aguda, é de 
5 a 30 dias. 
 
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As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em 
mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm3, na maioria das 
vezes. 
Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar doenças por dano direto a 
certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e neuropatias que podem 
estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-1. 
Após exposição inicial do conteúdo, vamos analisar cada item da questão: 
Item A. INCORRETO. Certas neoplasias são mais frequentes nesta fase, entre elas: sarcoma de Kaposi, 
linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical. Essa alternativa se refere à fase da Síndrome 
da imunodeficiência humana AIDS. 
Item B. INCORRETO. Uma vez instalada a AIDS, as pessoas portadoras do HIV apresentam sinais e 
sintomas de processos oportunistas. Fase da Síndrome da imunodeficiência humana AIDS. 
Item C. INCORRETO. Também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou 
inexistente. Fase de latência. 
Item D. CORRETO. As manifestações clínicas podem variar desde quadro gripal até uma síndrome, que 
se assemelha à mononucleose. Fase aguda. 
Item E. INCORRETO. A história natural da infecção aguda caracteriza-se tanto por viremia baixa quanto 
por resposta imune suprimida. Fase sintomática. 
 
 
 
2. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) O diagnóstico do HIV ainda suscita nas pessoas muitas questões e desafios 
de natureza psicológica, social, cultural e econômica. Assinale a alternativa que representa um fator 
dificultador na adesão ao tratamento das pessoas vivendo com HIV/AIDS. 
a) O suporte familiar, social, afetivo, bem como a percepção por parte da pessoa de que esse apoio é 
suficiente. 
b) Complexidade do regime terapêutico, que inclui o número de doses e de comprimidos que precisam ser 
ingeridos diariamente. 
c) Escolaridade alta, habilidades cognitivas suficientes para lidar com as dificuldades e as exigências do 
tratamento. 
d) Aceitação da soropositividade, pois tomar os remédios significa reconhecer que a condição de infecção pelo 
HIV é uma realidade. 
e) Relação satisfatória do usuário com o médico e com os demais profissionais da equipe de saúde, incluindo 
seu nível de satisfação com os serviços prestados. 
COMENTÁRIOS: 
A instituição da terapia antirretroviral (TARV) tem por objetivo diminuir a morbidade e mortalidade das 
pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), melhorando a qualidade e a expectativa de vida, e não erradicar a 
infecção pelo HIV. 
Evidências robustas demonstram o benefício da TARV em pessoas com aids ou outros sintomas 
relacionados a imunodeficiência provocada pelo HIV e em indivíduos assintomáticos com contagem de 
linfócitos T (LT-CD4+) inferior a 350 células/mm3. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. 
 
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A terapia antiretroviral é uma terapia combinada, ou seja, um processo de associação de fármacos 
sejam eles da mesma classe, a exemplo, três inibidores de transcriptase reversa; ou de classes diferentes, 
como: dois inibidores de transcriptase reversa e um inibidor de protease. A difícil adesão ao tratamento está 
relacionada com o número de medicações associados, quando isto é somado a terapêutica a longo prazo, a 
administração em duas a três doses ao dia, com um grande número de comprimidos ou cápsulas 
(frequentemente 20-25 unidades por dia), interferindo no regime alimentar e hábitos de vida das pessoas. 
 
 
 
3. (HU-UFSM/EBSERH/AOCP/2014) Em relação às pessoas em uso da terapia anti-retroviral (TARV), algumas 
alterações anatômicas passaram a ser descritas no final dos anos 90. Em especial, uma alteração caracterizada 
por alterações de gordura corporal, que denomina-se: 
a) atrofias. 
b) gonadotrofias. 
c) lipodistrofia. 
d) adenodistrofias. 
e) hipertrofias. 
COMENTÁRIOS: 
A partir de 1998, uma série de alterações anatômicas e metabólicas passaram a ser descritas nos 
pacientes portadores de HIV/Aids, particularmente naqueles em uso da terapia anti-retroviral de alta eficácia 
(HAART). Estas alterações foram descritas de maneira genérica como lipodistrofia e/ou síndrome lipodistrófica. 
As alterações anatômicas compreendem uma lipoatrofia na região da face, membros superiores e inferiores e 
uma proeminência das veias superficiais associado ou não a um acúmulo de gorduras na região do abdômen, 
região cervical (gibas) e nas mamas. 
A lipodistrofia é uma alteração na distribuição de gordura do organismo com concentração de gordura 
na barriga, costas, pescoço e nuca (giba) e perda de gordura nos braços, pernas, nádegas e face. Além disso, 
está se chegando a um consenso de que a lipodistrofia é a mistura de várias modificações também no 
funcionamento do organismo (alterações metabólicas), como o aumento do colesterol e dos triglicérides, 
elevando o risco de problemas cardíacos e resistência à insulina, o que pode causar a diabetes. Algumas 
pessoas sentem dores no corpo, em especial nos músculos, por causa do aumento do ácido lático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. (Prefeitura de Arapongas–PR/IBFC/2014) Considerando os testes para diagnóstico da infecção por HIV, leia 
as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa correta. 
Logo o gabarito da questão é a letra B. 
 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C. 
 
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I - O teste rápido permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 
minutos. Pode ser realizado no momento da consulta. 
II - O Teste de Elisa tem custo elevado, sendo um exame confirmatório, ou seja, indicado em casos de 
resultado positivo no Teste Western Blot. Esse teste permite a procura de fragmentos do HIV. 
III. O Teste Elisa é o mais realizado para diagnosticar a doença. Esse teste permite a identificação de anticorpos 
contra o HIV no sangue do paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a 
realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios, o Western 
Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o Imunoblot. 
IV - O teste rápido é um exame imunocromatográfico, treponêmico, de uso único para detecção de anticorpos 
específicos para HIV em até 10 minutos. 
Estão corretas as frases: 
a) I e II, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I e III, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos, basicamente, em quatro grupos: 
a) testes de detecção de anticorpos; 
b) testes de detecção de antígenos; 
c)testes de amplificação do genoma do vírus; 
d) técnicas de cultura viral. 
As técnicas rotineiramente utilizadas para o diagnóstico da infecção pelo HIV são as baseadas na 
detecção de anticorpos contra o vírus, os chamados testes anti-HIV. Essas técnicas apresentam excelentes 
resultados. Além de serem menos dispendiosas, são de escolha para toda e qualquer triagem inicial. Detectam 
a resposta do hospedeiro contra o vírus (os anticorpos) e não o próprio vírus. 
As outras três técnicas detectam diretamente o vírus, ou suas partículas, e são utilizadas em situações 
específicas, tais como: esclarecimento de exames sorológicos indeterminados, acompanhamento laboratorial 
de pacientes e mensuração da carga viral para controle de tratamento. 
Os anticorpos contra o HIV aparecem, principalmente, no soro ou plasma de indivíduos infectados, numa 
média de 6 a 12 semanas após a infecção. 
 Os testes de detecção de anticorpos são os seguintes: 
• ELISA (ensaio imunoenzimático): essa técnica vem sendo amplamente utilizada na triagem de 
anticorpos contra o vírus, pela sua facilidade de automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade 
e especificidade. 
• Imunofluorescência indireta: é um teste utilizado na etapa de confirmação sorológica. 
• Western-blot: esse teste é considerado “padrão ouro” para confirmação do resultado reagente na 
etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade, mas, comparado aos demais testes sorológicos, tem 
um elevado custo. 
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de 
fácil execução e leitura visual. Está sendo cada vez mais utilizado, inclusive nas unidades básicas de saúde 
(UBS). 
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Os testes rápidos apresentam resultados em um tempo inferior a 30 minutos e podem ser realizados no 
momento da consulta, por meio da coleta de uma amostra por punção da polpa digital do indivíduo (polpa do 
dedo). A utilização desses testes permite que em um mesmo momento - o da consulta - o paciente receba o 
aconselhamento pré e pós-teste, tenha o seu teste realizado e obtenha conhecimento do resultado do mesmo. 
Trata-se de uma estratégia de grande efetividade principalmente em locais de difícil acesso e em situações em 
que é necessário o conhecimento imediato do estado sorológico. 
 
 
 Pois apenas os itens I e III estão corretos. 
 
5. (Prefeitura de Ronda Alta-RS/ ASSCON-PP/2014) HIV em inglês é a sigla do Vírus da Imunodeficiência 
Humana que é causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), vírus que ataca as células 
responsáveis por defender nosso organismo de doenças. O tratamento da AIDS se dá por uso de 
antiretrovirais, considerando as alternativas abaixo assinale a que não se enquadra neste grupo: 
a) Zidovudina. 
b) Tenofovir. 
c) Oseltamivir. 
d) Estavudina. 
COMENTÁRIOS: 
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no 
organismo. Eles não matam o HIV, vírus causador da aids, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema 
imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids. 
Vejamos abaixo as classes de medicamentos antirretrovirais: 
Classes de medicamentos antirretrovirais 
 Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - atuam na enzima transcriptase reversa, 
incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o 
vírus se reproduza. São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e 
a combinação Lamivudina/Zidovudina. 
 Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a ação da enzima e 
a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. 
 Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção 
de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, 
Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. 
 Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. Ex: 
a Enfuvirtida. 
 Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do 
DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua 
capacidade de infectar novas células. Ex: o Raltegravir. 
 Inibidores do CCR5 - atua de forma diferente dos demais antirretrovirais, pois age fora da célula, 
bloqueando a entrada do vírus HIV no linfócito TCD4. A principal vantagem é ser ativo contra o vírus 
resistente às demais classes de antirretrovirais , além de ser mais tolerado e seguro (ex.: maraviroc). 
Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra C. 
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DROGAS ANTIRETROVIRAIS 
A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três antirretrovirais, sendo dois ITRN/ITRNt 
associados a um ITRNN ou IP/r. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento é complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do 
organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as 
recomendações médicas, ou seja, aderir ao tratamento. Por isso, é fundamental manter o diálogo com os 
profissionais de saúde, compreender todo o esquema de tratamento e nunca ficar com dúvidas. 
O medicamento que não se enquadra no grupo dos antirretrovirais é Oseltamivir*. 
 
 
Oseltamivir*: É um composto antiviral que reduz a multiplicação do vírus da gripe, influenza A e B, no 
organismo, incluindo do vírus Influenza A H1N1. 
 
 
 
 
 
 
6. (EBSERH HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) São consideradas doenças sexualmente transmissíveis: 
a) Cancro mole, herpes, sífilis, lúpus e HIV. 
b) Lúpus, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
c) Lúpus, hepatite C, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
d) Cancro mole, herpes, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
e) Cancro mole, lúpus, sífilis, linfogranuloma venéreo e HIV. 
 
1ª linha 
Se contraindicado Se contraindicado 
2 ITRN: TDF (tenofovir) + 3TC (lamiduvina) 1 ITRNN: EFV (efavirenz) 
Substituir o TDF por: 1º AZT (zidovudina) ou 2º ABC (abacavir) ou 3º ddl (didanosina). 
Substituir por NVP (nevirapina) 
2ª linha EFV e NVP impossibilitados – substituídos por inibidor de protease (IP/r): 
Preferencialmente o lopinavir/ritonavir (LPV/r). 
1º ATV/r (atanazavir/ritonavir), 2º FPV/r (fosamprenavir/ritonavir). 
 Para melhor compreensão sobre o tratamento do HIV, assista à videoaula sobre o tema neste 
curso completo de enfermagem. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra C. 
Alternativas ao LPV/r 
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COMENTÁRIOS: 
Essa questão é tranquila e vamos resolvê-la por eliminação! Sabemos que o Lúpus é uma doença 
autoimune rara, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico em que a defesa imunológica se vira 
contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. É mais 
frequente nas mulheres do que nos homens. Observe que a alternativa D é a única que não cita o Lúpus. 
 
 
 
7. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013) Sintomas como presença de feridas na região genital (uma ou várias), 
dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não por ínguas nas virilhas 
podem ser diagnóstico de: 
a) sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. 
b) sifílis, cancro mole, gonorreia ou clamídia. 
c) infecção pelo papilomavírus humano (HPV), herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. 
d) tricimoníase, gonorreia ou clamídia. 
e) sífilis, cancro mole, herpes genital ou infecção pelo papilomavírus humano (HPV). 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos cada uma das doenças isoladamente para melhor compreensão do conteúdo: 
Sífilis – é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. 
Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período 
em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa 
impressão de cura da doença. Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a 
sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou 
morte ao nascer. Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas 
virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. As feridas e 
as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas 
podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar 
um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. 
Cancro mole – também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é “cavalo”. Doença 
transmitida sexualmente, provocada pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões 
tropicais, como o Brasil. 
Doença muito contagiosa que tem como período de incubação de 3 a 5 dias podendo chegar a 14 dias, e 
é a causa mais comum de úlceras genitais em todo o mundo. 
Herpes genital – é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus 
sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas ou úlceras. 
Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como 
estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e 
menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, 
vagina, colo do útero). Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que 
se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver 
sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam 
Portanto, o gabarito da questão é a letra D. 
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principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode 
reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. 
Donovanose – também chamado de Granuloma Inguinal ou Granuloma Venéreo, doença causada pela 
bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, 
provavelmente por contato direto com lesões, durante a atividade sexual. Surgem lesões nos órgãos genitais 
que lentamente se transforma em feridas ou úlceras indolores ou caroço vermelho. Afeta a pele e mucosas da 
genitália, ânus e virilha. 
Linfogranuloma venéreo – é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que 
atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma doença bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada 
pelo envolvimento do sistema linfático, tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite. 
A evolução clínica apresenta-se em 3 fases: primeira, no local de penetração do agente etiológico ocorre 
o aparecimento de papulas, vesícula (úlceras), pústula ou erosão fugaz e indolor, no homem, acomete o sulco 
balonoprepucial, o prepúcio ou meato uretral; na mulher, acomete fúrcula cervical, clitóris, pequenos e 
grandes lábios; na segunda fase: caracteriza-se por adenite inguinal, geralmente unilateral, firme e pouco 
dolorosa (bubão), que pode ser acompanhada de febre e mal-estar; na terceira fase -quando há drenagem de 
material purulento por vários orifícios no bubão, com ou sem sangue, que, ao involuir, deixa cicatrizes retraídas 
ou queloides. 
Gonorreia – também conhecida como blenorragia, infecta principalmente o canal uretral, nos homens, 
normalmente sintomáticos. Tem como agente etiológico a Neisseria Gonorrhoea e apresenta evoluções clínicas 
diferentes. Quando não tratada a gonorreia pode atingir outros órgãos, no homem, podem chegar aos 
testículos e o epidídimo acarretando ou não em infertilidade; nas mulheres, pode chegar ao útero, às trompas 
e aos ovários e provocar um processo. 
Clamídia – doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência no mundo. Ela é causada pela 
bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na 
passagem pelo canal do parto. A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer 
a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. A infecção pode ser assintomática. Quando 
os sintomas aparecem, são parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, 
presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período 
menstrual e dor no baixo ventre. 
HPV (Condiloma acuminado) – conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou 
cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). A infecção pelo HPV normalmente 
causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do 
ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões 
também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados 
pelo vírus sem apresentar sintomas. 
Tricomoníase – é uma protozoose causada pelo Trichomonas vaginalis, que desencadeia uma ampla 
variedade de manifestações clínicas, podendo estar associada à transmissão do vírus da imunodeficiência 
humana, câncer cervical, infertilidade, entre outros. A via primária de transmissão é pelo contato sexual. 
Apresenta formas diferentes de afecção, sendo normalmente assintomática no homem. Porém quando 
sintomática apresenta: queimação após a micção ou ejaculação, coceira na uretra, corrimento leve uretral. Na 
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mulher apresenta: desconforto na relação sexual, coceira na parte interna das coxas, corrimento vaginal, 
prurido vaginal, odor e coceira na vulva ou inchaço dos lábios. 
Vamos analisar os itens da questão, destacando em vermelho os erros presentes nas alternativas: 
Item A. CORRETO. Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose ou linfogranuloma venéreo. 
Item B. INCORRETO. Sífílis, cancro mole, gonorreia ou clamídia. 
Item C. INCORRETO. Infecção pelo papiloma vírus humano (HPV), herpes genital, donovanose ou 
linfogranuloma venéreo. 
Item D. INCORRETO. tricimoníase, gonorreia ou clamídia. 
Item E. INCORRETO. Sífilis, cancro mole, herpes genital ou infecção pelo papilomavírus humano (HPV). 
 
 
 
8. (Prefeitura de Pinhais-PR/FAFIPA/2014) Na Abordagem Sindrômica, o atendimento do paciente com DST 
visa curar as infecções possíveis, cessar os sintomas, colaborando para evitar as complicações advindas da (s) 
DST além de 
a) orientar sobre o uso de anticoncepcionais hormonais 
b) interromper a cadeia de transmissão da doença 
c) identificar os principais agentes etiológicos envolvidos na doença 
d) orientar que pode ser mantida relação sexual com o parceiro/a durante o tratamento. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento de

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