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Aula 04 LUIZ BIVAR JR

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CURSO ON LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PARA O SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: 
JUDICIÁRIA 
PROFESSOR: LUIZ BIVAR JR. 
1 
Prof. Luiz Bivar Jr. www.pontodosconcursos.com.br 
AULA 04 
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA (Arts. 69 e seguintes do CPP) 
Olá, caros alunos!!! 
Na aula de hoje trataremos do tema JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA. 
Este capítulo, especialmente, exigirá muito de nossa memorização, uma vez 
que trata de regras impositivas. 
Começaremos estudando a Jurisdição, tema bastante simples. Para 
provas de concurso, devemos nos ater ao seu conceito e princípios. 
JURISDIÇÃO: 
Na sua etimologia, a palavra jurisdição vem do latim Juris + Dictio, ou 
seja, “dizer o direito”. Jurisdição nada mais é do que o poder-dever que o 
Estado-Juiz tem de dizer o direito, aplicando a lei no caso concreto e, assim, 
solucionando os conflitos de interesses que lhe são apresentados. 
Em outras palavras: toda vez que temos um problema e não 
conseguimos resolvê-lo pacificamente, recorremos ao Poder Judiciário. O 
Judiciário vai então tentar resolver nosso conflito de interesses. Ao analisar 
o referido conflito e dar uma solução, dizemos que o juiz prestou jurisdição. 
Ele aplicou a lei ao caso concreto, resolvendo o conflito que lhe foi 
apresentado. 
Estabelecido o conceito de jurisdição, passemos agora à análise de 
seus princípios. 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO: 
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JUDICIÁRIA 
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a) Princípio da Inércia da Jurisdição ou da Iniciativa das Partes 
(ne procedat iudex ex officio). Em regra, o Poder Judiciário não se manifesta 
sem ser provocado pelas partes. Isso significa que o juiz não pode atuar de 
ofício, ou seja, somente se manifestará se provocado. Existem casos, 
entretanto, em que o juiz pode atuar mesmo sem ser provocado pelas 
partes, constituindo, portanto, exceção a essa regra. Exemplos: o juiz pode 
determinar a abertura de inventário de ofício; o juiz pode decretar a prisão 
preventiva do acusado de ofício; poderá conceder ordem de habeas corpus
de ofício, etc. 
b) Princípio do Juiz Natural: ninguém será processado senão pelo juiz 
competente, previamente estabelecido conforme as normas de organização 
judiciária (art. 5º, LIII, CF/88). O acusado, ao cometer uma infração penal, 
já deve saber previamente qual será o juízo competente para julgá-lo. Disso 
decorre que não haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII, 
CF/88). 
c) Princípio do Promotor Natural: discute-se, na doutrina e 
jurisprudência, se o princípio do promotor natural também seria aceito pelo 
ordenamento jurídico brasileiro. Ou seja, da mesma forma que ninguém será 
julgado senão pelo juiz previamente competente para conhecer da causa, 
ninguém seria acusado senão pelo órgão do MP previamente estabelecido 
para tanto. A doutrina majoritária e a jurisprudência do STJ vêm aceitando o 
promotor natural como princípio implícito. Nada obstante, o Supremo 
Tribunal Federal não aceita tal princípio, por entender que ele violaria a 
regra da indivisibilidade do Ministério Público (vide HC 67.759, Pleno, DJ 
01.07.1993; HC 84.468/ES, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 
20.02.2006 e HC 90277/DF, Rela. Mina. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ 
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01.08.2008). Essa última orientação é que deve ser adotada em provas de 
concurso público. 
d) Princípio da Investidura: a jurisdição só pode ser prestada por 
aquele que foi previamente aprovado em concurso público de provas ou 
provas e títulos, foi nomeado, empossado e encontra-se no pleno exercício 
de suas funções. Vale dizer: somente a pessoa legalmente investida em suas 
funções poderá prestar jurisdição. 
e) Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição: o juiz não pode se 
negar a prestar jurisdição. Não pode declinar de seu mister, recusando-se a 
resolver a questão. Nos termos do art. 5º, XXXV, CF/88: “a lei não excluirá 
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.” 
f) Princípio da Indelegabilidade da Jurisdição: o juiz não pode 
delegar jurisdição a outrem. Do contrário, o princípio do juiz natural seria 
desrespeitado. 
g) Princípio da Improrrogabilidade da Jurisdição: Em regra, a 
jurisdição não se prorroga, ou seja, o juiz que é incompetente não passa a 
ser competente pelo decurso do tempo. No entanto, existem exceções: 
casos de conexão e continência (serão estudos mais a frente). 
h) Princípio da Inevitabilidade ou Irrecusabilidade: as partes não 
podem recusar o juiz, salvo nos casos de impedimento, suspeição ou 
incompetência. 
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Como vimos, a jurisdição é tema de relativa simplicidade. Passemos 
então ao estudo da Competência. 
COMPETÊNCIA: 
CONCEITO: Competência é a medida ou limite da jurisdição. A jurisdição é 
una e indivisível. Porém, nem todo juiz está apto a julgar todas as causas 
que lhe são apresentadas. Devemos analisar o tipo de crime que foi 
cometido, a lugar em que a infração foi praticada, se o agente possui foro 
especial, etc. 
Nos termos do art. 69 do Código de Processo Penal, a competência 
será determinada pelo: 
I – o lugar da infração; 
II – o domicílio ou residência do réu; 
III – a natureza da infração; 
IV – a distribuição; 
V – a conexão ou continência (na verdade, são causas de prorrogação 
da competência); 
VI – a prevenção; 
VII – a prerrogativa de função. 
Daqui para frente, analisaremos, uma a uma, as causas de fixação de 
competência. 
I) NATUREZA DA INFRAÇÃO: 
De acordo com a natureza da infração, a justiça classifica-se em 
JUSTIÇA ESPECIALIZADA (Eleitoral, Trabalhista e Militar) e JUSTIÇA 
COMUM (Federal e Estadual). 
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 A Justiça Eleitoral não possui grande relevância na esfera penal. 
Será competente para julgar os crimes eleitorais e conexos (Lei nº 
4.737/1965 – Código Eleitoral). 
 A Justiça Trabalhista é competente para julgar as questões 
trabalhistas propriamente ditas (salário, férias, décimo terceiro salário, aviso 
prévio, etc.). Aqui fica um aviso: a justiça trabalhista não julga crimes. 
Eventuais crimes contra a organização do trabalho são de competência da 
Justiça Federal (art. 109, VI, da Constituição da República). 
 Já a Justiça Militar, em regra, será competente para julgar as 
infrações penais militares, cometidas por militares, no exercício de suas 
funções. Exige-se, assim, três requisitos para que a justiça militar seja 
competente: 
i) o crime deve ser militar (previsto no Código Penal Militar); 
ii) o sujeito ativo do crime deve ser militar; e 
iii) o crime deve ser praticado no exercício da função. 
Obviamente que não precisamos ficar decorando os crimes militares, 
porém devemos ficar atentos aos seguintes casos especiais que costumam 
ser cobrados nas provas de Processo Penal: 
Casos Especiais: 
a) Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil 
acusado de prática de crime contra instituições militares estaduais 
(Súmula nº 53 do STJ);b) No caso de crime de abuso de autoridade e lesão corporal 
praticados por militar em serviço, o abuso de autoridade será 
julgado pela Justiça Comum, ainda que praticado em serviço, e a lesão 
corporal será julgada pela Justiça Militar, já que foi praticada em 
serviço (Súmula nº 172 do STJ). O crime de abuso de autoridade não 
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é julgado pela Justiça Militar, ainda que praticado em serviço, pois não 
tem previsão na legislação militar; 
c) O crime de homicídio doloso cometido por militar contra civil, 
ainda que em serviço, é de competência da Justiça Comum (Lei nº 
9.299/96); 
d) Crime cometido por militar de folga usando arma da corporação 
é de competência da Justiça Comum (Lei nº 9.299/96). Lembro aos 
senhores que a súmula nº 47 do STJ (“compete à Justiça Militar 
processar e julgar crime cometido por militar contra civil, com 
emprego de arma pertencente à corporação, mesmo não estando em 
serviço”) não tem mais aplicação; 
e) Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar delito 
decorrente de acidente de trânsito envolvendo viatura de Polícia 
Militar, salvo se autor e vítima forem policiais militares em situação de 
atividade (Súmula nº 06 do STJ); 
f) Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar o policial 
militar por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de 
estabelecimento penal (Súmula nº 75 do STJ); 
g) O foro competente para julgar um militar, quando este cometer 
crime militar em situação de atividade, é a Justiça Militar a qual ele 
está vinculado, pouco importando o lugar onde o crime ocorreu. 
Assim, se um Policial Militar do DF cometer um crime militar em São 
Paulo, deverá ser julgado pela Justiça Militar do DF e não de São 
Paulo. Isso, entretanto, só se aplica às infrações militares e não aos 
crimes comuns. Se esse mesmo policial militar do Distrito Federal 
cometer um estupro em São Paulo, ele será julgado pela Justiça 
comum de São Paulo e não pela do Distrito Federal. 
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Vistas tais regras, devemos lembrar que, se o crime não for de 
competência da Justiça Especializada, será de competência da Justiça 
Comum. Passemos, então, às regras da justiça federal e estadual. 
• JUSTIÇA FEDERAL: nos termos do art. 109 da Constituição 
Federal de 1988, à Justiça Federal compete: 
“Art. - 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa 
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, 
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes 
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no 
País; 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com 
Estado estrangeiro ou organismo internacional; 
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas 
entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da 
Justiça Eleitoral; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, 
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou 
devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
V - A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 
5º deste artigo; 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos 
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem 
econômico-financeira; 
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua 
competência ou quando o constrangimento provier de autoridade 
cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; 
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato 
de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais; 
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IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, 
ressalvada a competência da Justiça Militar; 
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de 
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", 
e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas 
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à 
naturalização; 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na 
seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. 
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas 
na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde 
houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou 
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro 
do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que 
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre 
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se 
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas 
sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. 
§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será 
sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do 
juiz de primeiro grau. 
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o 
Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o 
cumprimento de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, 
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em 
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de 
deslocamento de competência para a Justiça Federal.” 
Basicamente, no âmbito penal, a Justiça Federal é competente para 
julgar os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de 
bens, serviços ou interesses da União, suas Autarquias, Empresas Públicas 
Federais ou Fundações Públicas Federais, excluídas as contravenções e 
ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral (art. 109, 
IV, da CF/88 e jurisprudência). 
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Aqui também veremos alguns casos especiais: 
Casos Especiais: 
a) As infrações penais que ofendam Sociedades de Economia 
Mista serão julgadas pela Justiça Comum Estadual; 
b) Nos termos da Súmula nº 38 do STJ, compete à Justiça 
Comum Estadual, na vigência da Constituição de 1988, o 
julgamento de processo por contravenção penal, ainda que 
praticada em detrimento de bens, serviços ou interesses da 
União ou de suas entidades. Isso significa dizer que as 
contravenções penais sempre serão julgadas pela Justiça 
Estadual; 
c) Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar 
crime em que o indígena figure como autor ou vítima (Súmula nº 
140 do STJ). No entanto, crimes que envolvam direitos 
indígenas (considerados na sua coletividade) são de 
competência da Justiça Federal (art. 109, XI, da CF/88). 
Vejamos questão cobrada na prova da OAB, em 2007, sobre 
esse tema: 
“É competente a justiça federalpara o processo e o 
julgamento de crime praticado dentro de reserva indígena, 
ainda que, na ocasião, não tenha havido disputa sobre 
direitos indígenas” (item ERRADO, uma vez que o critério 
para definição da competência da Justiça Federal é o fato 
do crime envolver direitos indígenas, fato este 
expressamente excluído pelo item. Note que o fato do 
crime ter sido cometido dentro de reserva indígena é 
irrelevante, se, no caso, não houve qualquer disputa sobre 
direitos indígenas). 
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d) Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes 
praticados contra funcionário público federal, quando 
relacionados com o exercício da função (Súmula nº 147 do STJ); 
e) Nos termos da Súmula nº 522 do STF, salvo ocorrência de 
tráfico para o exterior, quando então a competência será da 
Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e 
julgamento dos crimes relativos a entorpecentes; 
f) Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar 
crime de estelionato praticado mediante falsificação das guias de 
recolhimento das contribuições previdenciárias, quando não 
ocorrer lesão à autarquia federal (Súmula nº 107 do STJ); 
g) A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado 
configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da 
Justiça Estadual (Súmula nº 73 do STJ). Caso a falsificação não 
seja grosseira, o crime será de falsificação de moeda e, 
consequentemente, a competência será da Justiça Federal; 
h) Crime de falsificação de certificado de conclusão (diploma) 
de estabelecimento particular de ensino: (i) para o STJ, a 
competência é da Justiça Comum Estadual (Sumula nº 104 do 
STJ). (ii) para o STF, se a entidade particular for de ensino 
superior (ex: UniCeub aqui em Brasília), a competência será da 
Justiça Federal; 
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i) Desvio de verbas federais: (i) se a verba, ao ser 
desviada, já tinha se incorporado definitivamente ao patrimônio 
do Estado ou Município, a competência será da Justiça Estadual 
(Súmula nº 209 do STJ). (ii) se a verba, ao ser desviada, ainda 
não tinha se incorporado definitivamente ao patrimônio do 
Estado ou Município (era administrada em sistema de convênio, 
por exemplo), a competência será da Justiça Federal (Súmula nº 
208 do STJ). 
Finalmente, o que não for de competência da Justiça Especializada, 
nem da Justiça Federal, será de competência da Justiça Estadual 
(competência residual). 
Muitas regras para memorizarmos, não?? Essa é a parte penosa do 
tópico “Competência”. Nada obstante, vamos retomar o fôlego e continuar!!! 
O segundo critério de fixação da competência que analisaremos será a 
Natureza da Infração. Aqui, buscamos definir o local onde a ação penal será 
proposta, se em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, etc. 
II) LUGAR DA INFRAÇÃO: 
1) AÇÃO PENAL PÚBLICA: nos termos do art. 70 do CPP, sendo a 
infração de ação penal pública, a competência será determinada, em regra, 
pelo lugar onde a infração se consumou. Nos casos de tentativa, a 
competência será determinada pelo lugar em que for praticado o último ato 
de execução. 
2) AÇÃO PENAL PRIVADA: caso a infração seja de exclusiva ação 
privada, dispõe o art. 73 do CPP que o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da 
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infração. Significa dizer que a vítima poderá escolher se inicia a ação no 
local onde o crime se consumou, ou se prefere o local de domicílio ou 
residência do réu. 
Aqui também analisaremos alguns casos especiais. 
CASOS ESPECIAIS: 
a) CRIMES PERMANENTES E CRIMES CONTINUADOS (art. 71 
do CPP): em se tratando de infrações permanentes ou 
continuadas, a competência será determinada pela prevenção, 
isto é, o primeiro juiz que tomar conhecimento do processo é 
que será o competente (prevenção). O conceito de prevenção 
será visto daqui a pouco; 
b) INCERTEZA DE LIMITES (art. 70, § 3º, do CPP): quando for 
incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou, 
quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou 
tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência 
será determinada pela prevenção. Vejamos esta questão 
cobrada na prova de Delegado de Polícia do RJ (NCE, UFRJ, 
2002): 
“Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais 
comarcas, a competência firmar-se-á levando-se em 
consideração o domicílio do acusado”. (item ERRADO, 
pois, como visto, nos casos em que existe uma incerteza 
de limites, a competência será determinada pela 
prevenção, e não pelo local de domicílio do acusado); 
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c) ESTELIONATO NA MODALIDADE DE EMISSÃO DE CHEQUES 
SEM FUNDO (art. 171, § 2º, VI, do CP): quando o crime de 
estelionato for cometido na modalidade de emissão de cheque 
sem fundos, a competência será do local onde se der a recusa do 
pagamento (lugar onde está situado o Banco Sacado - Sumula 
nº 244 do Superior Tribunal de Justiça); 
d) ESTELIONATO NA MODALIDADE DE FALSIFICAÇÃO DE 
ASSINATURA: nos termos da Súmula nº 48 do STJ, a 
competência será do local onde o agente obteve a vantagem 
indevida; 
e) CRIMES COM REPERCUSSÃO INTERNACIONAL: 
e.1) EXECUÇÃO DA INFRAÇÃO NO BRASIL E CONSUMAÇÃO 
NO EXTERIOR: a competência será determinada pelo lugar em 
que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução (art. 
70, § 1º, do CPP). Exemplo: “A”, na fronteira com o Paraguai, 
mas ainda no Brasil, desfere algumas facadas contra “B” que 
corre e vem a falecer no Paraguai. Nesse caso, o Brasil teria 
competência para julgar, já que a execução do crime foi 
praticada no território nacional. No caso, a competência seria da 
cidade brasileira em que as facadas foram desferidas; 
e.2) EXECUÇÃO NO EXTERIOR E CONSUMAÇÃO NO 
BRASIL: a competência será determinada pelo lugar em que o 
crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir 
o seu resultado no Brasil (art. 70, § 2º, do CPP); 
e.3) EXECUÇÃO E CONSUMAÇÃO NO EXTERIOR: a ação 
deverá ser ajuizada na capital do estado onde por último houver 
residido o acusado no Brasil ou, se ele nunca houver residido no 
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Brasil, será competente o juízo da Capital da República (art. 88 
do CPP); 
f) Crimes cometidos a bordo de NAVIOS E AERONAVES: 
f.1) Caso a embarcação esteja chegando no Brasil, a 
competência será do lugar onde estiver situado o 1° porto 
/aeroporto em que ela chegar (art. 89 do CPP); 
f.2) Caso a embarcação esteja saindo do Brasil, a competência 
será do local onde estiver situado o último porto/aeroporto do 
qual ela partiu (art. 90 do CPP). 
9 Observação: havendo dúvida quanto à competência, 
está será determinada pela prevenção (art. 91 do CPP). 
Os três próximos critérios defixação da competência são bastante 
simples e não trazem maiores dificuldades. Veremos, então, o domicílio ou 
residência do réu, a prevenção e a distribuição. 
III) DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU (art. 72 do CPP): 
Nos crimes de iniciativa pública, o domicílio ou residência do réu 
funciona como critério subsidiário. Ou seja, não sendo conhecido o lugar 
da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. 
Assim, a ação só deverá ser ajuizada no local de domicílio ou residência do 
réu quando o lugar de consumação do crime for totalmente ignorado. 
Já nos casos em que a infração é de exclusiva ação privada, conforme 
já mencionado, o querelante (vítima) poderá optar entre o local de domicílio 
ou residência do réu e o lugar de consumação do crime (art. 73 do CPP). 
Trata-se, assim, de um critério alternativo, uma vez que, mesmo que seja 
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conhecido o lugar de consumação do crime, o ofendido poderá optar por 
processar seu agressor no local de domicílio ou residência do réu. 
IV) DISTRIBUIÇÃO: esse critério costuma ser utilizado quando todos os 
outros já foram ultrapassados e, mesmo assim, resta mais de um juiz 
competente para julgamento. Exemplo: casos em que, na comarca, há mais 
de uma vara criminal. Em regra, a distribuição é feita aleatoriamente, ou 
seja, por sorteio eletrônico, salvo se um dos juízes já estiver prevento. 
Trata-se de critério de menor importância em nosso estudo que não costuma 
ser cobrado nas provas de concurso, em razão de sua simplicidade. 
V) PREVENÇÃO: quando dois ou mais juízes forem igualmente 
competentes para julgar determinada causa, a competência será 
determinada pela prevenção, isto é, aquele que primeiro tomar 
conhecimento do processo é que será o competente (nesse caso, fala-se que 
ele está prevento). A distribuição de inquérito policial, a decretação de 
prisão preventiva, a concessão de fiança ou a determinação de qualquer 
diligência (exemplo: busca e apreensão), mesmo que antes do início do 
processo, torna o juiz prevento. 
Observação: lembre-se de que a decisão em habeas corpus não 
torna o juiz prevento para conhecer de futura ação penal. Isso 
significa que ainda que o HC tenha sido concedido pelo juiz da 5ª 
Vara Criminal, nada impede que a denúncia seja distribuída para a 
3ª Vara e o processo comece lá. 
VI) PRERROGATIVA DE FUNÇÃO: 
Nesse critério de fixação da competência, estudaremos onde as 
principais autoridades serão processadas criminalmente, quando se 
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envolverem na prática de infrações penais. Com efeito, determinadas 
pessoas, não em razão de suas características pessoais, mas em razão do 
cargo ou da função pública que exercem, possuem, nos termos da lei, foro 
especial ou por prerrogativa de função. Ou seja, serão processadas já em 
algum tribunal, e não perante o juiz de primeiro grau. 
Tal prerrogativa existe em função do cargo ou função pública 
desempenhados e não em razão da pessoa. Consequentemente, caso o 
agente deixe o cargo (exoneração, aposentadoria etc.), perderá o direito ao 
foro especial. Chamo atenção para o fato de que a Lei nº 10.628/2002, que 
deu nova redação ao art. 84 do Código de Processo Penal, foi julgada 
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, razão pela qual, hoje, não 
há qualquer exceção a essa regra. Ainda que o crime se refira a atos 
administrativos do agente e tenha sido praticado enquanto ele se encontrava 
no exercício do cargo ou função, não haverá mais direito ao foro especial, 
caso a pessoa deixe de ocupar o cargo ou função pública. 
Abaixo, os senhores encontrarão um resumo das principais 
autoridades e seus respectivos foros especiais. Recomendo, sinceramente, 
sua memorização, por se tratar de matéria comumente cobrada nos 
certames. Alguns de vocês, inclusive, já o devem ter visto no Direito 
Constitucional. Bem, deixemos de enrolação e vamos a eles: 
a) Supremo Tribunal Federal: nos crimes comuns, será competente 
para julgar o presidente da República, o vice-presidente da República, os 
membros do Congresso Nacional (deputados federais e senadores), os 
ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República e o 
advogado-geral da União (todas essas autoridades, nos crimes de 
responsabilidade, serão julgadas pelo Senado Federal, com exceção dos 
deputados federais, que serão julgados pela Câmara dos Deputados). Já nos 
crimes comuns e de responsabilidade, compete ao Supremo Tribunal 
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Federal julgar os ministros de Estados, os comandantes do Exército, Marinha 
e Aeronáutica, os ministros de Tribunais Superiores, os ministros do Tribunal 
de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter 
permanente (lembre-se de que os ministros de Estado e os comandantes do 
Exército, Marinha e Aeronáutica, serão julgados pelo Senado Federal quando 
cometerem crimes de responsabilidade conexos com os crimes de 
responsabilidade do presidente ou do vice-presidente da República). Mais à 
frente estudaremos o conceito de conexão; 
b) Superior Tribunal de Justiça: nos crimes comuns, será competente para 
julgar os governadores de Estado e do Distrito Federal. Já nos crimes 
comuns e de responsabilidade, compete ao Superior Tribunal de Justiça 
julgar os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais 
Regionais Eleitorais e dos Tribunais Regionais do Trabalho (aqui estou me 
referindo aos juízes de 2ª instancia, isto é, aos desembargadores federais, 
etc.), os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e 
os membros do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
c) Deputados estaduais e distritais: poderão ser julgados em quatro locais 
diferentes a depender do tipo de infração cometida: nos crimes de 
competência estadual, serão julgados pelo Tribunal de Justiça. Nos crimes 
de competência federal, serão julgados pelo Tribunal Regional Federal. Nos 
crimes eleitorais, pelo Tribunal Regional Eleitoral. Finalmente, nos crimes de 
responsabilidade, serão julgados pela Assembleia Legislativa do respectivo 
Estado; 
d) Os prefeitos seguem regra semelhante: nos crimes de competência 
estadual, serão julgados pelo Tribunal de Justiça. Nos crimes de 
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competência federal, serão julgados pelo Tribunal Regional Federal. Nos 
crimes eleitorais, pelo Tribunal Regional Eleitoral. Finalmente, nos crimes de 
responsabilidade, serão julgados pela Câmara dos Vereadores; 
e) Os juízes de 1ª instância serão julgados pelo Tribunal a que estiverem 
vinculados (exemplos: Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça). A 
única exceção fica por conta dos crimes eleitorais, em que serão julgados 
pelo Tribunal Regional Eleitoral. Também os membros dos Ministérios 
Públicos dos Estados serão julgadospelo Tribunal perante o qual atuarem, 
salvo nos crimes eleitorais, em que serão julgados pelo Tribunal Regional 
Eleitoral. 
Cuidado, porém, com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
(MPDFT). Este segue regra diferente: seus promotores de justiça serão 
julgados pelo Tribunal Regional Federal, ao passo que seus procuradores de 
justiça serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Bem, visto o foro por prerrogativa de função, passaremos ao estudo 
do que seria o último critério de fixação da competência, ou seja, a conexão 
e a continência. Ocorre, porém, que, como mencionado antes, a conexão e 
continência são causas de prorrogação da competência e não critério de 
fixação. Trata-se apenas de natureza jurídica diversa que não altera as 
regras que vamos ver em seguida. 
VII) CONEXÃO E CONTINÊNCIA: 
CONEXÃO: 
Veremos neste tópico quando duas ou mais infrações penais podem ser 
consideradas conexas. A conexão seria, assim, uma relação de proximidade 
que pode existir entre os crimes ou contravenções penais. Não se esqueçam, 
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a conexão pressupõe necessariamente a existência de duas ou mais 
infrações penais. Passemos ao estudo dos tipos de conexão. 
a) INTERSUBJETIVA: 
• Por simultaneidade ou ocasional: quando duas ou mais 
infrações penais são cometidas, simultaneamente, por duas 
ou mais pessoas reunidas (normalmente em situações de 
tumulto). Não existe o liame de vontades entres os 
envolvidos, ou seja, não há o vínculo psicológico entre eles. 
Exemplo: tumulto em um estádio de futebol, em que vários 
delitos são cometidos; 
• Por concurso: ocorre quando duas ou mais infrações são 
cometidas por várias pessoas em concurso. Neste caso, 
existe o vínculo psicológico (liame subjetivo) entre os 
agentes. Os crimes são conexos em razão do concurso 
existente entre os sujeitos das infrações. Ex.: quadrilha de 
sequestradores em que um executa do sequestro, outro 
planeja a ação, um terceiro vigia o local, outro negocia o 
resgate etc; 
• Por reciprocidade: quando duas ou mais infrações são 
cometidas por várias pessoas de maneira recíproca, isto é, 
umas contra as outras. Aqui temos o exemplo clássico das 
lesões corporais recíprocas. 
b) OBJETIVA OU MATERIAL: 
• Teleológica: ocorre quando uma infração é cometida com o 
intuito de garantir a execução de outra. Exemplo: matar o 
segurança para sequestrar o empresário; 
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• Consequencial: dá-se quando uma infração é cometida 
com o fim de assegurar a ocultação, impunidade ou 
vantagem de outra infração penal. Exemplos: ocultar o 
cadáver após o homicídio; matar a testemunha de um 
crime; um dos comparsas espanca o outro para ficar com 
todo o produto do furto, etc. 
c) INSTRUMENTAL, PROBATÓRIA OU PROCESSUAL: refere-se à 
prova de uma infração penal. Ocorre quando a prova de um crime 
também servir como prova em outra infração penal. Exemplo: a 
prova quanto a origem criminosa ou não de determinada 
mercadoria (refere-se ao furto) também servirá como prova no 
delito de receptação. 
CONTINÊNCIA: 
Diferentemente da conexão, a continência reflete um tipo de 
relacionamento entre os delitos que pode ocorre quando temos duas ou mais 
infrações ou, até mesmo, com uma única infração penal. São três os tipos 
de continência: 
a) POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA: ocorre quando duas ou mais 
pessoas são acusadas da mesma infração (concurso de pessoas). Note 
que, na conexão por concurso, temos duas ou mais infrações penais 
cometidas em concurso. Já na continência, existe uma única infração 
penal sendo praticada em concurso de pessoas. Ex: “A” e “B” provocam 
a morte de seu desafeto, sendo “A” o autor e “B” o partícipe; 
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b) POR CUMULAÇÃO OBJETIVA: ocorre quando o agente, 
mediante uma só ação ou omissão, comete duas ou mais infrações 
penais (é o chamado concurso formal de crimes previsto no art. 70 do 
Código Penal). Ex: querendo causar a morte de seu inimigo, e sabendo 
que este faria uma viagem para o exterior, “A” coloco um explosivo no 
carro que, além de causar a morte de seu desafeto, provoca também a 
morte de sua família e do motorista. Neste exemplo, temos uma única 
ação criminosa (colocação do explosivo) e vários crimes (morte do 
desafeto, do motorista e da família); 
c) ERRO: ocorre nas hipóteses do erro no direito penal (erro na 
execução – aberratio ictus e resultado diverso do pretendido – aberratio 
delicti). O tema do “erro” é próprio do direito penal e, por isso, não será 
abordado neste curso. 
Para vermos como o tema da conexão e continência vem sendo cobrado 
nas provas de concurso, destaco o item abaixo cobrado na prova de 
Delegado de Polícia Civil do RJ (NCE/UFRJ/2002): 
“Configura hipótese de conexão o caso de infração penal ser 
cometida em concurso por duas ou mais pessoas” (item ERRADO. 
Como visto acima, trata-se de caso de continência, uma vez que 
temos uma única infração penal sendo cometida em concurso de 
pessoas) 
Vistos os casos de conexão e continência, não podemos esquecer que 
tais institutos trazem como consequência a reunião dos processos. Dessa 
forma, analisaremos agora as regras de atração, a fim de descobrirmos qual 
juiz será o competente para julgamento, nos casos em que os crimes são 
conexos ou há continência. 
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REGRAS DE ATRAÇÃO OU FORO PREVALENTE: 
No que tange ao foro prevalente, deve-se observar as seguintes regras: 
a) Justiça Comum X Justiça Especializada = Justiça Especializada; 
b) Justiça Estadual X Justiça Federal = Justiça Federal (Súmula nº 
122 do STJ); 
c) Justiça Comum X Júri = Júri. Exemplo: caso o crime de homicídio 
seja conexo com a ocultação de cadáver, ambos serão julgados 
pelo Tribunal do Júri. Concluímos, então, que o Tribunal do Júri 
tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, bem 
como aqueles que lhes sejam conexos (ainda que estes últimos 
não sejam dolosos contra a vida); 
d) Foro Especial X Foro Especial = se duas ou mais autoridades que 
tenham foro especial cometerem um crime, nos termos da 
Súmula nº 704 do STF, ambas serão julgadas pelo foro de maior 
graduação. Assim, se um deputado federal e um governador, em 
concurso, forem acusados de cometer uma infração penal, ambos 
serão julgados pelo STF; 
e) Foro Especial + “Pessoa Comum” + crime que não seja doloso 
contra a vida: caso uma autoridade que tenha foro especial 
cometa, em concurso, um crime (que não seja doloso contra a 
vida) acompanhado de uma pessoa sem foro especial, este será 
julgado pelo foro competente para julgar a autoridade (atração); 
f) Foro Especial + “Pessoa Comum” + crime doloso contra a vida: 
caso uma autoridade que tenha foro especial cometa, em 
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Prof. Luiz Bivar Jr. www.pontodosconcursos.com.brconcurso, um crime (doloso contra a vida) acompanhado de uma 
pessoa sem foro especial, a autoridade será julgada pelo seu foro 
especial enquanto a pessoa comum será julgada pelo Tribunal do 
Júri (ocorre uma separação dos processos). Exemplo: Se um 
governador, acompanhado de João (pessoa sem foro especial) 
cometerem, em concurso, um homicídio, o governador será 
julgado pelo STJ e João pelo Tribunal do Júri; 
9 Observação: nos termos da Súmula 721 do STF: “a 
competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece 
sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição estadual.” Assim, se 
um secretário de Estado cometer um homicídio doloso, 
deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri e não pelo 
Tribunal de Justiça (o foro especial dos secretários de 
Estado decorre das Constituições Estaduais. 
Consequentemente, nos termos da referida súmula, o 
Júri tem prevalência nesse caso). 
g) No concurso entre jurisdições de categorias diversas (instâncias 
diferentes), prevalecerá a de maior graduação; 
h) No concurso entre jurisdições de mesma categoria prevalecerá: 
a) a competência do lugar onde tiver sido praticada a infração 
mais grave (pena maior); 
b) Caso as infrações sejam de mesma intensidade (penal 
igual), prevalecerá a competência do lugar onde tiver sido 
praticado o maior número de infrações; 
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c) Caso as infrações sejam de mesma intensidade (pena 
igual) e número de infrações também seja o mesmo, a 
competência será determinada pela prevenção. 
Finalmente, para terminarmos nossa aula, elenco alguns casos em que 
haverá a separação de processos: 
SEPARAÇÃO DE PROCESSOS: ocorrerá a separação de processos e 
julgamento, dentre outros casos, nas seguintes hipóteses: 
OBRIGATÓRIA (art. 79 do CPP): 
a) Justiça Comum X Justiça Militar; 
b) Justiça Comum X Justiça da Infância e Juventude; 
c) Se, em relação a um dos corréus, sobrevier doença 
mental. Com relação a este, o processo deverá ficar 
suspenso até que ele se restabeleça (art. 152 do CPP); 
FACULTATIVA (art. 80 do CPP): 
a) Havendo um número excessivo de acusados; 
b) Para não prorrogar demasiadamente a prisão provisória de 
um dos acusados; 
c) Se por qualquer motivo relevante o juiz achar conveniente 
a separação. 
Bem, senhores, concluímos as regras relativas à jurisdição e 
competência. Vejamos então algumas questões para treinar nosso 
aprendizado. 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Relativamente à 
competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir: 
Na determinação da competência por conexão, em caso de concurso de 
jurisdições da mesma categoria, observa-se a regra da preponderância da 
jurisdição em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as 
respectivas penas forem de igual gravidade. 
Comentário:
Item CORRETO. Conforme o art. 78 do CPP: 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão 
observadas as seguintes regras: 
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição 
comum, prevalecerá a competência do júri; 
II - no concurso de jurisdições da mesma categoria: 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais 
grave; 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de 
infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; 
Como se pode perceber, no concurso entre jurisdições de mesma categoria, 
prevalecerá a competência do local onde tiver sido praticada a infração mais 
grave. Ocorre, porém, que se as infrações forem de mesma gravidade, 
prevalecerá a competência do lugar do maior número de infrações. 
Finalmente, nos demais casos, a competência será determinada pela 
prevenção. Notem que a prevenção, será utilizada apenas em último caso. 
2) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Relativamente à 
competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir: 
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A competência prevista na Constituição Estadual de foro por prerrogativa de 
função para procurador do estado não prevalece sobre a competência 
prevista na Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para 
crimes dolosos contra a vida. 
Comentário:
Item CORRETO. A súmula 721 do STF é expressa ao determinar que: “a 
competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição 
estadual.” No item analisado, a prerrogativa de foro para procurador de 
estado decorre exclusivamente de uma Constituição Estadual, 
consequentemente, prevalece a competência do Júri para julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida. Assim, se esse procurador de estado cometer 
um crime de homicídio doloso, será julgado pelo Tribunal do Júri, e não pelo 
foro especial. 
3) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Relativamente à 
competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir: 
É possível a separação de processos em razão do número excessivo de 
acusados. 
Comentário:
Item CORRETO. O art. 80 do CPP traz os casos de separação facultativa dos 
processos. Assim, “será facultativa a separação dos processos quando as 
infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar 
diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes 
prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar 
conveniente a separação”. 
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4) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Relativamente à 
competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir: 
A competência prevista na Constituição Federal de foro por prerrogativa de 
função para juiz de direito prevalece sobre a competência prevista na 
Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para crimes dolosos 
contra a vida. 
Comentário:
Item CORRETO. Esse item também está baseado na Súmula 721 do STF. No 
presente caso, a prerrogativa de função do juiz de direito decorre da 
Constituição Federal, de modo que prevalecerá sobre a competência do Júri 
para julgamento dos crimes dolosos contra vida. 
5) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Em tema de 
competência, é correto afirmar que, sendo incerto o limite territorial 
entre duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á: 
a) pelo domicílio do réu ou, se for ignorado seu paradeiro, pelo juiz 
que primeiro tomar conhecimento do fato; 
b) pela distribuição; 
c) pela prevenção; 
d) pelo domicílio da vítima; 
e) pelo lugar onde o resultado deveria ter ocorrido. 
Comentário:
A assertiva correta é a letra “C”. A prevenção ocorre quando dois ou mais 
juízes foram igualmente competentes para conhecer de determinada causa. 
Nesse caso, o juiz que primeiro se manifestar firmará a sua competência. 
São três os casos mais conhecidos em que a prevenção será utilizadacomo 
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critério de fixação da competência: i) nos crimes permanentes, ii) nos 
crimes continuados e iii) quando se tratar de uma incerteza de limites. 
6) (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Correição – 
AFC/CGU/2006) A competência para processar e julgar a emissão de 
cheque sem fundos é do: 
a) lugar da emissão do título; 
b) lugar da recusa do pagamento; 
c) lugar do domicílio do emitente; 
d) lugar do domicílio do beneficiário; 
e) lugar da residência do emitente. 
Comentário:
A assertiva correta é a letra “B”. Nos termos da súmula 244 do STJ, 
“Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de 
estelionato mediante cheque sem provisão de fundos”. 
7) (Cespe/Defensor Público do DF/SGA/2006) De acordo com o 
Direito Processual Penal e com o Código de Processo Penal (CPP), 
julgue os itens que se seguem: 
A prevenção fixa a competência do juízo, no processo penal, quando o juiz 
toma conhecimento, em primeiro lugar, de um processo que poderá, em 
tese, ser da competência de outros juízes. 
Comentário:
Item CORRETO. O item traz o conceito doutrinário de prevenção. Nos termos 
do art. 69 do CPP, a prevenção é um critério de fixação da competência. 
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8) (Cespe/Defensor Público do DF/SGA/2006) De acordo com o 
Direito Processual Penal e com o Código de Processo Penal (CPP), 
julgue os itens que se seguem: 
No campo da competência, a regra principal é garantir a punição do autor da 
infração penal no lugar onde ela se realizou e, desconhecendo-se a regra 
supletiva do lugar da residência ou do domicílio da vítima, sendo foro de 
eleição do querelado, nos crimes de ação penal de iniciativa privada. 
Comentário:
Item ERRADO. No que se refere à determinação da competência quanto ao 
lugar da infração, a regra geral, conforme o art. 70 do CPP, é garantir a 
punição do autor da infração no lugar onde ela se consumou. Notem que o 
item menciona “lugar onde ela se realizou”, que não significa o mesmo que 
lugar de consumação. Além disso, há uma outra imprecisão na questão: nos 
crimes de ação penal privada, o querelante (vítima) poderá preferir o lugar 
de domicilio ou residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da 
infração (art. 73, CPP). 
9) (Cespe/OAB-DF/2007) Assinale a opção correta acerca do 
processo penal: 
Compete à justiça estadual processar e julgar crimes de desvio de verbas 
oriundas de órgãos federais, sujeitas ao controle do TCU e não incorporadas 
ao patrimônio do município. 
Comentário:
Item ERRADO. Quando se tratar do crime de desvio de verbas federais, 
devermos verificar, para o fim de definição da competência, se a verba já se 
incorporou ou não ao patrimônio do Estado/Município. 
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Caso a verba já tenha sido incorporada, a competência para julgamento de 
eventual crime será da Justiça Estadual. Porém, para verbas não 
incorporadas, a competência será da Justiça Federal. Vide as súmulas 208 
(“compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio 
de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”) e 209 
(“compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba 
transferida e incorporada ao patrimônio municipal”) do STJ. 
Na presente questão, a verba ainda não foi incorporada ao patrimônio do 
município. Assim, a competência para processo e julgamento será da Justiça 
Federal. 
10) (CESPE/AGU – Procurador Federal/2007) Julgue o item abaixo: 
Competem à justiça estadual o processo e o julgamento dos crimes contra a 
economia popular. 
Comentário:
Item CORRETO. A competência da Justiça Estadual é residual, de modo que 
um crime só será de competência da referida justiça quando não for de 
competência da Justiça Federal ou das justiças especializadas. É exatamente 
o que ocorre com os crimes contra a economia popular (Lei nº 1.521/51). 
11) (CESPE/AGU – Procurador Federal/2002) Julgue o item abaixo: 
Um vereador praticou um crime de homicídio durante o mandato. Nessa 
situação, por ter foro especial por prerrogativa de função, caberá ao tribunal 
de justiça a competência para processar e julgar o edil. 
Comentário:
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Item ERRADO. Os vereadores não possuem foro por prerrogativa de função. 
Nos termos do art. 29, VIII, da CF/88, a imunidade dos vereadores abrange 
apenas a inviolabilidade por suas palavras, opiniões e votos nos exercício do 
mandato e na circunscrição do Município. 
12) (CESPE/AGU – Advogado da União/2004) Julgue o item abaixo: 
Adão e Bento, previamente ajustados e com unidade de desígnios, 
adentraram em uma agência de uma sociedade de economia mista e, 
mediante graves ameaças exercidas com o emprego de revólveres 
municiados, subtraíram do interior do cofre a importância de 100 mil reais. 
Nessa situação, de acordo com a orientação do STJ, será competente a 
justiça comum estadual para processar e julgar o crime de roubo qualificado. 
Comentário:
Item CORRETO. Segundo o art. 109, IV, da CF/88: “Aos juízes federais 
compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais 
praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de 
suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça 
Eleitoral”. Notem que as sociedades de economia mista não são 
mencionadas no referido dispositivo, razão pela qual, nesse último caso, a 
competência será da Justiça Estadual (critério residual). 
13) (CESPE/PC-PA – Delegado de Polícia/2009) Julgue o item 
abaixo: 
Antônio, com intenção homicida, desfechou dois tiros de pistola em Bruno, 
na cidade de Altamira-PA. Gravemente ferido, Bruno foi levado para Belém, 
onde foi internado em unidade hospitalar com melhor estrutura que aquela 
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do município onde ocorreram os disparos. Apesar do esforço dos integrantes 
da equipe médica, Bruno veio a falecer seis meses após o fato, em 
consequência dos ferimentos provocados pela arma de Antônio. Assim, a 
competência para processar e julgar o delito é do tribunal do júri de Belém-
PA, pois o Código de Processo Penal, em relação ao lugar do crime, adotou a 
teoria do resultado. 
Comentário:
Item ERRADO. A competência, no que se refere ao lugar da infração, é 
determinada, nos termos do art. 70 do CPP, pelo lugar de consumação da 
infração. Ocorre, porém, que o delito de homicídio constitui exceção a essa 
regra. A jurisprudência majoritária já firmou entendimento no sentido de 
que, para definição da competência no referido delito, devemos buscar o 
lugar de execução da infração (teoria da ação ou da atividade). A 
justificativa é uma maior facilidade na reunião de provas. 
14) (CESPE/MPE-RN– Promotor de Justiça/2009) Julgue o item 
abaixo: 
Compete ao STJ conhecer e decidir conflito de atribuições entre membros do 
MP federal e de MP estadual. 
Comentário:
Item ERRADO. Conforme entendimento mais recente do STF, compete ao 
Pretório Excelso dirimir conflito de atribuições entre o Ministério Público 
Federal e o Ministério Público Estadual. Nesse sentido, vide: ACO 853/RJ, 
Rel. Min. Cezar Peluso, Pleno, j. 08.03.2007 e Pet. 3631/SP, Rel. Min. Cezar 
Peluso, Pleno, j. 06.12.2007. 
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15) (CESPE/PC-RN – Delegado de Polícia/2009) Julgue o item 
abaixo: 
O habeas corpus, de acordo com a CF, será de competência do STJ quando o 
coator for o comandante do Exército. 
Comentário:
Item CORRETO. Nos termos do art. 105, I, “c”, CF/88, compete ao Superior 
Tribunal de Justiça julgar o habeas corpus, quando o coator ou paciente for 
qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a”, ou quando o coator for 
tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça 
Eleitoral. 
16) (CESPE/MPE-RN – Promotor de Justiça/2009) Julgue o item 
abaixo: 
Tratando-se de competência territorial pelo lugar da infração, em regra, o 
CPP adotou a teoria da atividade. 
Comentário:
Item ERRADO. Nos termos do art. 70 do CPP, a competência territorial pelo 
lugar da infração é, em regra, definida pelo local de consumação da infração, 
ou seja, adota-se a teoria do resultado. 
17) (CESPE/MPE-RN – Promotor de Justiça/2009) Julgue o item 
abaixo: 
Por se tratar de hipótese de competência criminal absoluta, verificada a 
ocorrência de conexão entre delitos diversos, deve ser determinada a 
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reunião dos processos, ainda que um deles já tenha sido julgado, sob pena 
de nulidade, que pode ser alegada a qualquer tempo e em qualquer grau de 
jurisdição. 
Comentário:
Item ERRADO. É verdade que a conexão e continência são causas de 
prorrogação da competência que geram, como consequência, a reunião de 
processos. Nada obstante, a referida reunião somente poderá ocorrer até o 
trânsito em julgado da sentença. Esse é o teor do art. 82 do CPP, verbis: 
“Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos 
diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos 
que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença 
definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, 
para o efeito de soma ou de unificação das penas”. 
18) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o item abaixo: 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar os Governadores e 
Deputados Estaduais. 
Comentário:
Item ERRADO. Os Governadores de Estado e do Distrito Federal serão 
julgados pelo STJ nos crimes comuns (art. 105, I, CF/88). Já os Deputados 
Estaduais serão julgados perante o Tribunal de Justiça do respectivo estado 
(nos crimes de competência estadual); o Tribunal Regional Federal (nos 
crimes de competência federal); o Tribunal Regional Eleitoral (nos crimes 
eleitorais) e nas Assembleias Legislativas (nos crimes de responsabilidade). 
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19) (Cespe/PGE-ES/Procurador de Estado/2008) Julgue o item 
abaixo: 
Agentes do Ibama abordaram um caminhão que transportava toras de 
madeira das espécies jacarandá e sucupira, retiradas em propriedade 
particular, sem cobertura de autorização para transporte de produto 
florestal. Nessa situação, de acordo com o entendimento jurisprudencial 
dominante, caberá à justiça comum a competência para processar e julgar 
futura ação penal por crime ambiental. 
Comentário:
Item CORRETO. Considerando que a proteção ao meio ambiente constitui 
matéria de competência comum da União, dos estados, do DF e dos 
municípios, e inexiste, quanto aos crimes ambientais, dispositivo 
constitucional ou legal expresso sobre qual a justiça competente para o seu 
julgamento, tem-se que, em regra, o processo e julgamento dos crimes 
ambientais é de competência da justiça comum estadual. 
20) (CESPE/Procurador do Estado do Ceará/2008) Julgue o item 
abaixo: 
Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território 
de duas ou mais jurisdições, a competência será determinada pelo lugar em 
que tiver sido praticado o último ato de execução. 
Comentário:
Item ERRADO. Conforme o art. 71 do CPP, “Tratando-se de infração 
continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção”. 
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A prevenção ocorre quando dois ou mais juízes são igualmente competentes 
para conhecer de determinada causa. Nesse caso, aquele juiz que primeiro 
se manifestar (se forem juízes da mesma comarca será competente o juiz 
que primeiro despachar no processo, ao passo que, se forem juízes de 
comarcas distintas, ficará prevento aquele que primeiro ordenar a citação 
válida do acusado) firmará a sua competência. 
21) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o item abaixo: 
Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante poderá preferir o 
foro de domicílio ou de residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da 
infração. 
Comentário:
Item CORRETO. Nas ações penais privadas exclusivas o querelante (vítima) 
poderá ajuizar a ação no foro de domicílio ou residência do réu ou no local 
de consumação do delito (art. 73, CPP). Trata-se de um critério alternativo. 
Difere assim dos crimes de ação pública onde a competência será, em regra, 
determinada pelo lugar em que se consumar a infração. Nesses crimes, 
somente quando não for conhecido o lugar da infração, é que a competência 
regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu (critério subsidiário, 
conforme o art. 72 do CPP). 
22) (CESPE/Procurador do Estado do Ceará/2008) Julgue o item 
abaixo: 
A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da 
decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à 
denúncia ou queixa não torna o juízo prevento para a futura ação penal 
relativa a tais diligências. 
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Comentário:
Item ERRADO. O presente item traz justamente exemplos de casos que 
geram a prevenção do juízo. Assim, a distribuição realizada para o efeito da 
concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer 
diligência anterior à denúncia ou queixa torna o juiz prevento para conhecer 
de futura ação penal. Lembrem-se, porém, que a decisão em HC não gera a 
prevenção do juiz. 
23) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o item abaixo: 
O júri somente tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, 
e, assim, em caso de conexão com crime que não é de sua competência, 
haveráseparação dos processos. 
Comentário:
Item ERRADO. O Júri tem competência para julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida e também aqueles que lhes sejam conexos. Conforme o art. 
78, I, CPP: “na determinação da competência por conexão ou continência, 
serão observadas as seguintes regras: I – no concurso entre a competência 
do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência 
do júri”. Assim, havendo conexão entre crime doloso contra a vida e outro 
que não é da sua competência, o Tribunal do Júri será competente para 
julgamento de ambos, não havendo que se falar em separação dos 
processos. 
QUESTÕES DA AULA
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1) (CESPE/OAB-DF/2007) Assinale a opção correta acerca do 
processo penal: 
É competente a justiça federal para o processo e o julgamento de crime 
praticado dentro de reserva indígena, ainda que, na ocasião, não tenha 
havido disputa sobre direitos indígenas. GABARITO: ERRADO 
2) (NCE/UFRJ/Delegado da PC-RJ/2002) Em tema de competência, 
é correto afirmar que: 
Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais comarcas, a 
competência firmar-se-á levando-se em consideração o domicílio do 
acusado. GABARITO: ERRADO 
3) (NCE/UFRJ/Delegado da PC-RJ/2002) Em tema de competência, 
é correto afirmar que: 
Configura hipótese de conexão o caso de infração penal ser cometida em 
concurso por duas ou mais pessoas. GABARITO: ERRADO 
4) (FGV/Advogado do Senado Federal/2008) Relativamente à 
competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir: 
I. Na determinação da competência por conexão, em caso de concurso de 
jurisdições da mesma categoria, observa-se a regra da preponderância da 
jurisdição em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as 
respectivas penas forem de igual gravidade. 
II. A competência prevista na Constituição Estadual de foro por prerrogativa 
de função para procurador do estado não prevalece sobre a competência 
prevista na Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para 
crimes dolosos contra a vida. 
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III. É possível a separação de processos em razão do número excessivo de 
acusados. 
IV. A competência prevista na Constituição Federal de foro por prerrogativa 
de função para juiz de direito prevalece sobre a competência prevista na 
Constituição Federal do julgamento pelo tribunal do júri para crimes dolosos 
contra a vida. 
Assinale: 
(a) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(b) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(c) Se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(d) Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(e) Se nenhuma afirmativa estiver correta. 
GABARITO: D 
5) (NCE/UFRJ – Agente Penitenciário – PCDF/2005) Em tema de 
competência, é correto afirmar que, sendo incerto o limite territorial 
entre duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á: 
a) pelo domicílio do réu ou, se for ignorado seu paradeiro, pelo juiz 
que primeiro tomar conhecimento do fato; 
b) pela distribuição; 
c) pela prevenção; 
d) pelo domicílio da vítima; 
e) pelo lugar onde o resultado deveria ter ocorrido. 
GABARITO: C 
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6) (ESAF – Analista de Finanças e Controle/Correição – 
AFC/CGU/2006) A competência para processar e julgar a emissão de 
cheque sem fundos é do: 
a) lugar da emissão do título; 
b) lugar da recusa do pagamento; 
c) lugar do domicílio do emitente; 
d) lugar do domicílio do beneficiário; 
e) lugar da residência do emitente. 
GABARITO: B 
7) (Cespe/Defensor Público do DF/SGA/2006) A competência para 
processar e julgar a emissão de cheque sem fundos é do: 
A prevenção fixa a competência do juízo, no processo penal, quando o juiz 
toma conhecimento, em primeiro lugar, de um processo que poderá, em 
tese, ser da competência de outros juízes. GABARITO: CORRETO 
8) (Cespe/Defensor Público do DF/SGA/2006) A competência para 
processar e julgar a emissão de cheque sem fundos é do: 
No campo da competência, a regra principal é garantir a punição do autor da 
infração penal no lugar onde ela se realizou e, desconhecendo-se a regra 
supletiva do lugar da residência ou do domicílio da vítima, sendo foro de 
eleição do querelado, nos crimes de ação penal de iniciativa privada. 
GABARITO: ERRADO 
9) (CESPE/OAB-DF/1º Exame/2007) Assinale a opção correta 
acerca do processo penal: 
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Compete à justiça estadual processar e julgar crimes de desvio de verbas 
oriundas de órgãos federais, sujeitas ao controle do TCU e não incorporadas 
ao patrimônio do município. GABARITO: ERRADO 
10) (CESPE/AGU/Procurador Federal/2007) Julgue o seguinte item: 
Competem à justiça estadual o processo e o julgamento dos crimes contra a 
economia popular. GABARITO: CORRETO 
11) (CESPE/AGU/Procurador Federal/2002) Julgue o seguinte item: 
Um vereador praticou um crime de homicídio durante o mandato. Nessa 
situação, por ter foro especial por prerrogativa de função, caberá ao tribunal 
de justiça a competência para processar e julgar o edil. GABARITO: 
ERRADO. 
12) (CESPE/AGU/Advogado da União/2004) Julgue o seguinte item: 
Adão e Bento, previamente ajustados e com unidade de desígnios, 
adentraram em uma agência de uma sociedade de economia mista e, 
mediante graves ameaças exercidas com o emprego de revólveres 
municiados, subtraíram do interior do cofre a importância de 100 mil reais. 
Nessa situação, de acordo com a orientação do STJ, será competente a 
justiça comum estadual para processar e julgar o crime de roubo qualificado. 
GABARITO: CORRETO. 
13) (CESPE/PC-PA/Delegado de Polícia/2009) Julgue o seguinte 
item: 
Antônio, com intenção homicida, desfechou dois tiros de pistola em Bruno, 
na cidade de Altamira-PA. Gravemente ferido, Bruno foi levado para Belém, 
onde foi internado em unidade hospitalar com melhor estrutura que aquela 
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do município onde ocorreram os disparos. Apesar do esforço dos integrantes 
da equipe médica, Bruno veio a falecer seis meses após o fato, em 
consequência dos ferimentos provocados pela arma de Antônio. Assim, a 
competência para processar e julgar o delito é do tribunal do júri de Belém-
PA, pois o Código de Processo Penal, em relação ao lugar do crime, adotou a 
teoria do resultado. GABARITO: ERRADO. 
14) (CESPE/MPE-RN/Promotor de Justiça/2009) Julgue o seguinte 
item: 
Compete ao STJ conhecer e decidir conflito de atribuições entre membros do 
MP federal e de MP estadual. GABARITO: ERRADO. 
15) (CESPE/PC-RN/Delegado de Polícia/2009) Julgue o seguinte 
item: 
O habeas corpus, de acordo com a CF, será de competência do STJ quando o 
coator for o comandante do Exército. GABARITO: CORRETO. 
16) (CESPE/MPE-RN/Promotorde Justiça/2009) Julgue o seguinte 
item: 
Tratando-se de competência territorial pelo lugar da infração, em regra, o 
CPP adotou a teoria da atividade. GABARITO: ERRADO. 
17) (CESPE/MPE-RN/Promotor de Justiça/2009) Julgue o seguinte 
item: 
Por se tratar de hipótese de competência criminal absoluta, verificada a 
ocorrência de conexão entre delitos diversos, deve ser determinada a 
reunião dos processos, ainda que um deles já tenha sido julgado, sob pena 
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de nulidade, que pode ser alegada a qualquer tempo e em qualquer grau de 
jurisdição. GABARITO: ERRADO. 
18) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o seguinte item: 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar os Governadores e 
Deputados Estaduais. GABARITO: ERRADO. 
19) (CESPE/PGE-ES/Procurador de Estado/2008) Julgue o seguinte 
item: 
Agentes do Ibama abordaram um caminhão que transportava toras de 
madeira das espécies jacarandá e sucupira, retiradas em propriedade 
particular, sem cobertura de autorização para transporte de produto 
florestal. Nessa situação, de acordo com o entendimento jurisprudencial 
dominante, caberá à justiça comum a competência para processar e julgar 
futura ação penal por crime ambiental. GABARITO: CORRETO. 
20) (CESPE/PGE-CE/Procurador de Estado/2008) Julgue o seguinte 
item: 
Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território 
de duas ou mais jurisdições, a competência será determinada pelo lugar em 
que tiver sido praticado o último ato de execução. GABARITO: ERRADO. 
21) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o seguinte item: 
Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante poderá preferir o 
foro de domicílio ou de residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da 
infração. GABARITO: CORRETO. 
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22) (CESPE/PGE-CE/Procurador de Estado/2008) Julgue o seguinte 
item: 
A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da 
decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à 
denúncia ou queixa não torna o juízo prevento para a futura ação penal 
relativa a tais diligências. GABARITO: ERRADO. 
23) (FCC/TJ-RR/Juiz de Direito/2008) Julgue o seguinte item: 
O júri somente tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, 
e, assim, em caso de conexão com crime que não é de sua competência, 
haverá separação dos processos. GABARITO: ERRADO. 
Questões extraídas das seguintes provas: 
a) OAB-DF/2007: questão 47; 
b) Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ/2002): questão 
39, item ‘a’ e ‘d’; 
c) Advogado do Senado Federal (FGV, 2008): questão 77; 
d) Agente Penitenciário da PCDF (NCE/UFRJ/2005): questão 82; 
e) Analista de Finanças e Controle - Correição (ESAF/AFC/CGU/2006): 
questão 47; 
f) Defensor Público do DF (Cespe/SGA/2006): questão 171 e 179; 
g) AGU/Procurador Federal de 2ª Categoria/Cespe/2007: questão 155; 
h) AGU/Procurador Federal de 2ª Categoria/Cespe/2002: questão 66; 
i) AGU/Advogado da União/Cespe/2004: questão 148 (prova alfa); 
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j) Delegado de Polícia Civil do Pará (Cespe/2009): questão 29, item “a”; 
k) Promotor de Justiça do MPRN (Cespe/2009): questão 52, item “b”, 
questão 54, itens “c” e “d”; 
l) Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Cespe/2009): 
questão 71, item “d”; 
m) Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Roraima (FCC/2008): questão 
51, itens “a”, “b” e “e”; 
n) Procurador do Estado do Espírito Santo (Cespe/2008): questão 139; 
o) Procurador do Estado do Ceará (Cespe/2008): questão 89, itens “a” e 
“d”. 
Bem, é isso, meus amigos. Concluímos, assim, nossa aula de hoje 
sobre o tema “Jurisdição e Competência”. 
Em nosso próximo encontro abordaremos o tópico “Provas, Questões 
e Processos Incidentes e Exceções”. 
Boa sorte a todos os concursandos e fiquem com Deus. 
Grande abraço, 
Prof. Bivar.

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