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GOVERNANÇA CORPORATIVA Aula 04 Estrutura da Governança Corporativa 1 ESTRUTURAÇÃO GERAL DA GOVERNANÇA CORPORATIVA 2 ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES As sociedades por ações necessitam adotar boas políticas e praticas de governança, desde a maior complexidade do seu contexto de operação empresarial. Não basta oferecer produtos e serviços que atendam aos requisitos exigidos pelos consumidores e com eles lucrar; é necessário, também, que os pequenos acionistas sejam respeitados, que os empregados tenham condições adequadas de saúde, segurança e remuneração, que os produtos e serviços sejam produzidos dentro de critérios de não agressão ao meio ambiente. 3 Assembleia de acionistas Segundo a Lei das Sociedades Anônimas, a instância máxima de deliberação em uma sociedade por ações é a assembleia de acionistas, a quem cabe decidir, em última instancia e por meio do voto dos acionistas, o destino da companhia. Os investidores institucionais - seguradoras, fundos de pensão e fundos de investimentos, entre outros - assumiram uma postura ativa, passando a comparecer nas assembleias gerais, a exercer os direitos de voto de suas ações e a fiscalizar de modo mais próximo a gestão das companhias investidas. ASSEMBLÉIA DE ACIONISTAS 4 ASSEMBLÉIAS NO BRASIL • A abertura e consequente modificação na estrutura societária das empresas também ocorreu no mercado financeiro. Houve aumento de investimentos de estrangeiros no mercado de capitais, o que reforçou a necessidade das empresas se adaptarem às exigências e padrões internacionais. Em resumo, as práticas de Governança Corporativa tornaram-se prioridade e fonte de pressão por parte dos investidores. • Como resultado da necessidade de adoção das boas práticas de Governança, foi publicado em 1999 o primeiro código sobre governança corporativa, elaborado pelo IBGC. O código trouxe inicialmente informações sobre o conselho de administração e sua conduta esperada. Em versões posteriores, os quatro princípios básicos da boa governança foram detalhados e aprofundados. Fonte: IBGC 5 Conselho de administração A Lei das S.A., com as alterações introduzidas pela lei n. 10.303/01, define no artigo 138 que a administração da companhia compete, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração e à diretoria. E dispõe ainda, no seu parágrafo 1º, que o conselho de administração é um órgão de deliberação colegiada, sendo a representação da companhia privativa dos diretores. O artigo 142 da Lei das S.A.,trata das competências do conselho: fixar a orientação dos negócios: eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observando o que a respeito dispuser o estatuto; fiscalizar a gestão dos diretores; examinar a qualquer tempos os livros e papéis da companhia; solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, ou sobre quaisquer outros atos; etc. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 6 CONSELHOS NO BRASIL • No Brasil, os conselheiros profissionais e independentes surgiram em resposta ao movimento pelas boas práticas de Governança Corporativa e à necessidade das empresas modernizarem sua alta gestão, visando tornarem-se mais atraentes para o mercado. O fenômeno foi acelerado pelos processos de globalização, privatização e desregulamentação da economia, que resultaram em um ambiente corporativo mais competitivo. • Oligopólios, empresas exclusivamente de controle e gestão familiar com alta concentração do capital, acionistas minoritários passivos e conselhos de administração figurativos passaram a dar lugar a investidores institucionais mais ativos, maior dispersão do controle acionário, maior foco na eficiência econômica e transparência da gestão. Fonte: IBGC 7 IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A discussão dos grandes desafios que se apresentam aos conselhos de administração das sociedades anônimas, especialmente das companhias com ações negociadas em bolsas de valores, deve ser precedida pela explicitação do papel do conselho de administração em âmbito corporativo, de sua composição e dos desafios e sanções aos quais se submetem seus integrantes, é importante frisar que, nas sociedades anônimas brasileiras, as decisões são tomadas considerando-se a hierarquia de poder político formal entre as diversas instancias da cúpula das empresas estabelecida no âmbito da Lei das S.A. 8 O tripé Assembleia geral de acionistas-Conselho de administração-Administração (presidência e diretoria) é o responsável pelas decisões estratégicas empresariais, sendo as duas últimas instancias de governança corporativa e incontestáveis. O conselho de administração, instância legalmente submetida à assembleia geral de acionistas, pode ser integrado por conselheiros representantes de acionistas controladores, de acionistas não controladores e por conselheiros independentes. IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 9 INTERAÇÃO ENTRE CONSELHOS E DIRETORIA 10 Já os conselheiros independentes seriam, a princípio, caracterizados por: não terem qualquer vinculo com a sociedade, exceto eventual participação de capital; não serem acionistas controladores, membros do grupo de controle, cônjuges ou parentes até o segundo grau destes ou serem vinculados a organizações relacionadas ao acionista controlador; etc. Como funções do conselho de administração, a Lei das S.A. preconiza no artigo 142: fixar a orientação dos negócios da companhia; eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observando o que a respeito dispuser o estatuto; fiscalizar a gestão dos diretores; examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia etc. IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 11 A Lei das S.A., também estabelece um conjunto de deveres e responsabilidade dos conselheiros, igualmente aplicáveis aos administradores e a outros públicos corporativos relevantes, tais como: dever de diligência, com o cuidado que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios bens (artigo 153); dever de lealdade, observando-se que o administrador deve servir com lealdade à companhia e manter reserva sobre os negócios. Quanto à atuação dos conselhos de administração no Brasil, um aspecto que não poderia deixar de ser citado: é de que os votos de conselheiros indicados pelos grupos de controle estão atrelados às disposições dos chamados acordos de acionistas, instrumentos contratuais que objetivam a estabilização das relações entre os proprietários. IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 12 Conselho fiscal O conselho fiscal é uma instancia de fiscalização obrigatória, nos termos do estatuto social, permanente ou optativo, só funcionando nos exercícios em que for solicitada a sua instalação e aprovação pela assembleia geral de acionistas. A Lei das S.A. define o artigo 161 que acionistas ordinaristas que representem 10% do capital votante e acionistas preferencialistas têm o direito de eleger, em separado do acionista controlador (majoritário), um membro do conselho fiscal e seu suplente. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 13 PROCESSO DO PERFIL DE ATUAÇÃO DO CONSELHEIRO 14 Diretoria Conforme dispõe o artigo 143 do artigo da lei das S.A., a diretoria será composta por dois ou mais diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo conselho de administração, ou pela assembleia de acionistas, devendoo estatuto estabelecer, entre outro, os seguintes pontos: número mínimo e máximo de representação da sociedade. São competência da diretoria: executar e por em prática as decisões emanadas do conselho de administração; elaborar estudos e propostas de suas respectivas áreas a serem discutidas pelos diretores de forma colegiada e, quando necessário, discutidas com o conselho de administração; responsabilizar-se pela gestão e representação da sociedade. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 15 Diretoria de relações com investidores A área de relações com investidores (RI) emergiu o objetivo de ser um canal de comunicação direto entre o interessado nas informações e o representante da companhia. Centraliza a divulgação de informações da empresa a públicos estratégicos – acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, órgãos públicos, funcionários, comunidade e outros. São competências de diretoria de RI: divulgar, interna e externamente, as melhores políticas e práticas de governança corporativa; perseguir o “full disclosure” sem distinção de públicos específicos; assegurar que todos tenham acesso a informação em igualdade de condições; etc. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 16 Auditoria interna A auditoria interna é uma avaliação independente e de assessoramento da administração voltadas para o exame e avaliação de adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas. Normalmente a auditoria interna responde ao presidente da diretoria ou ao diretor administrativo- financeiro. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 17 Contabilidade e controladoria Cabe à contabilidade o importante papel de controle dos fatos econômicos e da comunicação de informação econômica, para a tomada de decisão. Contudo, os sistemas tradicionais de informação contábil estão voltados para o armazenamento das informações, segundo os critérios contábeis geralmente aceitos e atendendo às normas da Receita Federal. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 18 Outras estruturas Pode haver outras instâncias envolvidas em relacionamentos com públicos estratégicos (stakeholders), a saber: prestação de serviços aos acionistas; marketing e vendas (ligada a clientes); aquisições de insumo (ligada a fornecedores); recursos humanos (ligadas aos empregados); meio ambiente (ligada a públicos ambientalistas). ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 19 Novas instâncias têm surgido, a exemplo da área de governança liderada pelo chief governance officer (CGO) nos Estados Unidos. A responsabilidade dessa área é assegurar a lisura nos negócios e a transparência no relacionamento entre acionistas, conselho de administração e executivos. ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM UMA SOCIEDADE POR AÇÕES 20 INTERAÇÃO ENTRE CONSELHOS, COMITÊS E EXECUTIVOS 21 RELEVÂNCIA DAS POLÍTICAS DE GOVERNANÇA Por que as empresas necessitam de políticas de governança? Desenvolvemos alguns raciocínios que conduzem a três respostas para essa pergunta, todas de igual importância. (1) Administrar visando ao equilíbrio de interesses entre os vários públicos que orbitam ao redor da empresa. (2) Definir o nível de atendimento aos vários públicos, que pode estar dentro ou acima de limites mínimos legais, regulatórios e de mercado. (3) Reduzir o custo capital e viabilizar planos de expansão empresarial e de melhoria de sua eficácia operacional. 22 Algumas diretrizes de governança associadas a cada política - alguns comentários prévios: - As diretrizes no âmbito de uma dada política devem ter coerência entre si. - As diretrizes de políticas distintas devem ter coerência entre si, tanto quando possível. RELEVÂNCIA DAS POLÍTICAS DE GOVERNANÇA 23 - As diretrizes podem definir tópicos com status de ponto de honra, tais como respeitar a legislação vigente na contratação de pessoas e legislação relativa ao meio ambiente; - O conjunto de políticas de governança de uma companhia é necessariamente imperfeito e, por isso mesmo, deve ser dinâmico. Sua evolução: depende da legislação, da regulamentação e da autorregulação vigentes, que criam algumas referências as quais não se pode ignorar; depende da historia, da cultura empresarial e, mais especificamente, da visão dos dirigentes, que podem ou não ser acionistas; e como é feita por pessoas, são imperfeitas. RELEVÂNCIA DAS POLÍTICAS DE GOVERNANÇA 24 Como definir o que são empresas holdings? De maneira mais abrangente podemos dizer que constituem um dos muitos instrumentos usados nas economias capitalistas para fins de controle empresarial, entre os quais podemos citar. 1.Os acordos internacionais. 2.As leis nacionais. 3. A regulamentação vigente. 4. A autorregulação de mercado. 5. Os estatutos empresariais, os acordos de acionistas, os códigos de ética, os regulamentos empresariais próprio e os contratos. 6. Os ditames da cultura e suas regras informais. EMPRESAS HOLDINGS 25 Quais motivos podem ensejar a criação de holdings? Aqui dividimos em dois grupos: aqueles ligados às pessoas físicas e às suas famílias e aqueles ligados à administração de negócios per se. Pessoas físicas podem abrigar seus ativos em empresas holdings por entenderem que isso é mais conveniente sob o prisma da segurança pessoal e da gestão patrimonial. Já sob o prisma administrativo, o qual também pode interessa a pessoas e famílias, as holdings criam a obrigatoriedade de ampliar a visão sistêmica dos negócios, podem contribuir para melhor equacionar o pagamento de tributos, favorecer a mitigação de riscos e ainda, prestar serviços às subsidiárias de um grupo empresarial. O PAPEL DAS EMPRESAS HOLDINGS 26 Existem inúmeras alternativas que favorecem a criação de valor de via sinergia: administração otimizada de participações em todas as suas etapas otimizada e de participações em todas as suas etapas, busca de acesso comum a fontes de financiamento de baixo custo, realização de vendas casadas ou cruzadas para clientes de diferentes UNs, compartilhamento de processos e recursos operacionais, gestão superior de pessoas e de conhecimento, são exemplos que não esgotam o rol de possibilidades. O PAPEL DAS EMPRESAS HOLDINGS 27 As sinergias criadas no âmbito de uma holding devem mais do que compensar os seus custos próprios. As holdings podem ser mais desconectadas nos mercados acionários. Finalizamos essas considerações mencionando a importância de que as empresas holdings com ações em bolsa de valores ampliem a transparência em relação às suas controladoras e coligadas, visando evitar a impressão de ocultamento de informações. O PAPEL DAS EMPRESAS HOLDINGS 28 São funções típicas de holdings em muitos grupos empresariais: autorização para aquisição de ativos, aprovação de auditoria independente, planos de comunicação social, criação de conselho de administração e seus comitês e conselho fiscal, controladoria em âmbito nacional e internacional, gestão de: finanças corporativas, jurídica, logística e suprimentos, meio ambiente, planejamento e gestão da estratégia, recursos humanos, definir as políticas de relações em investidores, definição e autorização para aimpressão de tecnologia geral e tecnologia de informação, entre outras. FUNÇÕES DAS EMPRESAS HOLDINGS 29 CONCLUSÃO • Apesar do aprofundamento nos debates sobre governança e da crescente pressão para a adoção das boas práticas de Governança Corporativa, o Brasil ainda se caracteriza pela alta concentração do controle acionário, pela baixa efetividade dos conselhos de administração e pela alta sobreposição entre propriedade e gestão. • O que demonstra vasto campo para o incentivo ao conhecimento, ações e divulgação dos preceitos da Governança Corporativa. 30 GLOSSÁRIO • Ação ordinária: ação que confere a seu titular os direitos de voto nas instâncias decisórias da sociedade, além do direito de participar dos resultados da companhia. A cada ação ordinária corresponde um voto nas deliberações da Assembleia Geral. Ação preferencial: classe de ações que confere aos seus detentores determinadas vantagens de natureza financeira ou política em troca de restrições parciais ou totais no exercício do poder de voto. As vantagens podem incluir prioridades na distribuição de dividendo e/ou reembolso de capital, tag along, dividendos 10% superiores aos das ações ordinárias, dentre outros. O estatuto deve definir as situações nas quais as ações preferenciais têm direito de voto. Acionista majoritário: pessoa física ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: a) seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; b) use efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. Fonte: IBGC 31 GLOSSÁRIO • Acionista minoritário: proprietário de ações, cujo total não lhe permite participar do controle da companhia. Auditoria independente: órgão externo à organização e isento de conflito de interesses, que tem a atribuição básica de verificar se as demonstrações financeiras refletem adequadamente a realidade da organização. Código de conduta: manual elaborado pela diretoria de acordo com os princípios e políticas definidos pelo conselho de administração, visando orientar administradores e funcionários na sua forma de conduta profissional cotidiana. O código de conduta deve também definir responsabilidades sociais e ambientais. Fonte: IBGC 32 GLOSSÁRIO • Comitê de auditoria: órgão estatutário formado por conselheiros de administração, e que se reporta ao colegiado integral do conselho de administração, para tratar dos assuntos relacionados às normas a serem cumpridas pelos auditores independentes contratados por essas instituições. O comitê é instituído para analisar as demonstrações financeiras, promover a supervisão e a responsabilização da área financeira, garantir que a diretoria desenvolva controles internos confiáveis e que a auditoria interna desempenhe a contento o seu papel, selecionar, fixar a remuneração, acompanhar o trabalho e, sendo o caso, decidir pela destituição dos auditores independentes, zelando para que estes façam uma correta revisão das práticas da diretoria e da auditoria interna. Conflito de interesses: há conflito de interesses quando alguém não é independente em relação à matéria em discussão e pode influenciar ou tomar decisões motivadas por interesses distintos daqueles da organização. Fonte: IBGC 33 GLOSSÁRIO • Free float (Ações em Circulação): quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação livre em mercado de capitais, ou seja, são todas as ações de emissão da companhia exceto aquelas: (i) de titularidade do acionista controlador, de seu cônjuge, companheiro(a) e dependentes incluídos na declaração anual de imposto de renda; (ii) em tesouraria; (iii) de titularidade de controladas e coligadas da companhia, assim como de outras sociedades que com qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito; (iv) de titularidade de controladas e coligadas do acionista controlador, assim como de outras sociedades que com qualquer dessas integre um mesmo grupo de fato ou de direito; e (v) preferenciais de classe especial que tenham por fim garantir direitos políticos diferenciados, sejam intransferíveis e de propriedade exclusiva do ente desestatizante. Fonte: IBGC 34 GLOSSÁRIO • Partes Beneficiárias são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao capital social, que podem ser criados a qualquer tempo pelas Sociedades por Ações de Capital Fechado. Esses títulos podem ser negociados pela companhia ou cedidos gratuitamente aos acionistas, fundadores ou terceiros, como os empregados e clientes, entre outros, em remuneração pelos serviços prestados à companhia, de acordo com a vontade desta, nos termos de seu estatuto ou conforme deliberação em assembleia geral dos acionistas. O único direito que o detentor desses títulos tem é a participação nos lucros anuais da companhia, que não poderá ser superior a um décimo do lucro apurado, nos termos do artigo 46 e parágrafos da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976 ("Lei das S.A.").[ • No Brasil, a Lei nº 10.303 de 31 de outubro de 2001, incluiu o parágrafo único ao artigo 47 da Lei das S.A., determinando que "é vedado às companhias abertas emitir partes beneficiárias. Fonte: IBGC 35 GLOSSÁRIO • Regimento interno do Conselho: conjunto de normas e regras que explicita as responsabilidades, atribuições, funcionamento, rotinas de trabalho e interação entre os principais órgãos da empresa, entre eles o conselho de administração, seus comitês, diretoria, conselho fiscal e conselho consultivo, se existente, prevenindo situações de conflito, notadamente com o executivo principal (CEO). Sessão Executiva: parte da reunião do conselho de administração na qual o executivo principal ou integrantes da diretoria não participam. Stakeholders (Partes interessadas): indivíduos ou entidades que assumam algum tipo de risco, direto ou indireto, em face da sociedade. São elas, além dos acionistas, os empregados, clientes, fornecedores, credores, governos, entre outros. Tag along: é a extensão parcial ou total, a todos os demais sócios das empresas, das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle de uma sociedade. Fonte: IBGC 36 GOVERNANÇA CORPORATIVA Até a próxima... 37
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