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Intoxicação por Ricinus communis (mamona) Anny Karoliny dos Santos Vasconcelos Mamona Nome científico: Ricinus communis. Família: Euforbiáceas. Hábito: Arbusto pouco lenhoso, copado, ereto, altura varia de 1 a 4 m. Há formas de folhas verdes e outras arroxeadas. Mamona Ciclo: Perene, mas de ciclo curto, com flor e semente em grande parte do ano. O fruto estoura ao sol e lança as sementes a vários metros de distância. Habitat: beira de estrada, taperas, depósitos de lixo, etc., geralmente não inundáveis, em solos argilosos ou arenosos, geralmente férteis. A toxidez é maior no período de seca (setembro), do que no de chuva (dezembro a maio). Mamona Mamoneira. Fonte: Embrapa. Mamona Cultivada para a obtenção do óleo das sementes (biodiesel); Partes tóxicas: folhas e sementes. Semente rica em ricina. Fonte: Google imagens. Ricina Glicoproteína; Inativa os ribossomos; Inibindo síntese proteica Morte celular Fonte: Google imagens. Intoxicação Ingestão de folhas ou sementes; Em torno de 20 g de folhas frescas ou 2 g de sementes por kg de peso vivo, ou um quarto disso no caso de bezerro. Os sinais se desenvolvem após 6 horas da ingestão, e a duração dos sinais geralmente varia de 1 a 5 dias. Intoxicação pela folha Aguda; Perturbação nervosa; Andar desequilibrado, com tremores musculares, e dificuldade de caminhar longas distâncias, procurando ficar deitado. Ocorre também eructação excessiva acompanhada por sialorréia. Intoxicação pela semente Aguda a subaguda; Distúrbios gastrointestinais; Fraqueza, apatia e diarreia sanguinolenta, por irritação do tubo digestivo. Caso clínico Caso clínico Foram atendidas duas vacas leiteiras no mês de abril de 2014. Girolando, com 58 e 70 meses de idade, ambas lactantes, pesando, em média, 550 quilos. Anamnese: aparecimento súbito de sialorréia com movimentos vazios de mastigação, incoordenação demonstrada pelo andar desequilibrado, tremores musculares generalizados e aparente cegueira. Caso clínico No exame clínico além dos sintomas relatados, apresentava marcha curta e tendência a decúbito esternal. Diagnóstico: clínico e histórico. Realizada investigação in loco foi verificada algumas folhas de mamona literalmente comidas pelos animais. Caso clínico Tratamento: doses terapêuticas de sulfato de atropina; soro fisiológico como hepatoprotetor; soluções de borogluconato de cálcio. Os primeiros sinais de recuperação ocorreram após duas horas do início da medicação, com a recuperação gradual e monitorada. Caso clínico Conclusão: Ambos os animais se recuperaram do episódio tóxico causado pela ingestão da mamona e o sucesso terapêutico foi considerado pela rápida atuação medicamentosa, através do tratamento sintomático e emergencial realizados. REFERÊNCIAS DA SILVA FONSECA, Nayanna Brunna; SOTO-BLANCO, Benito. Toxicidade da ricina presente nas sementes de mamona. Semina: Ciências Agrárias, v. 35, n. 3, p. 1415-1424, 2014 Embrapa. Disponível em: <http://old.cnpgc.embrapa.br/publicações/livros/ plantastoxicas/21mamona.html>. MARÇAL, Wilmar Sachetin; IKEDA, Isabella Sumie Azuma. Toxidez pela mamona em bovinos leiteiros. 41º Conbravet. 2014. Disponível em: < http://sovergs.com.br/site/conbravet2014/artigos/trabalhos_1618.htm>. OBRIGADA!