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ESPÉCIES NORMATIVAS

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ESPÉCIES NORMATIVAS:
Introdução: Art. 59, CF:
Emendas à Constituição;
Lei Complementar;
Lei Ordinária
Lei Delegada;
Decreto Legislativo;
Medida Provisória
Resoluções
Com exceção à EC, que cria normas de caráter constitucional, NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS ESPÉCIES, CADA UMA REGULA DENTRO DE SUA COMPETÊNCIA.
OBS:. Se uma Lei Ordinária regular matéria de competência de Lei Complementar, estaremos diante de um vício formal de inconstitucionalidade. 
Obs:. A proposição acima é discutida na doutrina, havendo doutrinadores que afirmam existir hierarquia entre elas. 
Emenda à Constituição:
As EC são fruto do trabalho do poder constituinte derivado/de reforma sendo, portando, limitadas. 
As EC podem suprimir, incluir ou acrescentar elementos ao texto constitucional. 
Limitações formais: Art. 60, I, II, III e §§ 2º, 3º e 5º, CF:
Iniciativa, art. 60, I, II, III, CF: Trata-se de iniciativa privativa e concorrente. Assim, somente os legitimados pela carta magna poderão iniciar o processo de aprovação de uma emenda, havendo proposta de pessoa não legitimada, estaremos diante de um vício formal de inconstitucionalidade, são eles:
-Mínimo de 1/3 dos membros da CD ou do SN;
- Presidente da república;
Mais da metade dos membros da assembleia legislativa dos estados membros e da câmara legislativa do DF, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. 
Quorum de aprovação, art. 60, §2º, CF: A PEC será discutida e votada em cada casa do CN, em 02 turnos de votação, considerando-se aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
Promulgação, art. 60, §3º, CF: Não há sanção presidencial, a mesa da CD ou do SF irá promulgar e publicar a emenda. 
Princípio da irrepetibilidade da PEC, art. 60, §5º: Casa a PEC seja rejeitada, não poderá ser proposta na mesma sessão legislativa, nem na condição do art. 67, CF.
Limitações circunstanciais, art. 60, § 1º, CF: O poder constituinte originário determinou que não poderá ocorrer emenda à constituição na vigência de:
-Intervenção Federal;
- Estado de Defesa;
- Estado de Sítio.
Limitações materiais, art. 60, §4º, CF: O poder constituinte originário instituiu, ainda, as chamadas clausulas pétreas, ou seja, um núcleo intangível de matérias que o constituinte derivado não pode abolir. Assim, não poderá ser objeto de deliberação de PEC a proposta de emenda tendente a abolir:
- A forma federativa de estado;
- O Voto direto, secreto, universal e periódico;
- A separação dos Poderes;
- Os Direitos e garantias individuais.
Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, art. 5º, §3º, CF: Essas normas, se aprovadas em 02 turnos de votação por 3/5 dos membros de ambas as casas serão equivalentes às EC. 
Ex:. Decretos Legislativos 186/2008 e 261/15. 
Lei Complementar e Lei Ordinária:
Semelhanças: Possuem processo de elaboração muito parecido, distinguindo-se apenas no quorum para aprovação, maioria absoluta para LC e maioria relativa para LO. 
Diferenças:
Materiais: As hipóteses de regulamentação da CF por meio de LC estão taxativamente previstas no Texto Maior. Assim, sempre que o Constituinte (originário ou derivado) quiser que determinada matéria seja regulada por lei complementar, estampará taxativamente tal determinação na própria constituição. 
- Já as LO possuem campo de regulamentação residual, i.e, tudo o que não for regulado por outras espécies normativas será regulado por LO. 
Formal: A grande diferença está no quorum exigido para aprovação do PL. LC é maioria absoluta (art. 69, CF), enquanto LO é maioria relativa/simples (art. 47, CF).
- MAIORIA ABSOLUTA É A MAIORIA DOS COMPONENTES DA CASA LEGISLATIVA.
SF: 81 senadores: 81/2 = 40,5. Assim, 41 SENADORES APROVAM LC.
CD: 513 deputados: 513/2 = 256,5. Logo, 257 DEPUTADOS APROVAM LC. 
- MAIORIA RELATIVA/SIMPLES É A MAIORIA DOS PRESENTES NA CASA. CONTUDO, HÁ A NECESSIDADE DE ESTAR PRESENTE A MAIORIA ABSOLUTA. 
Ex:. Determinada casa possui 100 membros. No dia de votação compareceram 65 membros, poderá ser iniciada a votação de LO pela regra do art. 47, CF? Vejamos:
100/2 = 50, a maioria absoluta é de 51 membros, como está presente essa maioria, poderá ser iniciada a votação. Mas, quantos votos precisa para que o PL seja aprovado?
Estão presentes 65 membros, assim, 65/2 = 32,5, a maioria dos presentes é 33 membros. Portanto, com 33 votos a proposta será aprovada. 
	CASA LEGISLATIVA HIPOTÉTICA
(100 componentes. No dia compareceram 60 dos 100)
	LO
	LC
	Quorum de instalação da sessão de votação – pelo menos 51 membros (maioria absoluta). Como vieram, na hipótese, 60, poderão começar a votar:
	Quorum de instalação da sessão de votação – pelo menos 51 membros (maioria absoluta). Como vieram, na hipótese, 60, poderão começar a votar:
	Quorum de aprovação: 31 membros (maioria simples). 31 é a maioria dos presentes.
	Quorum de aprovação – 51 membros (maioria absoluta). Maioria dos componentes. 
O STF se manifestou no sentido da inexistência de hierarquia entre LO e LC, conforme RE 419.629, 377.457 e 481.964.
Lei Delegada:
Caracteriza-se por ser uma exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições , na medida em que a sua elaboração é antecedida de delegação de atribuição do poder legislativo ao poder executivo, mediante delegação externa corporis. 
Essa espécie será elaborada pelo presidente da república, após prévia solicitação ao CN, delimitando o assunto que pretende legislar. Esta, é a 1º fase do processo de elaboração, denominada de iniciativa solicitadora.
A solicitação será submetida à apreciação do CN que, caso aprove, tomará a forma de resolução (art. 68, §2º, CF), especificando o conteúdo da delegação e os termos de seu exercício. Obs:. A resolução especificará se haverá necessidade de deliberação/aprovação do legislativo, criando 02 espécies de delegação:
Delegação Típica: NÃO HÁ APRECIAÇÃO DO CN. O presidente ira elaborar, promulgar e fazer publicar a lei.
Delegação Atípica: HÁ APRECIAÇÃO PELO CN, que o fará em votação única, sendo vedada qualquer emenda. Obs:. “ Há uma espécie de inversão no processo legislativo, não é o executivo quem sanciona, mas sim o legislativo (que poderá rejeitar, i.e, vetar)”. Após “sancionada” pelo legislativo, o presidente irá promulgá-la e fazer publicar. 
Nos termos do art. 68, §1º, CF, não serão objete de delegação:
Atos de competência exclusiva do CN – Art. 49, CF;
Atos de competência privativa da CD e do SF – Arts. 52 e 52;
Matérias reservadas à LC;
Legislação que verse sobre: 1- Organização do Poder Judiciário e do MP, carreira e garantia de seus membros; 2 – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 3 – Planos Plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
Caso o Presidente da República extrapole/exorbite o limite de competência delegada, caberá ao CN, mediante decreto legislativo, sustar o ato normativo. Art. 49, V, CF. 
Medida Provisória:
Introdução: Possui previsão legal no art. 62, CF/88. É adotada pelo Presidente da República, por ato monocrático e impessoal, sem a participação do poder legislativo, que é chamado a deliberar posteriormente. A MP entra em vigor na data se sua publicação em DO, com força de Lei e produzindo efeitos jurídicos. 
Processo de criação após a EC 32/01:
Legitimado para edição: Presidente da República, sendo sua competência exclusiva, marcada pela indelegabilidade – art. 84, XXVI, CF/88.
Pressupostos constitucionais: relevância e urgência.
Prazo de Duração da MP: 60 dias, prorrogável por mais 60 dias (se o CN não tiver terminado a votação) nos termos do art. 62, §7º, CF, com termo inicial de sua publicação do DO. 
- Estando o CN em recesso, o prazo da MP será suspenso – art. 62, §4º, CF. 
- Havendo convocação extraordinária no período de recesso, se tiver MP pendente em vigor, elas serão incluídas automaticamente na pauta de convocação – art. 57, §8º, CF.
Prorrogação do Prazo da MP: Se o CN nãotiver encerrado a votação em ambas as casas dentro de 60 dias, poderá o presidente prorrogá-la por mais 60 dias. Se, dentro desse novo prazo, a MP não for convertida em lei pelo CN, perderá a eficácia desde a sua edição. 
Tramitação: 
1º: Adotada a medida pelo Presidente, ela será submetida, de imediato, ao CN, podendo ser formado uma comissão mista de deputados e senadores para emitir parecer sobre a mesma, nos termos do art. 62, §§ 5º e 9º, CF.
2º: Posteriormente, com parecer da comissão mista, passará pela apreciação do plenário da CD, sendo aprovada, passará para a casa revisora, SF. 
OBS: Se qualquer das casas decidir no sentido do não atendimento dos pressupostos constitucionais ou pela inadequação financeira ou orçamentária da MP, a mesma será arquivada. 
Reedição de MP: O §10 do art. 62, CF estatui ser vedada a reedição de MP rejeitada expressamente ou não apreciada no prazo máximo de 120 dias (rejeição tácita) na mesma sessão legislativa. 
Limitação Material da MP: Art. 62, §§1º e 2º, CF.
Decreto Legislativo:
Introdução: É o instrumento pelo qual serão normatizadas as competências exclusivas do CN, art. 49, I a XVII, CF. As regras sobre seus procedimentos são previstas no regimento interno de cada casa dou do CN. Além disso, é o instrumento usado para regulamentar os efeitos decorrentes de MP não convertida em lei, art. 62, §3º, CF. 
- Deflagrado o processo legislativo, ocorrerá a discussão no CN, e, havendo aprovação do projeto por maioria simples (art. 47, CF), passa-se, imediatamente, à promulgação, realizada pelo presidente do SF, que determinará a sua publicação. 
Resolução:
Regulamentam as matérias de competência privativa da CD, do SF e, em raras hipóteses, do CN.
Uma vez aprovado, por maioria simples (art. 47, CF), o presidente da casa promulga e publica.

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