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TCC 09.10.18


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Capitulo 1 – Gênero: uma construção social, política e histórica.
Segundo Scott (1990) a literatura o gênero é uma categoria descritiva e analítica que fazem parte da construção social da população que se diferem uma da outra pelo sexo do indivíduo. Todo esse contexto mostra que a sociedade vive através de um molde já estabelecido aonde essas características machistas assim analisado por Scott (1990), que rescreve que o gênero é como uma construção social idealizada no seu montante pelos homens.
Segundo Connell (1995), os homens mostravam seu poder de intimidação promovendo assim uma ação repreensiva que representava tanto na sua construção do sujeito quanto na sua organização da vida em sociedade seja ela atual ou moderna, como um costume de ordenamento ou regulação das práticas sociais. 
O conceito de gênero é colocado de forma descritiva, não são propriamente só as características sexuais que vão constituir o que é o masculino e o feminino dentro do gênero, e sim o modo de vida empregado de forma em que se vive em sociedade e de forma em que se adapta na cultura. São as características que vai construindo, efetivamente, o que é feminino ou masculino vivenciada em cada sociedade presente em um dado momento da vida, são fragmentos que sobrevive o tempo fazendo parte do meio em que se vive (LOURO, 2003).
Segundo Louro (2011) mesmo a criança em formação no útero da mãe, todos já pensam em adivinhar se a criança é um menino uma menina, já determina todo um processo de se constituir um corpo feminino ou masculino.
Segundo Ventura em sua reflexão sobre estudos de Scott e Buglione, traz:
A categoria gênero foi introduzida em 1960-1970, com o objetivo de evidenciar as determinações ou os estereótipos do masculino e do feminino, no entanto a pelo menos duas definições relacionadas a categoria gênero nas diversas teorias sociais: uma corrente entende ser um atributo de individuo, enquanto outra considera o gênero um atributo de regulação de individuo (SCOTT, 1995, BUGLIONE, 2003 apud VENTURA, 2010, p.22). 
Os autores acima citados, manifestam a realidade presente no passar dos tempos com a intensão e esclarecimento do gênero pensado e vivido por gerações diferentes. Claramente as relações entre esse contexto este presente na vida de cada um, mas se diferencia da forma que cada um vê, vive e sente, pois, de uma forma geral está presente de maneira direta e intensa de cada pessoa com um propósito de crescimento e superação de cada indivíduo.
Segundo Louro (2011) o gênero acaba mostrando que existe vantagens maiores de um para o outro, de forma que as relações estão presentes na vida das pessoas, e que provoca mudanças ao longo dos tempos, isso vem apresentando diferenças a todo momento que pode provoca vários confrontos de ideias também, como uma mola propulsora para discutir ideias como a de tolerância e concordância do gênero, com o intuito de nacionalizar a posturas sexistas que foi passada. 
Construção social do gênero histórico.
Vivemos em uma sociedade que pode se analisar que a realidade social se apresenta ordenada em padrões coesos que em nada parece ter relação com nossas ações, pois estes padrões estão sendo colocados antes de nossa entrada na sociedade. Esse poder imposto, é fruto de homens e mulheres, com ações revestidas de significados socialmente compartilhados, que categorizam a forma de ser e de estar no mundo em que estamos com pensamentos moldados de forma indivusualisada e sem critérios de pacificação (BERGER & LUCKMANN, 2009).
A construção social do gênero é considerada um avanço analítico, visto que a distinção entre os sexos já vem sendo a muito tempo vista como normal, simplesmente determinada pelo aspecto anatômico biológico de cada indivíduo (MURARO & BOFF, 2010). 
Os papéis desempenhados pelos portadores de cada genitália diferente são fruto de uma relação dialética, entre natureza humana no sentido biológico da espécie, e de ter um corpo moldado com a interação da cultura presente na sociedade no sentido do apanhado sociocultural, que mostra se enquanto espécie: a de ser um corpo e, tê-lo a sua disposição. Observando essa analogia que são construídas as formas de ser e de estar no mundo vivendo de foram diferenciadas uns dos outros. A cultura transforma a natureza e a natureza dá suporte ao modelo culturalmente aceito e esperado pelo ambiente (MURARO & BOFF, 2010). 
É desta relação que são mostradas as formas de ser e de estar vivendo no mundo em transformação. A civilização sofre Modificações e a natureza promove o suporte culturalmente aceito e esperado peala vida. 
O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquirida pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural permite as inovações e as invenções. Estas não são, pois, o produto da ação isolada de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma comunidade” (LARAIA, R.B. 2001, p.48).
Analisando de uma forma geral o gênero esse contexto é uma categoria de análise ampla, que atravessa aspectos bioculturais e socioeconômicos, e que está presente em toda relação humana mistificando se em uma categoria que parece ser fácil de se compreender, mas que tem suas complexidades no momento de aprofundar se no seu cotidiano. 
Segundo Saffioti (2004, p.45) seu estudo mostra que:
O gênero pode ser concebido em várias instâncias: como aparelho semiótico; como símbolos culturais evocados de representações, conceitos normativos como grade de interpretações e significados, organizações e instituições sociais, identidade subjetiva: como divisões e atribuições assimétricas de características e potencialidades; como, numa certa instância, uma gramática sexual, regulando não apenas relações homem-mulher, mas também relações homem-homem e relações mulher-mulher. 
Segundo Saffioti (2004) todo a classe de gênero tem uma influência social, como uma grande força além do esperado que a autorregula, tem-se uma ilusão de uma autoproclamação de sua ordem, e assim considera-se desnecessária a realização de análises, basta a simples constatação dessa realidade. A dúvida sobre esse contexto é imputada pelas imagens cristalizadas dos papéis de feminilidade e masculinidade que se requer um grande esforço de reflexão, contrapondo-se a naturalidade com que vivemos em nosso cotidiano e o que ele nos promove para vida. Cada vez mais vemos isso inserido na sociedade de forma mais ousadas e criminosas de grande parte que não respeita muitas vezes o dizer do outro sem sua forma de pensar e agir.
PATRIARCADO NA SOCIEDADE.
Patriarcado vem da combinação das palavras gregas pater (pai) e arkhe (origem e comando). Significa autoridade do pai ou homem, presente desde o grego antigo, sobre a raça, descendência ou que governa em seu ambiente social iniciada com grande força nesse período que enaltecia esses senhores (DELPHY, 2009)
Com isso teve início a sanção do patriarcado na Mesopotâmia exposta pela codificação da lei mais especificamente o Código de Hamurabi, cujos regimentos cancelavam os direitos das mulheres na sociedade em geral que era muito rigoroso com a classe das mulheres. Era composto por 281 leis escrita em numa rocha, com regras e punições para eventos da vida cotidiana na sociedade entre homens e mulheres, sendo que pendia para controle das mulheres e crescimento dos direitos dos homens (DELPHY, 2009).
O patriarcado está enraizado em nossa cultura a muito tempo, com o intuito de legitimar a marginalização da mulher enquanto sociedade, inferiorizando com elas em muitas partes do de seus direitos em seu dia a dia que amaram de uma forma que é bastante vergonhosa perante uma sociedade que não tem uma clareza de buscar igualdade e dos direitos e respeitos assim dirigidos para com todas as mulheres (SAFFIOTI. 2013,p.68). 
Patriarcado teve seu início no Brasil dentro das famílias tradicionais, como o próprio nome sugere, se baseia basicamente na condiçãode exploração do homem sobre a mulher, tendo a sexualidade como forte destino, estimulada e reforçada, enquanto que com a mulher, a sexualidade é reprimida. Iniciando essa conjectura, que caracteriza a família patriarcal pelo controle da sexualidade feminina e regulamentação da procriação, para fins de herança e sucessão dentro da família constituída (BRUSCHINI, 1993).
Como o passar dos tempos, o patriarcado mudou para chamada família tradicional. Nesse modelo, o homem é o chefe da casa, é responsável pelo trabalho remunerado, exercendo autoridade sobre a mulher e os filhos. A mulher entra nesse contexto como a responsável pelas funções domésticas, dedicando-se aos filhos e ao marido de forma integra e respeitosa (PRATTA; SANTOS, 2007). 											O patriarcado denomina se como uma instituição social e conservadora de poder que se caracteriza pela dominação masculina nas sociedades desde o passado em várias esferas da sociedade como: a políticas, econômicas, sociais ou familiar (MILLET,1969, p. 58).
Todas as ações praticadas no passado com o intuído de mérito, está presente nas camadas da sociedade capitalistas, que vem conduzindo estas questões de caráter social e de enfrentamento desse movimento, pois o termo vem a partir das práticas sedimentadas através de padrões definidos como condutas de dominação que se tornaram tipicamente aceitas devido a tradição histórica imposta pelo homem. É muito importante que tenha uma compreensão do papel desempenhado pela mulher no passado, para que entenda a atual conjuntura do patriarcado que se tornou mais complexo e que de interesse de uma categoria. A razão para entender todo o processo histórico e a ideologia que o sustenta toda a sua operacionalização com os direitos idealizados, tanto para os homens quanto para as mulheres com isso promove o fim de condutas de dominação e exploração (SAFFIOTI, 2013).
Como às diversas mudanças que vem acontecendo com o passar dos tempos dentro das famílias e também nas sociedades, um fator muito importante que se percebe é a crescente mudança de urbanização e industrialização, proporcionando os avanços tecnológicos, crescimento de mercado trabalho e o aumento do consumo em geral, um fator que está fazendo a diferença é a entrada da mulher no mercado de trabalho, com isso a sociedade requer uma nova forma de estilo de sociedade que valoriza uma nova independência dessa classe que terá uma possibilidade de condições de ter voz ativa dentro da sociedade (PETRINI, 2005). 
A independência começa a surgir como uma forma indiretamente de possuir uma igualdade entre homens e mulheres, com isso observa que nasce uma certa igualdade presente no cotidiano, aonde se formam novas divisões de tarefas e responsabilidades entre gêneros masculinos e femininos. Fica nítido que o modelo tradicional que era imposto como homem que ditavas as regras no lar, não se domina mais e sim no aspecto que se tinha a onde as mulheres realizam as tarefas domésticas e outros afazeres e o homem era incumbido de trazer o sustento para casa, vem diminuindo cada vez mais, porém, não surge outros modelos familiares que tenham uma validade reconhecida e aceita nessa concepção, mas umas novas características de sociedade que vem buscando um novo espaço para novas gerações de indivíduos (PETRINI, 2005).
Com essa perspectiva novos papéis dentro a sociedade e famílias para os homens e para as mulheres são modificados até mesmo a forma de se relacionar entre o homem e a mulher e entre os pais e os filhos. A onde autoridade antes exercida pelo homem ou pai e todas as questões das obrigações dentro da família, agora está em constante negociação para que abas as partes estejam em acordo, sendo uma foram mais igualitárias de dividir as tarefas em um ambiente familiar, pois tanto a o homem quanto à mulher trabalha e estuda fora (SARTI, 2000).
Esse sistema chamado de patriarcado é rapidamente adotado pelo conjunto dos movimentos feministas militantes nos anos 70 como o termo que designa o conjunto do sistema a ser combatido e afronta dos direitos das mulheres de todos os jeitos. Pois promove a dominação masculina e opressão das mulheres, ele apresenta duas características: por um lado, designa, no espírito daquelas que o utilizam, um sistema e não relações individuais ou um estado de espírito; por outro lado, em sua argumentação, as feministas opuseram “patriarcado” a “capitalismo” — o primeiro é diferente do segundo, um não se reduz ao outro. Isso se reveste de uma grande importância política num momento de crescimento do feminismo, em que as militantes são confrontadas a homens e mulheres de organizações políticas para quem a subordinação das mulheres não é mais que uma das consequências do capitalismo. Com isso elas sai em busca de seu direito, analisando que isso está ocorrendo em vários lugares do mundo só cresce o desejo de alcançar esses objetivos da coletividade (SARTI, 2000).
MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL
			Para início de conversa, os movimentos feministas que surgiu com o passar dos tempos destacamos a importância do papel da mulher na sociedade desde os primórdios, no começo da exploração do pais sempre foi desconsiderado, porém, se realmente formos ao passado, constataremos o protagonismo das mulheres e as contribuições positivas para a nossa sociedade que se mostra perante a história. 
No século XVI quando os portugueses vieram colonizar o Brasil, trouxeram consigo os seus tabus e preconceitos relacionados à mulher antes de sua chegada os índios tinham suas regras baseadas na comunidade, e as mulheres tinham que tomar conta dos filhos, serem mães e esposas boas, o problema é que os portugueses ao chegarem impuseram-lhes seus próprios padrões de conduta. Um caso de desigualdade social era que, se a mulher não concebesse filhos ao homem, a culpa era sempre dela, ou seja, a infecundidade jamais era dele.
Segundo as pesquisas feitas com o passar dos tempos a chamada palavra feminismo vem (do latim femĭna, significa “mulher”) é um conceito que passa a existir no século XIX, o qual se desenvolveu todo esse movimento em prol de direitos das mulheres com sua liberdade e outros fatores para a classe, com isso mudando o curso para os traços filosófico que não se imaginava em pratica com seus direitos dentro da sociedade com isso ter as mesmas possibilidade de fazer parte desde o mais simples ao mais complexas atividades ou afazeres seja ela social ou político (PINTO, 2003).
A sociedade brasileira passava por um período de muitas transformações que era significativas transformações na área da política, cultura, no meio social e econômico, tudo parecia estar mudando para um novo senário para a sociedade que começou com a participação feminina no trabalho, nas universidades e na vida social que veio a crescer consideravelmente chamados de de movimento hippie, a minissaia e a pílula anticoncepcional revolucionavam o cotidiano e os costumes (FERREIRA, 1996). 
Esses movimentos feministas brasileiros apresentam uma trajetória de lutas permeadas por impasses e alianças com o a política regional. O que dificulta o seu trabalho calejando o seu desdobramento em tese de barreias que identifica o papel dos movimentos feministas na construção das instituições e dos planos de políticas públicas (CASTELLS, 1999).
Os movimentos eram bastante particulares de modo que promova seus efeito e reflexão, com o passar do tempo e assim buscando sempre defender os seus direitos de todas a vertentes da sociedade, pois sempre foi implacável com elas (PINTO, 2003).
Nesse período também teve a implantação do regime civil-militar, em 1964, que causou um enorme choque como todo os grupos que buscarem seus direitos ou liberdade, com isso fez com que se organizassem no campo político (PINTO, 2003).
Segundo Goldberg-Salinas (1996), teve muitas formas de se estrutura dentro e fora do Brasil. Esse fato fez com que a mulheres viessem a compreender a estreita relação existente entre suas vidas e famílias privadas e os sistemas políticos no poder, transformando-se em ativistas políticas.Foram inúmeras mulheres que se juntaram à luta armada ou ingressaram em partidos políticos fazendo oposição ao regime civil-militar da época. Foi um período de bastante atenção para as camadas sociais que buscavam a melhor forma de compreender como fazer e viver dentro de um sistema fechado com poucas falas e poucas formas de se expressar perante o seu pensamento ideológico.
O feminismo no Brasil sabe-se que tem uma longa história de lutas, é uma parte da história que vem sendo redescoberta e reescrita por historiadoras/es e pesquisadoras/es de diversas áreas, ampliando o conhecimento sobre o tema. Com base nestas pesquisas, uma nova periodização tem sido organizada para descrever a ação e o pensamento de feministas no país (SOARES, 1994).
O conceito do movimento feminista, é entendido como uma grande ação política das mulheres, que engloba o universo social, político, econômico e da ética. Sendo as percussoras da nova transformação de sua própria condição social, conquistas essas que foram de muitas barreiras atravessadas no dia a dia para ter uma pequena esperança de se ter benefícios por essa longa caminhada de incertezas e indiferenças com o tempo deixadas para trás (SOARES, 1994).
Segundo Bryson (2003), tem se uma grande tentativa de classificar a complexidade do pensamento feminista que encobre sua natureza simplificada fazendo que fique interconectada por vários momentos e tendências da época. Por conta da grande diversidade de posicionamentos, muitas utilizassem mais do termo feminismo no singular do que no plural A preocupação não está tanto na classificação das diferenças, mas em sua valorização e no reconhecimento de que representam uma grande riqueza para o movimento que busca crescer e ser ouvida por todos os cantos.
Os relatos mostram que esse movimento organizado teve origem nos Estados Unidos (1775 – 1781), e logo depois, difundiu - se para os países do Ocidente (1789 – 1799 na França em sua revolução), que buscavam sua emancipação na sociedade. Que significaria a sua independência das mulheres para desfrutar dos direitos civis da época (FERREIRA, 2001).
O posicionamento de Betto (2001) quando afirma que:
Emancipar-se é equiparar-se ao homem em direitos jurídicos, políticos e econômicos. Libertar-se é querer ir mais adiante, realçar as condições que regem a alteridade nas relações de gênero, de modo a afirmar a mulher como indivíduo autônomo, independente (BETTO, 2001, p. 20).
No primeiro momento observa que na história as mulheres sempre buscaram pelos seus direitos, aonde se organizaram para com o que pudessem fazer a diferença no futuro. Mas tiveram alguns detalhes bastante incomuns para o momento que era de greve na empresa, greve de fome, participar da votação, sendo a primeira das conquistas com isso sendo conhecidas como as sufragetes (PINTO, 2003).
Segundo a afirmação de a Costa (2005),
 A consciência de gênero e as primeiras ideias feministas foram identificadas, historicamente, no bojo das transformações políticas e econômicas da Europa setecentista, conforme Sardenberg & Costa que analisam detalhadamente esse contexto em “Feminismos, feministas e movimentos sociais” (1991). O Feminismo surge e se organiza como movimento estruturado, a partir do fenômeno da modernidade, acompanhando o percurso de sua evolução desde o século XVIII, tomando corpo no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, transformando-se, também, em instrumento de críticas da sociedade moderna. E, apesar da diversidade de sua atuação, tanto nos aspectos teóricos, quanto nos aspectos práticos, o Feminismo vem conservando uma de suas principais características que é a reflexão crítica sobre as contradições da modernidade, principalmente, no que tange a libertação das mulheres (SILVA, 2008, p.1-2).
Segundo Valente (2004), esse movimento foi o mais inesperado e feito para a sociedade e evolução para as mulheres que aconteceu na história. Mudando todo o contexto machista da época seja na família, no trabalho, na escola ou sociedade que buscou com o passar do tempo derrubara o paradigma do patriarcal dos homens.
Segundo Toscano (1992), o feminismo marca a história da humanidade pelo fato da busca de seus direitos de uma classe de milhões, se tornando um fato social significativo pelo número de pessoas envolvidas e pela influência da sociedade masculinizada que dificulta essas caminhada, em todas as esferas do pais sejam elas de natureza política, ideológica, econômica ou social, essas relação de amor e ódio vivida por famílias que com muita paciência aos poucos iniciaram as mudanças para seguimento do futuro.
No Brasil nos anos 70, mesmo sendo pequeno em termos de visibilidade social, foi fundamental para se ter igualdade de gênero, para ser ter o respeito direito a saúde, estudo e moradia. O movimento feminista caminha a passos largos para que os direitos de igualdade possam estar presentes em todas as camadas sociais, garantindo mais e mais o espaço da mulher em toda sua expansão e de proporcionar novas conquistas pessoais e coletivas (COSTA, 2005).
As feministas brasileiras planejaram se para lutar por propostas específicas contra todas as formas de discriminação e de violência. Sendo definidas vários pedidos como: igualdade nas relações familiares, a igualdade salarial, melhores oportunidades de emprego e de ascensão profissional, direito à regulação da fertilidade, direito ao acesso a serviços de saúde eficientes, direito a creches para as crianças, dentre outros, além do direito a uma vida sem violência. Realmente foi uma luta contra vários descasos e impunidades, a partir do momento que saíram para as ruas isso foi o início da revolução de grande parte de vitorias nessa batalha contra o machismo (THOMAS, 1995; HERMANN; BARSTED, 1995).
Em nosso pais, as primeiras publicações destinadas a definir o feminismo mostrava como um movimento político e intelectual dedicado a repensar e recriar a identidade de sexo sob uma ótica em que o indivíduo, seja ele homem ou mulher, não tenha que adaptar-se a modelos hierarquizados presente na sociedade do momento. Vários contextos que a sociedade analisava, mas com desconfiança perante a esse desejo das feministas que buscava uma certa liberdade de que estava reprimindo de todos lados isso era uma tortura sofrida dentro e fora de casa, que marcava muitas vezes na face toda a dor e sofrimento de várias gerações que passariam por esse momento de vida (ALVES E PITANGUY 1985).
Para Teles (1993), seu questionamento está relacionado as relações de poder, a opressão e a exploração de grupos de pessoas sobre outras que não respeita o ser humano como deve ser respeitado, com ou sem diferença de escolha, forma física ou escolhas pessoais, herdando o poder patriarcal em sociedade considerada machista. Tempo essas difíceis para uma grande massa de pessoas que fragilizada e tímida buscava motivos para sorrir e viver a todo momento, que estava em seu lar com desconfiança do dia que surgir para seu futuro prospera, mas que com o passar do tempo as novidades foram surgindo mesmo com muitas dificuldades.	
Segundo Alves e Pitanguy (1985) o feminismo é a radicalização de uma foram de vida para se buscar objetivos de uma grande parcela da sociedade para que se tenha novas relações pessoais. Mudando a neutralidade no espaço individual, com isso a obtendo uma forma como as relações interpessoais entre os homens e mulheres, pais e filhos, brancos e negros, hetero e homossexuais, patrões e operários, etc. Um novo conceito que visa um pais mais organizada, diz respeito à uma organização social como um todo, dentro do conceito político, a religioso, no sistema jurídico, na vida intelectual e artística, eliminando outras facetas que impera como as concepções hierárquicas injustas e sexistas.
Sabemos que o movimento passou por ter fazes dessa luta, que nos dias atuais vemos um novo feminismo em desenvolvimento que está surgindo e se propagado por intermédio da internet e especificamente das redes sociais e também tem se intensificado no Brasil. Algumas das novas militantesbrasileiras cresceram e foram educadas na era digital, elas continuam lutando pela igualdade dos gêneros, formam um grupo plural, bem diferente do que ocorria no passado, onde este segmento social era singular, agora, cada uma tem uma visão de feminismo e utilizam de diversas estratégias para lutar por suas causas sempre pela coletividade. Essa movimentação feminista do século XXI foi chamada por alguns especialistas de quarta onda feminista. As novas feministas têm formas diferentes de protestar, umas usam a nudez para chamar atenção da mídia, pois acreditam que o corpo é um instrumento eficaz para passar uma mensagem, outras se manifestam pela internet, realizando enquetes sobre feminismo; movimentando as redes sociais em defesa da liberdade sexual, a igualdade dos gêneros; criticando a forma como a mulher é retratada pela publicidade e pela mídia. Essa “nova onda” do movimento de mulheres incentiva as mesmas a perceberem que a desigualdade em que estas se encontram no mundo atual é um problema coletivo e que precisa de soluções políticas que combatam a discriminação da mulher em todos os âmbitos (SAFFIOTI, 2013).
Hoje as mulheres no geral dos movimentos visam muito mais um olhar sobre a questão da violência doméstica que a muito tempo escraviza muitas, pois o que era visto como um problema de ordem particular em meados de 2006, com a conquista da lei Maria da Penha ganhou agora um olhar de esperança, onde o problema não é apenas de ordem familiar, mas sim do poder público, que deve estar preparado para realizar a prevenção, proteção e punição, quando se trata do crime de violência contra a mulher, muitos homens pensa que é o dono das mulheres e querem fazer o que bem acha de melhor para si. Através desse segmento foi criado várias normas dentro das políticas públicas, materializadas nas Delegacias da Mulher, onde está, vítima de violência pode registrar sua queixa; além de espaços para abrigar e proteger as mulheres nessa situação, quando necessário (GOHN, 2012)
No Brasil dia 4 de Junho 2011 em São Paulo, foi organizada uma marcha que tem como um dos objetivos denunciar e criticar a ideia que a mulher tem culpa de ser estuprada por causa das roupas que está vestindo, essa marcha foi denominada de Marcha das Vadias, a qual um dos objetivos dessa marcha é de conceituar o termo vadia ou seja descaso com a mulher um conceito vulgar de desrespeito, que muitas vezes é usado de modo pejorativo para classificar o modo como a mulher se veste, as ativistas lutam para que a mulher tenha o direito de usar a roupa que quiser sem ser discriminada, humilhada ou violentada por conta disso. A manifestação é um ato de descontentamento com os direitos humanos, e sim busca garantir e conquistar direitos para as mulheres na sociedade contemporânea, esses, que tanto foram negados e violados no decorrer da história da humanidade em todo mundo (SILVA, 2013).
Uma das maiores conquistas nessa era foi o projeto de lei 8305/2014 que foi sancionado e incluiu o Feminicídio como uma modalidade de homicídio qualificado, entrando no rol dos crimes hediondos. Esse termo significa a perseguição e morte intencional da pessoa do sexo feminino, que sofreu agressões físicas e psicológicas, como abuso ou assédio sexual, estupro, escravidão sexual, tortura, mutilação genital, negação de alimentos e maternidade, espancamentos que levem a mulher ao óbito é chamado de feminicídio um termo recente utilizado para esses crimes que está espalhado pelo pais ANTUNES, 2009).
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