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Aula 3 – Microbiologia Geral – 31/08/18 – P1 Virologia Básica Estrutura Viral: Genoma: É constituído por ácido nucleico, segmentado ou não segmentado, pode ser DNA (fita dupla ou fita simples) ou RNA (fita dupla ou fita simples). O genoma tem que ser protegido porque tem muitos componentes (como irradiação ultravioleta, por exemplo) que podem induzir danos estruturais importantes as moléculas de ácido nucleico. Capsídeo: É uma estrutura que engloba o vírus, do ponto de vista bioquímico é uma estrutura proteica. Para alguns vírus essas proteínas são glicosiladas (estão covalentemente ligadas à açúcares), enquanto que para outros ela é proteica somente. É um dos marcadores estruturais que define o vírus – somente o vírus que possui. Envelope: Envolve completamente o capsídeo, mas só está presente em alguns vírus (não tem o status do capsídeo que ajuda a definir). Todo vírus tem capsídeo, mas somente alguns vírus tem o envelope. Do ponto de vista bioquímico, o envelope é uma estrutura lipoproteica. Cerne/Core: É a parte principal do vírus, que é onde vai conter o genoma e algumas proteínas do vírus que não são proteínas do capsídeo. São proteínas do vírus que estão associadas são genoma dele. Então esse cerne pode ser composto de genoma e proteínas, mas outras vezes pode ter apenas o genoma. Conjunto formado pelo cerne + genoma + capsídeo: Recebe o nome de nucelocapsídeo. OBS: Para ser entendido como vírus tem que ter no mínimo núcleo e genoma. OBS: Vírus que tem envelope são chamados de envelopados, e os vírus que não tem são chamados de nus. No caso dos vírus nus é a superfície do capsídeo que vai permitir interação do vírus com a célula hospedeira. Já o vírus envelopado, se ele perder o envelope, perde também a capacidade de interagir com o ambiente/hospedeiro. OBS: Muitos envelopes dos vírus possuem espículas. O genoma do vírus pode ser segmentado ou não. Quando é segmentado pode ter mais de 1 molécula de ácido nucleico (sempre sendo a mesma molécula, só que segmentada). O vírus pode ter também moléculas de fita dupla ou fita simples. Por ser acelular, o vírus não tem metabolismo. O vírus não é uma célula, não tem membrana citoplasmática e não tem citoplasma (que são 2 componentes estruturais básicos para ter célula). Por não ter metabolismo, o vírus tem que se associar a uma célula, para poder se multiplicar. O ambiente básico que o vírus existe é a célula. A associação do vírus com a célula, é a infecção (ou seja, infecção viral é a associação do vírus com a célula). Somente os vírus que são completos e funcionais (virions), podem infectar as células. O Ciclo Replicativo Viral: Como os vírus se multiplicam na natureza? Pelo ciclo de replicação viral, que permite a produção de vírus. Por que um ciclo? Porque quando o ciclo termina, a progênie eventualmente pode recomeçar o processo. Por que replicação e não reprodutivo? Porque o vírus é acelular, então não pode considerar que ele se reproduz. Ele se replica porque ele utiliza o ácido nucleico como base para novos moldes de ácido nucleico. Para isso acontecer, precisa ocorrer em uma célula permissiva (que permite, a célula precisa permitir o ciclo de replicação viral). Ex: Vírus da cinomose, só é possível sua replicação nos animais, já nos humanos não. O que que faz uma célula ser permissiva ao vírus? Ter um conjunto de capacidade genéticas e metabólicas que dê aquilo que o vírus precisa. A produção de RNAm viral é uma de suas etapas cruciais. Como o vírus e a sua informação genética entra em uma célula? Como a célula faz para expressar essa informação genética viral? Quando o gene está sendo expresso, quer dizer que a proteína codificada pelo gene, está sendo produzida pela célula. Como esses produtos gênicos virais compõem a progênie viral? Como essa descendência viral as da célula? O ciclo reprodutivo viral. Etapa 1: Adsorção. Ocorre através da interação molecular entre componentes do vírus e componentes da superfície da célula. É uma interação ligante receptora. Etapa 2: Penetração. É a penetração do vírus na célula, passagem do vírus ou de seus componentes para a membrana citoplasmática. No vírus envelopado, ocorre a fusão de membrana (2 membranas que viram 1 só). O envelope e a estrutura glicoproteína se fundem a uma membrana da célula e com isso o nucelocapsídeo entra na célula. Os vírus nus, possuem processos diferentes para penetrarem nas células, pois eles não possuem envelope. O vírus nu adsorve a superfície da célula e por um processo de injeção, ele passa seu genoma. Etapa 3: Desnudamento. No caso de vírus envelopados, esse capsídeo precisa de romper total ou parcialmente para expor o genoma. Etapa 4: Tradução e replicação do genoma. Replicação do DNA Transcrição RNA Tradução Proteína Etapa 5: Montagem. Nesta etapa, os componentes dos vírus que foram produzidas anteriormente, são organizados de modo a constituir novos parasitas. Etapa 6: Liberação. Vírus envelopados adquirem envelope durante brotamento através da membrana celular. Proteínas virais específicas do envelope são sintetizadas durante a fase tardia de síntese proteica e são inseridas na membrana celular. O nucleocapsídeo se associa com a superfície interior da membrana plasmática alterada, já contendo proteínas virais. Durante a saída do nucleocapsídeo da célula, a partícula viral é envelopada por esta membrana alterada: Este processo é chamado brotamento. E alguns vírus são liberados por lise da célula hospedeira. Em casos extremos, a célula se rompe, liberando partículas virais e outros componentes celulares para o meio.
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