Buscar

Ascensão e queda da Nokia 2

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 
 
 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
Rafaela Silva de Melo Morais 
 
 
 
- 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gestão Do Conhecimento e da Inovação Empresarial 
 Tutor: Prof. Andrea Quintella Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cataguases 
2018 
 
 
 
2 
 
Estudo de Caso de Harvard: Ascensão e queda da Nokia 
 
Referência: ALCÁCER, Juan; KHANNA, Tarun; SNIVELY, Christine; P- 06 2014 
 
Texto do Fichamento: 
 
 Este estudo de caso começa falando da empresa Nokia, empresa de tecnologia em 
telecomunicações com mais de 100 anos de atuação no mercado e com sede em Espoo, na 
Finlândia. Sendo considerada a maior entre os fabricantes de telefones móveis do mundo. 
Ocupando uma posição e que a mantem desde 1998. Mas em setembro de 2013 a Microsoft 
adquiriu comprando a divisão de aparelhos móveis dessa empresa citada, Nokia. 
 A inovação dessa fabricante de telefones móveis evoluiu de fabricante de papel no 
século 19 para fabricante de produtos eletrônicos na década de 1980, antes de direcionar 
seus negócios para aparelhos de telefone móvel na década de 1990. A empresa reinventou-
se com sucesso várias vezes, com flexibilidade para atender aos mercados em constante 
mudança e foco nas inovações de design e engenharia. Em 2012 ela publicou perda 
operacional. Aconteceu uma divisão de aparelhos em 2013 e por um preço muito atraente. 
 A Nokia, um empresa fundada no ano de 1865, funcionava como madeireira perto da 
cidade de Nokia, na Finlândia. Ganhou um crescimento com o passar do tempo e tornou-se 
uma grande fabricante de papel. Até à metade do século 20, a Nokia tinha dado vários 
passos, indo além dos seus negócios de madeira e borracha. No fim da década de 1960, a 
empresa fundira-se com várias firmas finlandesas, incluindo um fabricante de pneus e de 
calçados de borracha, e um fabricante de cabos e materiais eletrônicos, que deu origem à 
Nokia Corporation. Essa nova organização tinha cinco divisões principais: borracha, cabos, 
silvicultura, eletrônicos e geração de energia. Produziu os primeiros telefones sem fio na 
Escandinávia. 
 Foi testemunha na década de 1970 dos primeiros passos rumo ao domínio que 
exerceria na nova indústria das telecomunicações. A empresa fornecia a infraestrutura de 
rede, incluindo estação de base e conexão com a Salora, a principal produtora de televisão e 
rádio da Finlândia para a fabricação de telefones para carro e estruturas de apoio da rede. 
Em todos esses anos, a Nokia teve relações delicadas com o governo finlandês. Na década 
de 1970, a Finlândia era governada pelo Partido Democrático Social de esquerda, que tinha 
controle sobre boa parte das indústrias de telecomunicações e aparelhos eletrônicos. 
 
 
 
3 
 
 Ainda na década de 1980, a preocupação da Nokia com a concorrência entre as 
empresas do governo era grande. Foi então que pegou seus ganhos com infraestrutura de 
telecomunicações e fez uma série de aquisições durante toda a década. Com isso, a Nokia 
tornou-se a maior empresa de equipamentos eletrônicos da Escandinávia. Em 1983, a Nokia 
investiu fora da Finlândia e fez sua primeira aquisição internacional, a empresa sueca de 
equipamentos eletrônicos Luxor Ab, aumentando assim as suas exportações de terminais de 
rede de telecomunicações sem fio de quatro países nórdicos em 1982 para mais de 20 
países da Europa. 
 O primeiro aparelho telefônico móvel desenvolvido pela Nokia foi lançado em 1987, 
desenvolvido para a rede analógica NSMT da Escandinávia, o Mobira Cityman e 
comercializado a usuários de negócios pelo equivalente em 2013 a um valor mais alto, ou 
seja, com lucros maiores. Foi então que a mídia publicou o presidente da União Soviética 
Mikhail Gorbachev fazendo uma ligação de Helsinki para Moscou com um Cityman em 1989. 
A Nokia então se sobressai como tecnologia de segunda geração. 
 Até ai não foram somente estes os investimentos. A Nokia não parou. Com uma 
intensa atuação, ao final da década de 1980, a economia finlandesa também estava em alta 
e como os mercados estavam liberados, os bancos faziam empréstimos em maior 
quantidade e muitas empresas aproveitaram a oportunidade para crescer. Na análise de 
alguns especialistas analistas, depois de um tempo em suas pesquisas, começaram a achar 
que as aquisições da Nokia traziam um efeito adverso para a rentabilidade. Mesmo assim, 
em novembro de 1988 a Nokia anunciou a redução de 39% em seus ganhos no oitavo mês 
para FIM 402 milhões. 
A divisão de eletrônicos da Nokia, que representava 70% das vendas da empresa, 
estava com problemas. Em dezembro de 1988, Kairamo, um dos gerentes de chefia, sofria 
de depressão maníaca e suicidou-se. A empresa passa por momentos obscuros. Pensaram 
em uma estratégia e conseguiram contratar uma pessoa de dentro da própria empresa para 
assumir esse cargo. Esse novo ocupante do cargo de Kairamo estava na Nokia desde 
quando a empresa fabricava papel, tendo iniciado como engenheiro e tinha pouca 
experiência com eletrônicos. Segundo algumas pessoas, ele não tinha as ambições de 
Kairamo de ver a Nokia com presença internacional. Ele mantinha o foco seletivo e 
 
 
 
 
4 
 
estratégico em menos aquisições, com destaque para a fabricante de telefones móveis do 
Reino Unido Technophone. Alguns acreditavam que o novo funcionário tinha assumido o 
cargo na hora certa. 
 Em 1991, as vendas totais da Nokia caíram 31% em relação ao ano anterior. A divisão 
de eletrônicos teve uma grande queda, com vendas reduzidas de televisões coloridas. A 
divisão de cabos e máquinas também tinha problemas. Vários fatores contribuíram para o 
baixo desempenho da Nokia. O fim da União Soviética em 1991, que era uma grande 
exportadora de produtos da Finlândia, iniciou uma crise econômica no país, com o 
desemprego, que antes era menos de 10%, ultrapassando 20%. 
 Apesar dessas dificuldades, a divisão de telecomunicações da Nokia, que 
complementava a divisão de telefones móveis, estava passando por dificuldades. Ela 
fornecia a infraestrutura para redes sem fio quando começou a implementação da rede GSM 
na Europa e aumentou a demanda por infraestrutura. 
Em 1992, a Nokia lançou o primeiro telefone digital de produção em massa, o Nokia 
1011, para a tecnologia GSM. Em fins do ano de 1992, a Nokia era a maior produtora de 
telefones móveis na Europa e a segunda maior do mundo atrás somente da Motorola. A 
Nokia exportava telefones para 70 países, expandindo sua presença nos negócios dentro da 
América Latina, Rússia, Austrália e Leste Europeu 
 A Nokia obteve rápido crescimento no mercado de telefones móveis nos anos 
seguintes, enquanto que os países da Ásia, Austrália e Nova Zelândia ainda estavam 
implementando as redes GSM. A Nokia identificou a Ásia como a região com o maior 
potencial de crescimento. A divisão de rede da Nokia negociou para instalar a infraestrutura 
GSM para 17 operadoras. Os telefones móveis tornaram-se item de consumo com a queda 
dos preços. A empresa investiu muito em anúncios nos mercados locais e adaptou recursos 
e preços para atender à demanda local. A inovação do produto, a flexibilidade e a resposta 
rápida da Nokia às diferenças no mercado permitiram a expansão global da Nokia. 
Com as dificuldades que enfrentava, a Nokia anunciou uma série de demissões em 
2012 que se estenderam até 2013. Mais de 1.000 pessoas foram demitidas na sede de Salo, 
na Finlândia, um dos últimos centros de fabricação de telefones celulares da Europa 
Ocidental. Em fevereiro de 2012, 2.300 pessoas foram demitidas na Hungria e 700 no5 
 
México, com a mudança da fábrica para a China e Índia. Essas demissões foram causadas 
pela perda de €1 bilhão no quarto trimestre de 2011. Depois de outra perda de €1,7 bilhão no 
primeiro trimestre de 2012, a Nokia anunciou em junho de 2012 que iria dispensar outras 
10.000 pessoas até o fim de 2013 como parte de uma restruturação. Em 2012, Ollila 
renunciou da sua função de diretor do conselho. 
Em setembro de 2013, a Microsoft comprou a divisão de aparelhos móveis da Nokia e 
obteve acesso às patentes da Nokia pelo período de dez anos por €5,44 bilhões ($7,2 
bilhões). A transação teve como base a parceria formada em 2011, quando a Nokia 
concordou em usar o sistema operacional da Microsoft em seus smartphones e ajudou a 
Microsoft na integração vertical com a associação a um fabricante de hardware. A Nokia 
esperava que a transação fortalecesse sua posição financeira e fornecesse uma base para 
investimentos futuros e continuidade dos negócios. Com o anúncio da transação, o preço das 
ações da Nokia aumentou 40%. As ações da Microsoft caíram 5% e cada ação passou a 
valer $32. 
Assim transcorreu parte da história da Nokia e sua fusão com outras empresas 
empreendedoras e novas tecnologias além de novos investimentos.

Continue navegando