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Pratica Resposta do Caso 3 corrigido

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ.
Auto nº: XXX
	MATEUS, brasileiro, solteiro, profissão, inscrito no CPF sob o nº _, com RG nº _, residente e domiciliado na rua XX, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, apresentar tempestivamente, com fulcro nos artigos 396 caput e 396-A do Código de Processo Penal, a presente RESPOSTA À ACUSAÇÃO, nos seguintes termos:
DOS FATOS
	O Ministério Público denunciou o acusado por crime de prática de conjunção carnal com deficiente mental previsto no art. 217-A §1 do CP com aumento de metade da pena por resultar em gravidez de acordo com art. 234-A, inciso III do CP, contra Maísa, de 19 anos de idade.
	De acordo com a peça acusatória, o acusado teria cometido os crimes acima citados ao ir à residência de Maísa para assistir um jogo de futebol. Aproveitando-se assim do fato de estarem a sós para constrangê-la a manter com ele conjunção carnal, apesar de não ter ocorrido violência real ou grave ameaça, ocasionando assim a gravidez da vitima.
	Também alegam que o acusado se aproveitou do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ou de validar o seu consentimento, pois é deficiente mental.
Vale ressaltar que o acusado namorava a vitima há algum tempo, e que alguns familiares sabiam do relacionamento das partes, incluindo a avó e a mãe do acusado. 
	Mais importante ainda o fato de a própria vitima, que possui pleno juízo de suas capacidades mentais, não quis dar ensejo à ação penal e se dispôs a comparecer para depor em favor do acusado.
DOS FUNDAMENTOS 
I- NULIDADE ABSOLUTA
De acordo com a denúncia o crime foi praticado contra uma pessoa vulnerável, sendo assim, de acordo com o artigo 225, P.Ú. do CP, uma Ação Pública Incondicionada, motivo pelo qual o Ministério Público denunciou o acusado sem a necessidade de consentimento da vitima. Ocorre que o Ministério Público somente afirmou que a vitima é vulnerável, não apresentou nenhuma prova que concretize essa verdade, assim, a ação em questão é Penal Pública Condicionada a Representação como diz o CAPUT do artigo 225, P.Ú do CP. 
O Ministério Público não poderia oferecer a denúncia, por lhe faltar Legitimidade para tal.
Conforme disposto no artigo 564, inciso II do CPP, a nulidade ocorrerá nos casos em que houver ilegitimidade da parte.
Uma vez que objetiva a denúncia imputar responsabilidade penal sob conduta atípica e/ou inexistentes as condições para o exercício da ação, deve ser rejeitada de plano a denúncia de acordo com o disposto no artigo 395 do CPP.
A denúncia deve ser Rejeitada com base no art. 564, inciso II do CPP c/c art. 395 do CPP. 
II- MÉRITO
	O acusado foi denunciado por prática de conjunção carnal com pessoa deficiente mental, vide art. 217-A do CP, entretanto, a deficiência mental da vitima é mera especulação, não tendo sido provada pelo Ministério Público até o presente momento.
	Há de se ressaltar que a própria vitima não quis dar ensejo á ação penal e se dispôs a comparecer para depor em favor do acusado.
O Ministério Público não apresentou prova concreta dessa vulnerabilidade, portanto todas as acusações tornam-se inverídicas.
De acordo com o art. 397, inciso III do CPP, requer a absolvição sumaria o acusado pois o fato narrado evidentemente não constitui crime, já que o Ministério Público não apresentou prova concreta da vulnerabilidade da vitima, portanto todas as acusações tornam-se inverídicas.
DAS PROVAS
	Não sendo o entendimento de Vossa Excelência rejeitar a denúncia e absolver sumariamente o acusado, requer que sejam intimadas para oitiva neste juízo as testemunhas abaixo arroladas.
DOS PEDIDOS: 
Requer a Vossa Excelência, que seja rejeitada de plano a denúncia com base no art. 564, inciso II do CPP c/c art. 395 do CPP, tendo em vista a Ilegitimidade do Ministério Público.
No mérito, caso Vossa Excelência não entenda pela rejeição da denúncia, seja o cidadão acusado absolvido sumariamente, em conformidade com Art. 397, inciso II do CPP.
Requer também a produção de todas as provas admitidas em direito e que seja feita a oitiva das testemunhas que presenciaram os fatos (rol em anexo).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.
_____________________________________
ADVOGADO
OAB/RJ
_____________________________________
Mateus
 (CPF ___)
ROL DE TESTEMUNHAS
Maísa (RG, CPF, ENDEREÇO).
Olinda (RG, CPF, ENDEREÇO).
Alda (RG, CPF, ENDEREÇO).

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