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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Nome: Jéssica Maria dos Santos Turma: 3° período 
Professor: Cimon Hendrigo Burmann de Souza
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
Da extinção com o pagamento:
 A forma mais desejável e comum de extinção das obrigações é o pagamento, ou seja, a realização da prestação devida. 
E quem pode pagar?
 A princípio, somente o devedor é quem pode realizar esta prestação, sendo chamado de solven, porém nosso ordenamento aceita o pagamento feito por terceiros nos seguintes casos:
Terceiro Interessado: O terceiro interessado pode ser demandado judicialmente pelo não cumprimento da dívida e mesmo não sendo parte direta dela também está obrigado a efetuar seu pagamento, estando sujeito às suas consequências. Ao realizar o pagamento, ele fica sujeito à sub-rogação, ocupando o lugar do antigo credor. Os exemplos mais claros de terceiros interessados são os do Fiador e o do Avalista.
Terceiro Não Interessado: O terceiro interessado não pode ser demandado e paga a dívida por interesse próprio. Ele não está sujeito à sub-rogação, mas se fizer o pagamento em seu próprio nome, e não em nome do devedor, terá direito ao reembolso do valor pago. O credor pode ainda recusar o pagamento do terceiro não interessado se ele pagar em seu próprio nome.
A quem se pode Pagar?
 O pagamento deve ser feito, via de regra, ao próprio credor ou ao seu representante legal. 
O pagamento feito ao credor incapaz deve ser feito ao seu representante, sob pena de invalidação caso o devedor efetue diretamente a ele sabendo de sua incapacidade. A menos que consiga provar que este pagamento se converteu efetivamente em proveito daquele credor. Também não é válido o pagamento feito ao credor cujo crédito tenha sido penhorado ou que seja objeto de pugnação, desde que nos dois casos, o devedor seja intimado dessa situação. Mas são válidos os pagamentos feitos de boa-fé ao credor putativo, o feito a terceiro desde que ratificado pelo credor e o ao terceiro desde que reverta em benefícios para o credor.
O que se pode pagar?
 O credor não é obrigado a receber prestação indevida, ainda que seja mais valiosa e nem a receber em partes, se assim não foi convencionado.
O pagamento deve ser cumprido em forma de prestações pecuniárias, ou seja, feitas em dinheiro. Deve ser pago em moeda corrente e observando o princípio do nominalismo, ou seja, pagas pelo valor expresso, valor nominal.
São nulas as convenções de pagamento feitas em ouro ou moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, exceto em casos previstos.
Há ainda que s observar a correção monetária, que é a atualização do valor da dívida. Ela é utilizada em casos de inadimplemento e pode ser pactuada se a obrigação tiver duração igual ou superior a um ano e sempre com a periodicidade anual. Um exemplo é o ajuste do aluguel que ocorre anualmente.
Prova do Pagamento
 Via de regra, o pagamento não se presume e normalmente o ônus da prova é do devedor. A prova do pagamento efetuado é feita através da quitação, que deve ser dada pelo credor e é de direito do devedor ter acesso a ela. Se houver recusa em dar a quitação o devedor pode se recusar a fazer o pagamento. 
Presunção do pagamento
 Como já dito, via de regra, o pagamento não se presume, mas existem três hipóteses de exceção, que são:
1° - Nas hipóteses em que as obrigações são representadas por meio de um título e ocorre a devolução voluntária deste, presume-se o pagamento. Exemplo: Nota promissória. 
2° - Em caso de obrigações periódicas quando há a quitação da última sem ressalvar as primeiras, presumem-se estas pagas. 
3° - Quando uma prestação render juros e a quitação da prestação principal não os ressalvar, também se presumem estes pagos.
Qual o lugar do pagamento?
 Salvo contrário, o lugar do pagamento é o domicílio do devedor, que se refere à cidade, mas esta não é uma regra absoluta. Se tiverem sido estabelecidos dois possíveis lugares para a realização da prestação, o credor pode escolher em qual deles receber.
Pode-se dividir em dois tipos de obrigações pelo lugar de pagamento:
Obrigação quesível: onde o pagamento é feito no domicílio do devedor.
Obrigação portável: onde o pagamento é feito no domicílio do devedor.
No caso de tradição de imóvel, será feito no lugar onde este se situa.
Qual o tempo de pagamento?
 O tempo de cobrança do pagamento pode ser classificado da seguinte forma:
Termo certo de vencimento: Termo é o tempo estipulado, que dá uma data certa para o pagamento e o credor não pode demandar o devedor antes do vencimento, Se ele fizer isso ficará obrigado a aguardar o tempo correto, descontar os juros correspondentes a esse tempo e a arcar com as custas do devedor em dobro. O devedor tem o dia inteiro do vencimento para pagar, se ele fizer fora do prazo, ocorrerá a mora, haverá juros de mora.
Sem termo certo de vencimento: Via de regra, o credor poderá cobrar a dívida a qualquer momento.
Pagamento antecipado
 Existem três hipóteses:
1° - Falência ou abertura de concurso de credores;
2° - Se um bem hipotecado ou empenhado for executado em virtude de outro processo judicial;
3° - Se cessar ou diminuir a garantia real ou fidejussória (garantia pessoal), e o devedor, intimado, se negar a reforça-las.
Consignação do pagamento
 A consignação é o depósito do pagamento feito de forma judicial ou extrajudicial pelo devedor e que extinguirá a obrigação. Essa forma de pagamento pode ser feita nos casos em que o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; se o credor não for nem mandar alguém ir receber a coisa no lugar, tempo e condição devidas; se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente ou residir em local incerto ou de difícil acesso/perigoso; se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento e se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
No caso de obrigação em dinheiro poderá optar por consignação judicial, que ocorre através de uma ação judicial própria, ou extrajudicial, que se dá através de um depósito em estabelecimento bancário. Se a prestação é diversa de dinheiro somente poderá ser feita por consignação judicial. 
 Pagamento com sub-rogação
 A sub-rogação ocorre quando um terceiro paga ao credor assumindo os seus direitos e ações em relação ao devedor. Este divide-se em duas espécies:
1° - Sub-rogação legal: Onde o terceiro paga ao credor e assume o seu lugar de pleno direito, como o terceiro interessado (exemplo do fiador), por força da lei. Pode ocorrer nos casos de credor que paga a dívida do devedor em comum; quando feito por adquirente do imóvel hipotecado ou terceiro que paga para não ser privado de direito sobre o imóvel; e quando terceiro interessado paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
2° - Sub-rogação convencional: Ocorre a sub-rogação em virtude de uma convenção/acordo entre as partes, ou seja, por vontade das partes. Exemplo de um pai que paga a dívida do filho. Esta ocorre nas hipóteses de quando o credor receber o pagamento de terceiro e expressamente lhe transferir seus direitos; e quando o terceiro empresta ao devedor a quantia, sob condição de ficar o mutante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Vale lembrar que em nenhuma hipótese a obrigação se extingue, e sim, muda-se o polo ativo da relação.
Imputação do pagamento
 A imputação do pagamento ocorre sempre que o devedor tiver várias dívidas de mesma natureza em relação a um mesmo credor e tiver o suficiente para pagar uma parte destas dívidas, mas não todas elas. Neste caso, o devedor tem o direito de indicar a qual das dívidas oferece pagamento, se todas forem líquidas e vencidas. 
Dação em pagamento
 A dação ocorre quando é realizada uma prestação que seja diversa da devida por meio de um acordo de vontades entre o credor e o devedor, para que seja satisfeita a obrigação não paga. 
Da extinção sem o pagamento: 
A extinção da obrigação sem que tenha sido feitoo pagamento pode ocorrer por novação, compensação, confusão ou remissão. 
Novação
 Na novação cria-se uma nova obrigação que extingue e toma o lugar da anterior, ou muda-se o devedor. Ela pode ser classificada em objetiva, quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; subjetiva, quando o novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; e mista, quando há tanto uma mudança no conteúdo da obrigação quanto uma mudança na pessoa do devedor. Para que a novação possa acontecer é necessário que a obrigação anterior seja não extinta, válida e anulável e que exista o animus novandi, ou seja, a intenção de novar.
Compensação
 A compensação decorre do confronto entre débitos e créditos correlatos. Quando o credor e o devedor possuem dívidas um com o outro. Neste caso, sendo estas dívidas recíprocas de mesma natureza, fungíveis, líquidas e vencidas, eles poderão extingui-la na medida em que se compensam, podendo ser totalmente ou parcialmente. 
Existem três tipos de dívias que não podem ser compensadas, que são:
1°- em função de sua causa;
2°- dívida de natureza alimentícia
3°- dívida com objeto insuscetível de penhora. 
Confusão
 A confusão pode vir a acontecer quando coincidem na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor em uma mesma relação obrigacional. Ela pode ser total ou parcial, e classificasse assim:
Total: Quando se extingue a dívida em sua totalidade. Exemplo: Um pai morre e deixa todo seu crédito para seu único filho, que era seu devedor.
Parcial: Quando se extingue a dívida em sua parcialidade. Exemplo: Um pai morre e deixa seu crédito dividido entre três filhos, o filho devedor deverá pagar a parte correspondente aos irmãos.
Remissão
 A remissão é o perdão dado pelo credor que beneficia o devedor. O credor pode abrir mão de seu crédito desde que não tenha prejuízo a terceiros. Para que ocorra a remissão, se faz necessário a anuência de ambas as partes da relação obrigacional. A remissão divide-se em total, se o credor renuncia à toda a dívida; parcial, se renuncia apenas a parte dela; expressa, que ocorre sempre que o credor manifestar expressamente, por escrito ou verbalmente, sua intenção de abrir mão da dívida; e presumida, que ocorre quando a lei faz presumir a intenção do credor de abrir mão do crédito, através de seu comportamento.
Inadimplemento
 O inadimplemento é o não cumprimento das obrigações. Ele pode ser absoluto ou relativo.
Absoluto: É a total inexecução da obrigação, que não foi e nem poderá mais ser cumprida em virtude de um comportamento culposo do devedor. Neste caso o devedor irá responder por perdas e danos, atualização ou correção monetária, juros e honorários advocatícios.
Relativo: Ocorre sempre que o devedor não realizar a prestação ou o credor não quiser recebê-la no tempo, lugar ou forma que a lei ou convenção estabelecer. Aqui o devedor ainda pode honrar a sua prestação. Quando houver inadimplemento relativo haverá mora.

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