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Resumo - Nutrição e metabolismo

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DIGESTÃO E ABSORÇÃO NO TRATO DIGESTÓRIO
O trato digestório é composto por boca, estômago, intestino delgado e intestino grosso e órgãos acessórios (glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar) e tem como função clivar moléculas complexas dos alimentos e absorver os nutrientes simples, impedir a entrada de bactérias no organismo e secretar muco, fluidos, enzimas digestivas, fator intrínseco e hormônios peptídeos.
A digestão ocorre no sistema circulatório, antes da entrada dos nutrientes nos fluidos intestinais. È definida como clivagem química de alimentos por enzimas secretadas pelas glândulas da boca, do estômago e das células exócrinas do pâncreas, pela brush border e pelas células mucosas do intestino delgado no lúmen do trato digestório.
A absorção é o movimento dos nutrientes nas células da mucosa nos fluidos intestinais até chegar no sangue. Pode ocorrer por difusão, difusão facilitada, transporte ativo primário e secundário, arraste por solvente e endocitose.
O processo de mastigação garante que o alimento será triturado e subdividido e misturado com a saliva, lubrificando o alimento e iniciando a digestão a partir da amilase salivar. Além disso, a saliva contém tiocianato, lactoferrina e lisozima que exercem atividade bactericida; A alfa amilase é secretada pelas glândulas salivares sob estímulos do sistema nervoso, que vão atuar no bolo alimentar até serem inativadas pela secreção ácida do estômago.
No estômago os alimentos são armazenados e submetidos a modificações físicas e químicas, água e substâncias lipossolúveis como etanol e ácidos graxos de cadeia curta e média são absorvidos; As células parietais do estômago secretam fator intrínseco, uma glicoproteína importante para a absorção de vitamina B12; As células mucosas secretam bicarbonato e muco e as principais secretam pepsinogênio e lipase gástrica; Essas secreções são estimuladas por mecanismos endócrinos/hormonais, parácrinos e nervosos. As proteínas dos alimentos, estímulo do nervo vago, íons cálcio e alcalinização do estômago estimulam a liberação de gastrina na corrente sanguínea pelas células endócrinas do estômago, por outro lado, a presença de ácido no estômago inibe o processo; A pepsina cliva as proteínas em grandes fragmentos peptídicos e alguns aas livres. A lipase gástrica hidrolisa triacilglicerol de cadeia curta e média formando diacilglicerol e ácidos graxos livres.
A digestão no intestino delgado é causada pelas enzimas liberadas pelo pâncreas, pelas localizadas na membrana luminal dos enterócitos e pelas enzimas dentro destes. Quando o quimo ácido chega ao duodeno, células S (endócrinas especiais do duodeno) são estimuladas a liberarem secretina que estimula as células acinares do pâncreas a produzirem uma secreção rica em bicarbonato e de pH alcalino. Juntamente com lipídios e proteínas, esse quimo ácido estimula as células I enteroendócrinas a liberarem colecistoquinina que promove a liberação de zimógenos e suco pancreático.
Essa secreção pancreática contém alfa amilase pancreática, lipases, pró-fosfolipase A2, enzimas nucleolíticas, pró-enzimas proteolíticas e procolipase, todas mais ativas em pH neutro, por isso a rápida neutralização do quimo acido pelo bicarbonato do suco pancreático facilita a digestão dos nutrientes.
Enzimas localizadas na borda em escova dos enterócitos são responsáveis pelo processo de conclusão do processo, atuando na digestão de oligossacarídeos e peptídeos resultantes do processo inicial. As ectoenzimas, como são chamadas, são basicamente alfa glicosidases e beta galactosidases.
CARBOIDRATOS
São substâncias que contém ou produzem aldeídos e cetonas quando hidrolisados, constituídas por átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio (CH2O)n. Têm como função o fornecimento de energia para a atividade celular, economizando assim o catabolismo de proteínas e reservando essas para sua função construtora, a manutenção da oxidação de lipídios devido a sua ação anticetogênica, e participam na constituição de compostos reguladores do metabolismo. São classificados em:
	Monossacarídeos: são os chamados açúcares simples que não podem ser hidrolisados em partículas menores. Os principais exemplos encontrados livres nos alimentos são a glicose e a frutose, sendo a primeira a mais importante nutricionalmente. Exemplos:
		Glicose/dextrose: carboidrato simples abundante em frutas e hortaliças, ou combinado com outros carboidratos formando sacarose, lactose e amido que são utilizados pelas células após sua degradação e absorção. Combustível essencial para as hemácias, células do SNC, dos pulmões e do músculo cardíaco que ao contrário das demais células não conseguem obter energia através da gliconeogênese. È normalmente encontrada na corrente sanguínea em concentração inferior a 100mg/dl em adultos saudáveis após jejum de oito horas. A presença de oligossacarídios e fibras solúveis reduz a eficiência da hidrólise de enzimas e torna mais lenta a absorção da glicose, diminuindo o IG dos alimentos.
		Frutose/levulose: açúcar muito solúvel, considerado o mais doce dentre os monossacarídios, encontrado juntamente com a glicose e a sacarose no mel e nas frutas. Açúcar + glicose = sacarose.
		Galactose: açúcar menos solúvel em água e menos doce que a glicose, constituinte dos glicolipídios e glicoproteínas, encontrada em muitos tecidos como o nervoso. Dificilmente encontrada na natureza na sua forma livre, mas obtida pela hidrólise da lactose.
	Oligossacarídios: pequenas cadeias de mono-, di-, tri- e tetrassacarídios que por falta de enzimas não são digeridos e passam para o intestino grosso onde são fermentados, produzindo gases. Na natureza são encontrados na forma de rafinose e estaquiose em leguminosas como a soja e o feijão.
	Polissacarídios: longas cadeias de centenas ou milhares de monossacarídios, menos solúveis e mais estáveis. Caracterizam uma eficiente forma de armazenamento de energia, principalmente na forma de glicogênio que é o polissacarídio mais importante nutricionalmente. Exemplos:
		Amido: composto pelas subunidades amilose e amilopectina, ambas formadas por cadeias de glicose sendo a primeira não ramificada e a segunda ramificada. É encontrado em grãos de cereias, leguminosas, hortaliças, raízes e tubérculos.
Dextrinas: formadas por várias unidades de glicoses ligadas entre si por ligações alfa 1-4 como no amido, encontradas principalmente como produto intermediário da hidrólise parcial dos amidos por ação enzimática ou cocção.
		Glicogênio: estrutura ramificada formada por unidades de glicose assim como a amilopectina, porém com mais ramificações e maior peso molecular. Encontra-se estocado no fígado e no músculo, sendo 115g no primeiro e 230g no segundo em homens adultos, para reposição do açúcar no sangue e combustível para o tecido muscular, respectivamente
Funções
Independente da fonte, cada grama de carboidrato fornece 4kcal, caracterizando como sua principal função o fornecimento de energia principalmente para células vermelhas do sangue e cérebro que não conseguem obtê-la por outras fontes.
É responsável pela contração muscular, evitando a utilização de proteínas e gorduras para fornecimento de glicose que levam a uma eliminação de nitrogênio e corpos cetônicos maior.
O glicogênio hepático ao ser transformado em glicose, produz um metabólito, o ácido glicurônico que se combina com toxinas químicas e bacterianas convertendo-os em formas que possam ser excretadas.
A lactose favorece o crescimento bacteriano que facilita a absorção de cálcio e tem efeito laxativo
A celulose e outros carboidratos insolúveis facilitam o peristaltismo, facilitando a função intestinal. 
Digestão de carboidratos
Os únicos carboidratos digeridos pelo homem são o amido e o glicogênio que necessitam ser clivados em monossacarídios para atravessar as células da mucosa intestinal.
A digestão dos carboidratos começa pela boca por ação da amilase salivar que atua de acordo com o tempo de exposição ao substrato para que ao chegar no estômago o pH fique entre 6,6 e 6,8 queé a faixa ótima de atuação da enzima. Quando o quimo atinge o duodeno, enzimas pancreáticas começam a agir e ao atingir o lumen do intestino a alfa amilase termina a digestão do amido iniciada pela amilase salivar. A maltase continua a digestão e libera glicose e a isomaltase quebra as ligações alfa 1-6 e produz glicose, as demais enzimas que atuam nessa etapa da digestão, sacarase e lactase, também obtêm como produto da digestão a glicose combinada a sacarose e a galactose, respectivamente.
Absorção de Carboidratos
Os monossacarídeos são praticamente 100% absorvidos no intestino delgado por gradiente de concentração entre o cho na mucosa do lúmen intestinal e o das células da mucosa intestinal ( absorção ativa) ou por carreadores específicos como o SGLT1 que se liga simultaneamente a glicose ou galactose e ao sódio, havendo competição entre os açúcares ( absorção ativa)
Metabolismo de carboidratos
O fígado exerce papel regulador na concentração de glicose sanguínea convertendo os carboidratos que chegam nas células hepáticas via veia porta, principalmente galactose e frutose, em glicose e armazenando essa glicose em estoques de reserva quando está em altas concentrações para ocasiões de necessidade.
Depois de fosforilada a glicose – 6 – P deve entrar em uma das vias metabólicas, e não pode voltar ao sangue, exceto do fígado e no rim que a glicose – 6 – fosfatase pode transformá-la em glicose livre.
	Glicólise: via do catabolismo da glicose que cliva a glicose 6 – P em duas moléculas de piruvato ou lactato e fornece energia dependendo do tecido, do oxigênio e do produto final (8 ATPs)
	Ciclo de córi: redução do piruvato a lactato em períodos de pouco fornecimento de oxigênio usando NAD reduzido como coenzima. Essa via, embora reduza a produção de ATP, serve como fonte de energia para o musculo devolvendo o NAD oxidado para a degradação da glicose e produção de ATP na via glicolítica que cessaria devido a incapacidade de oxidar piruvato e NADH. Quando o oxigênio é reestabelecido o lactato pode ser reoxidado a piruvato, no musculo esquelético essa reconversão é limitada, parte vai para o sangue e é captado pelo fígado e transformado em glicose que será liberada para o sangue e estará disponível para o músculo novamente.
Descarboxilação oxidativa do piruvato: ocorre em condições aeróbicas na matriz mitocondrial. Nessa etapa o piruvato é convertido em acetil-CoA e CO² através das enzimas piruvato descarboxilase, lipoil transacetilase e diidrolipoil desidrogenase. Em ocasiões anaeróbicas o piruvato é convertido em lactato. Rendimento energético: 24 ATPs
Glicogenólise: É a clivagem do glicogênio em glicose no fígado e em lactato e piruvato nos músculos em casos de hipoglicemia.
Glicogênese: síntese de glicogênio a partir da glicose quando há hiperglicemia
Gliconeogênese: síntese de glicose a partir de fontes que sejam ou não carboidratos no fígado e no rim
Via da pentose fosfato: produz pentoses para a síntese de ácidos nucleicos e de NADPH reduzido para a síntese de ácidos graxos através de uma via alternativa para utilização da glicose – 6 – P. Ao final pode obter a completa oxidação da glicose em CO².
Índice glicêmico e carga glicêmica
Índice glicêmico é a capacidade do alimento de elevar a glicose pós prandial comparado a um alimento referencia.
Carga glicêmica é um indicador da resposta glicêmica ou insulínica ao consumo total de carboidratos.
A alta relação entre amilose e amilopectina, o tamanho do grão ingerido, menor processamento de alimentos, menor grau de amadurecimento das frutas, presença de fibra solúvel e inibidores enzimáticos como a alfa amilase, interação física com lipídios e proteínas são fatores que diminuem o índice glicêmico dos alimentos.
FIBRAS 
Carboidratos não digeríveis presentes na forma intacta e intrínseca nas plantas (fibra alimentar); carboidratos não digeríveis, isolados, que exercem funções benéficas à saúde e pode ser encontrada em frações isoladas ou extraídas usando processos químicos, enzimáticos ou aquosos de celulose,lignina, hemiceluloses, pectina, beta glucanos, gomas, oligossacarídios ou psilium (fibra funcional). Diferem entre si pelos resíduos de açúcar que compõem os polissacaridios e pelo arranjo desses resíduos.
As fibras podem ser classificadas de acordo com a solubilidade em água, grau de fermentação e viscosidade. Quanto a solubilidade em água, são insolúveis as fibras estruturais celulose, lignina e algumas hemiceluloses e solúveis as pectinas, gomas, mucilagens e as demais hemiceluloses.
As fibras insolúveis aceleram o transito intestinal por absorverem água, úteis em doenças do trato gastrointestinal como constipação e câncer de cólon. São encontradas principalmente em farelo de trigo, grãos integrais e verduras. São pouco fermentáveis, não viscosas, retêm água e provocam aumento do bolo fecal.
	Celulose: molécula orgânica mais abundante na natureza, caracterizado com um polímero linear formado por unidades de glicose unidas por ligação glicosídica beta 1-4 com elevado grau de polimerização e alta resistência a força mecânica, ataque químico e solubilidade em água quente. Não é hidrolisada pelas enzimas digestivas humanas,mas pode ser parcialmente fermentada. Fornece uma massa não digerível que estimula o peristaltismo, aumenta o volume e o peso das fezes, retêm água, diminui o tempo do trânsito colônico, aumenta o número de evacuações e reduz a pressão intraluminal intestinal. São encontradas na polpa e casca de frutas, caules, folhas de hortaliças, revestimento externo de grãos, sementes e nozes.
	Hemiceluloses: polímeros complexos que combinam pentoses e hexoses de ligação glicosídica beta 1-4. Também não são digeridas no trato digestório mas tem maior capacidade de fermentação que as celuloses. Tem as mesmas funções da celulose, mas sua maior parte é solúvel.
Ligninas: polímeros muito complexos de estrutura tridimensional formados por fenil-propanóides e portanto não podem ser considerados carboidratos. Não é digerida nem fermentada pela microbiota intestinal, tem capacidade muito reduzida de reter água. Pode ser classificada como fibra funcional e apesar de não ser digerida, está presenta na cenoura, morango e trigo.
Fibras solúveis são úteis em doenças sistêmicas como obesidade, diabetes e dislipidemia, normalmente encontradas em frutas, aveia, cevada e leguminosas. Retardam o esvaziamento gástrico e o transito intestinal, produzem ácidos graxos de cadeia curta como, acético, propionico e butirico que alteram o metabolismo nos cólons, são altamente viscosas e fermentáveis.
	Pectinas: principalmente polímeros de ácido galacturônico que formam um grupo de polissacarídios amorfos. Não é hidrolisada pelas enzimas do trato digestório,mas é altamente fermentada. São capazes de reduzir os níveis de colesterol plasmático, retardar o esvaziamento gástrico, aumentar a excreção de ácidos biliares, melhorar a tolerância à glicose, absorver grandes quantidades de água e formar gel sendo amplamente usadas na indústria de alimentos como espessante. É encontrada em frutas e vegetais.
Gomas: constituídas de açúcar não-ionizaveis como galactose, ácido galacturônico, arabinose, ramanose, manose e ácido urônico, são polissacarídios encontrados naturalmente em farinhas de aveia, cevada e leguminosas.
Frutooligossacarídio e inulina: constituídos de subunidades de frutose com ligação beta 2,1 entre as moléculas de frutose. São resistentes a microbiota intestinal, mas são fermentadas no cólon formando gases hidrogênio, ácido sufídrico, metano e gás carbônico e ácidos graxos, como acético, propionico e butirico. São encontradas no alho e na chicória.
Mucilagens: polissacaridios com alta capacidade de retenção de água, usado como laxante,encontrada na casca da semente do psilium.
Beta glicanas: polímeros de glicose que formam soluções viscosas, encontrada na aveia e na cevada
Oligossacarídios: são indigeríveis porém facilmente fermentáveis,produzindo gases. São exemplos a rafinose e a estaquiose presentes em soja, feijão, ervilha,lentilha e grão de bico.
Amido resistente: gerado a partir da gelinização e reestruturação das moléculas fazendo com que tais moléculas fiquem resistentes à ação das enzimas digestiva. Não é absorvido pelo intestino delgado. Encontrado em batata doce, banana verde, inhame.
A fibra é considerada fermentável quando seu grau de fermentação é de no mínimo 60% como em algumas hemiceluloses, mucilagens e pectinas.
As fibras interferem na disponibilidade de minerais como ferro, cálcio, zinco, cobre, magnésio e fósforo, pois aumenta a perda fecal. No entanto o intestino é capaz de aumentar a taxa de absorção intestinal para compensar essa perda quando a ingestão desses minerais não é deficiente.
Processo digestivo e absortivo das proteínas
Após a ingestão de alimentos, estes são triturados com o processo de mastigação. Como a boca não possui enzimas proteolíticas, sua função é apenas mecânica, triturando os alimentos e encaminhando-os para o esôfago e sucessivamente para o estômago, causando distensão deste ultimo órgão e consequente liberação de gastrina, um hormônio liberado pela mucosa gástrica que por sua vez estimula a liberação do ácido clorídrico que desnatura as proteínas e propicia um pH ácido que converte pepsinogênio em pepsina para iniciar o processo de digestão das proteínas.
A pepsina hidrolisa as proteínas da dieta em peptídeos e saem do estômago como uma mistura de proteínas não digeridas, polipeptídio e aminoácidos e ao chegar ao duodeno a pepsina é inativada devido ao pH duodenal (6,5) não ser favorável para sua ação. Após entrar no intestino, os produtos da digestão estomacal estimulam a secreção de enteroquinase pela mucosa intestinal, uma enzima responsável por transformar o tripsinogênio pancreático em tripsina ativa. A digestão dos peptídeos é completada pelas peptidases produzidas pelas microvilosidades intestinais que clivam os polipeptídeos restantes em em tripeptideos, dipeptídeos e aminoácidos que são transportados pelas membranas das microvilosidades para o interior do enterócito.
LIPIDIOS 
São classificados em lipídios simples (ácidos graxos, ceras e gorduras neutras), compostos (fosfolipídios, lipoproteínas e glicolipídios) e derivados (álcoois).
Os lipídios simples podem ser subdivididos em gorduras neutras (monoglicerídeos, diglicerídeos e triglicerídeos), ácidos graxos e ceras. O glicerol é um composto simples com três grupamentos hidroxila que formam ligações éster com ácidos graxos formando um triacilglicerol. Esse composto é armazenado no tecido adiposo e não serve como componente de membrana. Esse armazenamento é capaz de liberar o dobro de energia quando oxidade se comparado aos polissacarídios,pois seus átomos de carbono são quimicamente mais reduzidos.
 Os ácidos graxos são formados por uma cadeia linear de átomos de carbono ligada á átomos de hidrogênio com um grupo carboxílico (COOH) numa extremidade, e metil (CH³) na outra. São classificados em saturados ou insaturados devido a presença ou ausência de duplas ligações na cadeia de carbono. Os insaturados são os que possuem dupla ligação, mas podem ser convertidos em saturados através da hidrogenação catalítica.
Alguns ácidos graxos de ocorrência natural e seus respectivos números de átomos de carbono: láurico 12, mirístico 14, palmítico 16, esteárico 18, araquídico 20, palmitoleico 16, oleico 18, linoleico 18, alfa linoleico 18, araquidônico 20. Os ácidos graxos de ocorrência natural geralmente possuem número par de átomos de carbono. 
O número de carbonos dos ácidos graxos pode ser contado a partir do grupo carboxílico com numeração acompanhada da letra delta ou a partir do grupo metil terminal com numeração acompanhada da letra ômega. A nomenclatura ômega é usada para AG insaturados, a letra pode ser seguida do número para indicar onde ocorre a dupla ligação do AG contando a partir do carbono do grupamento metil terminal.
Os ácidos graxos trans tem átomos de hidrogênio em lados opostos na dupla ligação. Eles não ocorrem naturalmente em vegetais mas são formados em abundância durante a hidrogenação parcial de óleos vegetais, onde o óleo é aquecido, exposto sob pressão ao hidrogênio em presença de um catalisador, geralmente níquel, e o H incorpora as duplas ligações dos ácidos graxos modificando o estado líquido para semi-sólido, a dupla ligação que pode passar a ser simples ou se movimentar ao longo da cadeia e a configuração que era cis pode vir a se transformar em ligação trans. São encontrados em margarinas, produtos de panificação, leite, carne e gordura de ruminantes.
Os ácidos graxos conjugados são aqueles nas quais as ligações duplas estão separadas por uma ligação simples C-C. Eles tem efeito na diferenciação celular diretamente ou indiretamente através do efeito causado no metabolismo de vitamina A que poderá também influenciar a diferenciação celular.
Os fosfolipídios são lipídios complexos componentes essenciais da bile auxiliando a solubilização do colesterol e participando da transmissão de sinais através das membranas. Alguns dos mais importantes são cafalina, fosfatidilserina, fosfatidilcolina, fosfatidilglicerol, fosfatidilinositol e cardiolipina.
Os glicolipidios são compostos contendo algum resíduo de monossacarídeo ligado por ligação glicosídica à parte hidrofóbica da molécula. São exemplos acilglicerol, esfingosina, ceramida.
As lipoproteínas são complexos macromoleculares de lipídios e proteínas responsáveis pelo transporte de lipídios na circulação sanguínea.
Os esteróis são lipídios derivados produzidos em animais e vegetais com função de formação da estrutura da membrana celular. O organismo humano não pode sintetizar os esteróis de origem vegetal (fitoesterois). Dos de origem animal, o colesterol é o esterol mais conhecido, pode ser sintetizado por todas as células do organismo humano, principalmente fígado e intestino. Funciona como componente da membrana celular, precursor dos ácidos biliares, hormônios esteroides e vitamina D.
Digestão
A digestão dos lipídios inicia pelas lipases presentes na saliva, no estômago ocorre a emulsificação que gera uma interface óleo-água promovendo a interação entre as lipases e os lipídios hidrolisando até 30% dos lipídios. Além disso a ação mecânica do estomago cliva as moléculas de gordura em glóbulos menores. A emulsão então entra no intestino delgado e sofre ação da lipase e secreção pancreática que hidrolisam os triglicerídios.
Funções
Os lipídios tem função de reserva de energia, sendo 1g capaz de fornecer 9kcal, sendo a principal forma de armazenamento os triglicerídios, são componentes das membranas biológicas, podem funcionar como combustível quando na ausência de glicose, oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para proteção de células e órgãos, dão origens a moléculas mensageiras como hormônios.
As apolipoproteínas (Apo) são proteínas componentes das lipoproteínas que possuem imensa diversidade estrutural conferindo estabilidade às partículas de lipoproteínas e atuando como co-fatores das enzimas do metabolismo de lipoproteínas.
Os quilomícrons transportam os TG de origem alimentar. São formados no intestino através da digestão de gorduras alimentares, sua composição depende da dieta mas possuem principalmente TG.
As lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) tem origem no fígado e no intestino após o primeiro secretar os lipídios remanescentes da sínteses de QM no sangue em forma de VLDL. São ricas em TG e funcionam como transporte de lipídios endógenos
OS remanescentes de VLDL são em parte removidas pela circulação no fígado e a outra metade é convertida em LDL pela lipase de lipoproteína hepática ou transformada em LDL no plasma. A LDL é constituída por colesterol esterificado principalmente e fosfolipídios e colesterol. Funciona como fonte de colesterol para formação de membranas e síntese de hormônios esteroides transportando do fígado para os tecidos que dele necessitam.
A HDL é considerada uma lipoproteína aterogênica porque transporta o excesso de colesterol dos tecidos periféricos para o fígadopara ser secretado na bile. É constituída principalmente de fosfolipídios e encontrada no fígado, intestino e remanescentes
METABOLISMO ENERGÉTICO
A energia liberada pela oxidação dos alimentos produz energia química necessária para manter o metabolismo, transmissão dos impulsos nervosos, respiração, circulação e atividade física.
Quando os produtos derivados de um alimento são oxidados, produzem calor ou outras formas de energia, aquecendo o corpo e transformando a energia dos alimentos em energia necessária para realização de trabalho. Quando as macromoléculas são degradadas por meio das enzimas do metabolismo, cerca de 40% de energia é gerada na forma de ATP, quando as macromoléculas são degradadas em contato com oxigênio atmosférico, toda a energia do alimento é liberada em forma de calor.
Na calorimetria direta o alimento é colocado em um recipiente de metal fechado imerso em água e queimado por oxigênio em descarga elétrica. A elevação da temperatura da água é usada para calcular as calorias geradas.
O álcool é obrigatoriamente oxidado, principalmente pelo fígado, nele, o etanol é convertido em acetaldeído pela ADH e posteriormente é oxidado a acetato, transferindo elétrons para NAD+, aumentando a concentração de NADH no citosol que favorece a conversão de ácido pirúvico em lactato gerando acidose renal, e consequentemente, gota, desvia os intermediários da gliconeogênese diminuindo a síntese de glicose e causando hipoglicemia ou causando hiperlipdemia, cetose ou esteatose hepática pela redução de utilização dos ácidos graxos como combustível.
Na calorimetria indireta calcula-se a quantidade necessária de O2 para a combustão completa de uma amostra de peso conhecido.
Classificação do IMC
Baixo peso grau 3: <16
	 Grau 2: 16 – 16,99
	 Grau 1: 17 – 18,49
Eutrofia : 18,5 – 24,9
Pré – obeso : 25 – 29,9
Obesidade grau 1: 30 – 34,9
	 Grau 2: 35 – 39,9
	 Grau 3: >=40

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