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Classificação dos contratos Quanto à obrigação 1.1.1 Bilateral (Sinalagmático) Gera obrigações para ambas as partes (ex.: Contrato de compra e venda). Somente quando um cumpre sua parte pode exigir que o outro cumpra a dele. 1.1.2 Unilateral Gera obrigações somente à uma das partes (ex.: Doação pura) 1.1.3 Plurilaterais Várias partes com interesses distintos realizam um contrato (ex.: formação de sociedade) Quanto à vantagem Oneroso Ambas as partes percebem vantagens. (ex.: Compra e venda) Gratuito Gera vantagens à apenas uma das partes (ex.: Doação pura) Quanto ao equilíbrio nas prestações Versa sobre as prestações em si ( o que cada parte vai fazer/receber.) Comutativo Equilíbrio nas prestações e há uma certeza que serão feitas. (Ex.: Compra e venda) Aleatório Existe uma incerteza das partes a respeito do adimplemento de alguma obrigação (ex.: Seguro, depende de acontecimento incerto.) Quanto à forma Solene Há determinação forma legal Não solene Sua forma será determinada conforme o consenso entre as partes. Quanto ao aperfeiçoamento Momento em que aquele instrumento passou a ter valor jurídico. Consensuais Dependem apenas da vontade (ex.: venda de um celular) Reais Entrega material do objeto do contrato (ex.: empréstimo – apenas com a entrega do dinheiro.) Quanto à execução Instantânea Obrigações se esgotam em um ato (Ex.: entregar o celular e pagamento à vista) Diferida Obrigações não se esgotam em único ato (Ex.: Parcelamento de valor) Trato sucessivo Obrigações que, pela sua própria natureza, se arrastam pelo tempo (ex.: mensalidade – prestação de pagar e contraprestação de ensino se prolonga no tempo.) Quanto a liberdade negocial entre as partes Paritária Partes podem discutir e alterar cláusulas e termos contratuais. Equilíbrio, igualdade de condições. Adesão Uma parte adere a um contrato padrão já formulado (ex.: plano de celular). Quanto às características dos contratantes Personalíssimo Em função das características da pessoa. Impessoal A qualidade da pessoa não importa (ex.: comprar um apartamento) Quanto à existência Principal Resolvem em si mesmo Acessórios Dependem do principal (ex.: cláusula de barreira) Estipulação em favor de terceiros Exceção do princípio da relatividade das partes, permite que os efeitos sejam sentidos por quem não é parte atuante do contrato, desde que sejam benéficos Partes Estipulante Aquele que tem interesse em ceder benefício à um terceiro. Promitente Aquele se obriga a beneficiar o terceiro. Capacidade Para que seja válido o contrato , observar-se-á apenas capacidade do estipulante e do promitente, sendo irrelevante a capacidade do terceiro. Desobrigação do promitente O promitente será desobrigado do cumprimento do benefício em favor de terceiro quando o terceiro recusar o benefício, pois, a recusa é de total direito do terceiro. Obs: A recusa, portanto, não invalidará o negócio jurídico, posto que ocorre na execução e não no momento de sua formação e aperfeiçoamento. Direito de exigência (Art. 436) O presente artigo legitima que o estipulante e o terceiro possam exigir o cumprimento da obrigação, caso o terceiro anuir e estipulante não inovar, como consta no art. 438. Direito de exoneração (art. 437) Caso a situação contratual possibilite ao terceiro a exigência do cumprimento ao promitente (não aplicação do 438), não poderá o estipulante exonerar o devedor. Natureza jurídica Entende-se que a natureza jurídica da estipulação em favor de terceiro é contratual, assim como dispõe o Código Civil. Inovação de terceiro ( Art. 438) O estipulante tem o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independente de sua anuência. Por outro lado o estipulante não poderá substituir caso o contrato tenha se firmado em razão de algum ônus do qual o estipulante se beneficiou. Promessa por fato de terceiro 3.1 Responsabilidade daquele que tiver prometido (art. 439) Responderá por perdas e danos aquele que tiver prometido fato de terceiro que não o executou. 3.2 Responsabilidade do terceiro (art. 440) Quando houver concordância do terceiro na obrigação e este tiver faltado, nenhuma obrigação haverá por quem se comprometeu pelo terceiro. 3.3 Cônjuge do promitente Não existirá responsabilidade se o terceiro for cônjuge do promitente, depender de sua anuência o ato a ser praticado e houver confusão patrimonial. Vicio redibitório Vicio que permite que o contrato seja encerrado (redibir) caso o objeto deste contrato vier com algum vicio ou defeito que o torne impróprio ou lhe diminua um valor Vício Característica intrínseca e inerente ao produto. 4.1.1 Defeito Extrinseco ao produto ou serviço , causando dano maior que simplesmente o mau funcionamento, ultrapassa o produto e atinge diretamente o consumidor. Abatimento Ao invés de rejeitar a coisa, redibindo o contrato, pode o adquirente reclamar abatimento no preço (art. 442) 4.3 Ciência do defeito Restituição + perdas e danos Não havia ciência do defeito ou vicio por parte do vendedor Restituição do valor + despesas do contrato ( proteção do consumidor, sem prejudicar o alienante de boa fé). Pressupostos para aplicação deste instituto Ônus Só é passível de ser alegado se a parte que recebeu o produto defeituoso ou viciado a recebeu onerosamente, ou através de contrato gratuito com encargos. Defeito ou vicio oculto Pois o pressuposto é o não conhecimento do comprador, pois, uma vez que soubesse, haveria a presunção de que o mesmo anui. Momento O defeito tem que existir no momento da celebração do contrato. O código traz que a responsabilidade do alienante subsiste mesmo após a tradição, caso haja vicio ou defeito preexistente a tal momento (Art. 444). Ação correspondente Ações edilícias 5.1.1. Ação redibitória Ação cujo objeto versa sobre a extinção do contrato, extinção por conta da existência de um vicio ou defeito oculto. 5.1.2. Ação estimatória Ação cujo objetivo é apurar o valor do bem, objeto de restituição por parte do alienante. 5.1.3. Prazo decadencial 5.1.3.1 bem móvel 30 dias 5.1.3.2 bem imóvel 1 ano 5.1.4 Contagem do prazo 5.1.4.1 Não estava na posse Fluirá o prazo a partir da entrega efetiva 5.1.4.2 Já estava na posse No momento da entrega flui o prazo que é reduzido a metade 5.1.5 Ciência do defeito Casos em que o defeito só poderá ser reconhecido mais tarde. Só iniciará o prazo decadencial a partir do momento de ciência do vicio ou defeito, a legislação imporá dois novos prazos : 180 dias para bens móveis e 1 ano para bens imóveis. 5.1.6 Regra especial ( art. 503) Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas. Evicção Perda de coisa adquirida onerosamente por conta de decisão judicial ou administrativa motivada por fato anterior à aquisição que confere posse ou propriedade, no todo ou em parte, a terceiro. partes Alienante – vende o bem. Adquirente (evicto) – comprou, mas perdeu pro terceiro. Terceiro (evictor ou eviscente) – pessoa que terá reconhecida o direito ao bem. 6.1.1.2 Consequências do alienante Responde pela evicção nos contratos onerosos, ainda que venha de hasta pública. Autonomia das partes - art. 448 Podem as partes, por clausula expressa, reforçar, diminui ou excluir a responsabilidade pela evicção. Restrição – art.449 Mesmo com a cláusula de exclusão, fica o alienante responsável pelo ressarcimento do evicto se este não soube do risco da evicção , isto é, assinou contrato padrão, mas, não sabia que havia risco real de evicção (Ex.: imobiliária) ou quando o adquirente sabia do risco, mas, não assumiu. Extensão da responsabilidade pela evicção Benfeitorias Ressarcimento do valor do bem adquirido, inclusive as benfeitorias necessárias ou úteis que o evicto teve que arcar. Se a benfeitoria foi realizada pelo alienanteabaterá na restituição a ser paga ao evicto. Os frutos que teve que restituir entrará no pacote de despesas a ser restituída pelo alienante. Indenização pelas despesas do contrato e prejuízos que resultaram diretamente da evicção. Os juros e correção monetária, honorário e custas também serão extensão do ressarcimento, assim como haverá restituição por perdas e danos caso haja dolo ou culpa. Deterioração Será de responsabilidade do alienante, salvo quando isto ocorrer por culpa do evicto e se o evicto auferir vantagem na deterioração, tal vantagem diminuirá no valor a ser restituído. Evicção parcial Se for considerável Rescisão do contrato + perdas e danos Se não for considerável Indenização Obs: Art. 457 Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. Extinção do Contrato Formas 7.1.1 Normal Extingue-se através de seu cumprimento (pagamento) 7.1.2 Anormal Extingue-se o contrato sem o efetivo pagamento. Descumprimento da prestação Causas Anteriores Supravenientes 7.2.2 Causa ante paores Causa explicita antes da formação 7.2..2.1 Redibição Encerramento do contrato caso este tenha o objeto com algum vicio ou defeito que o torne impróprio ou lhe diminua um valor. Evicção parcial 7.2.2.2 Direito de Arrependimento Em regra não há possibilidade do direito de arrependimento, salvo nos casos em que determinada cláusula expresse tal possibilidade com exceção. É causa anterior, pois a cláusula já estava presente na formação do contrato. 7.2.2.2.1 Hipóteses 7.2.2.2.1.1 Arras penitenciais 7.2.2.2.1.2 Contrato preliminar 7.2.2.2.1.3 Compra não presencial (Internet, cláusula legal, 7 dias) 7.2.3 Causas supravenientes São causas posteriores à formação do contrato que irão extinguir o mesmo. 7.2.3..1 Causas 7.2.3.1.1 Resilição É a extinção do contrato pela vontade de uma ou ambas as partes, caracteriza-se como ato de vontade com efeito ex tunc. Resilição Bilateral É a manifestação de vontade de ambas as partes denominada como ´´ Distrato ´´, No distrato a exclusão do contrato se dá pela mesma forma de criação do mesmo, artigo 472. Resilição unilateral Dar-se-á resilição unilateral quando houver, por uma das partes, interesse de extinção do contrato Denúncia Contrato de locação, locador denuncia. Caso a lei autorize de maneira explícita ou implícita, há de se notificar o prazo. Valendo-se ressaltar que o prazo deve ser suficiente para cobrir o investimento/indenização. Casos especiais: Revogação Determinada pessoa outorga poderes à outrem e decidi revogar tais poderes (ex.: cliente para advogado.) Renúncia Ocorre quando àquele cujo recebeu a outorga de algum poder renuncia a procuração a que lhe foi outorgada. Resolução Extinção do contrato pelo descumprimento Hipóteses Morte Se a prestação for personalíssima nenhuma outra poderá cumprir. Caso Fortuito e força maior Ocorrendo caso fortuito ou força maior, não se obrigará o adquirente as conseqüências legais. Cláusula Resolutiva Uma das partes pede o desfazimento do contrato porque a outra não cumpriu com as suas obrigações. Expressa (Pacto comissório) Nesse caso será passível de execução de pleno direito da extinção do contrato Tácita É passível de análise pelo estado-juiz, dependendo de decisão judicial para a extinção do contrato. A parte lesada pode pedir o desfazimento ou cumprimento do contrato (independente de perdas e danos.) Exceção do contrato não cumprido Norma em que não se pode exigir antes de cumprir com sua obrigação, a obrigação do outro. Havendo falta grave pode-se abster do cumprimento da obrigação e quando se sobrevier a outra parte em diminuição do seu patrimônio que comprometa o cumprimento da obrigação (ex.: deixar de pagar o aluguel por que a casa , de tão mal cuidadada pelo proprietário, corre o risco de desabar.) Art 477 Exceção à regra: Você deve cumprir se a parte satisfazer as suas obrigações ou dar garantias que será efetivamente contraprestada a obrigação 7.2.3.2.6 Resolução por onerosidade excessiva Outra exceção ao principio da obrigatoriedade. Justifica-se em razão de um fato que torna a prestação de uma parte excessivamente onerosa (teoria da imprevisão) Só se pode alegar, caso haja fato extraordinário e imprevisível que torne extremamente onerosa a obrigação para alguma parte (Ex.: enchente) A resolução pode ser evitada caso haja reequilíbrio das condições de contrato.
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