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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Profª Daniele You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) INTRODUÇÃO A resistência dos materiais é um ramo da mecânica que estuda as relações entre as cargas externas aplicadas a um corpo deformável e a intensidade das forças internas que agem no interior do corpo. Esse assunto também envolve o cálculo das deformações do corpo e proporciona o estudo de sua estabilidade quando sujeito a forças externas. O foco dessa disciplina é a resistência e a rigidez de elementos estruturais submetidos à ação de cargas externas em equilíbrio estático. 0F (forças de translação) 0 xF , 0 yF , 0 zF 0M (forças de rotação) 0 xM , 0 yM , 0 zM A resistência dos materiais limita o seu campo de aplicação para certos tipos de elementos estruturais, tais como, as vigas, os pilares ou colunas, as lajes ou placas, etc. Essa restrição prévia quanto à geometria, condições de vinculação e às ações externas permite uma análise simplificada, adequada para a solução analítica da maioria dos problemas da engenharia estrutural. Nessa disciplina serão apresentados os conceitos básicos comuns, que são conceitos de equilíbrio estático, força, de tensão, de deformação, dos deslocamentos, etc., e aplicações. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 1 – ESTÁTICA 1.1- INTRODUÇÃO Isostática é a parte da Mecânica das Estruturas que estuda os sistemas determinados, isto é, aqueles cujo grau de liberdade é nulo. Tais sistemas têm o número de vínculos estritamente necessário para mantê-los em equilíbrio e são resolvidos com a utilização das equações da Estática resultantes das condições de equilíbrio. A Estática trata do equilíbrio dos corpos em repouso ou que se move com velocidade constante, e a Dinâmica por sua vez, trata dos corpos em movimento acelerado. 1.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS OU ELEMENTOS ESTRUTURAIS 1.2.1 – Elementos de 1ª categoria: são os elementos denominados de LINEARES, onde uma dimensão é dominante. Ex: hastes ou barras (Pilares, vigas, tirantes, escoras, etc.) 1.2.2 – Elementos de 2ª categoria: são os elementos bi-espaciais ou com duas dimensões dominantes. Ex: placas, discos, chapas, etc. 1.2.3 – Elementos de 3ª categoria: são os elementos que não tem dimensão dominante. Ex: blocos de fundação, maciços, etc. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1.3 – APOIOS – VÍNCULOS Os vínculos podem ser de apoio e de ligação ou transmissão não havendo nenhuma distinção rígida entre os dois tipos, dependendo da função que o vínculo esteja exercendo no momento em que é analisado. Por exemplo, analisando o sistema formado por: LAJE – VIGA – PILAR – FUNDAÇÃO Se analisarmos o sistema LAJE – VIGA, a viga trabalhará como vínculo de apoio, mas se a análise for da LAJE – VIGA – PILAR, este último (o pilar) é que trabalhará como vínculo de apoio, passando a viga para a condição de vínculo de ligação da laje com o pilar, e assim teremos casos semelhantes, impossibilitando-nos a uma separação distinta entre APOIO e LIGAÇÃO. 1.3.1 – Classificação quanto aos gêneros -Vínculo de 1º gênero ou apoio móvel É o vínculo que IMPEDE UM movimento, deixando LIVRE os outros DOIS. Representação: -Vínculo de 2º gênero ou apoio fixo É o vínculo que IMPEDE DOIS movimentos, deixando LIVRE os outros UM. Representação: You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) -Vínculo de 3º gênero ou engastamento É o vínculo que IMPEDE todos os TRÊS movimentos. Representação: De acordo com o número de vinculações, podemos classificar os sistemas como: - SISTEMAS ISOSTÁTICOS: são aqueles cujos números de vínculos são os estritamente necessários, isto é: Nº EQUAÇÕES = Nº INCÓGNITAS - SISTEMAS HIPOESTÁTICOS: Nº EQUAÇÕES > Nº INCÓGNITAS - SISTEMAS HIPERESTÁTICOS: Nº EQUAÇÕES < Nº INCÓGNITAS Como sistemas isostáticos podemos citar alguns exemplos conforme segue: 0 HF 0 VF 0M You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1.4 – SISTEMAS DE CARGA a) Carga concentrada: b) Carga distribuída: b.1) Uniformemente: quando a intensidade da carga distribuída for constante. Sendo: q = taxa de distribuição (a unidade dada em: Kgf/m ou tf/m) (unid. Força/ unid. Comprimento) c) Carga conjugada: d) Carga Momento: (unid. Força x distância perpendicular do ponto até a carga) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 1.5 – REAÇÕES DE APOIO As reações nos vínculos de um modo geral, quer sejam apoios, quer sejam simples transmissão, são determinadas com a aplicação das seguintes regras que decorrem imediatamente do estudo da estática. a) Substituir os vínculos (apoios ou transmissão) pelas forças de ligação correspondentes, tendo sempre presente que “a cada movimento impedido corresponde a uma força de ligação (reação)”. b) Arbitrar um sentido para cada reação. c) Escrever as equações fundamentais de equilíbrio. 0HF 0VF 0M d) CONSERVAR os sentidos arbitrados para as reações que resultarem positivas e INVERTER os sentidos das que resultarem negativas. 1) 2) 3) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 2 – ESFORÇOS INTERNOS SOLICITANTES 2.1 – Esforços Simples 2.1.1 – Classificação e definições Um sistema de forças quaisquer, que satisfaça as equações universais da estática, atuando sobre um corpo rígido, provocará nele o aparecimento de esforços que, analisados segundo seu eixo e uma seção que lhe é perpendicular, poderão ser definidos como esforços simples e classificados como seguem: ESFORÇO NORMAL (N): é o esforço que age no sentido paralelo ao eixo longitudinal da barra, no sentido de comprimir ou tracionar a seção. ESFORÇO CORTANTE (V): é o esforço que age no sentido de cortar ou cisalhar a seção, ocorre perpendicular ao eixo longitudinal da barra. MOMENTO FLETOR (MF): é o esforço que age no sentido de envergar ou flexionar o eixo longitudinal da viga. MOMENTO TORSOR (T): é o esforço que age no sentido de torcer ou girar a seção em relação ao eixo longitudinal da viga. Para determinar os valores desses esforços numa seção, basta estudar as forças que atuam de um lado ou de outro dela, pois os valores são iguais, apenas os sentidos diferem, o que implica no estabelecimento de convenções para que cheguemos ao mesmo sinal para os valores. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.1.2 – Convenções Esforço Normal: quando o esforço comprimir a seção, será quando o esforço tracionar a seção, será Esforço Cortante: quando a seção tende a girar no sentido horário, será quando a seção tende a girar no sentido anti-horário, será Momento Fletor: quando o momento (M) tracionar as fibras inferiores e comprimir as fibras superiores, será quando o momento (M) comprimir as fibras inferiores e tracionar as fibras superiores, será Momento Torçor: regra da mão direita.You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) EXERCÍCIOS Calcule os esforços simples, nas seções “S”, indicadas nas estruturas a seguir 1) L/4 L/4 2P P P L/2 2) q L P 3) S1 S2 S You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2.2 – LINHAS DE ESTADO – DIAGRAMAS Chama-se de Linhas de Estado o estudo gráfico dos esforços simples (N, V, M) 2.2.1 – Diagramas Para traçar os diagramas de esforços simples de uma estrutura, algumas regras básicas devem ser observadas, conforme veremos a seguir: a) Determinar os valores dos esforços simples para as seções principais, devidamente destacadas na estrutura a ser calculada. b) Marcar os valores dos esforços simples nas seções principais, tendo em vista que, para os esforços cortantes e normais, os valores positivos serão marcados para cima do eixo em barras horizontais e para fora em barras verticais, enquanto que os valores dos momentos, ao contrário, por serem os valores marcados do lado das fibras tracionadas. c) Para o Momento Fletor, ligar esses pontos por linhas RETAS: CHEIAS nos trechos descarregados e TRACEJADAS nos trechos onde existam carregamentos distribuídos. Nas tracejadas e no sentido de atuação da carga distribuída e sempre perpendicular ao eixo da barra, marcar os valores das parábolas correspondentes ao trecho. Assim, os trechos com cargas distribuídas apresentarão sobre as tracejadas, parábolas cujos graus serão duas unidades acima do grau da ordenada de carga. Para o Esforço Cortante, os valores encontrados para as seções principais serão ligadas por linhas retas nos trechos descarregados. Nos trechos onde há carregamentos distribuídos, as seções extremas serão ligadas por linhas correspondentes a uma função com grau de uma unidade acima da ordenada de carga. Para o Esforço Normal, os valores das seções principais serão ligados por linhas retas cheias. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) d) Aparecerá DESCONTINUIDADE nos seguintes casos: - No diagrama de Momento Fletor, onde houver carregamento aplicado (carga momento, carga conjugada ou binário). - No diagrama de Esforço Cortante, onde houver carga concentrada aplicada que seja perpendicular ao eixo da barra. - No diagrama de Esforço Normal, onde houver carga concentrada aplicada que seja paralela ao eixo da barra. e) Onde houver carga concentrada aplicada, o diagrama de momento fletor apresentará angulosidade no sentido da força. ROTEIRO – REGRAS GERAIS 1. Verificar o tipo de sistema da estrutura. (isostático, hipoestático, hiperestático) 2. Se a estrutura é Isostática, então, determinar as reações de apoio da estrutura. 3. Determinar os valores dos esforços nos pontos principais da estrutura. 4. Marcar os valores assim obtidos a partir do eixo da viga respeitando-se a convenção de sinais. 5. Ligar os pontos assim marcados por linhas: -para o momento fletor: retas cheias nos trechos descarregados e por retas tracejadas nos trechos sujeitos há carregamentos distribuídos; -para o cortante: retas cheias nos trechos descarregados e com carregamentos distribuídos e uniformes e por parábolas nos trechos onde houver carregamentos distribuídos e não uniformes. 6. A partir das linhas tracejadas, na direção perpendicular ao eixo da viga e no sentido do carregamento, marcam-se os valores correspondentes as parábolas dos momentos em cada trecho. 7. Ao final, hachurar o espaço compreendido entre as parábolas e/ou as linhas retas cheias, chamadas de linha de fechamento e o eixo da peça e tem-se assim os diagramas dos esforços simples para uma determinada estrutura. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) EXERCÍCIOS: Traçar os diagramas dos esforços simples para as estruturas a seguir. 1) 2) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3) 4) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5) 6) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7) 8) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9) Determine as cargas resultantes internas que agem na seção transversal em C do eixo da máquina mostrado na Figura. O eixo está apoiado em mancais em A e em B, que exercem somente forças verticais no eixo. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 3 - CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO 3.1 – CONCEITO DE TENSÃO Dado um corpo em equilíbrio estático, o mesmo pode ser submetido a vários tipos de cargas externas. Estas cargas provocam na estrutura os esforços internos. Ao analisar uma seção transversal qualquer estes esforços geram as tensões nas mesmas. A intensidade da força interna sobre um plano específico (área) que passa por um ponto é denominado tensão. Onde: Fd = força diferencial dA= diferencial de área dA FdtP Conceito matemático de tensão em um ponto da estrutura A intensidade da força por unidade de área, que age perpendicularmente à área é definida como tensão normal ( ) e a que age tangente à área é definida como tensão tangencial ou tensão de cisalhamento ( ) Então de modo simplificado: tensão normal: A N tensão tangencial: A V onde: N=força normal e V=força cortante ou de cisalhamento You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) SEÇÃO “S” Tensão normal à seção “S” que atua no ponto P (tração ou compressão) Tensão tangencial ou de cisalhamento, tangente a seção, que atua no ponto P UNIDADES DE TENSÃO Kgf/cm²; tf/m²; KN/m²; N/mm²=MPa 3.2 – EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO TENSIONAL Elemento diferencial de volume: CAUCHY ),,,( zyxjiij i eixo ortogonal a seção j direção da tensão tangencial xxx yyy zzz xy yx zx xz yz zy ²²² Pt dzdydxdV .. incógnitas9 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) EQUAÇÕES DE EQUIBÍBRIO DE CAUCHY 0 xF x , 0 yF y , 0 zF z 0 xM zyyz 0 yM zxxz TEOREMA DE CAUCHY 0 zM yxxy jiij CASOS PARTICULARES Tensões somente no plano xy PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE DE CAUCHY “Nos planos perpendiculares entre si, as componentes das tensões tangenciais que concorrem à mesma aresta são iguais ou se aproximam ou se afastam da aresta.” 3.3 - CONCEITO DE DEFORMAÇÃO Será considerado que o elemento estrutural está submetido à ação de cargas externas, com vínculos suficientes para impedir os movimentos de corpo rígido (equilíbrio estático de translação e de rotação). Todo o material por mais rígido que possa serapresenta deformações quando sujeito a tensões internas. A deformação interna que apresenta um elemento diferencial de volume pode ser decomposta em três partes: rotação e translação (movimentos de corpo rígido), e deformação pura (provoca mudança de forma no interior da estrutura). incógnitas6 x y yxxy incógnitas3 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Neste item serão estudados somente os problemas de deformação pura, que está relacionada diretamente com as propriedades mecânicas e elásticas dos materiais que compõe a estrutura sujeita a tensões normais e tangenciais. As deformações provocadas pelas tensões normais são chamadas de deformações específicas longitudinais ou unitárias ( zyxzyx ,,,, ). Por outro lado, as tensões tangenciais ou de cisalhamento provocam no interior da estrutura deformações angulares ou também chamadas de distorções angulares ( xzyzxyxzyzxy ,,,, ). A determinação do alongamento de um corpo de prova tracionado exige medidas muito precisas porque a variação ( L ) de um comprimento (L) é muito pequena, mas, decisivas para a distribuição dos esforços de uma estrutura. A relação dos dois comprimentos L e L é um número sem dimensão e é chamado de deformação ( ), logo: xx x L L OBS: As deformações específicas normais ou variação térmica são sempre adimensionais, e podem também ser expressas por porcentagem (%) e por mil (‰). 3.4 – ELASTICIDADE E ISOTROPIA Todo corpo material deforma-se sob a ação de tensões internas provocadas por cargas externas ou variação térmica, e ao retirar essas cargas o corpo tende a recuperar a sua forma primitiva. Esta tendência que em maior ou menor grau apresentam todos os materiais denomina-se elasticidade. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Na realidade, os materiais não são perfeitamente elásticos e nem perfeitamente inelásticos. As deformações produzidas nos materiais estruturais são compostas de uma parcela de deformação elástica (que desaparece ao retirar as forças), e uma parcela de deformação permanente (que se mantém ao retirar as cargas). Num elevado número de materiais, se as tensões internas não ultrapassam determinados valores, as deformações permanentes são muito pequenas, consequentemente esses materiais podem ser considerados como elásticos. Em geral, serão admitidos que os materiais estruturais comportam-se como se fossem mecanicamente isótropos, ou seja, que as suas propriedades mecânicas são iguais em todas as direções. (Exemplo: o aço) Os materiais fibrosos, em geral comportam-se de forma anisótropa pois, as direções das fibras provocam comportamento mecânico diferente em relação às direções ortogonais às fibras. Entre os materiais fibrosos podem ser citados: a madeira, materiais laminados, rochas estratificadas, etc. Apesar disso para fins de análise estrutural pode-se adotar como se fossem materiais isótropos, considerando coeficientes de correção em função da direção das fibras. 3.5 - LEI DE HOOKE Pelos dados obtidos em um ensaio de tração ou compressão, é possível calcular vários valores da tensão correspondentes em um corpo de prova e, então, construir um gráfico com esses resultados. A curva resultante é denominada diagrama tensão-deformação. Para a maioria dos materiais de engenharia o diagrama tensão-deformação exibe uma relação linear entre a tensão e deformação em uma região denominada região elástica. Por consequência, um aumento da tensão provoca um aumento proporcional na deformação. Esse fato foi descoberto por Robert Hooke, em 1676, e é conhecido como Lei de Hooke. Etg x x constante You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Onde: E= módulo de elasticidade do material Portanto: xx E Exemplo: 208.000açoE MPa 3.6 –COEFICIENTE DE POISSON Quando submetido a uma força de tração axial, um corpo deformável não apenas se alonga, mas também se contrai lateralmente. No início do século XIX, o cientista francês S. D. Poisson percebeu que, dentro da faixa elástica, a razão entre essas deformações é uma constante, visto que as deformações longitudinal (ou axial) e transversais são proporcionais. Portanto, o coeficiente de Poisson ( ) é uma propriedade adimensional do material que mede a relação entre a deformação lateral e a deformação longitudinal. Como: E x x Então, Poisson: x z x y constante Exemplo: 3,0aço 25,015,0 concreto norma 20,0 concreto As deformações lineares em y e z pode ser escrita: E x xy .. E x xz .. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Se y : E y y ; E y x . ; E y z . Se z : E z z ; E z x . ; E z y . LEI DE HOOKE GENERALIZADA ( zyx ,, ) zyxzyxxxxRx EEEE zyx 1.. zxyzyxyyyRy EEEE zyx 1.. yxzzyxzzzRz EEEE zyx 1.. Módulos de elasticidade longitudinais de alguns materiais: MPaEMPa concreto 4500020000 MPaEMPa madeira 200005000 MPaEaço 208000 MPaEalumínio 76000 MPaEcobre 120000 3.7 - DEFORMAÇÕES TÉRMICAS Tzyx . Onde: = coeficiente de dilatação térmica linear if TTT = variação de temperatura Coeficiente de dilatação linear ( ): É a variação unitária de comprimento entre dois pontos situados em um corpo submetido à variação de 1 grau de temperatura. Exemplo: aço = 1,17x10-6/°C O deslocamento causado pela deformação térmica (em uma direção) pode ser calculado por: . .L L T Desse modo, é possível calcular a tensão causada pela variação de temperatura. Se . .. . .L L TE E E L L , então: . .E T You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3.8 - ESTADO FINAL DE DEFORMAÇÃO: T E zyx total x . 1 T E zxy total y . 1 T E yxz total z . 1 3.9 – DISTORÇÕES ANGULARES ( ) G xy xy ; G xz xz ; G yz yz Onde: )1(2 EG = módulo de elasticidade transversal You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 4 - SOLICITAÇÃO POR FORÇA NORMAL 4.1 –TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES Um elemento estrutural está submetido a tração ou compressão simples quando sobre as seções transversais atua somente o esforço axial ( xN ) aplicado no centro de gravidade da seção. São considerados positivos os esforços axiais de tração e negativos os de compressão. No caso de elementos sujeitos a esforços axiais de compressão, os elementos estruturais são considerados robustos ou não esbeltos, ou seja, o elemento pode ser carregado até a ruptura sem provocar o fenômeno da flambagem, que significa flexão na compressão. 4.2 – ANÁLISE DAS TENSÕES HIPÓTESE Todas as fibras do elemento estrutural na direção x apresentam a mesma deformaçãoem todos os pontos. ctex (na área A da seção transversal) cte E E xx x x ctex ANdAdAN xx A AxA xx .. A N x x 4.3 – ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES .x xAN dA You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) x x x l l ; AE N E xx x . AE N l l x x x . AE lNl xxx . . AE. = rigidez axial da estrutura AE N x x . l x x x dxxdx AE dxNl AE dxNldxl 0 . . . .. Se cteN x , cteA lx x dxAE Nl 0. AE lNl xxx . . 4.4 – TENSÃO ADMISSÍVEL Um engenheiro responsável pelo projeto de um elemento estrutural ou mecânico deve restringir a tensão atuante no material a um nível seguro. Além disso, uma estrutura em uso contínuo deve ser analisada periodicamente para que se verifiquem quais cargas adicionais seus elementos ou partes podem suportar. Portanto, é necessário fazer os cálculos usando uma tensão segura ou admissível. Para se garantir a segurança, é preciso escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada a um valor menor do que a carga que o elemento pode suportar totalmente. Há várias razões para isso. Por exemplo, a carga para a qual o elemento é projetado pode ser diferente das cargas realmente aplicadas. As dimensões estipuladas no projeto de uma estrutura podem não ser exatas, na realidade, por causa de erros de fabricação, ou cometidos na montagem de seus componentes. É possível ocorrer problemas com vibrações, impactos ou cargas acidentais desconhecidas, que não tenham sido previstas no projeto. Corrosão atmosférica, desgaste provocados por exposição a intempéries tendem a deteriorar os materiais em serviço. Por fim, as propriedades mecânicas de alguns materiais como madeira, concreto ou materiais produzidos com fibras podem apresentar alta variabilidade. Um método para a especificação da carga admissível para o projeto ou análise de um elemento é o uso de um número determinado fator de segurança. O fator de segurança (FS) é a razão entre a carga de ruptura ( rupF ) e a carga admissível ( admF ). adm rup F F FS You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) De forma análoga, se a carga aplicada ao elemento estiver linearmente relacionada com a tensão envolvida no interior do elemento, como no caso da utilização de A N e A V , então podemos expressar o fator de segurança como: adm rupFS ou adm rupFS Para estes casos, o FS é sempre maior que 1. Estimativas: Material ( / ²)adm Kgf cm ( / ²)R Kgf cm Aço comum 1 400 3 700 Concreto (compressão) 30-150 100-700 Madeira (tração) 80-1700 250-2500 EXERCÍCIOS 1) Um arame de alumínio de 30m de comprimento é submetido a uma tensão de tração de 700 Kgf/cm². Determinar o alongamento do arame, bem como, de quantos graus seria necessário elevar a temperatura do arame para se obter o mesmo alongamento. Adotar: alE =0,7x106Kgf/cm², al = 23x10-6/°C. (R: 3cm; 43,5°C) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2) A folga entre os trilhos de aço é de 4mm quando a temperatura ambiente é de 20 ºC. Sabendo-se que os trilhos possuem 15m de comprimento cada um, módulo de elasticidade longitudinal de 207GPa e coeficiente de dilatação térmica linear de 6,5x10-6/ ºC, determinar: a) a folga entre os trilhos quando a temperatura ambiente é de -2 ºC; (R: 6,145mm) b) em que temperatura a folga se anula; (R: 61,077°C) c) a tensão entre os trilhos quando a temperatura ambiente é de 45 ºC; (R: 0MPa) d) a tensão entre os trilhos quando a temperatura ambiente é de 75 ºC. (R: -18,73MPa) 3) A folga entre os trilhos de aço é de 2mm quando a temperatura ambiente é de 22 ºC. Sabendo-se que os trilhos possuem 15m de comprimento cada um, módulo de elasticidade longitudinal de 207GPa e coeficiente de dilatação térmica linear de 6,5x10-6/ ºC, determinar: a) a folga entre os trilhos quando a temperatura ambiente é de 10 ºC; (R: 3,17mm) b) em que temperatura a folga se anula; (R: 42,462°C) c) a tensão normal de compressão entre os trilhos quando a temperatura ambiente é de 45 ºC. (R: -3,415MPa) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4) Em um teste de tração, uma barra de 20mm de diâmetro, feita de um plástico que acaba de ser desenvolvido, é submetida a uma força P de intensidade 6KN. Sabendo-se que um alongamento de 14mm e um decréscimo de 0,85mm no diâmetro são observados, em um trecho central de 150mm de comprimento, determinar: a) o coeficiente de Poisson do material. (R: 0,46) b) o módulo de elasticidade longitudinal do material (em MPa). (R: 204,7MPa) c) o módulo de elasticidade transversal do material (em MPa). (R: 70,1MPa) 5) A figura dada, representa duas barras de aço soldadas na secção BB. A carga de tração que atua na peça é 4,5 kN. A seção 1 da peça possui d1 = 15 mm e comprimento L1= 0,6 m, sendo que a seção 2 possui d2 = 25 mm e L2 = 0,9m. Desprezando o efeito do peso próprio do material, pede-se que determine para as seções 1 e 2. 0,3aço ; 210açoE GPa . a) A tensão normal ( 1 e 2 ) (R: 25,46MPa; 9,17MPa) b) O alongamento (Δl 1 e Δl 2) (R: 0,0726mm; 0,0393mm) c) O alongamento total da peça (Δl) (R: 0,112mm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6) A barra rígida é sustentada por um pino em A e pelos cabos BD e CE. Se a carga P aplicada à viga provocar um deslocamento de 10mm para baixo na extremidade C, determine a deformação normal desenvolvida nos cabos CE e BD. (R: 0,0025; 0,00107) 7) O eixo de cobre está sujeito às cargas axiais mostradas na figura. Determine o deslocamento da extremidade A em relação à extremidade D se os diâmetros de cada segmento forem dAB = 20mm, dBC = 25mm e dCD = 12mm. Considere o módulo de elasticidade do cobre igual a 126GPa. (R: 3,8483mm) 8) A figura dada representa uma viga de aço com comprimento 5m e área de seção transversal 3600mm². A viga encontra-se engastada na parede A e apoiada junto à parede B, com uma folga de 1mm desta, a uma temperatura de 12 ºC. a) Determinar em qual temperatura a folga se anula? b) E qual a tensão atuante na viga quando a temperatura subir para 40 ºC? Módulo de elasticidade longitudinal = 2,1x105MPa e coeficiente de dilatação térmica = 1,2x10-5/°C. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 13) O conjunto mostrado na figura é composto por um tubo de alumínio AB com área de seção transversal de 400mm². Uma barra de aço de 10mm de diâmetro está acoplada a um colar rígido e passa pelo tubo, se uma carga de tração de 80kN for aplicada à barra, determine o deslocamento da extremidade C da barra. Considere os módulos de elasticidade do aço e do alumínio, respectivamente, iguais a 200GPa e 70GPa. 14) O poste de madeira é feito de abeto de Douglas (E=13,1GPa) e tem diâmetro de 60mm. Se estiver sujeito a uma carga de 20kN e o solo proporcionar resistência ao atrito w=4kN/m uniformemente distribuída ao longo de seus lados, determine a força F na parte inferior do poste necessáriapara haver o equilíbrio. Calcule também qual é o deslocamento da parte superior do poste, A, em relação à sua parte inferior, B. Despreze o peso do poste. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3.10 – INFLUÊNCIA DO PESO PRÓPRIO NA TENSÃO A tensão normal na seção transversal (A) a uma distância x será: x x x N W A A Como: . .xW A x , onde: = peso específico do material Desse modo: . .xx N A x A A Simplificando: .xx N x A Para x = 0 xx N A Para x = L .xx N L A Peso específico de alguns materiais: água = 1 000 Kgf/m³ tijolo furado = 1 500 Kgf/m³ concreto = 2 500 Kgf/m³ OBS: 1,0 m³ = 1 000 l N L X Sx d You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9) Uma barra de 3 m de comprimento, com seção circular, deve suportar em sua extremidade uma carga de 800 Kgf, tal como mostra a figura. Calcular o diâmetro da barra levando-se em conta o peso próprio dessa barra. mat = 7,7 tf/m³, =700 Kgf/cm². (R: 1,20cm) 10) Duas barras prismáticas rigidamente ligadas entre si, suportam a carga axial de 4500 Kgf. A barra superior é de aço e tem 10m de comprimento e seção transversal de 65 cm² de área. A barra inferior é de latão, tem 6m de comprimento e seção transversal de 52 cm². Tendo para o aço =7800 Kgf/m³ e para o latão =8300Kgf/m³, pede-se as tensões normais em AA; BB e CC. (em Kgf/cm²). (R: A=81,01kgf/cm²; B=91,52kgf/cm²; C=86,54kgf/cm²) 12) Um pilar de aço tem comprimento de 2m e seção transversal de 40 x 40 cm e é solicitado por uma força de compressão de 8 000 Kgf. Calcular a tensão (em Kgf/cm²) na base do pilar sabendo que o peso próprio deste pilar tem influência nesta tensão, sendo que o peso específico dessa alvenaria é de 7,8 tf/m³. (R: 6,56kgf/cm²) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4.15 – SISTEMAS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS Sistemas Hiperestáticos: em muitos casos, os esforços das reações são em quantidade, maior do que as equações da estática, elas não são suficientes, então, para determiná-los. Quando isto se dá diz-se que a estrutura e externamente HIPERESTÁTICA. Processo de cálculo: o processo de cálculo empregado será o da igualdade dos deslocamentos, que consistem em escrever, de início, as equações fundamentais de equilíbrio fornecidas pela estática e SUPLEMENTÁ-LAS com equações referentes às condições de deslocamentos que devem ser satisfeitas pela estrutura. O conjunto de equações deverá, evidentemente abranger tantas equações quantas forem as incógnitas do problema. Seções Compostas Por Mais De Um Material (Hiperestaticidade interna) *CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO nx NNNN ...21 Onde: n é o número de incógnitas *EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE )( x nn 1 32 21 (n-1) equações ii i i AE N . EXERCÍCIOS 1) Uma barra prismática é presa, rigidamente a duas paredes. A força axial P é aplicada à distância L1 = 200cm da extremidade da esquerda e L2 = 300cm da extremidade da direita. Determinar as reações nas paredes provocadas pela ação da força P, sendo P = 5000Kgf. (R: 3000kgf; 2000kgf) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2) Dois fios verticais de igual comprimento, sendo um de aço com 1,6mm de diâmetro e outro de cobre com 2mm de diâmetro, suportam conjuntamente uma carga P = 50KN. Pede-se a parcela de carga que cada cabo irá suportar e suas respectivas tensões, de modo que os cabos sofram o mesmo deslocamento. Dados: açoE = 2,1x10 6KN/cm²; cobreE = 1,2x10 6KN/cm². (R: 26,4kN; 23, 59kN; 1314,43kN/cm²; 750,96kN/cm²) 3) Determinar o alongamento nos tirantes da figura indicada abaixo com os respectivos dados: dA = 2,5cm, dB = 1,25cm, E =2x106Kgf/cm². (R: 0,0095cm; 0,019cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4) Um tubo de aço, com D1 = 100 mm envolve um pilar de Cobre tem D2 = 80 mm, ambos com mesmo comprimento. O conjunto sofre uma carga de 30 kN aplicada no centro das chapas de aço da figura. Eaço = 210GPa, Ecobre = 112GPa. Determinar as tensões normais no tubo de cobre, e no tubo de aço. (R: 2,90MPa; 5,45MPa) 5) P = 10tf; d = 5cm; E = 7x106Kgf/cm². Calcule: AB ; BC ; BCL . (R: 407,44kgf/cm²; 101,86kgf/cm²; 0,0012cm) 6) AC = 9,68cm²; AA = 3,23cm²; EA = 2100tf/cm²; EC = 1200tf/cm²; P = 5440Kgf. Calcule as tensões no cabo. (R: 907,3kgf/cm²; 518,48kgf/cm²) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7) Para a viga supostamente rígida abaixo, determinar a força axial que atua nos tirantes 1 e 2, a reação no apoio e os deslocamentos verticais nos pontos B e C, em função de P, E, A e L. A seção transversal dos tirantes 1 e 2 são: AA 21 ; AA 2 respectivamente. E o módulo de elasticidade E. (N1=N2=P/3; RD=P; ΔLB=PL/6EA; ΔLC=PL/3EA) 8) Para o pilar misto da figura, formado por um tubo de aço ( GPaEa 210 ) preenchido com um concreto ( GPaEc 30 ) comportando-se solidariamente um com o outro, determinar o deslocamento vertical em (mm) que sofre o topo do mesmo. (0,142mm) OBS: Admitir que o pilar esteja submetido a compressão simples sem flambagem. (Medidas da seção transversal em cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9) Para a estrutura da figura, verifica-se que o deslocamento vertical do nó B é o dobro do deslocamento vertical do nó A. Sabendo-se que o diâmetro da barra 1 é de 2,5cm. Determinar o diâmetro da barra 2. E determinar o deslocamento vertical do ponto C. O material dos tirantes é de aço, com E = 21000KN/cm². (R: 1,02cm; 0,1552cm) 10) As hastes AB e CD são feitas de aço cuja tensão de ruptura por tração é MParup 510 . Usando um fator de segurança FS = 1,75 para tração, determine o menor diâmetro das hastes de modo que elas possam suportar a carga mostrada. Considere que a viga está acoplada por pino em A e C. (R: 6,02mm; 5,41mm) 12) A barra está presa por um pino em A e é sustentada por duas hastes de alumínio, cada uma com diâmetro de 25 mm e módulo de elasticidade de 70 GPa. Considerando que a barra é rígida e inicialmente vertical, determine a força em cada haste quando for aplicada uma força de 10 kN. (R: 6,316kN; 1,053kN) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 13) É dado um cilindro de aço de 5cm de diâmetro no interior de um tudo de cobre de 8cm de diâmetro externo, com dimensões indicadas na Figura. Aplicando-se uma força de P=400 kN, qual a parcela de carga no cilindro de aço e qual a parcela de carga no cilindro de cobre? Dados: Eaço=21000 kN/cm2; Ecobre=12000 kN/cm2. (R: 373,34kN; 26,66kN) 14) O fio de aço CD de 2 mm de diâmetro tem seu comprimento ajustado para que sem nenhum carregamento exista uma distancia média de 1,5 mm entre a extremidade B da viga rígida ABC e o ponto de contato E. Pede-se determinar em que ponto deve ser colocado o bloco de 20 kgf sobre a viga de modo a causar contato entre B e E. Dados do aço: E = 2x104kN/cm2. (1kgf=10N). (R: 10cm)You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 5 – SOLICITAÇÃO POR FORÇA CORTANTE Força cortante: é a componente contida no plano da seção transversal considerada da resultante das forças que atuam nessa seção, a outra componente é a força normal. Tensão de cisalhamento ( ): a força cortante causa em cada uma dos pontos da seção uma tensão tangencial denominada “tensão de cisalhamento” ( ). Admite-se distribuição uniforme das na seção transversal da área (A), tem-se, em cada ponto dessa seção: 5.1 – DEFORMAÇÃO NO CISALHAMENTO Com a aplicação das tensões de cisalhamento nas arestas os lados não se alteram, pois não há tensões normais, porém, aparecerá uma distorção dos ângulos inicialmente retos. Depois da distorção e devido às tensões de cisalhamento o elemento passa ter a forma indicada em linhas tracejadas na figura anterior. Distorção angular: é a variação do ângulo ( = deformação angular) inicialmente reto. É expressa em radianos. Módulo de Elasticidade Transversal (G) Desde que o material obedeça a Lei de Hooke, há a proporcionalidade entre tensão ( ) e a deformação ( ), logo: Sabendo-se que: .E E Por analogia: G , ou ainda: G V A You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Tensão de cisalhamento admissível (diagrama X ) e = tensão em que inicia o escoamento adm = 0,55 a 0,60 e Onde: eadm 5.2 – DISTORÇÕES ANGULARES ( ) G xy xy ; G xz xz ; G yz yz Onde: )1(2 EG = módulo de elasticidade transversal 5.3 – LIGAÇÕES SOLDADAS Para o caso da ligação soldada indicada na figura abaixo, a área que resiste ao cisalhamento é dada por A = 2.b.L (pois tem-se solda nos dois lados); 2 eb 5.4 – LIGAÇÕES REBITADAS A união de duas chapas por meio de rebites pode ser feita de três maneiras. 5.4.1 – Ligação com simples superposição Cada rebite proporciona uma seção resistente. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 5.4.2 – Ligação com uma placa de cobertura Cada rebite proporciona uma seção resistente. 5.4.3 – Ligação com duas placas de cobertura Cada rebite proporciona duas seções resistentes. 5.5 – RUPTURA DE LIGAÇÕES REBITADAS Os fenômenos que podem provocar o colapso de estruturas rebitadas são os seguintes: 5.5.1 – Cisalhamento nos rebites Para que não ocorra ruptura, a tensão de cisalhamento nos rebites deve ser inferior à tensão admissível ao cisalhamento nos rebites (τ ≤ τadm). A tensão de cisalhamento nos rebites é dada por: A V Onde: a força cortante V é igual à carga P; e a área A é dada pela área total de seções resistentes dos rebites. 5.5.2 – Compressão nas paredes dos furos Para que não ocorra ruptura, a tensão de compressão nas paredes dos furos deve ser inferior à tensão admissível à compressão (σc ≤ σadm,c). A compressão exercida pelo rebite na parede tem distribuição não uniforme e atua num semicírculo de altura “e” e diâmetro “d”. A tensão de compressão nas paredes dos furos é dada por: You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) An P C . Onde: n = o número de rebites; A = a área resistente à compressão; Para ficar a favor da segurança, normas recomendam que se adote A = d.e, sendo “e” a espessura da chapa em condições mais desfavoráveis. 5.5.3 – Espaçamento mínimo entre rebites Para evitar a possibilidade de ruptura da chapa entre os furos, a ABNT recomenda que sejam adotados os espaçamentos indicados na figura abaixo (“d” representa o diâmetro dos furos). 5.5.3 – Tração nas chapas Ao se fazerem furos para colocação dos rebites, a área resistente à tração fica reduzida. Logo, para que não ocorra ruptura por tração, a tensão de tração deve ser inferior à tensão admissível à tração (σt ≤ σadm,t). A tensão de tração nas chapas será dada por: A P t Onde: A representa a área da seção transversal da chapa descontadas as áreas dos furos. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) EXERCÍCIOS 1) Um bloco retangular é feito de material que tem módulo de elasticidade transversal de 600 MPa. O bloco é colado a duas placas horizontais rígidas. A placa inferior é fixa e a superior é submetida à uma força P. Sabendo-se que a placa superior se move 0,8 mm sob a ação da força, determine: (a) a deformação de cisalhamento no material, (b) a força P que atua na placa superior. (R: 0,02; 96000N) 2) Determinar o diâmetro do parafuso da ligação representada na figura e seus respectivos dados: P = 5 000Kgf; adm = 420Kgf/cm². (R: 2,75cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3) Emprega-se um rebite de 20 mm de diâmetro para ligar duas chapas de aço sujeitas a uma carga P de 20 kN. Determine a tensão de cisalhamento no rebite. (R: 64 MPa) 4) Considere um pino de aço de 10 mm de diâmetro sujeito à força de tração de 10 kN. Calcule a tensão de cisalhamento na cabeça do pino admitindo que a seção resistente seja uma superfície cilíndrica de mesmo diâmetro que o pino. (R: 40 MPa) 5) Determine a tensão de cisalhamento nos 2 rebites da estrutura abaixo sabendo-se que o diâmetro dos mesmos é de 20 mm. (R: 80 MPa) 6) Calcular a tensão de cisalhamento da junta colada abaixo. (R: 7,5MPa) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7) Determine a força de tração admissível P para a ligação soldada abaixo, sabendo-se que a tensão admissível ao cisalhamento é de 80 MPa. (R: 2,65 kN) 8) Emprega-se um rebite para ligar 2 barras de aço. Se o rebite tem 3 "4 e a carga aplicada na ligação é de 3 tf, qual a tensão de cisalhamento no rebite? Sabendo-se que sua tensão de cisalhamento admissível é de 980Kgf/cm², verifique a estabilidade da ligação. As barras de aço tem seção transversal de 5x5 cm e tensão admissível normal de tração de 1200Kgf/cm². Qual é a menor seção das barras para suportar a carga aplicada? You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 9) Verifique se a ligação rebitada abaixo foi projetada corretamente. Dados: τadm = 100 MPa σadm,c = 180 MPa σadm,t = 150 MPa P = 40 kN drebites = 1,27 cm (R: Sim) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 6 – PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DA SEÇÃO TRANSVERSAL As propriedades geométricas da seção transversal da estrutura são fundamentais para: a) cálculo das tensões internas do material; b) cálculo das deformações e dos deslocamentos que sofrem a estrutura; c) projeto e dimensionamento dos elementos estruturais. 6.1 - Centro de Gravidade da seção transversal (g) – (Baricentro) O centro de gravidade de uma superfície plana é por definição, o ponto de coordenadas: 1 .z A Sy y dA A A 1 .y A S z z dA A A TEOREMA DE VARIGNON São conhecidas A1, A2,..., An eo G1, G2,..., Gn. n i i n i ii G A zA z 1 1 . n i i n i ii G A yA y 1 1 . Para algumas figuras é óbvia a posição do centro de gravidade que coincide com o centro geométrico da figura. Exemplo: quadrado e círculo. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) SEÇÕES PARTICULARES EXERCÍCIOS 1) (R:10cm; 13,75cm) 2) (R:-2cm; 6,5cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3) (R:0cm; -32,61cm) 4) (R:5,5cm; 7,85cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6.2 - MOMENTOS DE INÉRCIA Sempre que uma carga distribuída atua perpendicularmente a uma área e sua intensidade varia linearmente, o cálculo do momento da distribuição de carga em relação a um eixo envolverá uma quantidade chamada momento de inércia de área. Por definição, o Momento de Inércia de uma área diferencial dA em relação aos eixos x e y são dados pelo produto da área do elemento pelo quadrado da distância ao eixo dado. Unidade: comprimento4 A z dAyI ². (momento de inércia em torno do eixo z) 0 A y dAzI ². (momento de inércia em torno do eixo y) 0 CASOS PARTICULARES You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) EXERCÍCIOS MOMENTO DE INÉRCIA 1) 6.4 – MOMENTO DE INÉRCIA - TRANSLAÇÃO DE EIXOS (TEOREMA DE STEINER) ². Gzz yAII G ². Gyy zAII G You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Limitações: 1) Os eixos devem ser paralelos; 2) Os eixos devem ter mesmo sentido para zyI ; 3) Qualquer sentido para zI e yI . EXERCÍCIOS Calcular os momentos em relação aos eixos baricentrais. 1) 2) 4333,3413 cmI Gy 4333,5083 cmI Gz 4667,5407 cmI Gz 40,763 cmI Gy You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3) 40,622 cmI Gy 45,1740 cmI Gz You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4) 5) 46667,200416 cmI Gz 416667,33229 cmI Gy 45487,3234 cmI Gz 48673,742 cmI Gy You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 7 – ESTUDOS DA FLEXÃO 7.1 - FLEXÃO PURA 7.1.1 - INTRODUÇÃO Um elemento estrutural está submetido à flexão pura quando sobre as suas seções transversais atua um momento fletor. Quando o momento fletor resultante coincide com um dos eixos principais de inércia, a flexão pura é do tipo normal. Quando o fletor não coincide com nenhum eixo principal de inércia da seção transversal, a flexão pura é do tipo oblíqua. Mesmo sabendo que numa estrutura o momento fletor ocorre junto com o esforço cortante, a análise dos efeitos provocados pelo cortante será vista em um capítulo específico. Como foi visto, o momento fletor resultante provoca tensões normais nas seções transversais da estrutura, uma parte do tipo tração e a outra parte em compressão. Na análise das tensões e das deformações provocadas pelo momento fletor serão admitidas as seguintes hipóteses: a) o material obedece um comportamento elástico e linear entre tensão e deformação ( Lei de Hooke); b) o material é considerado homogêneo e isótropo. 7.1.2 – FLEXÃO PURA NORMAL M eixo principal de inércia z z IE Mcurvatura . 1 Onde: = raio de curvatura “As seções inicialmente planas permanecem planas após a deformação por flexão.” You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) y e z: eixos principais de inércia Lei de Hooke: xx x x EtecE . zIE. rigidez à flexão z z x I yM . Para y=0 0 LNx 7.1.3 – MÓDULO DE RESISTÊNCIA À FLEXÃO Segundo a equação de Navier z z x I yM . as tensões normais máximas de tração e de compressão atuam nos pontos mais distantes da linha neutra, na parte inferior e na parte superior da seção transversal. Na região próxima à linha neutra as tensões normais são muito pequenas. Portanto, a forma ideal da seção transversal sujeita à flexão pura será aquela onde a maior parte da área está situada nas extremidades superior e inferior onde as tensões normais são máximas e o mínimo de material na região próxima à linha neutra. A seção ótima, portanto, é aquela que possui o maior módulo de resistência em relação ao eixo de flexão conforme equação abaixo: z z z máxz máxx W M I yM . , Onde: máx z z y IW (Módulo de Resistência à Flexão: representa a resistência da seção em relação ao esforço de flexão). Por isso que a seção I é muito utilizada: tem maior material nas regiões de tração e compressão e material necessário perto e na linha neutra. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) Módulos de resistência à flexão para casos particulares: EXERCÍCIOS 1) Determine a tensão máxima de compressão e a tensão máxima de tração (MPa). You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2) Uma viga de madeira, com seção transversal de 30 x 40 cm, pesa 75 kgf/m e suporta uma carga concentrada de 2000 kgf aplicada na extremidade com sentido de baixo para cima. Determinar as máximas tensões de flexão numa seção a 2 m da extremidade livre. (48,125kgf/cm²) 3) Para o exercício 2 considere L = 6m e determine as tensões de flexão no engaste. (133,125kgf/cm²) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4) Verificar a viga abaixo. O material é dúctil com tensão de escoamento de 4000 Kgf/cm². O peso próprio do perfil duplo T é 26,3 kgf/m. (887,41kgf/cm² - é estável) 5) Calcule a altura da viga abaixo sabendo-se que a tensão de ruptura do material é de 5 kN/cm². Adote coeficiente de segurança igual a 2. (48cm) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 8 –TORÇÃO Considere-se uma barra engastada numa extremidade e solicitada na outra, por um binário (de momento) de forças situadas no plano da seção transversal. Diz-se que essa barra está submetida à torção. Efeitos de torção: - Produzir um deslocamento angular de uma seção transversal em relação à outra; - Originar tensões de cisalhamento nas seções transversais da barra. Momento da torção: Nocaso geral, atuam, em diversas seções transversais, binários situados nos planos dessas seções. Portanto, Momento Torçor é a soma algébrica dos momentos binários que se situam de um dos lados da seção considerada. tIG. Rigidez à torção tIG LT . . ângulo de deformação por torção G módulo de elasticidade transversal 8.1 - SEÇÃO CIRCULAR Onde: 32 . 2 . 44 DRI t momento de inércia à torção Obedece a Lei de Hooke You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 8.2 – SEÇÃO NÃO CIRCULAR (RETANGULAR CHEIA) A e B pontos médios dos lados ²..1 ab T MÁX 12 . Onde: ³.. abI t Valores de , , em função de a b a b 1,0 1,2 1,5 1,75 2,0 4,0 8,0 20,0 0,208 0,219 0,231 0,239 0,246 0,282 0,307 0,333 0,333 0,141 0,166 0,196 0,214 0,229 0,281 0,307 0,333 0,333 1,00 0,932 0,859 0,820 0,795 0,745 0,742 0,742 0,742 8.3 – SEÇÃO CIRCULAR VAZADA Onde: 2 . 2 . 44 ie t RRI )( 2 44 iet RRI 8.4 – SEÇÕES ABERTAS DE PAREDE FINA (PERFIS METÁLICOS – I, C, L, T,...) ia espessura ib comprimento linha média t MÁX MÁX I aT . t i i I aT . ( ,1i 2, ..., n) tIG LT . . Onde: n i iit abI 1 ³. 3 1 2 You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 8.5 – SEÇÃO FECHADA DE PAREDE FINA (PERFIS METÁLICOS) *A área limitada pela linha média *..2 At T MIN MÁX *..2 At T S S tIG LT . . Onde: S S t t dS AI *)².(4 EXERCÍCIOS 1) Dados os seguintes dados de uma barra submetida a torção: E=210GPa T=5KNm 3,0 Determinar as tensões tangenciais máximas e ângulos de deformação de torção para cada uma das seguintes seções transversais: a) Seção aberta (parede fina) (72,68MPa; 2,58º) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) b) Seção fechada (parede fina) (5,07MPa; 0,023º) c) Seção retangular (2,37MPa; 0,0108º) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) d) Seção circular – R=10cm (3,18MPa; 0,0225º) e) Seção circular vazada – eD =30cm e área de material igual a área da seção circular cheia do exercício d. (1,36MPa; 0,0065º) 2) Dada a barra circular abaixo (D=20cm), determine a máxima tensão de cisalhamento (resposta em N/cm²). (1,91N/cm²) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 3) Determine as tensões de cisalhamento na parte interna e externa de um tubo vazado quando submetido a um torque de 4 kgf.m. O diâmetro interno do tubo é de 15mm e o externo, de 25mm (resposta em kN/cm²). (0,9kN/cm²; 1,5kN/cm²) 4) Sabendo-se que o tubo da questão 3 tem comprimento de 2m e que o seu módulo de elasticidade transversal é de 8000 kN/cm², determine o ângulo total de torção. (0,03rad) 5) Qual é o maior momento de torção que pode ser aplicado ao eixo circular vazado abaixo para que as tensões de cisalhamento não excedam a 120 MPa? Qual o valor mínimo da tensão de cisalhamento para este caso? (4,08kNm; 80MPa) 6) Determine a tensão de cisalhamento para um tubo de seção circular vazada, sujeito a um torque de 3000 kgf.m. O diâmetro interno do tubo é de 20cm, o diâmetro externo é de 24cm. (213,47kgf/cm²) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 7) Determine a máxima tensão de cisalhamento e o ângulo de torção entre as duas extremidades da barra circular vazada representada abaixo (Diâmetro externo = 10 cm, Diâmetro interno = 3 cm). O módulo de elasticidade transversal do material é 9000 kgf/mm². (0,128kgf/cm²; 0,0113º) 8) Considere dois tubos de seção transversal tubular retangular aberta (b) e fechada (a) de parede fina, de mesmo material, conforme a figura abaixo, submetidas à um momento de torção de 0,8 KNm. Determinar as tensões de cisalhamento média (MPa) nas paredes dos tubos (a) e (b), que possuem espessura constante de 3 mm. Qual delas apresenta maior rigidez à torção? Justifique. (290,48MPa; 3030,30MPa; seção (a) possui 36,27 vezes maior rigidez à torção que a seção (b)) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) CAPÍTULO 9 – FLAMBAGEM 9.1 – INTRODUÇÃO Flambagem é um fenômeno de instabilidade que pode ocorrer em elementos estruturais comprimidos. Manifestando-se pelo aparecimento de uma flexão lateral progressiva que pode causar a ruptura do elemento. Como exemplo de elementos estruturais que podem apresentar flambagem tem-se: pilares ou colunas, vigas protendidas, perfis metálicos, cascas, placas, etc. Portanto, os elementos estruturais comprimidos podem ser divididos em dois grupos: a) Elementos curtos ou não esbeltos A ruptura desses elementos se dá por compressão simples, sem flambagem e a tensão e deformação são dadas pelas seguintes fórmulas: A P x E x x Portanto a carga máxima é : AP cMÁX . b) Elemento esbelto A ruptura deste tipo de elemento é dada por flambagem a partir de uma certa carga crítica. O projeto destes elementos deve ser aquele onde a carga aplicada no mesmo não deve ultrapassar a carga crítica de flambagem. CRMÁX PP 9.2 – FÓRMULA DE EULER (GERAL: ² .². FL G CR L IE P MIN ) a) Barra birrotulada b) Barra bi-engastada LLFL 2 LLFL You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) c) Barra rotulada-engastada d) Barra engastada-livre LLFL 7,0 LLFL 2 9.3 – LIMITAÇÕES DA FÓRMULA DE EULER Etg x x constante PCR P CR CR A P P FLLA IE ². .². A Ii A Ii ² P FLL iE ² .². 2 i LFL (índice de esbeltez) P E ² ². P E ². P E ². lim You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) ² .2 E CR ; lim 9.4 – CARGA ADMISSÍVEL Para garantir que não ocorra flambagem, adota-se um coeficiente de segurança e calcula-se a carga admissível, da seguinte forma: s PP cradm onde: admP = carga admissível; crP = carga crítica; s = coeficiente de segurança. EXERCÍCIOS 1) Determinar a carga crítica de flambagem. Admitindo-se a Flambagem Elástica de Euler. E=4GPa. (13,72N) SEÇÃO You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 2) Determinar a carga crítica de flambagem de um pilar de aço, biengastado, com 7m de altura, sabendo-se que a seção transversal é composta por 2 perfis “I” soldados entre si,conforme ilustrado abaixo. Adotar Ea=210GPa.(1386,75kN) SEÇÃO 3) Determinar a carga crítica de flambagem (em KN), de 2 pilares bi-rotulados, com 10m de altura, e seções transversais de mesma área, uma seção quadrada cheia, e a outra tubular quadrada, conforme figura. Qual das duas seções é mais eficiente quanto à flambagem? Justifique. Admitir que a flambagem Elástica de Euler e GPaE 210 . (A=13990kN; B=63733kN; B/A=4,56) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 4) Para o pilar birrotulado, calcular a carga crítica. E=3x105kgf/cm². (R: 68218,71kgf) 5) Determinar a carga crítica de flambagem de um pilar de 2 m com extremidades articuladas sabendo-se que o módulo de elasticidade do material é de 200.000 kgf/cm². A seção transversal mede 10 x 15 cm. (61685,03kgf) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) 6) Determine a carga crítica de flambagem para um pilar engastado com 2 m de altura. O módulo de elasticidade é de 200.000 kgf/cm². (15421,26kgf) 7) Supondo-se que a tensão crítica para o pilar da questão 6 é de 500 kgf/cm², verifique se a peça está sujeita à flambagem. (102,81kgf/cm²) 8) Determine a carga crítica de flambagem para o pilar de seção transversal tipo T dado abaixo. O módulo de elasticidade é de 250.000 kgf/cm². (84508,02kgf) 9) Determine a carga admissível para o pilar da questão 8 adotando coeficiente de segurança igual a 2. (42254,01kgf) You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com) BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C. F. Estruturas Isostáticas. Editora Oficina de Textos. GORFIN, B.; OLIVEIRA, M. M. Estruturas Isostáticas. Editora Livros Técnicos e Científicos. BEER, F. P.; E. RUSSELL Jr., J. Mecânica vetorial para engenheiros. Editora Makron Books. NASH, W. A.; GIACAGLIA, G. E. O. ASSUMPÇÃO FILHO, M. M. Resistência dos materiais. Editora McGraw-Hill. BOTELHO, M. H. C. Resistência dos materiais para entender e gostar: um texto curricular. Editora Studio Nobel. HIBBELER, R. C. Estática: Mecânica Para Engenharia. Editora Pearson. HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. Editora Pearson. You created this PDF from an application that is not licensed to print to novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
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